Depoimentos

Depoimentos 2020-04-03T09:25:43+00:00
Compartilhando a mensagem de uma leitora.
Fico feliz em compartilhar esse texto com vocês!images (3)De mãos dadas, sempre… Quase que diariamente ela diz que não quer viver, que está cansada e que não crê em um futuro, nem bom, nem ruim.Simplesmente o vazio ocupa o espaço em seu peito e o desespero toma conta de seus pensamentos.Ao mesmo tempo, em seu leito, dia após dia, percebo uma árdua luta pela vida.Parece uma luta desigual e covarde, onde um gigante impiedoso esmaga a frágil e inerte vítima. Um olhar mais atento nos revela uma guerreira, digna de nossa admiração e que inunda de orgulho quem a observa carinhosamente.Não se vence sozinho uma guerra, por mais valente que seja o guerreiro. É por isso que sigo ao lado dessa admirável lutadora; ora festejando vitórias que muito nos alegra, ora simplesmente caminhando juntas,bem quietinhas à espera de dias melhores. É importante pedir ajuda. O combate é difícil, por isso, devemos ter a orientação de médicos e o apoio de familiares e amigos, recrutando assim um bom exército para vencer a batalha.Não subestimemos o inimigo, tampouco nos acovardemos diante dele.Juntos somos mais fortes e havemos de neutralizá-lo. Cada dia de luta, cada sorriso, cada conquista, VALEM.Sigamos em frente, de mãos dadas, sempre…
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DEPOIMENTO DE UMA LEITORA
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Convivi 10 anos com meu marido com esses sintomas, porém nunca diagnosticado corretamente, embora ele ia a psiquiatra onde ministrava terapia e mediação do tipo Risperidona/ Quetiapina e antidepressivos, porém quando ele se sentia bem abandonava o tratamento com a medicação e fazia uso de álcool agravando o problema. Pois bem, nesses 10 anos nossa relação teve altos e baixo, como por exemplo de nos separarmos várias vezes e voltarmos todas as vezes.Atualmente estamos separados há 4 meses e nesse tempo ele está com outra pessoa, porém já se separou algumas vezes dela. É sabido que manter uma relacionamento com uma pessoa que é portadora dessa doença é extremamente delicado, desgastante e requer muita paciência e amor. Nesses 4 meses nós falamos varias vezes que foram todas as vezes que ele deixou de ficar com a outra pessoa ( eu sei vcs devem estar pensando que eu não tenho amor próprio) mas trata-se de entendimento da doença e muito amor que sinto por ele.
Enfim, ele esta na crise a um tempo e acredito que quando há uma melhora volta a falar comigo, me envia mensagens lindas e logo no outro dia não me ama mais e mantém afastada.
Por fim, com a ajuda dos pais, os quais morávamos todos juntos, ele aceitou ir em outro psiquiatra (que eu recebi ótimas referências, mas ele nem sonha que foi eu que indiquei), iniciou o tratamento com novas medicações e estou de longe orando com muita fé para que ele não abandone o tratamento e quem sabe um dia voltarmos e eu estar ao lado dele.
Fato que estou com minha vida parada e sofrendo muito essa distância meio perdida sem saber o que fazer e como reagir nesse momento de distância, pois hora me ama, hora me odeia me afastando e ficando com outra pessoa.
É sabido que esta doença não tem cura, apenas tratamento e este só será eficaz se for muito regrado e quem estiver com ele realmente aceitar que será assim dependente de remédio e terapias por toda vida no intuito de controle pois não há cura.
Esse relato é tão somente um desabafo, pois eu o amo e como estou afastada não consigo ajuda-lo somente de longe através dos pais dando meu apoio e ajudando no que é possível.
Gostaria muito de me reaproximar, mas desta vez não sei como.
Julho/2016
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A jovem Caitlin Light compartilhou este perspicaz e poderoso depoimento para o Dia Mundial do Transtorno Bipolar/ WBD #‎worldbipolarday  
O dia 30 de março é dia mundial do bipolar.
Um dia que nós não apenas podemos levar informações e a conscientização sobre esta doença, mas, lembramos daqueles que perderam a devido ao transtorno bipolar e as vidas daqueles, como nós, que continua.download 
No dia 30 de março de 1853 o legendário artista Vincent Van Gogh nasceu e depois de viver uma vida de loucura e lutando com o transtorno bipolar, num momento em que a doença mental não era compreendida, tirou tragicamente sua vida aos 37 anos. Infelizmente, este tipo de tragédia não é incomum hoje e aproximadamente uma em cada quatro pessoas com transtorno bipolar dão fim as suas próprias vidas, isso é 25 %! Se eu te dissesse que eu tinha sido diagnosticado com uma doença física e houve um 25 % de chances de me matar, imagina o apoio e a empatia que eu iria receber. Infelizmente a doença mental não é tratada dessa forma.
Gasto em média U$2 por dia para eu tomar a medicação, equivale a U$ 730 a cada ano. O nosso sistema de saúde não subsidia a minha medicação nem um pouco. Digamos que eu viva até aos 85 anos, eu vou gastar U$ 46,000 em medicação ao longo de todo o resto da minha vida (e vou precisar dele para o resto da minha vida). Estes custos não incluem os últimos 6 anos da medicação, os custos da terapêutica em curso, bem como o dinheiro perdido para o tempo de de licenças ou sem trabalho, quando tudo é demais.  
Mas sinceramente as perdas financeiras não são nada comparadas com a solidão que vem com transtorno bipolar. Mesmo se você está cercado por pessoas que te amam e que se preocupam com você, mesmo assim é fácil se sentir completamente sozinha. A minha luta é constante, nunca se vai embora e eu nunca vou ser ‘Curada’.
Aos 22 anos já estou mentalmente exausta, mas vou continuar e dizer a quem pensa que não pode continuar a estender a mão para quem lhe ajudar.  Você pode se sentir sozinha em sua batalha, mas você não é. A consciência é a chave e se angariarmos o suficiente, poderemos trazer esse  25 % prá abaixo.
Fonte: https://www.facebook.com/worldbipolarday/posts/498280697039875?notif_t=notify_me_page_________________________________________

Doenças mentais podem estar ligadas à criatividade

Estudo traz evidências de que pessoas criativas seriam 25% mais propensas a transportarem as variações genéticas que aumentam risco de transtorno bipolar e esquizofrenia

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Autorretrato de Vincent van Gogh com orelha enfaixada: pintor caminhou entre a criatividade e a insanidade(SuperStock/Getty Images)

O pintor Vincent Van Gogh e o cientista Isaac Newton foram algumas das grandes figuras conhecidas por mergulharem na criatividade, mas também na insanidade. No século XVIII, o poeta inglês Lorde Byron disse que todos os seus colegas que faziam poesias eram loucos. A ciência acaba de encontrar fortes evidências que comprovariam a tese de Byron. Um estudo genético, com base em dados de 86 000 islandeses, sugere a ligação entre ser criativo e o risco de desenvolvimento de distúrbios mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar.

Não é a primeira vez que cientistas tentam encontrar relação entre criatividade e doenças psiquiátricas. Na nova pesquisa, publicada nesta semana na revista Nature Neuroscience, uma equipe de pesquisadores islandeses e holandeses sugere que pintores, escritores, atores e bailarinos têm 25% mais probabilidade de carregar as variações genéticas que predispõe às doenças do que outros profissionais, como agricultores, vendedores ou artesãos.

Genética – Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores procuraram no DNA dos islandeses, fornecido pela companhia de engenharia genética deCODE, fundada por um dos autores da pesquisa, as variações que aumentam o risco de esquizofrenia e transtorno bipolar. Em seguida, analisaram o genoma de pessoas do mesmo país que fazem parte de associações artísticas. Na comparação, os indivíduos ligados às artes tinham uma chance 17% maior de apresentar as variáveis ligadas aos males.

Os pesquisadores, então, compararam o resultado com bases de dados médicos de 35 000 suecos e holandeses. De acordo com os cálculos, os mais criativos (que estão em profissão ligadas à habilidade) têm probabilidade 25% maior de terem as variáveis genéticas que eram alvo do estudo.

Gênio louco – A associação entre a criatividade e a loucura remonta à noção romântica do século XVIII, quando o artista passou a ser um gênio, lutando com seus demônios interiores e a força de sua inspiração. Artistas como Van Gogh, que realmente sofria de doenças mentais, tornaram-se ícones da relação entre loucura e criatividade. Estudos atuais atribuem ao pintor doenças que possivelmente seriam distúrbio bipolar ou esquizofrenia. No entanto, análises sobre o assunto são difíceis de serem feitas, pois não há definição científica exata do que seria uma pessoa criativa. Esse costuma ser um conceito subjetivo, o que torna difícil a medição.

Para ser criativo, é preciso pensar de forma diferente. Muitas vezes, quando as pessoas estão criando algo novo, elas acabam ocupando um espaço entre a sanidade e a insanidade. Acho que estes resultados suportam o velho conceito do gênio louco. A criatividade é uma qualidade que nos deu Mozart, Bach, Van Gogh. É uma característica muito importante para a nossa sociedade. Mas traz um risco para o indivíduo, e 1% da população é afetada por isso“, diz Kari Stefansson, um dos autores do estudo.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/doencas-mentais-podem-estar-ligadas-a-criatividade

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Índice de transtorno de ansiedade e depressão em SP é igual a de país em guerra

19,9% da população da região metropolitana de São Paulo tem transtorno de ansiedade e depressão atinge 11%, diz estudo.

* 2,2 milhões de paulistanos têm depressão.

A região metropolitana de São Paulo tem índices de depressão e transtornos de ansiedade semelhantes ao de áreas de guerra como o Líbano e a Síria. Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e que integra uma base de dados internacional identificou que 19,9% da população sofre de algum transtorno de ansiedade. Já em relação à depressão , os dados mostram que ela atinge 2,2 milhões, ou 11% dos 20 milhões de pessoas que moram na grande São Paulo.

“É preocupante. É uma cidade muito estressada, muito violenta. Acreditamos que o nível de violência tenha relação a ansiedade e a depressão”, disse.Wang Yuan Pang, pesquisador do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo e coordenador da pesquisa São Paulo Megacity, que integra um estudo da Organização Mundial da Saúde realizado concomitantemente em vários países.

Wang afirma que 54% dos entrevistados relataram ter vivido pelo menos um evento violento traumatizante, que pode ir desde ser vítima de um assalto, a presenciar a morte de alguém, ou tentativa de homicídio, ou sofrer estupro.

Além do alto índice, outra preocupação dos pesquisadores é o fato de não haver serviço suficiente para atender a demanda. “ A gente não tem pessoal suficiente para atender esta população” disse. No estudo, os problemas de saúde mental foram divididos em três níveis de acordo com a gravidade. Apenas um terço destes 10% de pessoas na categoria grave – aqueles que tentaram suicídio, apresentaram transtorno bipolar, ou são dependentes químicos com sinais fisiológicos -de fato receberam tratamento.

A taxa de depressão está entre as maiores do mundo. Países da África, menos desenvolvidos que a região metropolitana de São Paulo, têm índices de depressão de 4%, 6%, de acordo com Wang. Mas são os casos mais sérios de transtornos de ansiedade que deixaram os pesquisadores alarmados, aqueles que englobam casos como fobias e até síndrome do pânico.

Só a síndrome do pânico, um grave transtorno de ansiedade, atinge 1,1% da população, ou 220 mil pessoas só na região metropolitana de São Paulo. De acordo com Wang, no entanto, ela é mais percebida do que a depressão, por exemplo, porque é mais difícil de esconder. “Ela é extremamente incapacitante. O indivíduo não consegue sair de casa, pegar o metrô cheio.”

O estudo também mapeou os locais onde há mais casos de ansiedade e depressão. Percebeu-se que as áreas periféricas, onde há menos segurança e saneamento – as chamadas áreas de privação social – , são justamente aquelas com menos casos de depressão e transtornos de ansiedade. “Não quer dizer que as pessoas são mais felizes, não é isso. O que acontece é que nessas áreas periféricas há um alto número de migrantes, que se mudam para São Paulo para trabalhar. Quem não está saudável, com boa saúde mental, não aguenta e volta. Nessas áreas os problemas são outros: há muitos casos de alcoolismo e uso de drogas.”

Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-05-16/indice-de-transtorno-de-ansiedade-e-depressao-em-sp-e-igual-a-de-pais-em-guerra.html

Post: 18/05/2014

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Depressão é a doença mais frequente na adolescência, alerta a OMS

Relatório diz ainda que o mundo não dedica atenção à saúde dos jovens.
Dados divulgados foram recolhidos em 109 países.

A depressão é a principal causa de doença e de inaptidão entre os adolescentes com idades entre 10 e 19 anos, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em um documento que destaca que os três principais motivos de morte no mundo nesta faixa de idade: acidentes de trânsito, a Aids e o suicídio. Em 2012, 1,3 milhão de adolescentes morreram no mundo.

Esta é a primeira vez que a agência das Nações Unidas publica um relatório completo sobre os problemas de saúde dos adolescentes. Para elaborar o documento, a organização utilizou dados fornecidos por 109 países.

Os problemas nesta faixa de idade estão relacionados, com o cigarro, o consumo de drogas e bebidas alcoólicas, a Aids, os transtornos mentais, a nutrição, a sexualidade e a violência. “O mundo não dedica atenção suficiente à saúde dos adolescentes”, declarou a médica Flavia Bustreo, subdiretora geral para a saúde das mulheres e das crianças na OMS.

Os homens sofrem mais acidentes de trânsito que as mulheres, com uma taxa de mortalidade três vezes superior. A morte durante o parto é a segunda maior causa de mortalidade entre as jovens com idades entre 15 e 19 anos, depois do suicídio, segundo a OMS.

Entre 10 e 14 anos, a diarreia e as infecções pulmonares representam a segunda e quarta causas de falecimento. O documento destaca ainda que pelo menos um adolescente em cada quatro não realizam exercícios físicos suficientes, pelo menos uma hora por dia, e que em alguns países um em cada três é obeso.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/05/depressao-e-doenca-mais-frequente-na-adolescencia-alerta-oms.html

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POST: 02/03/2014

O jogador de futebol  Jardel afirma que a depressão o levou ao uso de drogas.

Assista ao vídeo!

http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2014/03/do-auge-queda-jardel-abre-o-jogo-sobre-depressao-drogas-e-recomeco.html

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Post: 24|02|2014

Keisha Morrison: Vamos falar sobre a doença mental

Atriz indicada ao Oscar Keisha Morrison falou sobre sua batalha com transtorno bipolar, na sequência da morte de Charlotte Dawson, em Sydney.

Estrela do filme “Encantadora de Baleias”,  Morrison, ex-Keisha Castle-Hughes, disse que era hora de ter uma conversa aberta sobre a doença mental.

Morrison postou em sua página no Facebook que a morte de Dawson no sábado “é uma tragédia absoluta, mas aqui é uma lição muito dura mas real para todos nós para nunca ignorar qualquer doença mental”.

Meu nome é Keisha Castle-Hughes e eu estou orgulhosa de dizer-lhe tudo o que eu tenho transtorno bipolar. Vamos falar sobre isso!“, escreveu ela.

Morrison disse que ela vinha lutando com a doença mental e vício, e ela entendia como era difícil ver um caminho para sair da escuridão.

O mundo pode ser um lugar assustador, especialmente para aqueles como nós que estão ligados de uma forma onde os simples refluxos e fluxos da vida pode nos jogar fora de equilíbrio“, escreveu ela.

“Há tanto estigma associado à doença mental e que nos foi dada a oportunidade agora de ter uma conversa abertamente sobre o que podemos fazer para ajudar os outros e chegar quando precisamos.”

Fonte: http://www.stuff.co.nz/entertainment/celebrities/9757760/Keisha-Morrison-Lets-talk-about-mental-illness

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Postagem: 13/02/2014

Pesquisadores da USP usam corrente elétrica para tratar depressão

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma nova técnica para o tratamento da depressão. Uma estimulação elétrica indolor feita com a ajuda de dois eletrodos, colocados na cabeça do paciente, poderá servir como alternativa para quem sofre da doença, mas não toma os medicamentos antidepressivos devido aos fortes efeitos colaterais.

De acordo com o coordenador da pesquisa, o médico psiquiatra Andre Russowsky Brunoni, pessoas jovens, as mais acometidas pela depressão, evitam remédios para a doença porque muitas vezes eles vêm acompanhados de ganho de peso e disfunção sexual. Mulheres grávidas ou que estão amamentando também são impedidas de ingerir essa medicação.

Segundo o cientista, os eletrodos transmitem uma corrente elétrica contínua de baixa intensidade para a área do cérebro que envolve a depressão, o córtex dorso lateral pré-frontal. A corrente corrige o baixo funcionamento dessa região cerebral, característica de quem sofre de depressão. “A estimulação elétrica aumenta a atividade dessa área do cérebro. Com isso, a gente tenta melhorar os sintomas depressivos”, explicou.

O procedimento dura 30 minutos e é repetido por 15 dias consecutivos. “Algumas pessoas sentem um leve formigamento na cabeça, mas outras não sentem absolutamente nada”, conta.

Outra vantagem da nova técnica em relação aos antidepressivos é a forma de atuação no organismo. Enquanto o remédio age em neurotransmissores que atuam no cérebro inteiro, ocasionando reflexos negativos em outras partes do corpo, a estimulação elétrica atua diretamente no córtex pré-frontal.

Além disso, embora o resultado de ambos os tipos de tratamentos (remédio e estimulação elétrica) seja o mesmo, o medicamento acaba passando por outras áreas subcorticais para só depois chegar ao córtex pré-frontal.

Esta não é a primeira vez que a eletricidade é usada no tratamento de transtornos mentais. Russowsky cita a tradicional técnica do eletrochoque, usada há 75 anos por psiquiatras. De acordo com ele, esse é um tratamento bem mais radical do que a estimulação que está sendo desenvolvida pela USP, destinado a pacientes com quadros muito graves. “É uma carga elétrica mil vezes maior do que a gente usa”, disse.

O tratamento por eletrochoque tem como objetivo provocar uma crise convulsiva em pacientes que apresentam casos graves de transtornos mentais, o que estimula a regulação de hormônios e de alguns neurotransmissores. “A única semelhança entre as duas técnicas é que elas usam a eletricidade, mas de forma bem diferente. O eletrochoque é um pulso elétrico para fazer uma crise convulsiva, a gente usa uma corrente elétrica de baixa intensidade para aumentar a atividade no cérebro”, define.

A estimulação criada pelo grupo de Russowsky já foi testada, há três anos, em 120 pacientes. “O resultado principal foi que a combinação da estimulação com o antidepressivo dava efeitos mais potentes que cada tratamento separado”, disse o médico.

O próximo passo da pesquisa será testar a estimulação sozinha. Serão recrutados 240 voluntários, entre 18 e 75 anos, com diagnóstico de depressão, no mínimo, moderada e que apresentem sintomas da doença.

Em um teste cego, metade dos pacientes vai receber o antidepressivo Escitalopram, e a outra metade recebe a estimulação elétrica. “Nem o paciente, nem o pesquisador saberão o que estão recebendo, senão favorece inconscientemente um dos grupos”, esclarece.

Ao final da pesquisa, aqueles voluntários que foram testados com o antidepressivo, e que não tiveram melhora do seu quadro, poderão receber o tratamento com a estimulação elétrica.

Fonte: Agência Brasil

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Postagem: 10/02/14

País vive ‘apagão’ no tratamento de doentes com transtornos mentais

Segundo projeções, seriam necessários mais 43 mil leitos psiquiátricos para atender a demanda. Para especialista, casos simples sobrecarregam sistema; consulta com psiquiatra no SUS pode demorar até um ano.

Treze anos após a aprovação da lei que deu início à reforma psiquiátrica, que prioriza o atendimento comunitário em detrimento das internações, o país vive um “apagão” nos cuidados aos doentes com transtornos mentais.

Hoje há cerca de 27 mil leitos psiquiátricos, sendo 20 mil ocupados por doentes crônicos. Segundo projeções, seriam necessários 70 mil leitos para atender a atual demanda de doentes mentais.

Na década de 90, o país tinha 200 mil leitos. Mas a realidade era cruel. Os pacientes viviam em manicômios, longe do convívio familiar e social.

Com a reforma psiquiátrica, esses locais foram sendo fechados, mas o país ainda não conseguiu criar uma rede eficiente de atenção à saúde mental que garanta, por exemplo, consultas e tratamento com psiquiatras e psicólogos no SUS e leitos para situações de emergência.

O debate reaqueceu nos últimos dias com a posse do novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, conhecido militante da luta antimanicomial e que já se posicionou contra os hospitais psiquiátricos. O temor dos médicos é que haja ainda mais cortes de leitos.

Segundo o Ministério da Saúde, as posições de Chioro estão em acordo com a atual política de saúde mental .

O vácuo assistencial pode ser visto nas emergências dos hospitais gerais e psiquiátricos, para onde vão doentes agudos (em surto psicótico).

“Ficam ali agitados, circulando no meio de outros pacientes, até surgir uma vaga de internação”, conta o psiquiatra Rodrigo Bressan, que coordena o programa de esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo.

Os doentes menos graves, após estabilizados com remédios, têm alta e orientação para procurar ambulatórios ou os Caps (Centros de Atenção Psicossocial). Mas como não encontram vagas ou não aderem ao tratamento, surtam e voltam aos prontos-socorros.

“É uma porta giratória. Entram, saem e voltam em pior situação. Ninguém quer o que existia antes, mas a realidade hoje também é cruel”, afirma o psiquiatra Quirino Cordeiro Júnior, chefe do departamento de psiquiatria da Santa Casa de São Paulo.

SUPERLOTAÇÃO

A Santa Casa gerencia dois dos maiores prontos-socorros psiquiátricos do país, que, juntos, atendem cerca de 2.000 pacientes por mês.

“Estão sempre superlotados, trabalhamos com o triplo da capacidade”, conta.

Segundo ele, muitos casos simples (renovação de receita, por exemplo) sobrecarregam os PSs e poderiam ser atendidos na rede básica, se houvesse estrutura. Uma consulta com psiquiatra no SUS chega a demorar um ano.

“Os CAPs são muito importantes, mas estão sendo negligenciados. São poucas unidades, poucos profissionais e uma estrutura física precária”, diz o promotor público Luiz Roberto Faggioni, que já instaurou inquérito civil para apurar as irregularidades.

A situação de caos não é exclusiva de São Paulo e se repete em todo o país, segundo Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.

“Hoje não temos leitos, não temos consultas, não temos nada. É um apagão. Em vez de fechar os hospitais psiquiátricos, o governo deveria qualificá-los e readequá-los.”

Ele defende um sistema em rede, com atendimento primário, secundário e terciário –como prevê, no papel, a atual política.

Editoria de Arte/Folha de São Paulo

Editoria de Arte/Folha de São Paulo

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/151544-pais-vive-apagao-no-tratamento-de-doentes-com-transtornos-mentais.shtml

Jornalista Claudia Collucci

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Um choque contra a depressão

Médicos da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo estão testando, pela primeira vez no País, um método inovador contra a depressão. Chamada de estimulação do nervo trigêmeo, a técnica já foi aplicada em 11 pacientes. Um ainda está em tratamento, mas o restante já o finalizou. Desses, todos relataram uma redução de pelo menos 50% na intensidade dos sintomas da enfermidade – entre eles a vontade de chorar e pensamentos suicidas. “Hoje me sinto outra pessoa, com disposição para viver. O tratamento foi uma revolução na minha vida”, atesta a funcionária pública Ivone Lopes, 55 anos, uma das pessoas submetidas à técnica.

O método consiste na aplicação de estímulos elétricos sobre um dos ramos do nervo trigêmeo, presente na face. O canal nervoso mantém conexões com áreas cerebrais associadas à doença. Dessa forma, conduz os sinais elétricos até elas, o que promove a restauração do equilíbrio da atividade elétrica do local. Esse rearranjo interfere no mecanismo responsável pela doença, daí a diminuição de seus sintomas.

A estratégia vinha sendo estudada na Universidade da Califórnia (Ucla), nos Estados Unidos. Neste mês, o grupo que lá conduz os experimentos publicou uma atualização de seus achados na revista científica “Neurosurgery Clinics of North America”. Novamente, eles concluíram que os pacientes – a maioria portadora da forma grave ou moderada da enfermidade – demonstraram melhora significativa.
Os participantes não deixaram de tomar antidepressivos. Mas, com a evolução do tratamento, diminuíram consideravelmente sua utilização. No futuro, a ideia é que a estimulação substitua a medicação na maioria dos casos ou que pelo menos a reduza à menor quantidade possível.

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Tanto os brasileiros quanto os americanos se preparam para ampliar as pesquisas. Por aqui, a meta é iniciar em breve um novo teste, dessa vez com 40 pacientes. “Eles também farão dez sessões, diariamente, e depois passaremos para aplicações quinzenais”, informa o psiquiatra Pedro Shiozawa, coordenador do laboratório de Neuromodulação da Santa Casa e responsável pela pesquisa. “E eles serão acompanhados por seis meses”, completa. O especialista está à procura de voluntários. Nos EUA, as investigações continuam, enquanto a Neurosigma, empresa que patenteou o sistema, trabalha para obter sua liberação em vários países. “Já está em uso no Canadá e nos países da União Europeia”, contou à ISTOÉ Ian Cook, da Ucla e pioneiro no estudo da técnica.

Fonte: Revista Isto É – Jan|2014

http://www.istoe.com.br/reportagens/344821_UM+CHOQUE+CONTRA+A+DEPRESSAO?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

 Postagem: 29/01/2014

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O seu mau humor é passageiro ou sinômino de alerta?

Pra entender direitinho a diferença entre o mau humor e a distimia, o programa Mais Você (Rede Globo) conversou com o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, doutor Antônio Geraldo da Silva que explicou como identificar e tratar essa doença. Confira!

O que é distimia?
É uma depressão branda que traz as características de irritabilidade, tristeza constante, permanente, mas branda, além de falta de vontade, falta de alegria, falta de prazer. Outros sintomas são o desinteresse, incapacidade laborativa de trabalhar, diminuição da capacidade cognitiva, quer dizer, de estudar, de se entender, de se envolver inclusive afetivamente. Isso vai tronando a pessoa mal-humorada, intolerante, incapaz de poder ter as mesmas reações, que outras pessoas têm.

Distimia x mau humor? 
A distimia é uma doença crônica. São aquelas pessoas permanentemente sistemáticas, fechadas, que quase não se relacionam, cheias de manias, pouco sociáveis. A pessoa mal- humorada é aquele que é factual, não é permanente. O mau humor não é continuado. Às vezes, hoje está mal-humorado, mas amanha está bem.

Causas 
Qualquer pessoa pode ter distimia desde que geneticamente ela já venha atribuída com a possibilidade de ter. Como funcionam as doenças psiquiátricas? A gente tem uma predisposição genética que é o chamado fenotípico, e tem a predisposição desencadeada pelo meio-ambiente. Os fatores externos influenciam, e qualquer um de nós pode vir a ter, em qualquer quadro psiquiátrico em qualquer momento da vida.

Tratamento
A pessoa precisa de ajuda, de apoio, de tratamento. Precisa entender que está envolvida em uma doença e que essa doença pode ser ajudada pelo psiquiatra. Muitos demoram até 10 anos para chegar até um psiquiatra por conta do estigma. As pessoas têm medo de falar para o outro que vá ao psiquiatra. O ideal é procurar ajuda o mais rápido possível. Quanto mais tempo você demora a procurar ajuda, mais difícil é o tratamento de todas as doenças em geral, e mais ainda as doenças mentais. O importante é que a pessoa faça um trabalho intenso de psicoeducação , que é mostrar para ela que aquilo é doença, que aquilo é tratado, que pode ser modificado e que o antidepressivo vai ajudar.

Fonte:http://gshow.globo.com/programas/mais-voce/O-programa/noticia/2014/01/faca-teste-e-entenda-se-seu-mau-humor-e-passageiro-ou-e-sinonimo-de-alerta.html

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Postagem: 07|01/2014

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Postagem: 11/12/2013

Apoio ao portador do Transtorno de Humor: depressão e bipolaridade e seus familiares em Brasília/DF 

O APTA tem como missão oferecer o “mútuo apoio solidário entre as pessoas com transtorno afetivos (transtornos depressivos ou bipolares), seus familiares, profissionais da área de saúde e cidadãos interessados, com a finalidade de promover a saúde mental.”

Os Grupos de Acolhimento acontecem aos sábados, das 15h às 16h30.

Local: Universidade de Brasília – UNB – Faculdade de Medicina, Sala AC 104

Contato: Tel: (61) 3107-1978  e-mail: apta.apta@gmail.com

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Gene da depressão

Postagem: 26/11/2013

Estudo defende que variação genética reduz a resistência ao estresse e aumenta tendência à depressão; questão retoma debate entre especialistas que atribuem o transtorno a causas biológicas ou ambientais. 

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Um estudo publicado neste mês no periódico “Archives of General Psychiatry”, reacende o debate em torno do caráter genético da depressão.

A pesquisa, das Universidades de Michigan, EUA, e Würzburg, Alemanha, conclui que pessoas com uma variação mais curta do que a normal do gene 5-HTTLPR são mais propensas a ter depressão depois de situações estressantes.

O estudo revisou informações de 54 trabalhos publicados sobre o tema entre 2001 e 2010, avaliando dados de mais de 40 mil pessoas.

O resultado vai na contramão de outra metanálise, publicada em 2009, que comparou 14 estudos e não encontrou relação entre gene, estresse e depressão.

Srijan Sen, professor de psiquiatria da Universidade de Michigan e um dos autores novo trabalho, afirma que o levantamento anterior foi restrito e não analisou estudos representativos.

Segundo Sen, a nova conclusão pode explicar por que as pessoas respondem de forma diferente às mesmas situações de estresse.

Muitos estudos mostraram que quem passa por essas situações tem um risco maior de desenvolver depressão, mas, do ponto de vista clínico, sabemos que as pessoas reagem de formas diferentes ao estresse“, disse Sen à Folha, por e-mail.

O “gene da depressão” é responsável pela produção da proteína que transporta a serotonina, neurotransmissor ligado ao humor.

Normalmente, a serotonina é liberada entre os neurônios e parte é recaptada pela proteína produzida pelo gene 5-HTTLPR.
Quando a pessoa é portadora do gene alterado, a recaptação é maior, e menos serotonina é liberada para o próximo neurônio. Isso gera os sintomas da depressão.

André Brunoni, psiquiatra do Hospital das Clínicas, explica que o fator genético por si só não implica no aparecimento da depressão.
“É necessário haver interação entre a predisposição genética e o ambiente estressante”, diz. “Mas, mesmo assim, é um fator de risco e não uma certeza de 100%”, afirma o psiquiatra.

PERSPECTIVAS

Segundo os especialistas, descobertas como essas podem levar a um tratamento mais personalizado da doença no futuro.

A genética molecular ainda não tem aplicação na prática clínica. No futuro, devemos encontrar fatores genéticos que associam a melhora a certos medicamentos“, diz Fernando Fernandes, pesquisador do grupo de estudos de doenças afetivas do Hospital das Clínicas.

Segundo Srijan Sen, esses resultados já mudam a forma de encarar a depressão.
“Ainda há muito estigma associado a ela. Ao identificarmos um fator genético, podemos compreender que é uma doença biológica”, diz.

O psiquiatra André Brunoni concorda: “Ainda há pais que não compreendem a depressão dos filhos e acham que eles podem superar isso sozinhos“.

E completa: “Pensar na depressão como uma doença com causa biológica, que não é preguiça ou mera insatisfação com a vida, ajuda“.

Estudo defende que variação genética reduz a resistência ao estresse e aumenta tendência à depressão; questão retoma debate entre especialistas que atribuem o transtorno a causas biológicas ou ambientais.

Fonte: http://www.abpbrasil.org.br/medicos/clipping/exibClipping/?clipping=13086

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O caminho para a saúde mental começa com o conhecimento.

Postagem: 22/11/2013

As pessoas que têm transtornos do humor podem mais facilmente alcançar bem-estar quando eles reconhecem os sintomas e passam entender as questões relacionadas ao espectro da bipolaridade.

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Fonte: http://mapadocrime.com.sapo.pt/bipolar.html

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Sobrecarga e recompensa inadequada no trabalho facilitam transtorno mental

Do UOL – Em São Paulo – Com Agência USP

Postagem: 14/11/2013

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No Brasil, os transtornos mentais são a terceira causa de longos afastamentos do trabalho por doença e levaram ao pagamento de mais de R$ 211 milhões de novos benefícios previdenciários em 2011.  Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) mostra que um ambiente de trabalho com pouco apoio social, excessivas demandas e baixo controle sobre as tarefas, recompensas inadequadas ao nível de esforço do trabalhador e o comprometimento individual excessivo são fatores que aumentam a chance de ocorrência de afastamento.

A pesquisa, de autoria do médico do trabalho João Silvestre da Silva-Júnior, recomenda uma melhor investigação sobre as condições psicossociais no ambiente de trabalho para implantação de ações de prevenção, além de maior fiscalização das empresas por parte de órgãos públicos.

O estudo procurou discutir os fatores associados ao afastamento do trabalho por transtornos mentais. “No Brasil, estes afastamentos estão atrás apenas dos traumas e doenças osteomusculares”, afirma Silva-Júnior à Agência USP de Notícias. Ele lembra que, “de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em alguns anos se tornarão o principal motivo para os trabalhadores se afastarem do trabalho em todo o mundo”.

Em 2011, segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mais de 211 mil pessoas foram afastadas devido ao adoecimento mental por prazo superior a 15 dias e passaram a receber benefício auxílio-doença. “O valor total gasto com pagamento de novos benefícios supera os R$ 200 milhões, o que reforça a necessidade econômica de medidas de prevenção para evitar o adoecimento”.

Silva-Junior entrevistou 385 pessoas que foram solicitar benefícios na unidade de perícia do INSS no Glicério (Centro de São Paulo), entre as quais 160 apresentaram transtornos mentais. “Os questionários incluíram perguntas sobre dados sociodemográficos, hábitos e estilos de vida, como fumar, beber e realizar atividades físicas”, conta. “Também foi perguntado o tipo de trabalho desempenhado e há quanto tempo, além da percepção da presença de fatores psicossociais que indicassem a existência de um ambiente de trabalho estressor que pudesse levar ao problema mental. Por fim, os trabalhadores foram questionados sobre sua condição de saúde atual, como excesso de peso ou outros adoecimentos associados”.

Mais mulheres – De acordo com o médico, os maiores riscos de afastamento de trabalho por doenças mentais foram verificados entre mulheres, pessoas que se referiram como de cor branca, com alta escolaridade (mais de 11 anos de estudo), que fumavam muito e apresentavam consumo elevado de bebidas alcóolicas. “Com relação ao ambiente, as pessoas que vivenciavam situações de violência no trabalho tinham mais chances de vir a se afastarem devido a distúrbios mentais”, afirma. “Também houve influência de fatores psicossociais negativos, como a realização de trabalho de alta exigência, no qual estavam envolvidas muitas tarefas, sem controle da parte do trabalhador. A presença de dois ou mais problemas de saúde também aumentava a chance”.

Silva-Junior  ressalta que as chances dos trabalhadores pedirem afastamento são maiores em ambientes onde não há apoio social dos colegas de trabalho. “Além das relações interpessoais serem muito ruins, essas pessoas vivenciam situações onde se esforçam muito e não têm uma recompensa adequada”, observa. “Além disso, um comprometimento excessivo com o trabalho aumenta as chances de acontecerem transtornos mentais incapacitantes”.

Olhar mais atento – A pesquisa sugere aos profissionais de saúde e segurança do trabalho um olhar mais atento sobre fatores psicossociais presentes nos locais de trabalho, de modo que possam realizar ações de prevenção das faltas ao trabalho por doença. “O Brasil não possui uma legislação trabalhista específica sobre o tema, considerado um risco ocupacional invisível”, alerta o médico. “A área médica das empresas precisa trabalhar em conjunto com os setores produtivos e de recursos humanos, para identificar situações de risco a fim de proporcionar uma condição de trabalho adequada à capacidade do trabalhador”.

O médico afirma que os resultados do estudo podem auxiliar na elaboração de políticas públicas da relação entre saúde mental e trabalho. “A pesquisa também recomenda que os dados do Ministério da Previdência Social auxiliem os Ministérios da Saúde e do Trabalho na intensificação da fiscalização para combater situações agressivas aos trabalhadores”, conclui. O estudo de Silva-Junior é descrito em dissertação de mestrado apresentada em agosto de 2012, com orientação da professora Frida Marina Fischer.

O trabalho foi aceito para apresentação no formato tema livre no 15º Congresso Nacional da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, que acontece no mês de maio, em São Paulo. Também deverá participar, no formato pôster, a 23rd Conference on Epidemiology in Occupational Health, que ocorrerá no mês de junho na Holanda.

 Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/05/01/sobrecarga-e-recompensa-inadequada-no-trabalho-facilitam-transtorno-mental.htm    Crédito foto: Fabiana Beltramini/Folhapress

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Transtorno Mental

São Paulo lidera as estatísticas mundiais

Cerca de 30% dos paulistas apresentam algum distúrbio mental, de acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 24 países. A prevalência é a maior em relação a pesquisas semelhantes feitas em outros lugares do mundo.

O estudo foi coordenado pelo sociólogo Ronald Kessler, da Universidade Harvard e publicado na revista PLoS One em fevereiro, no artigo São Paulo Megacity Mental Health Survey e aqui no Brasil realizado no âmbito do Projeto Temático “Estudos epidemiológicos dos transtornos psiquiátricos na região metropolitana de São Paulo: prevalências, fatores de risco e sobrecarga social e econômica”, financiado pela FAPESP e encerrado em 2009. Entre os autores do artigo está Laura Helena Andrade, professora do Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP).

O pesquisadores se concentraram em estimar a prevalência, severidade e tratamento, de acordo com o DSM-IV. Foram examinados correlatos sócio-demográficos, aspectos da vida urbana como a migração interna, exposição à violência e privação social nos últimos 12 meses. Eles descobriram que os transtornos de ansiedade foram os mais frequentes, acometendo cerca de 20% das pessoas, seguido do transtorno de humor (11%), impulsividade (4,3%) e uso de substâncias (3,6%).

É previsto que o crescimento da população mundial se concentre nas grandes cidades, especialmente nos países em desenvolvimento. São Paulo fornece um aviso prévio sobre a carga de transtornos mentais associados ao aumento de desigualdades sociais, econômicas, estressores ligados à rápida urbanização e deterioração da saúde.

Localizada no sudeste do Brasil, a cidade detém mais de 10% da população brasileira e é a quinta maior área metropolitana do mundo, com cerca de 20 milhões de habitantes. É considerado um importante centro industrial e comercial na América Latina. Entre 1997 e 2007, o processo de urbanização aumentou a população em 10% na cidade e 25% em áreas periféricas e municípios à sua volta. Este crescimento é em parte uma consequência da migração rural-urbana mobilidade e dos migrantes de regiões pobres do Brasil, que buscam oportunidades de emprego, educação, assistência médica e melhores condições de vida. Como em outras áreas metropolitanas, essas mudanças levam à ocupação desordenada, falta de habitação e ampla crescimento de trabalho informal.

Esse contexto facilita o isolamento social e a dissolução das relações familiares primárias. O empobrecimento associado a essa situação produz violência, aumenta as taxas de homicídio, insegurança, tornando propício o desenvolvimento de transtornos mentais.

Ao cruzar as variáveis, os pesquisadores concluíram que as mulheres que vivem em regiões de alta privação, são as que mais sofrem de transtorno de humor, enquanto que homens migrantes têm mais transtornos de ansiedade. “É necessário que haja rápida expansão no sistema brasileiro de saúde do setor primário e trabalho focado na promoção da saúde mental. Essa estratégia pode se tornar um modelo diante de poucos recursos em uma área altamente habitada como São Paulo”, diz Kessler.

Para Laura, não é possível ter um serviço especializado em todas as unidades, por isso é preciso equipar a rede com pacotes de diagnóstico e de conduta a serem utilizados pelos profissionais de cuidados primários. É preciso capacitar não só os médicos, mas também os agentes comunitários, que devem ser orientados para identificar casos não tão comuns como os quadros psicóticos, levando em conta os fatores de risco associados aos transtornos mentais.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/transtorno_mental.html


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Exames cerebrais detectam transtorno bipolar com 81% de precisão

Técnicas de neuroimagem utilizam o fluxo sanguíneo para a diferenciação entre transtorno e depressão

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Método de imagem revelou uma precisão de 81% na determinação de quais mulheres sofriam de transtorno bipolar e quais mulheres tiveram depressão unipolar

Equipe de pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, descobriu que os novos métodos de imagem cerebral que medem o fluxo sanguíneo podem ajudar a diagnosticar o transtorno bipolar em seus estágios iniciais.

Os resultados, publicados no British Journal of Psychiatry, revelam ainda que as técnicas podem diferenciar o transtorno da depressão.

A equipe analisou 44 mulheres para o estudo. Destas, 18 tinham transtorno bipolar-I, 18 apresentaram depressão unipolar e 18 serviram como grupo de controle, sem qualquer forma de transtorno de humor ou depressão.

Usando um novo método de imagem chamado “Arterial Spin Labeling”, os pesquisadores foram capazes de medir o fluxo de sangue dos participantes, a fim de monitorar as regiões do cérebro relacionadas à depressão.

Este novo método de imagem revelou uma precisão de 81% na determinação de quais mulheres sofriam de transtorno bipolar e quais mulheres tiveram depressão unipolar.

Outro novo método também foi utilizado, chamado de ” Pattern Recognition Analysis”, que permite aos investigadores para monitorizar as diferenças específicas do cérebro, para cada indivíduo.

“No início, o diagnóstico mais preciso pode fazer uma enorme diferença para os pacientes e suas famílias, e pode até salvar vidas. Esta é uma descoberta muito promissora, que destaca a utilidade da neuroimagem para ajudar a identificar marcadores biológicos associados a diferentes condições de saúde mental”, afirma o líder da pesquisa Jorge Almeida.

Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/35784/ciencia-e-tecnologia/exames-cerebrais-detectam-transtorno-bipolar-com-81-de-precisao

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VOCÊ SABE O QUE É DISTIMIA?  

Distimia é um tipo de depressão em que os sintomas são de intensidade relativamente branda, mas de longa duração (igual ou maior que 2 anos, sem que tenham havido períodos maiores do que 2 meses sem sintomas).

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Importante notar que as pessoas que têm sintomas compatíveis com o diagnóstico de distimia não foram sempre assim. Os sintomas passaram a existir após um determinado momento identificável na linha do tempo. Apesar dos sintomas serem mais suaves do que aqueles de em episódio de depressão maior, eles podem prejudicar muito o funcionamento global da pessoa e é necessário que ela tenha diagnóstico preciso e seja adequadamente tratada. Para tanto, deve procurar um psiquiatra. Muitas vezes é necessário o uso de medicamentos, e a psicoterapia pode ser bastante útil no manejo dos sintomas.

Fonte: ABRATA

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DIA INTERNACIONAL DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO – 10 de setembro

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As pessoas que são afetadas por episódios de depressão, mania ou mistos têm risco aumentado de fazer tentativas de suicídio. Quando estas pessoas são adequadamente tratadas este risco diminui significativamente. Também é muito importante que aqueles que convivem com transtornos do humor (depressões e transtorno bipolar) evitem o álcool e não usem outras drogas como cocaína, maconha, etc, pois estas substâncias podem agravar sintomas e diminuir a efetividade dos tratamentos, e segundo vários estudos, podem elevar o risco de suicídio.

Fonte: ABRATA

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VOCÊ SABE O QUE É UM EPISÓDIO DEPRESSIVO?

Muitas pessoas chamam de “depressão” a tristeza que sentem diante de uma perda ou uma situação difícil. Este é o uso popular do termo e não corresponde exatamente ao que para a medicina significa um “episódio depressivo”. Num “episódio depressivo” a pessoa sente-se diferente do que normalmente ela é, devido a vivenciar um conjunto de sintomas que alteram o seu funcionamento, causam sofrimento e trazem dificuldades importantes para a vida cotidiana. Estes sintomas ocorrem em grupo, e podem incluir: tristeza, desânimo, perda de energia, cansaço excessivo, dificuldade de sentir prazer com coisas que anteriormente lhe davam prazer, pessimismo, insegurança e medo injustificados, alterações do sono e apetite, e diminuição do desejo sexual, irritabilidade, dificuldade de se concentrar e no uso da memória e dificuldade de tomar decisões. Quando isto de agrava, a pessoa começa a perder o desejo de viver e pode desejar morrer e mesmo pensar em suicídio. O conjunto de alguns destes sintomas que estiverem ocorrendo, têm que ter uma duração relativamente longa (de semanas a meses) e normalmente não são compatíveis com situações de vida que os justifiquem. As pessoas que estejam tendo um episódio depressivo devem procurar um médico psiquiatra para o diagnóstico e tratamento, que é medicamentoso em grande parte das vezes, podendo ser também indicada uma psicoterapia.

Fonte: ABRATA

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Ciência e Tecnologia

Exames cerebrais detectam transtorno bipolar com 81% de precisão

Técnicas de neuroimagem utilizam o fluxo sanguíneo para a diferenciação entre transtorno e depressão

Método de imagem revelou uma precisão de 81% na determinação de quais mulheres sofriam de transtorno bipolar e quais mulheres tiveram depressão unipolar.

Equipe de pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, descobriu que os novos métodos de imagem cerebral que medem o fluxo sanguíneo podem ajudar a diagnosticar o transtorno bipolar em seus estágios iniciais.

Os resultados, publicados no British Journal of Psychiatry, revelam ainda que as técnicas podem diferenciar o transtorno da depressão.

A equipe analisou 44 mulheres para o estudo. Destas, 18 tinham transtorno bipolar-I, 18 apresentaram depressão unipolar e 18 serviram como grupo de controle, sem qualquer forma de transtorno de humor ou depressão.

Usando um novo método de imagem chamado “Arterial Spin Labeling”, os pesquisadores foram capazes de medir o fluxo de sangue dos participantes, a fim de monitorar as regiões do cérebro relacionadas à depressão.

Este novo método de imagem revelou uma precisão de 81% na determinação de quais mulheres sofriam de transtorno bipolar e quais mulheres tiveram depressão unipolar.

Outro novo método também foi utilizado, chamado de ” Pattern Recognition Analysis”, que permite aos investigadores para monitorizar as diferenças específicas do cérebro, para cada indivíduo.

“No início, o diagnóstico mais preciso pode fazer uma enorme diferença para os pacientes e suas famílias, e pode até salvar vidas. Esta é uma descoberta muito promissora, que destaca a utilidade da neuroimagem para ajudar a identificar marcadores biológicos associados a diferentes condições de saúde mental”, afirma o líder da pesquisa Jorge Almeida.

Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/35784/ciencia-e-tecnologia/exames-cerebrais-detectam-transtorno-bipolar-com-81-de-precisao

Publicado em 26/08/2013

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Transtorno bipolar virou diagnóstico ‘desejável’ na Grã-Bretanha

Celebridades falando sobre suas condições e associação do problema com criatividade estariam entre as razões, afirmam psiquiatras.

Uma dupla de psiquiatras britânicos alertou para um novo fenômeno: o fato de que muitas pessoas estão se autodiagnosticando com transtorno bipolar ou pedindo para que médicos façam esse diagnóstico.

É essencial ajudar as pessoas que desejam esse diagnóstico a entender que ter ‘variações de humor’ e comportamentos caóticos ou instáveis não significa necessariamente que estejam sofrendo de transtorno bipolar”  Diana Chan, psiquiatra

Segundo os psiquiatras Diana Chan e Lester Sireling, do hospital St. Ann, em Londres, o fenômeno se deve ao aumento da conscientização pública em relação à condição e ao fato de que várias celebridades no país estão falando abertamente sobre serem bipolares.

Isso, segundo eles, tem feito com que o transtorno seja mais aceitável e tenha menos estigma.

Os psiquiatras disseram ainda que os pacientes podem ainda estar buscando um status social mais alto, já que a condição costuma ser associada a pessoas criativas como o ator britânico Stephen Fry, que vem discutindo abertamente seu diagnóstico.

Desde que o ator veio a público para falar sobre sua condição, psiquiatras britânicos vem recebendo mais pacientes que dizem ser bipolares, segundo Chan.

Desafios
“Uma pessoa que veio a nós tendo se diagnosticado como bipolar havia sido tratada antes com depressão”, disse. “Ela também estava usando álcool e drogas ilícitas para controlar suas ‘variações de humor’ e havia relatado comportamento vergonhoso e instável”, disse a psiquiatra.

A paciente acabou sendo diagnosticada com o transtorno bipolar.

Segundo a psiquiatra, ser bipolar virou um diagnóstico visto como desejável, o que deve aumentar ainda mais o número de pessoas chegando ao consultório com este autodiagnóstico.

Isso traz uma série de desafios aos médicos.

“É importante que os psiquiatras façam esse diagnóstico quando válido”, disse Chan. “Mas, por outro lado é igualmente essencial ajudar as pessoas que desejam esse diagnóstico a entender que ter ‘variações de humor’ e comportamentos caóticos ou instáveis não significa necessariamente que estejam sofrendo de transtorno bipolar.”

O transtorno bipolar é uma condição mental que se manifesta com episódios de instabilidade de humor, alternando entre o “alto” (comportamento maníaco) e o “baixo” (depressão).

A condição pode atrapalhar os relacionamentos, trabalho e interações sociais dos pacientes.

Fonte: TV Globo – http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/06/transtorno-bipolar-virou-diagnostico-desejavel-na-gra-bretanha-alertam-psiquiatras.html

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Unesc é única universidade brasileira a integrar prêmio internacional para jovens pesquisadores de Transtorno Bipolar

Uma aluna da Unesc está entre os quatro jovens pesquisadores reconhecidos pela Sociedade Internacional de Transtorno Bipolar com o prêmio Samuel Gershon Awards for Junior Investigators. A doutoranda do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) da Universidade Samira Valvassori vai receber o prêmio, que reconhece profissionais que pesquisam sobre o transtorno bipolar. A Unesc é a única instituição brasileira presente na conquista.

“Para Unesc, para o Laboratório de Neurociências e para mim é de extrema importância ter o nosso trabalho sendo reconhecido mundialmente, principalmente por pesquisadores que trabalham especificamente na área. Isso só enfatiza nosso esforço e seriedade”, comenta Samira.

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A premiação será entregue no dia 14 de junho, durante a abertura da 10ª Conferência Internacional sobre Transtorno Bipolar, que será realizado em Miami (EUA).

Pesquisa reconhecida

A escolha dos quatro premiados se dá através de um estudo desenvolvido pelo pesquisador, além da análise do seu currículo pela Sociedade Internacional de Transtorno Bipolar. O trabalho de Samira reconhecido foi “Efeitos dos estabilizadores do humor sobre uma via de sinalização de morte celular em um modelo animal de mania induzido por ouabaína”.

“Neste trabalho nós avaliamos os efeitos de estabilizadores de humor, ou seja, fármacos utilizados no tratamento do transtorno bipolar. Com ele nós contribuímos para o entendimento sobre a fisiopatologia (funcionamento) do transtorno bipolar e sobre como funciona os estabilizadores do humor”, explica a doutoranda.

A pesquisa de Samira está sendo feita na Universidade de Toronto (Canadá), onde ela faz doutorado sanduíche, com a orientação dos professores doutores Trevor Younge e Ana Cristina Andreazza. Na Unesc ela é orientada pelo professor doutor João Quevedo.

Destaque internacional

Além da Unesc os quatro pesquisadores premiados também representam outras instituições, como a Universidade de Groningen (Holanda); o Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências (Índia); a Universidade Local de Paris, a Fundação Fundamental, o Centro de Pesquisa Neurospin e o Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (França), e a Universidade de Toronto (Canadá).

Incentivo desde a graduação

“Eu trabalho com pesquisa na Unesc desde a minha graduação, como aluna de iniciação científica. Depois fui aluna de mestrado e agora de doutorado. Eu acredito que esse prêmio fecha com ‘chave de ouro’ a minha formação e toda a minha dedicação durante esses quase 10 anos”, afirma Samira, que tem 27 anos e é graduada em Ciências Biológicas.

A doutoranda destaca que a conquista de um prêmio internacional é um reconhecimento ao seu trabalho. “Significa que estou no caminho certo e, apesar das dificuldades, de tanto estudo e esforço, sempre existe o reconhecimento, que no final das contas é a maior recompensa”, descreve.

Fonte: Secom – 25 de abril de 2013

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ABP promove campanha pública sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do transtorno bipolar que  afeta de 3 a 8% da população brasileira.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) promove campanha pública sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do Transtorno Bipolar, uma doença que afeta de 3% a 8% da população, segundo diferentes estudos.  A campanha faz parte de um programa de educação continuada da ABP contra o estigma e preconceito em relação a pacientes com transtornos mentais.  A campanha inclui a distribuição de material educativo sobre a doença para pacientes e familiares e programa de educação médica continuada. A campanha tem o apoio da ABTB –  Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, da ABRATA – Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos e  da Abbott.

Transtorno bipolar é uma doença que há alternância de fases de hiperexcitabilidade e agitação com fases de profunda tristeza e depressão. É crônica que, como o diabetes e hipertensão arterial, pode também ser tratada e controlada.  Manifesta-se inicialmente na adolescência (60% dos casos antes dos 20 anos de idade), mas pode ocorrer em qualquer idade. É um dos três distúrbios mentais mais comuns (as outras são esquizofrenia e depressão) e é a sexta principal causa de falta ao trabalho.

Dos cerca de 25% que tentam o suicídio, 4%  se suicidam de fato. Entre os pacientes tratados, o índice de tentativas cai para cerca de 10%.

“Temos que identificar e tratar pessoas com transtorno bipolar, para que tenham uma vida normal e produtiva. Isto significa não apenas tratar o paciente adequadamente, mas também combater o estigma e preconceito contra as pessoas portadoras de transtornos que afetam a mente, e reintegrá-los à sociedade”, afirma Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Os principais sinais e sintomas do transtorno bipolar são:

  • Sentimento de êxtase, júbilo
  • Irritação e agitação
  • Pensamento e fala rápida
  • Distrair-se facilmente
  • Desejo de envolver-se em vários projetos ao mesmo tempo
  • Insônia ou pouca necessidade de sono
  • Comportamento impulsivo e de risco, como sexo por impulso e sem proteção
  • Julgamento prejudicado
  • Agressividade e hostilidade

A maioria dos pacientes também alterna episódios de agitação e euforia com períodos (por vários dias ou mesmo semanas) de profunda tristeza, desânimo, sensação de vazio, perda de interesse em atividades, ou assuntos, que normalmente provocariam prazer; sensação prolongada de cansaço, mudanças nos hábitos alimentares e de padrão de sono, e pensamentos suicidas e de morte.

A ABP conta também com o apoio das sociedades regionais de psiquiatria e irá distribuir material educativo em hospitais e centros médicos, tanto para profissionais de saúde, quanto para pacientes e seus familiares.

A Associação Brasileira de Psiquiatria é uma organização sem fins lucrativos, que representa os psiquiatras brasileiros.  A cada ano, a ABP organiza o Congresso Brasileiro de Psiquiatria – o maior evento brasileiro e da América Latina (e o terceiro maior do mundo) da especialidade.

Para mais informações, acesse www.abp.org.br

 

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Mais da metade dos bipolares não recebe tratamento

Mapeamento mundial sobre transtorno bipolar mostra que menos da metade dos doentes recebe tratamento.

A pesquisa avaliou mais de 60 mil pessoas em 11 países como Brasil, EUA e China, das quais 2,4% apresentavam o transtorno. O resultado foi publicado no “Archives of General Psychiatry”.

Os pesquisadores escolheram amostras aleatórias em suas regiões e fizeram entrevistas com base em critérios da Organização Mundial da Saúde para o diagnóstico.

O transtorno bipolar é caracterizado por oscilações de humor entre euforia (ou mania) e depressão. Pode causar irritabilidade, agressividade e ideias suicidas.

BRASIL – Apesar da gravidade dos sintomas, só 42,7% das pessoas diagnosticadas no mapeamento estavam sendo tratadas por um especialista. No grupo de países que incluía o Brasil, esse índice era ainda menor: 33,9%.

“A pessoa não tem acesso ao sistema de saúde, ou acha que os sintomas são resultado do uso de drogas”, diz a psiquiatra Laura Helena de Andrade, coordenadora de epidemiologia do Instituto de Psiquiatria da USP e responsável pela coleta de dados na Grande São Paulo.

Segundo ela, é comum um bipolar receber diagnóstico de depressão, porque a manifestação de euforia pode ser mais leve. “E é muito mais comum a pessoa só ir buscar tratar a depressão, porque ela incomoda mais. Mas, se o médico ministrar antidepressivos, pode desencadear episódios de mania, com aumento da irritabilidade”, diz.

Segundo o estudo, esse transtorno é mais incapacitante do que cada um dos tipos de câncer, e mais até que Alzheimer. Bipolares sofrem por mais anos com os prejuízos do transtorno, em comparação aos outros doentes.

O dado foi extraído de um relatório da OMS segundo o qual a bipolaridade representa 0,9% das doenças incapacitantes, logo à frente do Alzheimer, com 0,8%.

“A pessoa já começa a ter problemas na adolescência ou no começo da vida adulta e, ao longo do tempo, vai perdendo habilidades como capacidade de raciocínio, memória e concentração”, diz o psiquiatra Ricardo Moreno, que coordena o programa de transtornos afetivos do Instituto de Psiquiatria.

O psiquiatra Eduardo Tischer, da Unifesp, acrescenta: “A doença é crônica, e leva meses para que o paciente consiga se restabelecer. Enquanto isso, ele sofre prejuízos no trabalho e suas relações familiares pioram”.

O não tratamento só piora os sintomas. “A pessoa tem mais chances de recorrer a drogas, álcool e de cometer suicídio”, afirma Tischer.

Fonte: Jornal FOLHA de SP –  23/03/2011 Autor da reportagem: Guilherme Genestreti/SP

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Nova técnica promete abreviar o tratamento da depressão

A técnica, que faz uma estimulação magnética transcraniana profunda, está sendo testada no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Não há corte, nem dor. Há expectativa é que o equipamento reduza o tempo de tratamento e o uso de medicamentos

Segundo o médico Marco Antonio Marcolin, no Brasil, a estimulação magnética profunda só é feita no Hospital das Clínicas de São Paulo. “Esse tratamento pode substituir medicações em pacientes que não têm resposta aos remédios ou apresentam efeitos colaterais”, explica o médico.

Essa pesquisa ainda aceita pacientes dispostos a participar. Eles precisam ter de 18 a 65 anos. Para se inscrever, mande um email para pesquisadepressaobipolar@gmail.com

Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/videos/t/edicoes/v/nova-tecnica-promete-abreviar-o-tratamento-da-depressao/2438921/

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Programa identifica tendências a transtorno de humor

Pesquisadoras brasileiras criaram um método capaz de identificar adolescentes com risco de desenvolver transtornos de humor. O trabalho, divulgado na revista PLoS One, utiliza imagens do cérebro obtidas por ressonância magnética funcional para prever a probabilidade de que um jovem desenvolva doenças psiquiátricas com até 75% de acerto.

Com o prognóstico seria possível pensar formas de atenuar, remediar ou, até mesmo, evitar o aparecimento do transtorno, aponta Letícia de Oliveira, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ela realizou a pesquisa durante seu pós-doutorado no King’s College, em Londres. Hoje, realiza o mesmo tipo de pesquisa no País, inclusive com outros tipos de doenças neurológicas e psiquiátricas. “É realmente um trabalho pioneiro” aponta Janaína Mourão Miranda, do University College London (UCL). Janaína trabalhou com Letícia no King’s College. Hoje, está montando uma equipe para pesquisar o tema com dinheiro da Fundação Wellcome Trust.

Trabalhos anteriores já tinham utilizado neuroimagens para diagnosticar doenças. Mas, até agora, nenhum tinha comprovado a conveniência da técnica para realizar prognósticos. As imagens utilizadas no estudo foram colhidas há cerca de quatro anos, nos Estados Unidos, e enviadas à Inglaterra para o estudo. À época, eram todos adolescentes saudáveis, que tiveram suas imagens cerebrais coletadas enquanto visualizavam faces com conteúdo emocional – como medo, felicidade ou apatia.

Os pesquisadores tiveram acesso à evolução clínica dos voluntários que participaram da pesquisa. “Por isso, percebemos que, quanto maior era o grau de certeza da resposta do programa que analisava as imagens, maior era a chance dessas pessoas terem desenvolvido, na vida real, transtornos psiquiátricos”, aponta Janaína.

Fonte: As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. Publicado em 14.05.2012 Agência Estado  http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/saude/noticia/2012/05/14/programa-identifica-tendencias-a-transtorno-de-humor-342471.php

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Cientistas testam estímulo elétrico para tratar a depressão.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo são responsáveis pela pesquisa. Os primeiros resultados já trazem uma nova esperança para quem sofre da doença.

Assista a matéria transmitida pela TV Record, no dia 13 de fevereiro de 2013. Neste vídeo a vice-presidente da ABRATA,  Sra Bernardete Araújo,  dá um depoimento.

http://rederecord.r7.com/video/cientistas-testam-estimulo-eletrico-para-tratar-a-depressao-511b7dda92bbaaa48a7c2497/

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SP testa estimulação com corrente elétrica para depressão

Mariana Versolato
Folha de São Paulo – 07/02/2013

Pesquisadores da USP testam uma alternativa indolor, de baixo custo e com poucos efeitos colaterais para o tratamento da depressão.

Trata-se da estimulação com corrente elétrica contínua. E, ao que indica um estudo publicado pelo grupo no “Jama Psychiatry”, revista da Associação Médica Americana, a técnica é eficaz.

Na pesquisa, 120 pessoas com depressão foram divididas em grupos para avaliar a eficácia da técnica, do antidepressivo sertralina (um inibidor da recaptação da serotonina) e da combinação dos dois tratamentos.

Drogas e estimulação tiveram resultados similares e, juntas, um resultado ainda melhor. Entre os que usaram as terapias combinadas, 63% tiveram alguma melhora.

Desses, 46% tiveram remissão, ou seja, a ausência completa de sintomas.
combinação

Segundo André Brunoni, psiquiatra do Hospital Universitário da USP e principal autor da pesquisa, esse é o primeiro estudo a comparar o tratamento com antidepressivos e a combiná-los.

A explicação para o sucesso dessa soma ainda precisa ser confirmada por exames de imagem, mas os pesquisadores imaginam que a estimulação e o remédio atuem em diferentes regiões do cérebro ligadas à depressão.

A técnica, ainda experimental, tem poucos efeitos colaterais (no estudo, foram observados vermelhidão na área da cabeça onde os eletrodos foram posicionados e sete episódios de mania) e custo relativamente baixo.

O aparelho é simples de ser fabricado, pode ser portátil e custa de R$ 500 a R$ 1.000, segundo Brunoni.

Um aparelho de estimulação magnética transcraniana (técnica de neuromodulação não invasiva mais estudada e que recebeu o aval para depressão no Brasil em 2012) chega a custar de US$ 30 mil a US$ 50 mil (R$ 59 mil a R$ 119 mil).

CONVINCENTE

A estimulação por corrente contínua não é novidade –pesquisas em humanos para depressão e esquizofrenia são feitas desde a década de 1960. Os estudos foram retomados a partir de 1990, mas a quantidade é pequena.

“Até esse estudo da USP, os resultados desse tipo de estimulação não eram muito convincentes. Talvez isso se modifique agora”, afirma Marcelo Berlim, professor assistente do departamento de psiquiatria da Universidade McGill, em Montréal, Canadá, e diretor da clínica de neuromodulação da instituição.

“É um avanço importante, mas não significa que vamos usar amanhã na prática clínica. Precisamos de mais estudos”, diz Brunoni.
Berlim afirma que um dos entraves para que sejam feitas pesquisas maiores para a aprovação da técnica é a falta de investimento de grandes fabricantes do aparelho.

“Como ele é simples e barato, não há interesse por parte da indústria em desenvolver pesquisas de milhões de dólares”, afirma o psiquiatra.

ELETROCHOQUE

Bobinas e eletrodos na cabeça não são exclusividade da estimulação elétrica por corrente contínua. Duas técnicas similares, que têm em comum a ausência de medicação, são usadas e aprovadas para depressão no país.

A eletroconvulsoterapia, conhecida como eletrochoque, é a mais invasiva. O paciente recebe anestesia geral, e os eletrodos induzem uma corrente elétrica no cérebro que provoca a convulsão, alterando os níveis de neurotransmissores e neuromoduladores, como a serotonina.

Ela é indicada para depressão profunda e em situações em que o paciente não responde aos medicamentos.

Seus efeitos cognitivos, porém, são indesejáveis e incluem perda de memória. Os defensores da técnica dizem que o problema é temporário.

Já a estimulação magnética é indolor e não requer anestesia, assim como a que usa corrente contínua.

Uma bobina, que é apoiada na cabeça do paciente, gera um campo magnético que afeta os neurônios, ativando-os ou inibindo-os. As ondas penetram cerca de 2 cm.

Em maio de 2012, o CFM (Conselho Federal de Medicina) aprovou a técnica para tratamento de depressões uni e bipolar (que pode causar oscilações de humor) e de alucinações auditivas em esquizofrenia e para planejamento de neurocirurgia.

O IPq (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP), centro pioneiro em pesquisas com estimulação magnética no país, estuda a aplicação para depressão desde 1999.

“A estimulação por corrente contínua está hoje onde a estimulação magnética estava há 15 anos”, afirma o psiquiatra André Brunoni.

O Hospital das Clínicas atenderá às pessoas com depressão pela Internet.

O Hospital das Clínicas testará, pela primeira vez, o tratamento de pacientes deprimidos por meio de videoconferência pela Internet.
Os cem pacientes selecionados serão divididos.  Metade receberá o atendimento convencional e os demais serão atendidos virtualmente e receberão remédio que serão entregues pelo motoboy.  O tratamento terá duração de um ano.  Interessados poderão se inscrever pelo e-mail  agendamento.ipq@gmail.com
 

PROJETO BIPOLAR

Dra. Tiffany Moukbel Chaim

O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é um dos mais prevalentes e potencialmente graves transtornos psiquiátricos. O diagnóstico precoce e tratamento adequado são de grande importância para evitar possíveis prejuízo decorrentes da doença, tanto sociais como profissionais e pessoais.

No entanto, o correto diagnóstico da doença muitas vezes pode ser prejudicado devido a informações imprecisas dos familiares e do próprio paciente (muitas vezes o próprio paciente não se reconhece doente). Ainda, outro fator que pode dificultar o diagnóstico é a ocorrência simultânea de outros transtornos psiquiátricos, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

O TDAH é um transtorno que tem seu início da infância e 50% deles se mantêm no adulto. Pode ser caracterizado por uma história contínua de inquietação excessiva, esquecimento, distração, impulsividade e/ou falta de atenção.

Alguns sintomas de TDAH se apresentam de forma bastante semelhante com os do TAB, tais como: falar demais, se distrair facilmente, dificuldade em manter a atenção em determinada coisa, inquietação.

Assim, o diagnóstico impreciso pode ser devido não identificação ou identificação incorreta dos sintomas de TDAH e/ou TAB.

Tratar um paciente erroneamente como TDAH e/ou TAB pode causar piora importante de sintomas como irritabilidade, agitação e ansiedade ou pode simplesmente não melhorar os sintomas.

Tendo em vista estas questões, estamos realizando uma pesquisa no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas com o propósito de investigarmos possíveis exames que ajudem no correto diagnóstico destes transtornos. Assim, estamos recrutando pacientes de ambos os sexos, entre 18 e 35 anos, com suspeita de terem transtorno bipolar ou transtorno bipolar e TDAH. Os interessados devem residir em São Paulo e não podem ter tratamento psiquiátrico prévio nem história de uso de drogas. Os sujeitos que forem incluídos na pesquisa, realizarão exames de sangue e de ressonância nuclear magnética e terão acesso a tratamento e acompanhamento clínico.

Interessados favor entrar em contato no telefone: 2661-8132, ou por e-mail no endereço: projetobipolar@gmail.com

73 Comentários

  1. Lucia Maria Sarmento 31 de março de 2012 às 03:08 - Responder

    Olá de novo, não me encaixo neste projeto que é pesquisa, mas dou os parabéns pela iniciativa deste trabalho e parabéns para a ABRATA por estar divulgando estas coisas. Vou fazer minha parte divulgando.

    • Dra. Tiffany Chaim 9 de abril de 2012 às 21:46 - Responder

      Olá Lucia!
      Esse auxílio para divulgação é de grande valor para nós!
      Agradecemos a colaboração!
      Abraços.

  2. Sandra Terezinha Cardoso Bueno 2 de abril de 2012 às 01:00 - Responder

    Parabéns, sou de Porto Alegre Enfermeira adorei o site teria muitas pessoas para indicar
    mas é somente para São Paulo faço minha parte divulgando o projeto.

    • Dra. Elisa Brietzke - Conselho Científico ABRATA 2 de abril de 2012 às 03:23 - Responder

      Obrigada, Sandra. Se, em algum momento você passar por São Paulo, faça um contato para vir nos conhecer. Um abraço.

  3. tadeu nogueira 6 de abril de 2012 às 18:01 - Responder

    estive ontem no hospital bezerra de menezes onde minha esposa esta internada por um surto ,só que não acho que ficar internado ajuda ao portador de tb, fiquei observando os outros pacientes que estão com ela na mesma ala do hospital e acho que devem influenciar pra baixo o paciente que mesmo em surto poderia ser tratado em casa , assim como eu acho que outras pessoas também devem ter a mesma idéia , sei que quem internou foi nós da família, por não conseguir uma solução de rápido resolução, acho que hoje faltam hospitais ou clinicas para pacientes com quadros menos agrecivos , sinto no meu intimo que estou traindo a moral da minha esposa ou deixando ela sofrer desnecesariamente , talvez devese fazer de forma diferente, obrigado

    • Dra. Elisa Brietzke - Conselho Científico ABRATA 7 de abril de 2012 às 10:08 - Responder

      Prezado Tadeu,
      a experiência de internar um familiar é sempre difícil. Por um lado, a internação às vezes é a única saída para uma situação de surto e, por outro, sempre preferimos ter o nosso familiar em casa, junto da gente . Em situações extremas, como risco de suicídio, risco que a pessoa machuque alguém ou que faça coisas muito ruins para ela mesma, a internação pode salvar a vida dela e de outras pessoas. Convido você a conhecer e participar da ABRATA. Você vai conhecer outras pessoas que passaram por situações semelhantes e acho que pode ser muito bom pra você. Saiba que você não está traindo a moral da sua esposa, você está cuidando dela, cuidando para que ela não se machuque, não machuque ninguém e melhore o mais rápido possível. Um abraço solidário.

  4. magale h 10 de abril de 2012 às 11:55 - Responder

    Parabéns, pelo blog. Sou do Rio Grande do Sul, aqui também há muito sofrimento relacionado aos transtornos de humor. Divulgarei sempre este projeto.

    • Dra. Elisa Brietzke - Conselho Científico da ABRATA 10 de abril de 2012 às 20:44 - Responder

      Prezada Magale,
      aí no Rio Grande do Sul, você encontra uma atividade psicoeducativa no Hospital de Clínicas. Você pode acompanhar a programação pelo site http://gapb.wordpress.com/gapb/
      Um abraço.

  5. Marisa Jayme Pinto 19 de abril de 2012 às 14:29 - Responder

    Acho este projeto maravilhoso,parabens a vcs todos !
    Que se dedicão tanto em ajudar pessoas e familiares como e meu caso
    tenho um filho bipolar e estou qpreendendo muito no Abrata e participando
    das reuniões.abraços

    • Equipe ABRATA 19 de abril de 2012 às 15:16 - Responder

      Olá Marisa,
      Esta ação voluntária é feita por famliares e portadores dos Transtornos de Humor. Temos a convicção de que a informação a respeito da doença, sintomas, tratamentos, é a melhor forma dos portadores lidarem com suas dificuldades e aceitar o tratamento – indispensável e dos familiares entenderem a importância da ajuda e compreensão nesta situação. A ABRATA surgiu desta necessidade.
      Bom saber que estamos alcançando nossos objetivos !
      Saudações da equipe ABRATA

  6. Daniela Sousa Ribeiro Parreira 9 de julho de 2012 às 14:29 - Responder

    Olá,
    Meu marido é bipolar, foi diagnosticado a 4 anos, faz tratamento no Proman, mas vive em autos e baixos! No momento estou sem paciência com seu constante mal humor, falta de tolerância, comigo o e nosso filho de 7anos. O menino está fazendo terapia pois tem problema com o sono e a convivência com o pai assim só tem piorado. Me ajudem! Estou sem forças p/ lutar!

    • Equipe Abrata 12 de julho de 2012 às 14:28 - Responder

      Prezada Daniela
      Boa Tarde!

      A família e as pessoas mais próximas dos portadores de bipolaridade são peças fundamentais na aderência ao tratamento e no aumento de prognósticos positivos de tratamento e na diminuição do preconceito. A família precisa saber o que é e como se trata a pessoa com transtorno bipolar para auxiliar. Essa compreensão trará à pessoa uma sensação de apoio, atitude importante no relacionamento familiar. Mas, os familiares também precisam se cuidar! Buscar grupo de apoio mútuo para familiares, constituídos de pessoas que apresentam problemas em comum, ligados a bipolaridade, cuja finalidade é trocar experiências. compartilhar vivências, buscar soluções e prestar ajuda, apoio e conforto. A ABRATA oferece esse atendimento, tanto para os familiares como para o portador, e acontecem nas terças e nas quintas-feiras, das 18h30 as 20h. venha participar! Veja como proceder a inscrição em nosso site.
      Obrigada pelo seu contato.
      Equipe Abrata

  7. Leila 6 de agosto de 2012 às 17:06 - Responder

    Gostaria de saber se existe alguma associação ou grupo no Rio de Janeiro. Muito grata, Leila

    • Bernardete de Araujo 7 de agosto de 2012 às 15:04 - Responder

      Leila,
      Consulte o site da dra. Evelyn Vinocur, neuropsiquiatra, que coordena um grupo de apoio em Vila Isabel.
      http://www.evelynvinocur.com.br/
      Bernardete

      • Equipe Abrata 9 de agosto de 2012 às 15:47 - Responder

        Bernadete
        Excelente dica!
        Bjs
        Neila

  8. Eunice Gomes da Fonseca F Fróis 4 de novembro de 2012 às 20:47 - Responder

    Gostaria de saber se existe alguma associação ou grupo em
    Belo Horizonte.
    Muito grata, Eunice

    • Equipe Abrata 6 de novembro de 2012 às 18:00 - Responder

      Prezada Eunice

      Obrigada por entrar em contato conosco!
      Infelizmente, ainda não identificamos na cidade de Belo Horizonte uma associação que oferece atividades como a Abrata.
      Abraços
      Equipe Abrata

  9. Mara 15 de novembro de 2012 às 11:18 - Responder

    Em Salvador na Bahia posso encontrar algum grupo de ajuda? Obrigada.

    • Equipe Abrata 16 de novembro de 2012 às 17:37 - Responder

      Mara
      Boa tarde!
      Obrigada por entrar em contato conosco!
      Infelizmente, ainda não temos temos referência de grupos na Bahia para lhe informar. Estamos pesquisando e, ainda hoje, postamos novos endereços em nosso blog. Mas por enquanto ficamos lhe devendo essa informação. Mas, não desamina! Continue em contato conosco. Assim que a ABRATA localizar um grupo na Bahia, divulgaremos.
      Abraçoos!
      Equipe Abrata

  10. Edna Freires Miranda 7 de dezembro de 2012 às 13:04 - Responder

    Gostaria de receber informações, sobre como posso participar de consultas, para crianças?

    • Equipe Abrata 7 de dezembro de 2012 às 14:38 - Responder

      Prezada Edna
      Seja bem vida ao blog da Abrata!

      Esclarecemos que a Abrata não mantém atendimento para consultas médicas, mas atendimento de Grupos de Apoio Mútuo para a pessoa com bipolaridade, para seus familiares e amigos. Esses GAM acontecem toda terça e quinta-feira, das 18h30 às 20h.

      Sobre a criança bipolar, a Abrata espera, em breve, criar um Grupo de Apoio Mútuo para os pais de crianças com diagnóstico de TH e bipolaridade.

      Edna continue visitando o blog porque ainda vamos publicar mais informações acerca do Transtorno do Humor em crianças e jovens, tendo em vista esse assunto estar despertando bastante interesse.

      Para você participar dos Grupos de Apoio Mútuos, primeiro vc precisa se inscrever por telefone para participar do Grupo de Acolhimento. Nesse Grupo, os voluntários explicam sobre as ações da Abrata e o funcionamento do Grupos de Apoio Mútuo. E, neste mesmo dia, você poderá fazer a sua inscrição para o GAM.
      Abraços
      Equipe Abrata

  11. marcia cristina frote 11 de dezembro de 2012 às 11:11 - Responder

    Estou precisando de ajuda tenho depressão, não sei o que fazer, sinto muita tristeza, angustia, irritação, as vezes tenho vontade de sumir mas penso no meus filhos me ajuda por favor.

    • Equipe Abrata 11 de dezembro de 2012 às 16:42 - Responder

      Prezada Márcia
      Bem vinda a Abrata! Obrigada pelo seu contato!

      Tudo que você se refere faz parte do quadro da depressão. Busque a ajuda de um bom profissional médico, caso você ainda não tenha. Procure também o apoio de um psicólogo. Com o tratamento adequado esses sintomas poderão diminuir, desaparecer, e a sua vida poderá ser diferente sem depressão, isto é, voltar a ter qualidade de vida. É importante seguir o tratamento de forma adequada: o tratamento de manutenção reduz o risco de recorrências, diminui o retorno de novas crises de depressão.

      A depressão não é uma “fraqueza” e nem “loucura”. A pessoa não melhora apenas através da força de vontade. É importante não se isolar, procure ajuda dos familiares e amigos. A família também pode ajudar no seu tratamento ao observar os sintomas, ao conversar sobre as emoções e as dificuldades que vc sente. A família poderá acompanhá-la às consultas e incentivá-la a continuar o tratamento, mesmo quando as vezes você achar que os resultados estão demorando a aparecer, mas saiba, serão positivos.
      Abraço fraterno! Conte conosco!
      Equipe Abrata

  12. Anonimo 27 de janeiro de 2013 às 22:31 - Responder

    Já passei por algumas internações psiquiátricas e HD’s, mas a cada internação muda o médico e a medicação. Não sei em quem acreditar.
    Me foi passado o diagnóstico de depressão bipolar, e numa internação uma profissional tirou o anti-depressivo q eu tomava a anos e mudou quase tudo.
    Na última outro profissional voltou com uma medicação q eu já havia experimentado e não surtiu efeito mesmo na dosagem máxima.
    Já experimentei diversos remédios, sendo até cogitado ECT.
    Ambos – e quase todos os outros q me atenderam – me pareceram capazes e competentes, dentro do meu olhar de paciente, mas estou realmente confuso e me sinto um tubo de ensaio.
    Vcs me dariam alguma orientação?
    Muito obrigado!

    • Equipe Abrata 29 de janeiro de 2013 às 15:58 - Responder

      Prezado

      Infelizmente, não é incomum histórias como a que você descreve. Apenas pelo seu relato, não é possível fazer um diagnóstico ou comentar as condutas dos profissionais, nem seria essa a função deste blog. Mas, podemos lhe dizer que o tratamento do transtorno bipolar é complexo. Seu diagnóstico pode demorar vários anos para ser efetivado e nem sempre encontramos profissionais devidamente preparados para fazer a diferença entre uma depressão bipolar e uma depressão unipolar.
      O melhor que podemos lhe dizer é que é fundamental que os pacientes estejam informados sobre o seu transtorno, pois assim poderão tanto fornecer mais detalhes sobre seus sintomas aos profissionais de saúde que o atenderem, como também poderão questionar as condutas dos médicos que lhe pareçam duvidosas ou que tenham sido ineficazes no passado. Além da informação, é importantíssimo participar de grupos de portadores de transtornos do humor, para troca de experiências e aprendizagem de novas soluções para os problemas comuns. Para tanto, convidamos você para participar das atividades da ABRATA, tanto dos grupos de ajuda mútua como das palestras e encontros psicoeducacionais, assim você se informará melhor e terá mais chance de encontrar saídas adequadas para as dificuldades que estiver vivendo em cada momento.
      Grande abraço,
      Equipe da ABRATA.

  13. Elói Leandro 29 de janeiro de 2013 às 20:00 - Responder

    Tenho características de portador de transtorno bipolar de humor, existe algum grupo de apoio do HC? Tenho 51 anos e moro em São Paulo.

    • Equipe Abrata 30 de janeiro de 2013 às 15:35 - Responder

      Prezado Elói
      Boa tarde! Obrigada pelo contato com a ABRATA!
      A ABRATA, entre várias atividades desenvolvidas, oferece o Grupo de Apoio Mútuo/GAM que acontece todas as terça e quinta-feira, das 18h30 às 20h00, em sua sede. Para você se inscrever no GAM será necessário, anteriormente, vc participar do Grupo de Acolhimento que acontecerá no dia 06 de fevereiro, na quarta-feira, às 18h30. Faça a sua inscrição pelo telefone (11) 3256-4831 de segunda à sexta, das 13h30 às 17h00.

      Sobre o HC acesse o site http://www.progruda.com e veja as informações acerca dos atendimentos oferecidos. Este grupo de estudos está vinculado ao Instituto de Psiquiatria do HC.
      Grande abraço! Conte conosco!
      Equipe Abrata!

  14. severino f.de medeiros 6 de fevereiro de 2013 às 14:42 - Responder

    temos um funcionários, que trabalha c/ nós, já algum tempo.recentimente o mesmo
    está muito deprimido, e falar que quer tirar a propria vida.
    gostaria de saber se vçs podem nos ajudar, para que possamos emcaminhar ele p/ um psicologo.
    o mesmo já viveu um periodo em orfanato, e sofreu muito c/ colegas.

    • Equipe Abrata 7 de fevereiro de 2013 às 11:43 - Responder

      Sr Severino
      Bom dia!
      Excelente posicionamento da Empresa! A pessoa com sintomas de depressão necessita do apoio de um profissional da área de saúde mental. A depressão tem tratamento!
      Enviamos para o seu e-mail pessoal a indicação solicitada.
      Equipe Abrata

  15. WALKER FONSECA 3 de abril de 2013 às 17:07 - Responder

    Fiz a ficha de inscrição para participar da pesquisa de tab, e ate agora não obtive nenhuma resposta, espero que me retornem para que eu possa com mais essa oportunidade viver com esse transtorno cada vez melhor, espero ansioso sua resposta, desde já grato……

    • Equipe Abrata 3 de abril de 2013 às 17:24 - Responder

      Prezado Walker
      Boa Tarde!

      Que bom que vc conseguiu fazer sua a inscrição para participar da pesquisa!

      Walker esclarecemos que não é a ABRATA que realiza a pesquisa. Somente divulgamos as pesquisas que são realizadas pelas universidades e os hospitais.
      Também estamos na torcida para que você seja chamado o quanto mais cedo para participar do estudo. Que tal você tentar um novo contato com a equipe da pesquisa! Quem sabe você receberá uma nova informação!
      Sempre é muito bom conhecer e aprender acerca do transtorno bipolar e de como ele afeta a vida de cada um e principalmente como podemos nos cuidar e ter um boa qualidade de vida.
      Abraços
      Equipe Abrata

  16. Valéria 4 de abril de 2013 às 17:51 - Responder

    Tenho uma amiga, ela foi diagnosticada com transtorno bipolar. Hoje ela faz tratamento no SUS em uma UBS próximo a sua casa. Há pouco tempo ela estava na fase de depressão, hoje encontra-se na fase de euforia. Ela foi diagnosticada a 4 anos, mas parece que o tratamento não surte efeito. Penso que se fizesse um tratamento no Hospital das Clínicas seria melhor, porque o Hospital oferece mais condições de tratamento.
    Precisamos muito de ajuda , temo pelo pior porque em uma das vezes que estive na casa desta amiga, ela disse que tinha vontade de ir pro céu…mas, queria levar os meninos dela junto com ela. Ela tem dois filhos , um de 9 outro 13 anos. Temo pelo suicídio porque li algumas matérias que falam sobre bipolaridade e há um alto índice de suicídios. Por favor, nos ajude!

    • Equipe Abrata 5 de abril de 2013 às 15:40 - Responder

      Prezada Valéria
      Boa Tarde! Benvinda a ABRATA!

      Ressaltamos que a base do tratamento do transtorno bipolar é medicamentoso. Sem ele, a tendência do transtorno bipolar é a repetição de novos episódios(crises) de mania(euforia) e/ou depressão. A adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para conseguir a estabilidade. No entanto, muitas pessoas com esse transtorno têm dificuldade em aceitar uma doença crônica e que precisam tomar medicamentos continuamente para tratá-la. Outras pessoas com transtorno bipolar abandonam o tratamento por causa dos efeitos colaterais dos medicamentos estabilizadores do humor.
      Valéria como vc cita que o tratamento da sua amiga parece não fazer efeito, ressaltamos, inicialmente, algumas situações que podem levar ao fracasso do tratamento após o diagnóstico, isto é a não adesão pelo paciente ao tratamento medicamentoso. Observe se ela vivencia as situações que citamos no primeiro parágrafo.
      Também é importante que a sua amiga procure o apoio de um psicólogo, para fortalece-la e ajudá-la na compreensão da doença.
      A família e os amigos mais próximos podem colaborar muito na continuidade e na manutenção e desenvolvimento do tratamento, evitando atitudes de impaciência, hostilidade e negatividade.
      No caso da depressão, em algumas situações a pessoa com depressão percebe que não está bem, mas em geral pode não reconhecer o motivo. Idéias de suicídio aparecem com frequência durante os episódios e estima-se que 15% dos portadores de depressão tentem suicídio. Nestas situações, toda a família deverá ficar muito atenta, observar os comportamentos e comunicar-se com o médico!
      Valéria a ABRATA oferece várias atividades ao portador, seus familiares e amigos. Aproveitando a oportunidade e convidamos você e a sua amiga portadora para participar do Grupo de Apoio Mútuo, que acontecem na terça e quinta-feiras, das 18h30 as20hh. A finalidade deste grupo é trocar experiências, compartilhar vivências, prestar ajuda, apoio e conforto. São dois tipos de grupo: um para o portador e outro para familiar e amigo.
      Abraço fraterno
      Equipe Abrata

  17. Daniele 5 de maio de 2013 às 20:10 - Responder

    Fui diagnosticada ha um mes, e infelizmente onde moro não tenho encontrado suporte o bastante para a maioria das minhas dúvidas, mas alem do diagnostico (que ja me deixou apreensiva) o que mais tem me afetado é saber lidar com as pessoas que acabei “prejudicando ” quando a mania vinha, sou casada ha 10 anos e meu marido não está sabendo lidar com tudo isso, e ele como a maioria das pessoas acham que é apenas mais uma ” frescura” minha, me sinto muito mas muito sozinha pra lutar contra essa doença.

    • Equipe Abrata 6 de maio de 2013 às 15:49 - Responder

      Prezada Daniele
      Boa tarde!
      Obrigada pelo seu contato com Abrata.

      O impacto do diagnóstico é muito forte tanto para o portador, quanto para os familiares. Nenhum deles sabe lidar bem com a situação do diagnóstico, da crise. Também não sabe lidar com as novidades de que o tratamento não pode ser interrompido e que leva algum tempo para se obter o resultado almejado.
      Uma das maiores dificuldades que encontramos para o tratamento e melhora das pessoas com Transtorno do Humor, depressão e bipolaridade, é a aceitação da necessidade do tratamento e a continuidade da medicação. O que parece não ser o seu caso Daniele! Assim sendo, você já pode contabilizar com 50% de ganho do seu caminho. É uma jornada longa para você, seus familiares e amigos, porém, com o uso correto do medicamento e as doses adequadas, você terá todas as chances de manter a estabilidade do humor e ter uma vida digna no ambiente social, familiar e profissional.
      Daniele, cf as suas palavras parece que o seu marido ainda necessita de esclarecimentos sobre os sintomas da doença, a nova rotina de vida como horários para alimentação, sono, que agora vc necessita ter. A participação da família no tratamento da pessoa com transtorno bipolar é um fator importante na prevenção de recaídas e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida e para a toda a família com um todo. Nesse sentindo sugerimos que vc leia e preferencialmente, junto com o seu marido O Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Vc encontrará o livro no site da ABRATA http://www.abrata.org.br no item folhetos. Vc poderá baixar, gratuitamente, em seu computador. Neste local do site, vc também encontrará outros folhetos que falam acerca da doença. Sugira a leitura para o seu marido! Outra sugestão é convidá-lo para lhe acompanhar nas consultas com o seu médico. Neste momento, ele mesmo poderá fazer perguntas ao seu médico acerca da transtorno do humor, do tratamento, ou outras dúvidas que ele tenha.
      Se precisar de um apoio emocional imediato, ligue para o CVV ( Centro de Valorização da Vida ) há sempre um plantonista disposto a ouvi-la e lhe dar uma força. Disque 141, de qualquer lugar do Brasil, 24h. Há também o atendimento online e mesmo presencial. http://www.cvv.org.br
      Sinta-se fraternalmente abraçada e acolhida por nós, da ABRATA. Escreva-nos quantas vezes forem necessárias.
      Equipe Abrata

  18. Fabiane Veloso 16 de julho de 2013 às 19:56 - Responder

    Boa noite
    Meu ex marido descobriu que tem transtorno bipolar ha menos de 1 semana, e esta em estado de luto profundo. Tento ajudá-lo, mas parece muito dificil. Esta tomando o litio e sofre com os efeitos colaterais. Tbem estou confusa, sera que devo ou nao ajuda-lo? Como me portar diante disso, afinal nos separamos depois de um surto que ele teve e foi assim que descobrimos a doença. Me ajudem.

    • Equipe Abrata 17 de julho de 2013 às 10:35 - Responder

      Prezada Fabiane!
      Bom dia!
      Obrigada por entrar em contato com a ABRATA!

      O impacto do diagnóstico é muito forte tanto para o portador do transtorno bipolar quanto para os familiares. Nenhum deles sabe lidar bem com a situação do diagnóstico, a crise, com o tratamento que não poder ser interrompido e que leva algum tempo para obter o resultado almejado.

      Muitas vezes, a negação da doença, o “estado de luto profundo” como vc mesma relata, emerge, é um momento muito delicado! E também, muitas vezes nesse momento acontece a suspensão do tratamento (o abandono ao tratamento), o descompasso do apoio familiar, que geram atraso no controle da doença e perda significativa da qualidade de vida.

      Para reduzir a grandeza desse impacto, a compreensão da família sobre as manifestações da doença também são fatores que contribuem para a melhoria do portador. Buscar informações e conhecer como o transtorno bipolar se manifesta ajudará a você e aos demais familiares como lidar no dia a dia com a nova rotina.

      Como todo tratamento médico, o uso da medicação também pode provocar alguns efeitos colaterais indesejáveis. A maioria dos sintomas, geralmente, ocorre com mais intensidade no início do tratamento e tem uma tendência a diminuir com o tempo. Sempre converse com o médico acerca dos efeitos colaterais, pois somente ele poderá orientá-los e promover ajustes no tratamento, caso ache necessário. Manter o diálogo franco e com atitude de confiança entre o médico e o paciente, é um fator importante para o bom resultado do tratamento.

      Fabiane no site da ABRATA http://www.abrata.org.br você encontrará o livro, para do download, Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar . Além de mais informações acerca do transtorno do humor, vc encontrará dicas de como lidar com as questões do dia a dia da vida do portador. (veja em home, O QUE É?).

      Se você reside em São Paulo, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar das nossas atividades. Temos o Grupo de Apoio Mútuo para familiares e portadores, são dois grupos que se reúnem separadamente, palestras Psicoeducacionais, são encontros, nos quais os membros do Conselhos Cientifico abordam os temas relevantes que cercam o transtorno bipolar.

      Nós, da ABRATA, estamos sempre aqui para recebe-la e acolhe-la!

      Abraços fraternos
      Equipe ABRATA

  19. Tatiana 17 de outubro de 2013 às 23:10 - Responder

    Minha mãe foi diagnosticada com transtorno bipolar há 8 meses. Esta fazendo o tratamento mas este não surte efeito. Há alguns meses ela apresentou a mania de ir na casas de outras pessoas para pedir antidepressivos ou qualquer outro medicamento. Esta muito difícil controlar este tipo de comportamento, pois ela esta fazendo até chantagens. Acreditamos que ela seja viciada em remédios. O que devemos fazer?
    A demora na melhora pode ser devido a esse uso incontrolado de medicamento, adotado por ela antes de ser diagnosticada com trastorno bipolar?

    • Equipe Abrata 18 de outubro de 2013 às 13:00 - Responder

      Olá Tatiana
      Obrigada pelo contato com a ABRATA!

      As pessoas que têm transtorno bipolar devem procurar ter regularidade na tomada da medicação, nos ritmos sociais, ou seja nas horas em que se deitam, se levantam, fazem as refeições, exercícios físicos, etc. Para a medicação, essa conduta é fundamental! Regularidade! Deve-se fazer uso da medicação conforme recomendado/prescrito pelo psiquiatra. A regularidade no uso da medicação favorecerá a melhoria da qualidade de vida do paciente, como também o médico poderá fazer uma análise mais eficiente do uso dos remédios e dosagem prescritos, e se for o caso aumentar ou diminuir a dosagem. A tomada regular da medicação prescrita contribuirá para a remissão dos sintomas. Alterar ou incluir medicação ou a dosagem sem orientação do psiquiatra, influenciará na remissão dos sintomas do transtorno bipolar.

      O fato de se manter um padrão de tomada da medicação e também de atividade/repouso mais ou menos constante, parece funcionar como fator de proteção relativo ao surgimento dos sintomas da doença. Claro que não é preciso haver muita rigidez quanto aos horários, mas é desejável uma certa constância.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  20. E. Max 30 de novembro de 2013 às 14:51 - Responder

    Como faço para fazer esse exame fiquei interessado, onde se faz, estado, caso faça em poa RS ou salvador, favor me orientar.
    Sim, para disturbio de sono e ronco qual exame devo fazer também.
    Obrigado

    • Equipe Abrata 9 de dezembro de 2013 às 11:18 - Responder

      Prezado E. Max

      Qual é o exame que vc se refere que está interessado?

      Equipe ABRATA

  21. Ketlin 12 de março de 2014 às 00:14 - Responder

    Boa noite, eu sou bipolar diagnosticada, não por 1 , mas por 15 psiquiatras, inclusive já fui internada em uma clínica , sei como esse distúrbio toma conta de nos e cada palavra que está,escrita nos quadros de,mania e hipermania, mas graças a Deus e a medicina hoje estou cada dia melhor, tomo meus medicamentos diariamente e levo minha vida normal, só que ultimamente tenho me sentido muito estressada e gostaria de saber oque posso fazer para diminuir esse stress? Que terapias eu poderia fazer, obrigada pela atenção .

    • Equipe Abrata 12 de março de 2014 às 14:37 - Responder

      Olá Ketlin

      A psicoterapia é essencial para apoiá-la e lidar com o transtorno bipolar e as possíveis dificuldades que a doença causou em sua vida. Junto com com um terapeuta, você pode aprender a lidar com sentimentos difíceis ou desconfortáveis, reparar seus relacionamentos, gerenciar o estresse, como vc deseja, e a regular o seu humor. A pesquisa médica indica que as pessoas que tomam medicamentos para o transtorno bipolar são mais propensos a ficar melhor mais rápido e ficar bem, se eles também fazem psicoterapia.
      Tipos de terapia que são especialmente úteis no tratamento do transtorno bipolar: Terapia Cognitivo Comportamental e Terapia focada na família.
      Terapia cognitivo comportamental, busca a percepção e o conhecimento de como seus pensamentos afetam suas emoções. Você também aprenderá a mudar os padrões de pensamento negativo e comportamentos em maneiras mais positivas de responder. No tratamento da TB, o foco está na gestão de sintomas, evitando gatilhos para a recaída, e resolução de problemas.
      Terapia focada na família – conviver com uma pessoa que tem transtorno bipolar pode ser difícil, causando tensão em relações familiares e conjugais. A Terapia focada na família aborda estas questões e trabalha para restaurar um ambiente familiar saudável e solidária. Educar os membros da família sobre a doença e como lidar com seus sintomas é um componente importante do tratamento. Trabalhando através de problemas na comunicação em casa e melhorar, é também um foco de tratamento.

      Outra opção é a psicoeducação – atividades que oferecemos aqui na ABRATA. A psicoeducação é um componente essencial do tratamento. Quanto mais você e seus entes queridos saberem sobre transtorno bipolar, melhor você será capaz de evitar problemas e lidar com os contratempos. Na ABRATA vc encontra os Grupos de apoio mútuo/GAM para os portadores e para familiares. Acontecem duas vezes por semana, na terça e na quinta-feira. São gratuitos. Oferecemos também as palestras mensais, dadas por especialitas da área. Vivendo com transtorno bipolar pode ser um desafio, e ter um sistema de apoio sólido pode fazer toda a diferença em sua perspectiva e motivação. Participando de um grupo de apoio para transtorno bipolar, lhe dará a oportunidade de compartilhar suas experiências e aprender com os outros que sabem o que você está passando. O apoio de amigos e familiares também é inestimável. Veja no site a agenda completa de todas as atividades.

      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  22. Renata 25 de agosto de 2015 às 16:01 - Responder

    Meu nome é Renata, tenho 35 e fui diagnosticada com Transtorno Afetivo Bipolar aos 18 anos. Até 23 anos fiz apenas psicoterapia. Mas tudo realmente mudou, nessa época ,com o falecimento precoce de meu pai, o estresse de ser recém casada e ainda fazer faculdade em outra cidade e o pouco apoio que recebia daquele que na época era meu marido. Em 6 meses de casada entrei numa depressão grave, tentei suicídio e fui internada imediatamente. E apartir daí começa meu tratamento psiquiátrico medicamentoso. Foram algumas trocas de medicação, de tratamentos e de médicos também, além da psicoterapia. Tudo para enfim montar uma rede de apoio que realmente me ajudasse. Pois já são 18 anos de crises depressivas, tentativas de suicídio, crises psicóticas, alucinações, crises de mania, prejuízos financeiro, amorosos, social. Sem contar todas as situações de risco. O prejuízo que todo esse processo causou e continua causando em minha vida é lastimável. Lutei para terminar a faculdade por 10 anos e ainda não consegui. Tentei outros cursos tive problemas, muitas dificuldades. Trabalhar sempre é um prazer, mas dura muito pouco , pois logo vem o medo, o pânico, o estresse e me derrubam.
    Estou realmente ficando preocupada com meu futuro próximo, com minha sobrevivência. Tenho pouca familiaridade com Direito e gostaria de saber como devo proceder com o TAB em relação a um pedido de auxílio ou aposentadoria para o INSS. A quem recorrer? Quais passos seguir? Me deem uma luz. Obrigada.

    • Equipe Abrata 6 de outubro de 2015 às 18:42 - Responder

      Querida Renata

      Desculpe-nos pela demora em lhe responder. Por algum motivo, a sua mensagem ficou perdida.
      Em nossas reuniões de grupos de apoio, tanto com os familiares ou com as pessoas que tem o transtorno bipolar, escutamos questionamentos muito parecidos com os seus. A resposta não é tão simples coo gostaríamos que fosse. O transtorno bipolar tende a ser de natureza episódica. É uma doença tratável, mas ainda não pode ser curada. O objetivo do tratamento deve ser para controlar a doença, diminuir a gravidade de episódios depressivos e maníacos e recidivas para manter a qualidade de vida e bem estar da pessoa.
      O tratamento depende do objetivo a ser alcançado.
      Na fase aguda ele é dirigido para o controle do presente episódio.
      Na fase de manutenção tratamento visa prevenir ou atenuar futuros episódios.
      O tratamento é composto de medicamentos, orientação e psicoterapia.

      Ressaltamos que de nada adianta o médico prescrever o remédio correto se pessoa não tomá-lo. A busca pelo conhecimento sobre a doença educação pela pessoa e da família, suas conseqüências e seu tratamento é crucial para aceitar a doença, perder o preconceito e alcançar mais estabilidade em relação aos sintomas.

      Quanto as questões legais será importante vc consultar um advogado para esclarecer sobre o auxilio doença e aposentadoria. Recebemos relatos sobre a dificuldade em conseguir estes benefícios com o diagnóstico de transtorno bipolar, ou mesmo um dos benefícios, tendo em vista essa doença não ser considerada incapacitante. Porém, também recebemos informações que algumas pessoas conseguiram, recentemente, o benefício após recorrer com processo judicial. Caso não possa constituir um advogado, avalie a possibilidade de procurar a defensoria pública em sua cidade para orientações.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  23. Gabriela Marchiorato 29 de junho de 2016 às 20:13 - Responder

    ABRATA, como faço para deixar meu depoimento na página de vcs?

    • Equipe Abrata 2 de julho de 2016 às 21:42 - Responder

      Olá Gabriela

      Envie o seu depoimento para o e-mail: diretoriaexecutiva@abrata.org.br.
      Lembra-se de citar que autoriza a publicação e em seguida publicamos no BLOG e FB ABRATA.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  24. clinicaviversemdrogas@gmail.com 30 de outubro de 2017 às 14:50 - Responder

    Como funciona o auxílio doença para dependentes químicos?
    http://blog.viversemdroga.com.br/como-funciona-o-auxilio-doenca-para-dependentes-quimicos/

  25. teresa melo 23 de novembro de 2017 às 10:45 - Responder

    bom dia, faço uso da venlafaxina, mas em guarulhos está em falta, onde posso conseguir

    • Equipe Abrata 26 de novembro de 2017 às 09:32 - Responder

      Olá Teresa Melo

      Sugerimos que solicite informações nos seguintes endereços:
      Ambulatório em São Paulo
      Endereço: R. Jequitinhonha, 368 – Belenzinho, São Paulo – SP
      Telefone: (11) 3583-1800.

      Farmácia Várzea do Carmo
      Endereço: Rua Leopoldo Miguez – Cambuci, São Paulo – SP, 01517-040
      Telefone: (11) 3385-7000.

      Abs.
      Equipe ABRATA

  26. Marcelo 9 de janeiro de 2018 às 21:57 - Responder

    Olá!
    Tenho uma questão. Depressão é uma doença da alma? Digo isso porque às vezes não sei se é falta de serotonina, ou coisa parecida, ou algum complexo de culpa gerado por mau comportamento humano que envolvesse questões religiosas, por exemplo.

    atenciosamente,
    Marcelo

    • Equipe Abrata 23 de janeiro de 2018 às 11:42 - Responder

      Olá Marcelo.

      Agradecemos a sua mensagem.
      A depressão é uma doença ou um distúrbio afetivo, que atinge a humanidade desde suas origens, atingindo a autoestima, também o
      sentimento de inferioridade, tristeza, pessimismo, combinando entre si e aparecendo com extrema frequência.
      A depressão é uma doença, diferente do que muitos pensam, que atinge diversas áreas químicas do cérebro. Os neurotransmissores são
      uma grande parte atingida daquelas pessoas que desenvolvem essa doença.
      As causas da depressão não são apenas por consequência de um desequilíbrio químico no cérebro, e não é simplesmente curada com medicamentos.
      Especialistas acreditam que a depressão é causada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Em outras palavras, as
      suas escolhas de estilo de vida, relacionamentos e outras habilidades importa tanto, se não mais, do que a genética. No entanto, alguns
      fatores de risco podem torná-lo mais vulnerável à depressão.
      Por fim, até onde sabemos, acredita-se que a depressão é causada por um desequilíbrio nos neurotransmissores que estão envolvidos na regulação
      do humor. Os neurotransmissores são substâncias químicas que ajudam as diferentes áreas do cérebro a comunicarem uns com os outros. Quando
      certos neurotransmissores são escassos, pode levar a sintomas que reconhecemos como depressão.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  27. blogabrata 9 de fevereiro de 2019 às 12:30 - Responder

    Olá Iangra.

    Não conhecemos grupos de apoio em seu Estado. Procure fazer psicoterapia para ajudar na superação dos
    sintomas do Transtorno Bipolar.
    Siga à risca as prescrições médicas.
    Boa sorte
    Equipe ABRATA

  28. kkakakaKarolinegtchnt 15 de fevereiro de 2019 às 16:11 - Responder

    Meu marido foi diagnosticado há 11 meses, porém sente dor nas articulações desde o inicio do tratamento. Quando fica estressado no trabalho sempre surgem estas dores nas articulações que duram por 3 dias. Ele já fez exames com um reumatologista, mas não tem nenhum diagnóstico de doença reumática, e o mesmo relata que pode ser emocional. Estas dores deixam meu marido muito desanimado e depressivo. Me pergunto se estas dores podem ser devido ao uso do litio e olanzapina, ou se são do transtorno mesmo. Já questionei a psiquiatra, que não foi clara comigo. Poderiam me esclarecer?

    • blogabrata 28 de fevereiro de 2019 às 09:08 - Responder

      Prezada Karoline,
      É muito frequente que o transtorno bipolar se associe a outros transtornos mentais como clínicos. São as chamadas co-morbidades, que significam a presença concomitante de duas doenças associadas. Dentre os problemas clínicos associados ao transtorno bipolar, encontram-se os sintomas reumatológicos. Muitas vezes, a pessoa procura um clínico devido a sintomas reumatológicos e, na investigação diagnóstica se revela que ela é portadora de transtorno bipolar e deve fazer o tratamento não só com o reumatologista mas com um psiquiatra também.
      Quanto a efeitos colaterais do lítio e da olanzapina, essas substâncias não costumam apresentar dores articulares dentre seus efeitos adversos.
      Sugerimos que você converse com a psiquiatra do seu marido e veja a pertinência dela solicitar uma avaliação reumatológica concomitante para seu marido, além de buscar otimizar o tratamento do episódio depressivo que ele apresenta.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

    • blogabrata 15 de abril de 2019 às 07:10 - Responder

      “Prezada leitora,
      É muito frequente a associação do transtorno bipolar com sintomas de outras doenças clínicas e psiquiátricas. Geralmente, a presença de sintomas dolorosos aparecem quando o quadro bipolar ainda não está estabilizado e o indivíduo está deprimido. Quando ocorre remissão (recuperação completa) do episódio depressivo, os sintomas físicos desaparecem. A presença de dores articulares em pacientes bipolares deprimidos é muito comum, podendo ou não estar presente uma doença reumatológica associada.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA”

  29. Alexandre Leonel PaschoalinROb 2 de abril de 2019 às 02:57 - Responder

    Não é possível que,em plena atualidade,ainda existam tratamentos sub-humanos como o eletrochoque. Esses fdp fazem e ainda a família e a sociedade apoiam esse tipo de coisa, se fosse eficiente já tinha curado várias pessoas, mas só presta para deixar os pacientes mais doentes.

    • blogabrata 3 de abril de 2019 às 08:00 - Responder

      Prezado Alexandre,
      agradecemos a sua mensagem.
      Gostaríamos de chamar a sua atenção para o artigo publicado no Site da ABRATA, que reproduzimos em sua íntegra:
      O Papel da Eletroconvulsoterapia – ECT – No Tratamento do Transtorno
      A ABRATA entrevista:
      Márcia Britto de Macedo Soares – Médica psiquiatra
      Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP
      Médica Colaboradora do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (GRUDA) do Instituto de Psiquiatria do HCF-USP
      O eletrochoque é considerado por muitos um tratamento antigo. É usado ainda?
      Quando falamos em convulsoterapia, ou a indução de crises convulsivas com finalidade terapêutica, as imagens associadas são, muitas vezes, aquelas que nos são apresentadas pelo cinema. Não raramente, a convulsoterapia é associada à tortura, a um método de punição, a um tratamento antiquado, ultrapassado. Vale contar um pouco da sua história. A convulsoterapia foi introduzida por Von Meduna, em 1934, que utilizava substâncias químicas como a cânfora e o metrazol para induzir convulsões, acreditando que elas pudessem se associar à melhora clínica de pacientes com quadros psicóticos (p. ex. com delírios e alucinações). Observou-se, porém, que os efeitos colaterais eram desagradáveis para os pacientes, e que era um método pouco seguro. Em 1938, na Itália, dois médicos, Cerletti e Bini, utilizaram o estímulo elétrico para provocar as convulsões. Daí o nome eletroconvulsoterapia, ou eletrochoque, conhecida também como ECT. Na época, verificou-se que a ECT oferecia maior segurança para os pacientes, e era eficiente no tratamento dos transtornos psiquiátricos.
      Nas décadas de 1930 e 1940 não contávamos, ainda, com medicamentos e a ECT era a única forma eficaz de tratamento de que se dispunha. Os movimentos antipsiquiátricos, que atingiram seu auge durante a década de 1970, levaram a restrições no seu emprego, porém o preconceito e as limitações fizeram crescer o interesse na ECT. As investigações possibilitaram o aprimoramento da técnica, que se tornou mais segura, e reforçaram a importância da ECT em casos mais específicos.
      Quais as indicações, hoje, para o tratamento com a ECT?
      As indicações são precisas: depressões graves, com alto risco de suicídio (pela rapidez da resposta, que aumenta a segurança para o paciente); depressões que não respondem ao tratamento com antidepressivos (cerca de 50% dos casos melhoram com a ECT); episódios de mania grave ou que não respondem ao tratamento com medicamentos (pela rapidez de resposta); depressões graves ou episódios de mania em gestantes (pela segurança para o feto, pois não oferece risco de malformações, e para a gestação); em idosos que têm outras doenças clínicas.
      Como é feito, hoje, o tratamento com a ECT?
      A ECT é hoje realizada em condições muito seguras: os pacientes são informados sobre o procedimento e assinam um termo de consentimento, ou seja, devem concordar com o tratamento; são submetidos a exames médicos (inclusive à avaliação cardiológica) e a exames laboratoriais antes do tratamento; as aplicações de ECT são realizadas sob anestesia, sob relaxamento muscular, sob oxigenação adequada, na presença de uma equipe composta por anestesista, psiquiatra, enfermeiros; durante as aplicações, são realizados os registros de eletroencefalograma (ECG) e do eletrocardiograma (EEG); as salas nas quais a ECT se realiza devem ter equipamentos para procedimentos de emergência. A ECT é considerada um tratamento de baixo risco: o risco é igual ao de qualquer outro procedimento médico que necessite de anestesia (segundo estimativas recentes, o risco de complicações é de 0,04%). O paciente deve iniciar o tratamento em jejum de 6 a 8 horas, com a bexiga vazia e com os cabelos limpos e secos. As próteses são removidas. O paciente será mantido com soro, para permitir a administração das medicações usadas na indução da anestesia e do relaxamento muscular.
      Os anestésicos empregados são de curta duração, permitindo a sedação leve. O relaxante muscular é importante para evitar fraturas e luxações. Desde o momento em que o paciente é sedado, até que volte a respirar espontaneamente, recebe ventilação com uma máscara de oxigênio. Quando o paciente acorda, a equipe de enfermagem se certifica de que está consciente, orientado, e depois é liberado para o desjejum. Como em qualquer procedimento que envolva a sedação (como endoscopia, pequenas cirurgias, o paciente que se submete à ECT ambulatorial deve estar acompanhado por um responsável, pois não deve dirigir ou operar máquinas naquele dia. Se estiver internado, será encaminhado ao seu leito. As aplicações são realizadas, normalmente, com freqüência de três vezes por semana, em dias alternados. O número total de aplicações depende da resposta do paciente: alguns pacientes necessitam de 4 a 6 aplicações, outros precisam de 12 ou mais, até que apresentem uma melhora significativa.
      E para os pacientes que respondem à ECT, ela substitui o lítio?
      A ECT pode ser adotada como tratamento agudo e como tratamento de continuação e de manutenção. Até agora demos ênfase ao seu uso no tratamento agudo dos transtornos do humor. Em muitos casos, a ECT é adotada como tratamento de manutenção. Nestes casos, as aplicações de ECT são espaçadas e, de acordo com o critério clínico, podem ser adotadas aplicações semanais, quinzenais e mensais. Em alguns casos, principalmente nos casos de depressão unipolar, a ECT pode ser empregada isoladamente como tratamento de manutenção. Em outros, entretanto, deve-se manter o tratamento associado, ou seja: os estabilizadores do humor, como o lítio são mantidos, e a medicação é suspensa apenas um ou dois dias antes da aplicação da ECT de manutenção, e depois reintroduzida. É muito importante ressaltar que a conduta, nesses casos, deve ser individualizada; o psiquiatra que acompanha o caso indica o tratamento de manutenção mais adequado.
      A ECT causa lesão cerebral? Quais são os efeitos colaterais da ECT?
      Alguns mitos e crenças ainda são associados à ECT, mas muitos puderam ser desfeitos nos últimos anos. Estudos recentes comprovaram que a ECT não leva a danos cerebrais. Os principais efeitos colaterais, depois das aplicações são dores de cabeça, náuseas, e que na maior parte dos casos melhoram com o uso de medicamentos. Os efeitos sobre a memória estão associados a tratamentos prolongados, com um maior número de aplicações, e são raros os casos em que dura mais de seis meses.
      Como é visto hoje, o tratamento com a ECT?
      Embora os progressos na técnica ofereçam maior segurança, a ECT ainda é um procedimento temido pelos pacientes. Ainda não se desvencilhou da roupagem antiga, do “bicho de sete cabeças”, da imagem de tortura, de castigo. Por desinformação, por falta de esclarecimento, a ECT é muitas vezes negada como alternativa de tratamento. Por outro lado, são inúmeros os casos de pacientes e familiares que demonstram sua satisfação com o tratamento, e manifestam o desejo de a ele se submeterem novamente, se necessário. Por estas razões, centros universitários no mundo todo, hoje, se esforçam pela padronização da técnica, pela formação de profissionais capacitados para sua realização, buscam informar adequadamente os pacientes e seus familiares (com vídeos, palestras, material educativo, esclarecimentos), dentro do que prescrevem os princípios éticos, e promovem pesquisas que visam aprimorar, ainda mais, a ECT.
      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

  30. André Luis Costa da Cruz 3 de junho de 2019 às 08:28 - Responder

    Olá,

    Decidi entrar em contato porque estou em conflito comigo mesmo, o meu irmão apareceu depois de anos, trabalha em SP, veio nos visitar, ele afirma que se fosse um especialista, me daria alta.
    Porém ninguém dá alta, já fui em 2 psiquiatras, e eles dizem que não podem dar o menor tempo possível para analisar isso, não tem como, eu perguntei em outra área e nada.
    Tenho:

    Ansiedade Generalizada, pensamentos acelerados demais. Os medicamentos não fazem mais efeito como antes, sinto uma queimação no peito, falta de ar e uma sensação de que tudo está acabando, estamos no fim, quando terminar, estarei sozinho.
    Transtorno Bipolar: Sem o Exodus, eu já tentei ficar sem ele, eu fico estúpido, ignorante, não ligo nem para os animais que querem entrar, enfim, triste mesmo, porque as pessoas que não têm isso, elas simplesmente acham que é dá cabeça, coisa da mente.
    Transtorno Esquizo Afetivo, Transtorno de Personalidade Esquizóide e Depressão. Não saio de casa há muito tempo, não uso celulares, considero-os uma ferramenta para comunicar com pessoas, nunca bebi em toda minha vida, nunca fumei, nunca tive relacionamentos mais profundos pois a medicação mata tudo.
    Enfim, o último laudo diz claramente sem qualquer possibilidade em exercer qualquer atividade em qualquer esfera da vida. Eu, agora, depois de ver como a Quetiapina é, me sinto um pouco melhor, mas as crises ainda aparecem, estava sem tomar o Exodus, e fui ignorante na expressão, é uma coisa bem estranha, é como se eu não pudesse mudar nada naquele momento.
    Medicamentos:
    Exodus 20mg 2 vezes
    Quetiapina 50mg a noite
    Clonazepan 2mg várias vezes em momentos de crises
    Amato 50mg
    Sonridor 4 gramas ao dia, para as dores, tenho Condromalacia grau 4 nos joelhos, queimação no peito e dores na cabeça.

    • blogabrata 5 de junho de 2019 às 09:25 - Responder

      Olá!
      Para nós da ABRATA é muito importante a sua mensagem.
      Entre muitos, identificamos três pontos importantes no seu relato.
      O primeiro é que sua família parece não estar participando ativamente do seu tratamento. A opinião trazida pelo seu irmão é importante, mas deve ser discutida entre você, o médico e sua família.
      O segundo é que seu médico parece não seguir os protocolos internacionais para tratamento de ansiedade, transtorno bipolar e transtorno esquizoafetivo. Será de extrema importância você, sua família e seu médico conversarem também sobre isso e entender as razões. Visite o site http://www.canmat.org para mais informações sobre o protocolo internacional.
      Por último, Exodus e outros antidepressivos são medicamentos que geralmente devem ser evitados em tratamento como o seu, mas somente seu médico pode decidir o melhor caminho. Tenha também o apoio de um psicólogo, é fundamental.

      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 5 de junho de 2019 às 09:33 - Responder

      Prezado André Luis
      Achamos importante que você tenha informações sobre eventual pedido de aposentadoria por invalidez.

      O que é a Aposentadoria por Invalidez
      A Aposentadoria por Invalidez é um benefício previdenciário por incapacidade concedido ao segurado que, em razão de alguma moléstia ou incapacidade, não pode mais exercer atividades laborativas
      Quem tem direito à Aposentadoria por Invalidez
      O segurado que cumprir os requisitos da Aposentadoria por Invalidez, ou seja, que cumpra a carência mínima e tenha sido acometido de alguma incapacidade que o impossibilite para o trabalho.
      É importante salientar que a Aposentadoria por Invalidez não será concedida se a moléstia que acomete o segurado for anterior à filiação ao regime geral, ou seja, ocorrer antes de o segurado começar a contribuir para a Previdência.
      Requisitos da Aposentadoria por Invalidez
      NÃO são requisitos da Aposentadoria por Invalidez: tempo de contribuição ou idade.
      Carência
      A carência mínima para Aposentadoria por Invalidez é de 12 meses de contribuição.
      A legislação isenta de carência para o benefício as moléstias a seguir: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
      Qualidade de segurado
      O segurado precisa estar contribuindo no momento do acometimento da moléstia ou, ainda que não esteja contribuindo no momento, estar ao menos no período de graça de manutenção da qualidade de segurado.
      Incapacidade
      A incapacidade precisa ser total e permanente para o trabalho, caso contrário a Aposentadoria por Invalidez poderá dar lugar ao Auxílio-Doença.
      Cessação da Aposentadoria por Invalidez
      A Aposentadoria por Invalidez será cessada se o segurado voltar a trabalhar, quando falecer, ou quando recuperar a capacidade para o trabalho.
      A cessação é imediata nos dois primeiros casos e, no terceiro caso, também será imediata se o segurado recuperar a capacidade para o mesmo trabalho que realizada antes e se o benefício tiver sido concedido dentro dos últimos 05 anos. Se o segurado recuperar a capacidade para realizar outro tipo de trabalho, continuará recebendo a Aposentadoria por Invalidez por mais alguns meses.
      A cessação ocorrerá de forma gradual, se o segurado recuperar a capacidade para o trabalho depois de 05 anos de recebimento do benefício E se a recuperação for parcial OU quando o segurado recuperar a capacidade para realizar outro tipo de trabalho. Nesses casos o segurado continuará recebendo o benefício integral por 06 meses após a recuperação da capacidade, depois por mais 06 meses continuará recebendo 50% do valor do benefício e, depois desse período, permanecerá recebendo por mais 06 meses o valor equivalente a ¾ dos 50% que estava recebendo anteriormente.
      Valor da Aposentadoria por Invalidez
      O salário de benefício da Aposentadoria por Invalidez é calculado considerando-se os maiores salários de contribuição desde julho de 1994, correspondentes a 80% desse período. Não há aplicação do fator previdenciário.
      Não há também qualquer redutor, pois sobre o salário de benefício calculado aplica-se o coeficiente de 100%.
      Acréscimo de 25%
      Quando o segurado precisar de auxílio de terceiros para os atos da vida civil, como se alimentar, fazer a higiene e demais atos cotidianos de qualquer pessoa, poderá ser requerido o acréscimo de 25% sobre o valor da aposentadoria.
      No caso da Aposentadoria por Invalidez não se trata de construção jurisprudencial, mas de expressa previsão legal.
      Pente Fino da Aposentadoria por Invalidez
      Pente Fino é o nome que se deu aos atos do INSS autorizados pelas Medidas Provisórias 739 e 767, para cancelar benefícios por incapacidade, especialmente a aposentadoria por invalidez.
      Leia mais sobre o pente fino do INSS.

      FONTE: https://previdenciarista.com/blog/aposentadoria-por-invalidez

      Abraços
      EQUIPE ABRATA

  31. Adyna 31 de julho de 2019 às 11:32 - Responder

    Bom dia!
    Moro numa cidade do interior da Bahia. Sempre me senti diferente das outras pessoas mesmo na minha infância. Aos 22 anos fui a uma psiquiatra pela primeira vez, mas não dei continuidade ao tratamento por falta de apoio e pela dificuldade em ir às consultas. Aos 37 anos, com o apoio de meu marido, procurei um psiquiatra na cidade vizinha e comecei com uso de medicamentos e psicoterapia. Depois de um tempo o médico me diagnosticou com Transtorno Bipolar tipo II. Hoje tenho 6 anos de tratamento. Sinto-me melhor, porém meus medicamentos foram aumentando as dosagens e em variedade. às vezes me sinto uma cobaia. Não tenho como ter uma segunda opinião profissional devido à carência de profissionais sérios nessa área, também meu marido tem mais medo do que eu em tentar outro profissional. Parece que a cada medicamento acrescentado, aparecem sintomas diferentes. Sinto um misto de gratidão, comodidade, insegurança. não me importo com o uso de medicamento, mas além de caros, eles são substâncias a mais em meu organismo e, eu não sei até que ponto vou chegar.
    Um abraço!

    • blogabrata 5 de agosto de 2019 às 09:18 - Responder

      Prezada Adyna, a sua mensagem é muito importante para nós!
      A utilização de medicamentos indicados para o controle dos sintomas do Transtorno Bipolar podem causar
      efeitos colaterais, mas não é seguro nem apropriado descartar a medicação por causa desse inconvenientes.
      E é comum que o profissional vá adequando as doses diante do surgimento de sintomas.
      Procure cuidar de sua saúde como um todo, procurando profissionais de outras áreas para acompanharem você.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  32. ROSEMERE SOUZA SANTOS SILVA 5 de novembro de 2019 às 15:03 - Responder

    Boa tarde, meu nome é Rosemere, moro em Cabreuva SP, preciso muito de ajuda por favor! Em 2011 perdi um filho assassinado, eu busquei ajuda psiquiátrica para mim. me tratei e estou bem! Mass minha filha surtou depois que o irmão morreu ela teve surto psicótico e não aceita tratamento de jeito nenhum! Eu tive ajuda de um psiquiatra que consegui que ela passasse, ele receitou medicamentos mas ela não tomou! Ela diz que não esta doente! ela diz que quem esta doente somos nós,ela se tornou evangélica obsessiva ! totalmente fanática! ouve louvores e lê a bíblia 24 horas! ela não fala comigo e nem com o pai ! se eu tento conversar com ela , ela desconversa e fala coisas sem nexo ! eu não posso dar nem um bom dia pra ela que ela se altera fala coisas completamente sem sentido! quando o irmão morreu ela tinha 23 anos hoje ela esta com 32 anos ela é formada em administração ! trabalhava comigo pois sou comerciante! mas desde que o irmao morreu ela nao trabalha, ela só vive de igreja! minha filha vive totalmente fora da realidade! tentei colocar medicamentos para ela beber escondido em sucos mas ela nao bebe e nem come nada da minha mao! parece que ela desconfia que estou colocando medicamento! eu tinha dois filhos ela e o irmao! eu nao pude nem sofrer o luto direito pois a minha filha surtou e começou me agredir verbalmente ! é muito triste perder um filho e sua filha começar a te maltratar! muitas pessoas já me falaram para interná-la mas eu acho muito traumático internar uma pessoa sem o consentimento dela! minha filha nao vive ela esta totalmente fora da realidade e eu nao sei como agir! tenho medo pois ela anda muito nas ruas e eu nao tenho noçao de onde ela vai nao sei nada da vida da minha filha pois ela nao fala comigo ! o que eu mais quero é ver minha filha bem! más como eu posso ajuda-la se ela nao quer minha ajuda? se voces puderem me orientar em o que fazer ,como agir, o que posso fazer para ajudar ela neste estado que ela se encontra? como ajudar uma pessoa com problema psiquiatrico se ela nao admite que esta doente? já tentei psicologa ,levei ela com muito sacrifício em um psiquiatra e ela debochou do medico e ele nao soube como agir com minha filha! achei muito estranho um psiquiatra não saber lidar com um paciente doente mental ou emocional. Peço ajuda se vocês se puderem me ajudar e ajudar minha filha pois eu estou muito perdida ! minha filha precisa de tratamento por favor desculpa mas é desesperador pois ja faz quase 9 anos que busco ajuda e nao tenho encontrado! fui a um psiquiatra uma vez para pedir orientaçao de como ajudar minha filha e ele me disse que nao podia ajudar pois ele só poderia ajudar se minha filha quisesse ! achei ele um tremendo desumano e sai de lá chorando ! estou falando isto só pra vocês ter noçao do problema que tenho encontrado! desde ja muito obrigada

    • blogabrata 15 de novembro de 2019 às 10:10 - Responder

      Prezada Rosemere, agradecemos a sua mensagem.
      Postamos um artigo escrito pela psiquiatra Rosilda Antonio, membro do Conselho Científico da ABRATA:

      O QUE FAZER QUANDO O PORTADOR NÃO ACEITA O TRATAMENTO?
      A aceitação do tratamento não é algo tão simples como pode parecer à primeira vista. Aderir a um tratamento significa entrar em concordância com a conduta proposta pelo médico e equipe terapêutica.

      Para que isso aconteça, é necessário que a pessoa doente tenha: Q1ZzRlNIBJqLUKFVKnayeg_pills

      Capacidade de se perceber doente
      Aceitação do diagnóstico
      Informação sobre o transtorno e seu tratamento
      Aliança terapêutica
      Psicoterapia e grupos de autoajuda
      Apoio da família e amigos
      A falta de adesão ao tratamento não é exclusiva dos transtornos do humor, acontece com várias doenças. É muito frequente em bipolares – mais de um terço abandonam o tratamento duas ou mais vezes e não comunicam o médico

      Pode acontecer de várias maneiras, ou seja, o paciente pode não tomar a medicação, ou tomar de acordo com o que acha melhor, interromper e voltar sem comunicar o médico, etc.

      Dentre os fatores associados à falta de adesão, destacamos:

      Auto avaliação prejudicada em decorrência de episódio da doença
      Negação da enfermidade
      Preconceito em relação ao uso de psicofármacos
      Temor aos efeitos colaterais dos medicamentos
      Crença na capacidade de controlar o próprio humor
      Estigma social (opinião do meio social desfavorável ao tratamento)
      Conflitos familiares e interpessoais (estresse relacional e pouco apoio)
      Qual a importância de aderir ao tratamento? São vários os motivos para aderir ao tratamento. Porque os pacientes que aderem ao tratamento:

      Reduzem as chances de recorrência da doença
      Controlam a evolução do transtorno
      Reduzem a chance de suicídio
      Reduzem a intensidade de eventuais episódios
      Constroem uma vida mais saudável
      Bem, mas saber de tudo isso muitas vezes não é suficiente para garantir que um portador aceite fazer um tratamento para um transtorno do humor e, não raro, sequer aceita fazer uma consulta com um psiquiatra para ouvir uma opinião.

      O que a família ou amigos podem, então, fazer numa situação como essas?

      Claro que não há solução mágica, um tratamento só acontece e é efetivo se houver uma participação ativa e concordante por parte do paciente. No entanto, é possível tentar um caminho (muitas vezes árduo e demorado) para tentar sensibilizar alguém que se suspeita sofrer de um transtorno do humor a, pelo menos, admitir que pode estar precisando de atenção especializada.

      Destacamos, sempre, que um tratamento médico em geral, e em particular um tratamento em saúde mental só tem chance de ser bem sucedido se for realizado em equipe, pelo portador, pelo psiquiatra e psicoterapeuta, e pela família e amigos. Mas se o portador se encontra numa atitude de recusa do tratamento, é o momento de a família tomar a dianteira e procurar sensibilizar o doente a aceitar ir a uma consulta.

      De maneira esquemática, damos a seguir algumas dicas de atitudes que podem inspirar os familiares a como lidar com situações de crise, sabendo que nem sempre isso pode dar conta de todas as dificuldades envolvidas nessas situações. Vejamos:

      Atitudes recomendadas à família:

      Abordar o paciente com precaução e empatia – procurar mostrar aqueles sintomas que ele sente como incômodos: insônia, irritabilidade, inquietação, falta de concentração, dificuldade para realizar bem tarefas de que gosta.
      Dar instruções de maneira clara e precisa, evitando cenas emocionais desgastantes.
      Adotar uma atitude solidária: mostre que você também tem problemas e dificuldades na sua vida (evitar a exclusão)
      Um ambiente familiar tolerante e acolhedor favorece a aceitação da condição de doente e, consequentemente, do tratamento.
      Alimentar a autoestima do paciente: reconhecer os progressos parciais que ele for conseguindo ao longo do tratamento.
      Como a família pode enfrentar uma situação de crise?

      Num episódio da doença, a capacidade de avaliação e julgamento do doente está comprometida.
      Não manifeste raiva ou irritação, mantenha controle sobre suas emoções
      Reduza os estímulos (por exemplo, rádio e/ou TV)
      Falar tranquilo, com voz suave e de forma simples.
      Mostrar compreensão pelo que o doente está padecendo.
      Mesmo diante de situações jocosas ou violentas, mantenha a calma.
      Se a agitação do doente aumentar, solicite ajuda.
      Às vezes, a situação é muito grave e representa risco à vida do portador ou de outras pessoas,

      Ter presente que, em alguma ocasião, poderá ser necessário internar o paciente.
      A internação não é castigo – é cuidado numa hora em que a vida do paciente e/ou dos demais corre risco.
      A internação, em geral, é breve e, após um período de adaptação e tratamento, o paciente deve retornar ao seu meio e ser ajudado a retomar sua vida.
      Não existem respostas fáceis, exceto que a família deve ter:

      Paciência
      Tranquilidade
      Interesse
      Participação
      Solicitar informação e orientação necessárias.
      Persuadir o paciente a se tratar não é tarefa fácil. Requer paciência e compreensão e, muitas vezes, é necessário que se sofra por várias crises até que o portador aceite seu diagnóstico e assuma seu tratamento.
      Autora: Dra Rosilda Antonio, psiquiatra e vice-presidente do Conselho Científico da ABRATA

      Abs.
      EQUIE ABRATA

  33. CCcla 13 de março de 2020 às 09:35 - Responder

    Olá, eu sou portadora do TAB, aceitei tratamento depois de passar por surtos psicóticos, momentos em que passei por extremos e depois tive que lidar com um sentimento de muita vergonha e humilhação. É assim na Mania, se fica hiper-excitado e com uma sensação de bem estar fora do comum, e eu fico fora da realidade, vendo coisas que não se enquadram na realidade do mundo, quase sempre tenho delírios com coisas religiosas, isso toma conta de mim, anjos, demônios, bem e mal, passagens bíblicas, apóstolos, tudo isso, vira um redomoinho se mistura com a minha história e passa a ser uma realidade latente a ponto de enxergá-los, pelo menos eu penso que os enxergo ou os percebo, daí vem a depressão, ocasião em que toda essa realidade se esvai e fico totalmente sozinha e desamparada. Ali não tem Deus, anjo, ou demônio, companhia alguma, só uma grande solidão, é aquela sensação “Nossa estou mesmo louca, vendo coisa que não existem…” e por aí vai. Já foi mais de uma vez que passei por crise maníaca e tive acepções religiosas, e depois quando passa me sinto sempre muito infeliz, humilhada, envergonhada, no fundo eu queria que todo o delírio maníaco fosse a realidade, a verdade, mas confrontando com os fatos, e com os acontecimentos, e com tudo já escrito não se pode dizer que é. Pelo menos a maioria das coisas que vejo é delírio mesmo. O fato é que, agora, cheguei ao ponto que eu gostaria, foi um motivo de muito sofrimento para mim a questão medicamentosa, pois tive crise estando medicada, e aliás já tive crise induzida por medicação errada, a chamada “virada maníaca”, então esse histórico despertou em mim uma profunda desconfiança de médicos, medicações e até psicoterapia e tratamento. Teve uma época, durante uns 6 meses em 2017 em que eu estava indo só no psiquiatra na marra, tomava lítio e quetiapina na marra, e estava completamente perdida e desacreditada, e eu vivia surtando, era uma crise atrás do outra, foi um período muito difícil, e sabe a medicação não adiantava muita coisa. Daí aconteceu algo que considerei milagroso, encontrei uma clínica que oferecia tratamento Hospital-dia, com tratamento com grupos, terapia individual e psiquiatria, uma das medidas, foi inserir uma medicação chamada Aripiprazol. Essa medicação foi o divisor de águas do meu tratamento juntamente com a terapia de grupo. Tudo mudou. Aos poucos fui me encontrando. Hoje me sinto melhor do que jamais estive mesmo com todas as dificuldades. E hoje não tomo mais lítio nem quetiapina, apenas o Aripiprazol, o que me deixa muito feliz, porque durante meu tratamento, diante da minha melhora frente à medicação, me surgiu essa vontade, tudo bem precisar de medicação, mas eu gostaria de usar o mínimo de medicação necessária, e fico muito satisfeita em ter encontrado uma medicação que segura minha onda de verdade. É muito bom não surtar, não brigar com as pessoas, não viver com uma dor no peito, não ter um vazio existencial constante, e saber que a medicação contribui sim para a melhora dos sintomas. Não sei se vocês vão publicar meu texto mas resolvi escrever, em especial porque encontrar a medicação certa normalmente é um caminho árduo, por algum motivo os médicos seguem critérios que não compreendo inteiramente, mas a prescrição do Aripiprazol não foi a primeira opção de medicação que me deram,passei por uns 5 médicos antes de chegar a ele, e não foi nada agradável a experiência. Dito isso, boa sorte a todos na saga rumo a medicação certa.

    • blogabrata 19 de março de 2020 às 11:16 - Responder

      Olá CCcla,
      Agradecemos a postagem de seu depoimento.
      Gostaríamos de salientar que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para os casos de Transtornos Afetivos, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
      Lembramos a você que cada paciente pode apresentar sintomatologias específicas, e por causa das características personalíssimas o acerto da medicação
      pode ser mais demorado. Que bom que você está se sentindo melhor!
      Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  34. Izabela 27 de março de 2020 às 12:15 - Responder

    Olá,
    Descobri que o meu marido é portador da doença bipolar depois de casada. Meu marido toma os remédios regularmente porém não aceita fazer terapia. Ele argumenta que todos os terapeutas que ele já passou não ajudou em nada. Os episódios da doença me levou a ter sintomas de ansiedade, achei que estava ficando louca. Estou fazendo terapia há quase 3 meses, e a minha terapeuta está me ajudando a aprender como lidar com o meu marido mas certas horas não sei o que fazer. Os episódios de quebrar as coisas me assustavam muito. Hoje em dia converso muito com ele quando não está em crise, ele me fala muito que quer melhorar, que quer parar de ter esses pensamentos psicóticos mas não aceita o fato de que a terapia que irá ajudar. E só fica pedindo à médica outros tipos de remédio.
    A própria psiquiatra dele insiste dizendo que ele tem que fazer terapia.
    Gostaria de um conselho de como posso fazer para convencê-lo a procurar ajuda? Às vezes penso que tenho que ameaçar em pedir o divórcio para que ele aceite, mas ao mesmo tempo não sei se essa seria a melhor saída.
    Obrigada.

    • blogabrata 30 de março de 2020 às 09:32 - Responder

      Prezada Izabela,
      Embora a medicação possa ser capaz de controlar os sintomas do transtorno bipolar, a terapia ensina habilidades que se pode usar em todas as áreas da vida. A terapia pode ajudar a aprender como lidar com o transtorno, lidar com problemas, regular o humor, mudar a maneira de pensar e melhorar os relacionamentos.
      A psicoterapia com profissionais especializados no tratamento da depressão e do Transtorno Bipolar ajuda a melhorar a percepção do paciente sobre os outros e sobre si mesmo, entendendo os efeitos da doença e suportando melhor as frustrações. O profissional pode auxiliar a criar estratégias para lidar com o estresse, aprender sinais de alerta de novos episódios e reduzir os sintomas de depressão e mania. Existem cada vez mais evidências de que a combinação da medicação com programas adequados de tratamento psicológico favorece a adesão ao tratamento, previne recaídas e recorrências, reduzindo sintomas e melhorando a qualidade de vida.
      Sugerimos que conheça os benefícios da psicoterapia familiar que, eventualmente, pode ser uma maneira de convencer o seu marido a buscar ajuda
      psicoterapêutica.
      Separamos um trecho do artigo publicado no site da ABRATA a respeito dos tratamentos psicossociais para o Transtorno Bipolar, de autoria da dra.
      Rosilda Antonio, médica psiquiatra e membro do Conselho Científico da Associação.
      ” … Terapia Focada na Família: é uma abordagem familiar criada por David Miklowitz, psicólogo americano, que usa estratégias psicoeducacionais, exercícios e também role playing, para reduzir o nível de angústia na família, identificar e modificar padrões disfuncionais de comunicação que tornam o ambiente familiar com alto nível de emoção expressa e que podem contribuir para os sintomas da pessoa ou, ao contrário, ser decorrente dos mesmos”.
      Fonte: http://www.abrata.org.br>tratamento-psicossociais-para-o-transtorno-bipolar
      Baixe o Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar: http://www.abrata.org.br>guia-para-cuidadores-de-pessoas-com-transtorno-bipolar, que poderá ser bastante útil a você.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  35. Mari_ 16 de julho de 2020 às 16:44 - Responder

    Me sinto um pouco melhor e acolhida depois que descobri esse site e vejo depoimentos.. fiquei anos tratando de uma depressão à base de Paroxetina porém o único alivio que tinha era na ansiedade e crises de panico.. sempre fui muito instável, estou há anos parada sem fazer faculdade porque começo uma coisa com toda empolgação, depois me deprimo e largo tudo, o mesmo me acontece em relacionamentos.. eu não consigo me manter em nada sem ficar desanimar e voltar a estaca zero.. uns meses atrás eu estava bem, me sentindo linda, falante e pensei que o aumento do antidepressivo (feito pela psiquiatra) tivesse finalmente surtindo efeito e me enganei, meses depois comecei a me sentir um lixo, deprimida, irritada com a vida e com todos, insegura e duvidando dos sentimentos de todos, achando que tudo que eu falava/pensava era exagero aí um dia explodi de vez! Moro com meus familiares e escondo metade das coisas que me acontecem internamente, guardo tudo pra mim e não falo com ninguém, eu surtei e achei que fosse morrer, queria acabar com tudo.Já tive problemas com autoagressão e automutilação e naquele dia tudo isso voltou, fiquei semanas cheia de marcas sem ninguém ver e eu sabia que algo não estava certo, foi aí que pedi ajuda novamente e então meu tratamento de 5 anos com Paroxetina foi suspenso pra começar a tomar Lurasitana (latuda) um remédio bastante caro e que eu espero que agora me ajude a superar e continuar uma vida normal, sem altos e baixos.. Meu problema não era depressão, a médica disse que a minha irritabilidade e explosão era característica de bipolares, fora que estou tentando diminuir o álcool (não consigo parar de beber, bebo para dormir bem, para me sentir mais relaxada) e quando estou na fase feliz eu bebo bastante também. Espero do fundo do coração poder melhorar com terapia e conseguir me relacionar com as pessoas e manter o foco nos estudos e em aquilo que amo.. Minha família e amigos não sabem do transtorno, e vou manter pra mim.. Só quero me sentir bem!! Lendo os depoimentos me fez me sentir mais acolhida e menos ‘estranha’.

    • blogabrata 21 de julho de 2020 às 07:56 - Responder

      Prezada Mari_, a sua mensagem é importante para nós, assim agradecemos o contato.
      Com certeza você ficará bem se seguir a orientação médica. Entretanto, sugerimos que converse com sua psiquiatra sobre
      a ingestão de álcool visto que não combina com a medicação.
      É importante, também, a psicoterapia juntamente com o tratamento medicamentoso. E participar de grupo de apoio como o
      que é oferecido pela ABRATA.
      A Associação instituiu o Grupo de Apoio On-Line, leia as informações para participar, se quiser:

      O Grupo de Apoio On-Line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
      * Para maiores de 18 anos
      **Vagas limitadas

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  36. blogabrata 8 de março de 2021 às 10:06 - Responder

    Olá Marco Antonio, agradecemos seu relato.
    Abs.
    EQUIPE ABRATA

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