[alexcandido07]

em resposta a: Como cuidar? #16313

Eu como Bipolar diagnosticado há 3 anos diria que não existe uma resposta certa, eu, por exemplo, sinto que independente do que minha esposa faça (temos 39 anos e casados há 19) eu colocarei um empecilho e/ou uma dificuldade. O que ela vem fazendo e que com certeza também me contrária é bater de frente comigo, mostrar que eu não sou a única pessoa que tem problemas no mundo, ela me trata como se eu fosse normal, ela espera de mim o meu máximo, e isso me incomoda, eu queria ser bajulado, colocar a cabeça no colo dela e chorar. Acho que se ela fizesse isso, eu iria declinar, iria parar de trabalhar e ficar em casa escondido. Cada dia é um desafio, mas eu diria que eu vivo não um dia por vez, mas um instante. Não é nada fácil, a vontade é de fugir, se esconder dos medicamentos, dos médicos, da ansiedade, do pânico, da sensação de alerta, da fobia social, das palpitações, tremedeiras, falta de ar, do medo e principalmente da irritabilidade, da fúria da devastação que fica minha casa após um episódio de nervosismo e agressividade(palavras, palavrões e gritos). Mas não posso, não posso desistir, tenho três filhos um já criado, 18 anos e independente, o outro adolescente e tem a caçulinha de 3 anos que precisa muito de mim.

[alexcandido07]

em resposta a: Uma pessoa com transtorno bipolar consegue respeitar limites? #16312

Oi Clarita, tenho Tab 1 e minha esposa passa pelo mesmo que você(infelizmente). Seu esposo sente remorso quando volta a si? Eu sinto muito remorso, culpa e entro até em depressão quando perco o controle com minha esposa, grito, xingo e jogo coisas no chão. É muito ruim pra gente, não ter o controle da própria vida, não podemos desabafar pois esse tipo de doença ainda conta com muito preconceito, geralmente as pessoas acham que você faz porque quer e que isso é só uma frescura. Quem te conhece e sabe que você tem transtorno psiquiátrico como meus vizinhos, familiares e colegas de trabalho geralmente te tratam de uma forma diferente. Isso é muito ruim. O que estou buscando é tomar o remédio da maneira correta, visitar todo mês a psiquiatra que provavelmente alterará mais uma vez a medicação em busca da tão improvável estabilidade. Talvez com terapia e dopado, parecendo quase um vegetal a gente consiga respeitar os limites. Estou a disposição para mais conversas

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