Dr. Greg Simon, formado em medicina, com mestrado em Saúde Pública é psiquiatra e pesquisador no Group Health Cooperative no Centro de Estudos de Saúde em Seattle. Sua pesquisa foca em melhorar a qualidade e disponibilidade de serviços de saúde mental para pessoas que têm transtorno bipolar ou depressão e tem um interesse especifico em incentivar os usuários a esperar e cobrar tratamentos de saúde mental mais efetivos.
Pergunta ao médico:
Eu tenho transtorno bipolar e meus estados de humor são completamente opostos um do outro. Como eu posso saber quem realmente eu sou?
Minha resposta curta: nem a depressão e nem a euforia/hipomania é realmente você.
Aqui está minha resposta longa: É verdade que a depressão e a euforia podem ter um impacto enorme em como você encara e vivencia o mundo. Quando em depressão, você pode superestimar o lado negativo ou resultados ruins de qualquer ação. Quando em euforia, você pode minimizar ou ignorar possíveis consequências ruins a ponto de fazer coisas arriscadas ou perigosas. Quando em depressão, você pode ser extremamente critico(a) e se culpar por tudo sem nenhuma razão. Quando em euforia, você pode ficar com uma autoconfiança alta demais, de modo não realista, a ponto de se meter em problemas.
Apesar de tudo isso, você continua a ser uma pessoa só, mesmo com o vai-e-vem no humor. Quem você realmente é, é definido por suas habilidades, seus valores pessoais e suas paixões. Essas são as coisas que irão sustentá-lo(a) e ajudá-lo(a) a manter os pés no chão durante os altos e baixos no seu humor. Variações de humor podem distraí-lo(a) das coisas que lhe são mais importantes, então você pode ter que se esforçar mais para continuar em contato com o seu verdadeiro “eu”.
O estabeleça um plano de “Bem-estar” para ajudá-lo(a) a se encontrar e focar no seu verdadeiro “eu”. Conforme você pensa sobre seus objetivos de recuperação, você vai se perguntar coisas como:
- O que me motiva?
- O que me interessa?
- O que mais eu faria, se pudesse?
- O que eu quero?
- O que é importante para mim ou o que era importante para mim antes da minha doença?
- Onde quero chegar na vida?
- O que me traz alegria?
- Quais são meus sonhos e expectativas?
Assim que definir alguns objetivos de longo prazo, você pode pensar em algumas atitudes de curto prazo que irão ajudá-lo(a) a começar. Decidir quais são essas atitudes pode levantar perguntas como:
- Que tipos de atividade me ajudam a ficar saudável e equilibrado(a)?
- Quais relações me ajudam a me sentir seguro(a) e amparado(a)?
- Que coisas eu preciso fazer todos os dias para manter minha saúde?
Criar seu próprio plano de “Bem-estar” não é apenas tentar evitar os sintomas, mas sim focar nas coisas importantes que definem quem você realmente é.
Fonte: http://www.dbsalliance.org/site/PageServer?pagename=education_eupdate_2016_february#3
Tradução: Equipe Abrata
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