Eu sou a Gislene Mattos e tenho 31 anos.
Em 2009 eu estava morando em Florianópolis e trabalhava como cozinheira num renomado restaurante, entretanto sentia perdida na vida. Foi quando tive um surto, deixei a cozinha e sai perambulando pelas praias. Até que dias depois ao voltar para casa consegui buscar ajuda no hospital universitário. Fui encaminhada e internada no hospital psiquiátrico estadual em São José. Apesar da minha condição desfigurada este foi um dia Bicho de Sete Cabeças, a primeira vez que me vi diante da minha incapacidade de viver em sociedade, apesar que senti senti segura e calma quando recebi o diagnóstico de bipolar.
Dez dias recebi alta e retornei a São Paulo com o proposito de buscar tratamento no hospital das clínicas. Em um mês consegui ser avaliada pela equipe do Gruda/IPQ e por lá fiquei quase dois anos. Fiz o tratamento por mais de um ano e meio e ainda hospital dia por uns meses. Apesar de toda incapacidade laboratorial eu tive dificuldades quanto ao seguro previdência. Minha rotina era focada no tratamento eu não conseguia melhoras. Nisto, desisti de tudo e tive uns meses de euforia sem tomar nenhum medicamento. Mais logo veio mais uma crise, as perdas já eram imensas e tive que ser ajudada… Foi quando vi morar no interior com meus pais.
Dias depois fui internada por 32 dias. Retomei o tratamento com psiquiatra e sempre depressiva. Em menos de um ano nova internação 76 dias; Comecei a fazer terapia quando tive alta.
Meses depois tentei acabar com minha vida ao sair de casa sem rumo e tomar 150 comprimidos de lítio. Fui atendida em emergência e internada por uns dias no hospital psiquiatro. Neste período eu lia bastante sobre bipolaridade e escrevia no blog “dia de pancadas ou de beijinho” e no recanto das letras. Quando conheci um escritor bipolar que me orientou a tomar quetiapina. Meu médico relutou a prescrever, mas depois do episódio de tentativa de suicídio eu comecei a tomar a quetiapina e a clozapina.
Além que tomava vários remédios para dormir. Gente eu não aguentava tantos comprimidos. No Gruda eu tomava 23 por dia. Contudo eu começava a sentir mais estável, como também o preconceito das pessoas. Eu não tinha condição para trabalhar, dependia do auxilio doença para bancar o tratamento etc. Um dia na perícia médica, meu beneficio foi negado mais vez e lembro do dia que caminhei da previdência a rodoviária de Umuarama e dei um grito de guerra: Ou melhoro ou eu me mato. Não quero mais “encostar, nem ser aposentada muitos queriam. Eu era apresentada como a filha doente, débil mental.
Comecei a focar nos estudos e li muito sobre psicologia (positiva e motivação). Claro que a nova medicação começou a me ajudar. Um ano depois eu tinha prestado dois concursos e agora em junho faz dois anos que voltei a trabalhar. Sou agente comunitária de saúde e como era graduada em gastronomia eu concluo esta semana a pós-graduação em envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Além que estou em transição de carreira para empreender -me online: estou dedicando num projeto de autocuidado no envelhecimento. Claro que, tenho a dizer que a estabilidade emocional e segurança tem sido essencial para minhas relações pessoas com minha família, namorada e com todos que convivo. Retomei minha vida.
Realmente uns sonhos foram limitados, mas hoje respeito e me conheço mais. E busco canalizar minhas energias para conseguir viver. Continuo escrevendo, participei de uma coletânea de poesias em 2015 e deixo aqui esta, que fora escrito em momentos bem delicados.
O Bipolar e o amanhã
Em uma caminhar devagar, pois a pressa vem sem desejar,
encontro rindo a toa
olhar aceso e voz alegre.
A vontade de viver intensamente
o dia esta lindo
a poesia aparece
as notas se tocam
e eu embalo e danço felicidades.
Será mais um dia de contentamento?
Ou como as estações do ano
suas peculiaridades do incerto?
Os instantes se vão,
Ficam os versos que fiz
uma vida traiçoeira,
o dia passou!
« Voltar
Parabéns pelas vitorias!!!
Também sou bipolar e Agente Comunitário de Saúde e o meu lema é: Seguir em frente sempre… Busquem por sua “cura” que é encontrar a medicação que te deixe estabilizado e produtivo… é difícil… no meu caso foi possível, acredito que se eu com histórico de varias crises e internações estou conseguindo vencer, vcs também podem.
Deus abençoe vcs!!!
Caro Pedro
Agradecemos a sua contribuição.
Equipe ABRATA
Oie Pedro! Agradeço sua atenção e carinho. Reitero que compartilhando nossas histórias de perdas e ganhos poderemos desmitificar a doença e e nos amar mais. Abraço para ti e aguardo contato para conversamos …(face: Gislene Mattos/emailparagis@gmail.com)
Oi Gislene, muito vitoriosa sua história! Continue na luta, é o q tenho feito também… Continue com o tratamento, não pare por motivo algum, dessa forma podemos viver saudáveis e felizes 😀 Com carinho, Gabe!
Olá Gabriela
Obrigada pela sua solidariedade em compartilhar a sua opinião.
Abraços
Equipe ABRATA
Sou bipolar e estou estabilizado, tomo a medicação com rigor porque já entendo que é assim que me mantenho sem crises. Sou agrônomo com mestrado, que fiz quando estava estabilizado. Desejo tudo de bom com muita paz de espírito.
Prezado Wellington
Agradecemos o seu contato.
Abraços
Equipe ABRATA
Gostaria de saber com qual o medicamento vcs conseguiram e ainda está o conseguindo ficar bem.
Meu filho começou o uso de litio
Olá Lucia, agradecemos seu contato.
Querida, somente o médico de seu filho pode prescrever medicação.
É indicado combinar o tratamento medicamentoso com psicoterapia.
Um abraço
EQUIPE ABRATA
Sou casada com um bipolar a seis anos, dói muito os dias de distância e quando retorna de uma crise voltando a ser o marido maravilhoso me sinto fria, distante, mesmo sabendo que quando se afasta é culpa das crises me sinto machucada, e magoada. Não é fácil, sei que para ele também é terrível tudo isso, mas minha alma aos poucos de dilacera e meu coração tá tão machucado. O amo muito e vamos começar um novo tratamento, será que dessa vez vamos vencer? Já tenho medo dos dias bons, dos sorrisos e afetos pois logo sei que vão acabar…
Prezada Ane, é claro que dias melhores virão!
Boa sorte com o novo tratamento.
Um grande abraço
EQUIPE ABRATA
Tomo Litio, mas tem 2 meses que apareceram umas manchas no meu corpo,pode ser intoxicação com o Litio?
Olá Bia, bom dia.
Queira, por gentileza, conversar com seu médico.
Abs.
EQUIPE ABRATA
Olá Bia,
Fale com seu médico, está bem?
Abs.
EQUIPE ABRATA
Olá
Faz uns dois anos e meio que descobri que sou bipolar. O primeiro tratamento abandonei. Mas depois de um ano e pouco retornei, estou na fase de adaptação do lítio. Tomo também quetiapina. Espero ter bons resultados, esses meses atrás tomei errado meus remédios e senti que fiquei bem desnorteada. Sabendo as coisas certas a fazer mas não conseguindo. Boa sorte para todos nós
Prezada Kelly
O tratamento para o Transtorno Bipolar é muito eficaz para o controle dos sintomas. Procure manter contato
com o (a) profissional que a acompanha sempre que tiver dúvidas.
É interessante combinar o tratamento medicamento com psicoterapia e a participação em grupo de apoio.
A ABRATA, por meio de sua diretoria executiva, instituiu o Grupo de Apoio On-Line para familiar e pessoas
com transtorno bipolar e depressão.
Seguem aqui as informações:
O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
* Para maiores de 18 anos
**Vagas limitadas
Um abraço
EQUIPE ABRATA
Boa noite!
Como faço para participar dos grupos de apoio? Recebi o diagnóstico de bipolar tipo 2 a pouco tempo e estou precisando de apoio de pessoas que entendem o processo. Obrigada
Olá Francys, seguem as informações para participar do Grupo de Apoio Online da ABRATA:
O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares. A partir de 18 anos.
COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE ABRATA
1. A plataforma para o Grupo de Apoio Online chama-se ZOOM. O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular.
2. ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo Online iniciar.
3. Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
4. No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central dos aplicativos do seu aparelho.
5. Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
6. Contato ABRATA: grupo.online@abrata.org.br
Abs.
EQUIPE ABRATA