RESPOSTA ÁS PERGUNTAS CONVERSANDO SOBRE BIPOLARIDADE E E DEPRESSÃO

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Perguntas relativas a palestra transmitida online no dia 28 de fevereiro de 2015.

JessicaO relacionamento entre dois Bipolares tem chance de dar certo? Durantes os encontros dos grupos  ABRATA recebemos muitos depoimentos, sejam através do grupo de apoio para familiares e portadores como também através de –mail comentários acerca do relacionamento conjugal entre bipolares ou mesmo quando somente um dos pares é o portador. Muitos são relatos de sucesso, com alguns percalços no caminho e ainda relatos que não obtiveram sucesso em manter um relacionamento com uma pessoa bipolar. Mas saiba, que não há duas pessoas com doença bipolar iguais. Cada pessoa é um indivíduo único. Cada experiência é diferente. Cada um deles terá a sua própria história para contar e o seu próprio caminho a percorrer. Para a maioria, poderá ser difícil. Algumas vezes, constituirá um desafio e poderá haver riscos ao longo deste caminho. Sugerimos a vc a leitura do artigo DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA? Que está disponível no site da ABRATA https://www.abrata.org.br/new/artigos.aspx.

Priscila: Olá, tenho 38 anos, já passei por diversas crises de TB e atualmente estou afastada. Faço o tratamento constante, mas as crises sempre me pegam. Minha vida profissional foi por água abaixo. Existe algum tipo de profissão indicada para pessoas com TB que não tenham pressão ou estresse e não desencadeiem as crises? Já nem sei mais quem sou eu, pois ou estou em mania ou em depressão. Preciso de ajudaTendo em vista que muitas vezes a pressão no trabalho, a carga excessiva de horas, o excesso de responsabilidades profissionais, podem ser identificados como fatores que poderão desencadear os sintomas doença, e levar a um episódio/crise. Em nossas atividades de grupos, as pessoas relatam que sempre procuram um trabalho que promove um mínimo de estrese e que as vezes também possam fazer uma carga horária mais suave que lhe permite dormir no mínimo 08 h diárias, alimentar-se no horário. No momento não sabemos de nenhum estudo científico que aponte a profissão indicada para a pessoa bipolar, mas sabemos que sempre será necessário que a pessoa faça uma psicoterapia para aprender lidar com o estresse que a trabalho as vezes promove. Como o apoio terapêutico, a pessoa se fortalecerá e as atividades laborais reduzem o possível estresse que podem causa. Em relação ao tratamento será importante conversar com o seu psiquiatra para rever a medicação, talvez necessite de um ajuste, para evitar as recaídas.

Maria M:  Alguém conhece, em nível mundial, algum tratamento eficaz para além do tratamento medicamentoso, terapias ECT ou EMT’r? Atualmente também são sugeridos ao portador do transtorno bipolar procurar atividades como a yoga e a medicação que promoverão benefícios com melhoria na concentração e memória, acalmar a mente e assim como ser mais um recurso para ter mais qualidade de vida.

Isabela M: Gostaria de saber sobre a irritabilidade e mau humor que o bipolar sofre, se é algo normal, eu tento ser diferente, mas é tão difícil. A irritabilidade e o mau humor são sintomas da doença, portanto é essencial conversar com o seu psiquiatra acerca disso. São as chamadas alterações ou oscilações do humor evidenciadas pela doença. Buscar o apoio de psicoterapia poderá ser importante para vc compreender os sintomas da doença para lidar de forma mais assertiva quando as oscilações surgirem. Pode ser necessário aprender novas competências e efetuar alterações ao seu estilo de vida. Também converse co o seu psiquiatra acerca destas oscilações de humor, é muito importante ele conhecer estes fatos, para melhor ajustar a sua medicação.

Giovana: Minha filha é depressiva e irei assistir à palestra no sábado. Ela tb pode assisti-la? Giovana se a sua filha for maior de 18 anos, sim ela poderá participar. Até porque será importante ela conhecer os sintomas da doença, aprender mais sobre a doença e aprender a se cuidar.

Marcielle: quero participar de uma reunião, como faço? Entre em contato com a ABRATA através do tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h e agende primeiro a sua participação no grupo de Acolhimento e posteriormente faça a sua inscrição no grupo de apoio mutuo para portador, se vc for portadora, ou se for familiar no grupo de apoio mútuo ao familiar.

Glau: como faço para não ter comportamentos tão impulsivos? Os comportamentos impulsivos poderão ser sintomas da doença desde que lhe tragam prejuízos profissionais, pessoais ou sociais. Converse sobre eles com o seu psiquiatra, que ao saber destes comportamentos, verificará se a sua medicação está precisando de ajustes.

Rose: Tem dias que me desespero e penso muito em acabar com minha vida. Quando o indivíduo desenvolve ideação de suicídio, possivelmente ele está apresentando os sintomas da doença, seja na depressão ou no estado de mania. Nestas situações é essencial buscar apoio, evitar ficar sozinho. Outro item importante procurar apoio médico e relatar o que está acontecendo. Também sugerimos quando a ideia de morte surge que a pessoa entre em contato com o Centro de Valorização da Vida, no telefone 14. Do outro lado da linha sempre terá alguém para lhe atender. Pensamentos suicidas são temporários. O suicídio é permanente. Não se entregue a pensamentos suicidas, você pode superá-los.

Rose: como saber a causa de uma crise? O que leva a um surto psicótico,  já tive 2 no intervalo de 05 anos. As crises poderão ser desencadeadas ao vivenciar uma situação de muita pressão ou estressante, conflitos, ou principalmente pela falta do uso da medicação, ou tomar de irregularmente isto é, ao abandonar a medicação num espaço de tempo as crises voltar a acontecer.

lppss: Por vezes, me sinto cansada em ser portadora de TB. Faço uso de medicamentos, terapia, academia, mas confesso que ainda me sinto bastante prejudicada nos meus relacionamentos interpessoais e na vida profissional tb. Viver com a doença bipolar é difícil. Isto é tão verdade para os amigos e familiares, como para as pessoas diagnosticadas com a doença. Esta perturbação provoca alterações do humor, desde infelicidade profunda, passando por euforia energética, a um estado de espírito misto no qual uma energia agitada se combina com sentimento de tristeza desesperada. Na verdade, reconstruir a sua vida pode constituir um desafio tão grande como tratar a própria doença. Pode ser necessário aprender novas competências e efetuar alterações ao seu estilo de vida. Mas se a doença bipolar o afeta, quer como doente é confortador saber que milhares de pessoas como você vivem vidas plenas e produtivas. Pode nem sempre ser fácil, mas viver com a doença bipolar não significa que tenha de desistir das suas ambições e objetivos. Ninguém que sofra de doença bipolar deve ser definido pela sua doença.

Regiane: Qual a diferença entre os termos doença mental, transtorno mental ou transtorno de humor? Há algum que não pode ser mencionado para não ferir suscetibilidades? De um modo geral estes termos são praticamente sinônimos um do outro, sendo que o transtorno do humor está inserido na relação dos transtornos mentais que englobam inúmeros transtornos. Apesar dos inúmeros trabalhos e atividades que são realizados para reduzir o preconceito e o estigma em relação ao transtorno mental ou doença mental, ainda há muito a fazer, em face disso muitas pessoas omitem serem portadoras de um transtorno mental ou doença por sentir vergonha e pela possibilidade de ser julgado como “louco”. o que Portanto, o que falar, como falar?  Cada pessoa poderá falar o que a faz se sentir mais segura e confiante, geralmente o termo doente mental, ou doença mental é o mais evitado socialmente. Para combater o preconceito é necessário coragem e perseverança. O essencial é a aceitação que tem um transtorno mental e se cuidar muito bem e seguir em frente com a sua vida, independente do que nome tem a doença. 

Cristiane P: Gostaria de saber sobre os efeitos colaterais do LITIO para tratamento da depressão. Esta pergunta será respondida principalmente no próximo Conversando Sobre. Em resumo, em doses normais, pode ocorrer aumento da vontade de tomar água, urinar muito, tremores leves, diarreia leve, aumento de apetite, inchaço (retenção de líquido), aumento de acne, piora de eventual psoríase, e desencadeamento de hipotireoidismo. Sintomas de intoxicação devem ser discutidos no próximo Conversando Sobre.

Roleoni: Bipolaridade infantil se confunde com TDAH? Sim, é comum serem confundidos, às vezes só dá para diferenciar com a evolução do quadro ao longo dos meses ou anos. Em geral, as crianças bipolares têm algum momento de euforia com alegria excessiva, uma vivência de grandiosidade excessiva, fora dos parâmetros típicos de crianças, e às vezes podem apresentar comportamentos sexualizados fora de contexto. Mas costuma ser muito difícil de fazer o diagnóstico, se tiver uma dúvida, será sempre melhor pedir para um médico psiquiatra infantil fazer o diagnóstico diferencial.

Edna: Estes estados de Mania na bipolaridade, podem ser confundidos com TDAH? Dificilmente estados de mania se confundem com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, pois o último é uma condição estável e crônica, com prejuízos mais relacionados à falta de concentração e desempenho escolar/laborativo prejudicado. Na mania, o episódio é delimitado no tempo, e aspectos como por exemplo alegria excessiva, hiperssexualidade, sono diminuído, agressividade, gastos excessivos podem estar presentes.

Ricardo: É possível a eutimia para bipolares ou só períodos de normalidade ?O conceito de eutimia seria justamente ter um humor verdadeiro, “normal”, mais equilibrado. Os bipolares podem ter períodos eutímicos, que podem ser até longos, mas estressores e outros fatores de desencadeamento de episódios afetivos podem quebrar este equilíbrio e tirar da eutimia. Rose: Por que é tão difícil o diagnóstico ??? se mudo de médico muda o diagnóstico, uns dizem transtorno de ansiedade somente, outros TB. fico na dúvida, mas estou bem com as medicações:  quetiapina 25 mg e clonazepan 0,5 somente, SERIA UM GRAU de TB leve? O diagnóstico de Transtorno Bipolar pode ser muito difícil, pois o seu conceito ainda está em ampla discussão, com propostas diagnósticas que variam de acordo com os grupos de pesquisa e dos países. O sistema americano DSM-5 está sendo criticado, por não usar os melhores conhecimentos científicos para aprimorar o diagnóstico. Se a dúvida for grande e houver necessidade de confirmação, vale a pena passar por uma consulta com especialista na área. Se o tratamento está dando certo, não mude. Só mude se precisar, ou se uma avaliação de um especialista de fato indicar necessidade de mudança.

#Por que mesmo medicada tenho recaídas? isso nunca vai acabar? vai ser assim pro resto da minha vida? As recaídas são a regra, principalmente nos primeiros anos de tratamento dos transtornos de humor. O aprimoramento do tratamento, tanto medicamentoso, como psicoterápico, incluindo participar de forma intensa e muito participativa de programas de psicoeducação podem ajudar a melhorar o tratamento como um todo e construir estratégias mais eficazes de controlar as recaídas. É demorado, mas em geral é muito possível.

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DESTAQUES

2018-02-02T17:09:58+00:00 27 de março de 2015|Categorias: Blog, Sem categoria|25 Comentários

25 Comentários

  1. Gerson Yamada 27 de março de 2015 às 14:41 - Responder

    Prezados Senhores,

    Gostaria de dar a minha colaboração a respeito do site. Acho ele completo e bem informativo, mas, bastante confuso. Por exemplo, estou tentando me inscrever na palestra do dia 28/03. Estou a mais de 30 minutos tentando acha-lo e até agora nada. É frustante e decidi parar de procurá-lo porque senão aumenta o meu estresse e aí já sabem o que acontecerá!
    Portanto, fica aqui a minha colaboração.

    Grato

    Gerson

    • Equipe Abrata 27 de março de 2015 às 14:50 - Responder

      Caro Gerson

      As inscrições para as palestras presenciais são realizadas somente por telefone. Ligue: Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h00
      Para as palestras on-line o link está disponível no FB da ABRATA. Segue o link da inscrição para a palestra on-line.
      Link: http://evts.at/1BRWtI2
      Abraços
      Equipe ABRATA

  2. Lara Maria 3 de abril de 2015 às 21:33 - Responder

    Gostaria de uma ajuda,
    Moro com meu irmão (36 anos) que foi diagnosticado com TB mas não acredita, debocha de tudo isso, e claro, fazer o tratamento está fora de cogitação. Ele está hoje na fase eufórica o que torna a convivência com ele muito difícil. Está completamente acelerado, narcisista, o dono da verdade, estupido nas palavras, acabou de terminar o relacionamento com sua noiva por dizer que ela não presta pra ele (ninguém é bom o suficiente). Estou muito preocupada, descobri que ele começou a tomar um remédio (para emagrecer) tarja preta, monohidrato de sibutramina sem orientação médica. Este remédio pode afetar ainda mais as crises dele? Não sei mais o que fazer.
    Preciso da ajuda de vocês!
    Ah… Esqueci também de comentar que ele durante muitos anos fez uso de drogas pesadas, mas parou de usar, pelo menos com a frequência de antes.

    • Equipe Abrata 8 de abril de 2015 às 14:06 - Responder

      Prezada Lara

      A situação que você descreve é das mais difíceis de se lidar na convivência com um familiar que é portador de transtorno bipolar. É quando a pessoa está em crise, não reconhece seu estado e não aceita o tratamento. No caso do transtorno bipolar, isso acontece muito frequentemente quando o portador está num episódio de mania (ou então de hipoamania, que é uma forma um pouco mais leve). Nesse estado, o humor está elevado, eufórico e/ou irritado, a pessoa tem uma sensação de grandiosidade e poder e de se sentir invulnerável; desta forma, ela se sente bem e não acredito que seu estado de espírito faz parte de alguma doença. É muito mais fácil reconhecer-se doente quando o humor está deprimido porque, neste caso, existe sofrimento.
      De fato, o uso de inibidores de apetite, como a sibutramina, podem piorar o quadro pois podem intensificar toda essa ativação que seu irmão parece estar vivendo.
      Numa situação como essa, você deve saber que não adianta bater de frente com seu irmão, talvez você consiga sensibilizá-lo a procurar um psiquiatra para tratar de algum sintoma que o esteja incomodando (por exemplo, se ele estiver com insônia ou se queixando de dificuldade de concentração), mas pode não dar certo. É fundamental que você também procure alguém que possa ajudá-la, um parente ou amigo, ou um outro médico que já conhece seu irmão e possa intermediar um primeiro contato com o especialista.
      O que estamos querendo demonstrar é que não se resolve esse problema com uma solução mágica, e sim você deve ir tentando os caminhos possíveis, tipo tentativa e erro até ver se alguma coisa dá certo, ou a somatória delas. E pode ser que demore para ele aceitar se tratar – saiba que, infelizmente, muitas pessoas só começam um tratamento após muito sofrimento e perdas, mesmo tendo recebido ajuda dos outros a seu redor.
      E fique atenta ao seguinte: se nada adiantar e a situação apresentar risco de vida para seu irmão ou para terceiros, pode ser inevitável encaminha-lo para uma internação, mesmo que à revelia, para protegê-lo de si mesmo.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  3. Roberto 14 de abril de 2015 às 20:02 - Responder

    Saudações
    Tenho 6 anos de convivência com uma pessoa que possui transtorno bipolar, ou borderline (ela nunca concluiu os tratamentos para ser corretamente diagnosticada)Geralmente ela é uma pessoa calma tranquila e muito amável, mas às vezes ela alterna depressão , mágoas antigas e profundo vazio com momentos de fúria. E para ela estourar basta um motivo qualquer.
    Nesses 6 anos tivemos muitos desentendimentos, nos isolamos de familiares e amigos, e ela só pensa em tratamento quando tudo desmorona.
    Já paguei cursos, academia, e tudo isso ajudou bastante, mas sempre faltou ânimo para ela dar continuidade as coisas
    No último desentendimento foram 2 meses de chingamento e agressões praticamente todos os dias por parte dela. Mesmo eu implorando calma, ela continuava.
    E pela segunda vez ela me agrediu fisicamente de uma forma que nunca pensei que ela o pudesse fazer. Conversamos e concordamos em dar entrada no divórcio.
    Mas uma semana depois, ela já morando na casa do Pai,ela mudou de idéia subitamente, e agora quer se tratar e reatar nossa união. O pior é que ela às vezes fala em suicídio (não duvido pelas muitas vezes que ela tomou mais de 10 comprimidos de uma vez, e pelas muitas vezes que eu tirei facas da mão dela, aliás sempre tirei todas as pontas das facas de casa). Além de falar em suicídio ela diz ter planos de como fazê-lo e isso assusta muito.
    Para mantê-la calma falo que tudo vai ficar bem e que podemos voltar a ficar juntos se ela se tratar. Quem convive com uma pessoa assim pode imaginar o que eu passei nesses 6 anos, mas eu gostaria da opinião dos(as) amigos(as) na seguinte questão:
    Eu amo a minha esposa, sempre que passa a crise de fúria, vêm a depressão e a culpa a corroi por dentro. Ela então volta a ser a pessoa pela qual me apaixonei. Ciente de que possui um problema sério, pedindo ajuda com fala mansa e atos gentis. Mas estou com receio pela minha integridade física. (pela 1a vez estou com depressão e afastado do trabalho, tipo cheguei no meu limite, mas estou me tratando e melhorando)
    Ela não têm muito apoio da família, e sei que o meu apoio é fundamental para o tratamento dela. No momento estou tentando apoiá-la à distância, mas o que ela quer é voltar a morar comigo. O que devo fazer? Grande abraço à todos. E que Deus conforte e fortifique à todos

    • Equipe Abrata 21 de abril de 2015 às 17:44 - Responder

      Caro Roberto

      Não há duas pessoas com doença bipolar iguais. Cada pessoa é um indivíduo único. Cada experiência é diferente. Muitas sofrem da doença há muitos anos e procuram por um tratamento eficaz. Outras ainda aguardam por um diagnóstico e outras jamis aceitam tratamentos. Cada pessoa terá a sua própria história para contar e o seu próprio caminho a percorrer. Para a maioria, será difícil. Algumas vezes, constituirá um desafio e poderá haver riscos ao longo deste caminho. Para a maioria, este problema manter-se-á durante muitos anos. Pode durar toda a vida, por vezes desaparecendo, outras vezes regressando meses ou mesmo anos mais tarde. Viver com a doença bipolar é difícil. Isto é tão verdade para os familiares, como para as pessoas diagnosticadas com a doença. O transtorno do humor provoca alterações do humor, desde infelicidade profunda, passando por euforia energética, a um estado de espírito misto no qual uma uma energia agitada se combina com sentimentos de tristeza desesperada.
      Essa situação torna-se bem mais complexa quando o portador do transtorno do humor nega-se fazer o tratamento, nega consultar-se com psiquiatra e nega a própria doença. A qualidade de vida reduz significativamente e as relações familiares e conjugal deterioram-se, assim como a vida da própria pessoa.
      Um dos aspectos lamentáveis, em relação ao transtorno bipolar, é que muitas pessoas passam anos sem um diagnóstico. Isto pode significar que o seu tratamento é inadequado ou inexistente. O seu estado mental deteriora-se, a sua saúde física também pode sofrer consequências, além de que a sua vida e as vidas daqueles que as rodeiam podem sofrer danos incalculáveis. Por conseguinte, fazer-se o diagnóstico cedo é extremamente importante.
      Roberto esclarecemos estes situações acima tendo em vista favorecer a percepção da situação que vc vivencia com a sua esposa. Apesar de compreender que a sua esposa deveria procurar ajuda médica, mas ela está relutante em consultar um médico ou mesmo buscar uma clareza para o diagnóstico. Revela uma situação muito difícil que requer uma abordagem muito delicada de convencimento e boa dose de paciência e persistência, não somente por vc, mas também pelos familiares. Sem a clareza do diagnóstico e sem uso da medicação os sintomas da doença não desparecem, assim como vc relata. A vida permanece com, as vezes, com intensas alterações de humor. De acordo com o seu relato, a possibilidade de uma comorbidade com outra doença, promove mais complexidade a situação. E é imprescindível a consulta com um psiquiatra.
      A maioria das pessoas com doença bipolar descobre que o seu estado melhora significativamente quando iniciam um tratamento adequado. Não existe “cura” para
      a transtorno bipolar, mas um tratamento eficaz permitir-rá manter um controle, uma estabilização.
      Cuidar de alguém com transtorno bipolar também pode colocar o relacionamento com amigos, colegas e familiares sob uma enorme pressão. Não existem respostas fáceis para nenhuma das perguntas realizadas por você, no entanto, existem inúmeros relatos em nossos grupos de apoio mútuo de pessoas que conseguem estabelecer um relacionamento conjugal, apesar da presença do TB, mas o sucesso sempre vem permeado pela aceitação da doença pelo portador, aceitação do tratamento medicamentoso e psicoterápico e algumas medidas práticas que pode tomar para tornar as coisas mais fáceis e prover o convívio.
      É essencial que tenha em mente que vc não pode controlar o comportamento da pessoa, mas sim a forma como lida com isso. Tenha cuidados para não aceitar abusos emocionais, físico ou financeiros, simplesmente porque a pessoa está doente.
      Atualmente há muitas formas de tratar e tentar reduzir as consequências negativas que por vezes surgem. Mas sem acompanhamento médico e psicoterapêutico, esse caminho poderá ser tortuoso.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Leia também o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Abraços
      Equipe ABRATA

  4. octavio neto 15 de abril de 2015 às 02:15 - Responder

    Bom dia!
    Voces sabem se existe algum grupo de apoio na baixada santista?

    Nao esta sendo facil! Acabei com toda minha vida financeira e por pouco com casamento e saude.
    Só Deus sabe e Ele tem me ajudado.

    Obrigado pela atençao!

    • Equipe Abrata 19 de abril de 2015 às 20:45 - Responder

      Caro Otávio

      Por favor, entre em contato daqui um mes. Estamos avaliando algumas possibilidades de grupos ABRATA. No momento os grupos acontecem somente na cidade de SP. Oferecermos grupos aos sábados.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  5. Kátia 15 de abril de 2015 às 11:38 - Responder

    Sou casada com um bipolar há 10 anos. Eu me transformei na personificação de toda a sua frustração, angústia, desequilíbrio e loucura. Ele direciona para mim tudo o que há de “errado” na sua vida. Eu sou o amor e o ódio. Eu sou o anjo e o demônio. Eu sou a melhor e a pior. Eu sou santa e vadia. Sinto que é uma luta perdida. Sempre foi. Não há como vencer a bipolaridade. Ninguém suporta a carga de ser o grande culpado pela infelicidade do outro, mesmo sabendo que esse outro te acusa de tudo por estar doente. Ele não tem culpa de ser assim. Eu também não, mas estou levando a culpa de tudo, absolutamente tudo. É muito difícil ouvir as coisas que ouço. É muito difícil ser tratada como uma vadia, tendo sido absolutamente honesta do meu casamento todos esses anos. É muito difícil ser vigiada, monitorada (até dentro de casa), o tempo todo. É muito difícil não ter liberdade de fazer coisas que são só minhas: ficar em silêncio, por exemplo. Porque tudo pode significar algo suspeito. Como ele já disse: “eu sou cheia de historinhas”. Nem quando a lógica aponta a impossibilidade de uma traição, ele refutou a sua certeza de uma traição da minha parte (já mostrei minhas marcações de ponto, ao sair do trabalho, provando que não haveria tempo hábil para uma traição. Não adiantou). É muito difícil ter que vigiar minhas ações e palavras, pois qualquer coisa pode significar uma traição. E sempre significa. E eu nunca o traí. É muito difícil me sentir culpada pelo que não fiz e não faço. É muito difícil ouvir que ele “viu” o que nunca existiu. É uma luta hercúlea, onde só existem perdedores. É muito difícil conviver com uma pessoa cronicamente irritada, que vê tudo ruim o tempo todo, que te acusa o tempo inteiro. Ou, então, é tão bom que todo mundo é burro e idiota (inclusive eu). É difícil lidar com uma pessoa que, quando está feliz, eu já sei que vem uma tempestade depois. É difícil viver em estado de alerta o tempo todo.

    • Equipe Abrata 23 de abril de 2015 às 13:39 - Responder

      Prezada kátia

      Um dos aspectos lamentáveis, em relação à doença bipolar, é que muitas pessoas passam anos com um diagnóstico errado ou mesmo sem qualquer diagnóstico. Isto significa que o seu tratamento é inadequado ou inexistente. O seu estado mental deteriora-se, a sua saúde física também pode sofrer consequências, além de que as suas vidas e as vidas daqueles que as rodeiam podem sofrer danos incalculáveis. Não é fácil viver com a doença bipolar, assim como conviver com uma pessoa com transtorno bipolar com os sintoma permanentes da doença. Esta exerce, frequentemente, uma pressão insuportável nos relacionamentos, que podem começar a desfazer-se e romperem-se. E, se a pessoa estiver no meio de um episódio maníaco ou depressivo, pode não ter consciência dos danos que estão sendo provocados nas relações com o seu cônjuge, seus amigos e familiares. Mais tarde, quando caminhar para a recuperação poderá descobrir que a sua vida se tornou um lugar bastante solitário e complexo. Não existem respostas fáceis para nenhum destas situações relatadas por vc. Mas, o seu relato sugere que o seu marido ainda apresenta sintomas da doença e é muito importante procurar o psiquiatra e relatar estes fatos. Talvez seja necessário o ajuste da medicação, ou mesmo tomar a medicação de forma regular, todos os dias, preferencialmente, no mesmo horário. As alterações na tomada da medicação, também afetam na estabilização do humor, reduzindo as possibilidades da remissão dos sintomas da doença ou mesmo promovendo o desencadear de um episodio de mania ou depressivo. Observe estas condições. Também será muito esclarecedor e fortalece a auto estima, caso o seu marido procure o apoio de um psicoterapeuta para compreender melhor sobre os sintomas da doença e os comportamentos que ela provoca.
      Por outro, vc precisa se cuidar para não adoecer. É também importante realçar que, pelo fato de ter um membro da família com doença bipolar, isso não significa que tenha de abdicar da sua vida, do prazer da vida e fazer as coisas que gosta e aprecia. De acordo com o seu relato a convivência diária parece bem difícil, pense na possibilidade de falar com o psiquiatra. Sozinha, vc não será capaz de ajuda-lo e acabará também adoecendo, e aumentar mais ainda a carga de estresse que a própria doença traz.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Convide o seu marido. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  6. Beto 24 de abril de 2015 às 00:35 - Responder

    Oi Pessoal !
    Tem pouco mais de um ano que realmente me dei conta sobre a doença TB. Vinha fazendo um tratamento com uma psicóloga durante 4 anos aproximadamente, (só terapia) quando consegui me abrir com ela, a coisa foi piorando, por muitas vezes me incentivava as minhas manias. E só depois de um tempo, em meio a uma das crises, minha esposa sentou-se comigo e me falou que eu era portador da TB. Aí muita coisa se esclareceu, desde as mais simples como minha instabilidade emocional, onde todos da família sempre me chamaram de “mole”, pois desde que me lembro por gente, qualquer novela, filme, as vezes uma propaganda, uma noticia boa ou ruim, já fico emocionado, isso ao ponto de ter que virar o rosto, e tentar me distrair para não começar a escorrer as lagrimas.. e isso é até hoje… já fiz tanta coisa na impuslividade…já cometi tantos erros.. que nem sem por onde começar.. hoje estou em uma situação financeira terrível …devo muito …imaginem ..Eu.. portador de TB, tive a infeliz idéia de ter uma Empresa, por 10 anos ainda sobreviveu.. porém terminou no fundo do poço ..falido..devendo para muitas empresas.. além de impostos etc.. acabei com minha vida financeira e praticamente estou a 4 anos sem trabalhar.. nome sujo… ex empresário…não consegui mais emprego.. e isso ainda vai acabando com a vida de um homem que chegou a ter tudo.. não passo necessidades ..graças a Deus..mas muitas dificuldades onde muitas vezes tenho que receber ajuda de meus pais.. além disso.. ainda desde pequeno comecei a ter manias de usar roupas femininas escondido e isso veio comigo durantes anos.. não sabia se era gay ou não.. mas não tinha nenhuma atração por homens.. estou casado a 15 anos com minha esposa, no começo ela e eu até usavamos isso como fetiche.. porém..isso foi ficando pior.. só que isso é de temos em tempos..e sempre que eu acabava de ter relações …imediatamente não queria mais aquelas roupas….com os problemas se agravando.. comecei a pensar que poderia mudar de identidade.. virar mulher.. trans….. fiquei meses no quarto separado …toda noite me transformava.. e ela ia aguentando isso.. não sei como… ou melhor sei… é amor..puro… Sei que não foi fácil para ela… e não é fácil ainda. Nós acabamos entrando na igreja e isso vem nos ajudando.. mas de qualquer forma sempre volta e é bem cíclico mesmo.. geralmente na mesma época… começa a vontade.. é um coisa louca…vontade incontrolavel… já andei por aí assim vestido correndo o risco de alguem me ver… e ser uma vergonha para todos.. coisa de louco….hoje em dia não tenho feito isso mais.. mas ..a última vez foi em setembro/14 eu acho.. e passei dos limites.. e tenho passado sempre mais..a cada vez que vem as vontades..
    Tenho filho e a minha esposa é uma pessoa maravilhosa.. mas me pergunto.. será que não era melhor me separar..porque ela mereceria ser feliz.. pois já tenho 40 anos e isso nunca parou nos ultimos 32 anos.. da minha vida..
    Por muitas vezes penso em me separar mas.. devido as minhas inseguranças.. eu tenho medo de separar hoje e amanhã não voltar.. voltando aos sintomas.. planos mirabolantes.. eu sempre achei tudo muito fácil… e perdi mais dinheiro ainda.. em 1 mês acho que já pensei em umas 100 profissões.. ultimamente.. tenho dormido muito pouco.. 3, 4, as vezes 5 da manhã que vou dormir…. a cabeça sempre muito acelerada.. e momentos que não para..principalmente a noite quando vou dormir… as vezes acelera muito.. mil pensamentos ao mesmo tempo… parece uma pintura de arte moderna.. rss passei por muitos momentos pensando em acabar com tudo.. sumir.. desaparecer…morrer.. .. por isso estou querendo ir em um psiquiatra aqui..mas tenho medo.. ..medo.. é uma coisa que tenho sentido sempre.. referente a trabalho também..
    bom eu poderia ficar aqui horas escrevendo.. as minhas maluquices.. mas acho que postei as principais.. A última vez que falei sobre foi com a psicologa que me fez ir e me “montar” na frente dela.. não entendo o porque disso.. pra quê isso..se ela tinha já me diagnosticado como TB para minha esposa.. a minha esposa não sabe disso…..Desculpem o desabafo ! São tantas coisas.. .. fiquem com Deus e eu quero participar do grupo mas como estou longe, esperarei abrir um grupo na região.
    Ps. assim é a cabeça, mil assuntos ao mesmo tempo.

    • Equipe Abrata 4 de maio de 2015 às 22:35 - Responder

      Prezado Beto

      Em primeiro lugar, saiba que é muito generoso da sua parte compartilhar seus problemas com a comunidade ABRATA, seu depoimento pode ajudar muitas pessoas que sofrem de problemas semelhantes e se sentem sozinhas e sem coragem para procurar ajuda.
      Em segundo lugar, é muito importante você reconhecer e aceitar seu transtorno, assim você pode procurar o tratamento mais adequado. Esse tratamento, invariavelmente, consiste de tratamento medicamentoso com psiquiatra, o que é essencial para controlar os sintomas, e o tratamento psicoterapêutico, que pode ser realizado com um psiquiatra ou psicólogo que tenham formação em psicoterapia. A psicoterapia serve para tratar dos problemas psicológicos relacionados ao transtorno, aos relacionamentos sociais e familiares, e às questões psicológicas dos pacientes que gerem sofrimento e que podem ou agravar ou serem agravadas pelo transtorno bipolar.
      Pelo que você relata, você ainda apresenta sintomas do transtorno bipolar, como a aceleração do pensamento, a impulsividade, a labilidade do humor,e isso requer que você procure um psiquiatra para fazer ajustes na sua medicação. E que continue a tratar das suas questões psicológicas em psicoterapia, para aprender mais sobre si mesmo e a como lidar com essas questões. É interessante ainda saber que um tratamento contribui com o outro. Desta maneira, sendo bem medicado, você pode ficar mais estável e tranquilo e assim consegue lidar melhor com as questões da sua vida. E, ao fazer psicoterapia, você aprende mais sobre o que é você e o que é do transtorno e assim consegue aderir melhor ao tratamento medicamentoso.
      Um abraço
      Equipe ABRATA”

  7. Lara Maria 24 de abril de 2015 às 01:14 - Responder

    Prezados,
    Antes de tudo gostaria de agradecer ajuda de vocês.
    Então… realmente o remédio piorou o quadro dele. Chegou em casa de madrugada após ter se drogado (cocaína) começou a andar pela casa, entrou no quarto e confessou ter usado drogas. De repente começou a olhar assustado de um lado para o outro e perguntou seu eu havia escutado algum barulho, pegou o celular e digitou 190 dizendo que estava com medo de alguém entrar em casa e me fazer algum mal. Ao mesmo tempo que tudo isso acontecia ele me olhava assustado e perguntava: “É tudo coisa da minha cabeça né?! Deve ser efeito da droga. Não tem ninguém!!”
    Ao acabar de falar essa frase saia vasculhando os cômodos verificando se estavam vazios, achando que até pela janela poderia entrar alguém (moramos no oitavo andar). Olhava pra varanda e perguntava se eu estava vendo os vultos também. Fiquei muito assustada e com medo (apesar dele não estar agressivo). Fiquei com ele na sala até que se acalmasse, foram 3h intermináveis. No dia seguinte ficou mal, mas rapidamente voltou ao normal como se nada tivesse acontecido. Está na fase de felicidade intensa, conversei com ele sobre procurar um tratamento, coloquei um documentário sobre bipolaridade mas ele só prestou atenção em algumas coisas. Não levou muito a sério.
    Bom … ele nunca foi agressivo comigo, (a não ser com palavras) mas depois que vi o estado dele após ter usado cocaína estou com medo das reações que possa vir a ter, ao mesmo tempo não conseguiria abandona-lo nessa situação. Moramos sozinhos, a mãe dele (não é a mesma que a minha) não acredita (ou talvez não queira aceitar) no fato dele ter problema.
    Ah… esqueci de dizer que ele teve meningite quando criança e fez tratamento neurológico durante dois anos. Nesse período sofreu muito bulling, riam dele e o tempo todo o chamavam de maluco.
    É raro ele ficar depressivo, as vezes o sinto muito agoniado e visivelmente com pensamentos acelerados, piscando os olhos rapidamente, como quem quer espantar o que lhe vem na cabeça. Fala algumas frases soltas em que ele se coloca para baixo, mas logo volta a se sentir imbatível, contando piadas e rindo de tudo. Muda o tempo todo de opinião, cada hora que passa existe uma verdade absoluta diferente da anterior. A única coisa que realmente persiste é o fato de que tudo vai bem e que nada de mal vai lhe acontecer.
    Ah… outra coisa que ele falou vendo o documentário é que nunca tinha tido vontade de se suicidar e que por isso não era bipolar!
    Não sei mais o que fazer!
    Meus amigos estão preocupados dele me fazer algum mal, ter algum surto e me agredir fisicamente. Isso é possível? Porque (fora as crises de irritabilidade) comigo ele é muito carinhoso. Não consigo acreditar que isso poderia acontecer.

    • Equipe Abrata 8 de maio de 2015 às 13:34 - Responder

      Prezada Lara Maria

      Vc cita o transtorno bipolar e ainda a questão do abuso de drogas (cocaína) e diante disto será muito importante vc estar atenta em alerta a uma reação mais agressiva com você. A “mistura” de um transtorno mental, medicações psiquiátricas e drogas, favorecem ao agravamentos dos sintomas e a perda do controle, abrindo espaços para os episódios de delírios e alucinações, possibilitando vivências de situações de agressividade com familiares. Em situações como esta, esteja em alerta e reflita sobre a possibilidade de internação para a remissão dos sintomas. Quando o portador se coloca em situação de risco ou coloca a vida de terceiros em risco, é importante já estar com definido como a família vai proceder neste caso. pedir o apoio do SAMU o mesmo do Corpo do Bombeiro, para encaminhar para internação, caso a pessoa não aceite voluntariamente ir a um hospital, é um possibilidade a considerar.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  8. rosa 30 de abril de 2016 às 15:37 - Responder

    olá… gostaria de saber,quais a chances de uma pessoa
    que diz vir tomando os medicamentos pra transtorno bipolar diariamente,
    voltar a dar surtos!?!

    obrigada.

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2016 às 21:17 - Responder

      Olá Rosa

      Primeiro será importante observar se a pessoa está de fato tomando a medicação de acordo com a prescrição do psiquiatra. Pq caso não esteja ocorrendo essa situação, os sintomas da doença tendem retornar. Em algumas situações mesmo que tomada da medicação estejam corretas, vivenciar um situação de estresse poderá também desencadear uma crise. Além do tratamento medicamentoso será necessário e é extremamente importante manter a rotina do sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Mudanças no padrão do sono são fortes indutores de oscilações do humor e evitá-las fortalecerá o equilíbrio da pessoa. Não utilizar álcool e drogas, porque estas substâncias causam desequilíbrio no funcionamento do cérebro. Freqüentemente provocam alterações do humor e do ânimo e interferem diretamente no tratamento. Evitar o uso diário de café, drinques, alguns chás, antialérgicos, antigripais e analgésicos, que podem interferir no sono, no ânimo e nos seus medicamentos. Pode ser a “gota d’água” para o início de um novo episódio da doença.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  9. Vitarose 10 de julho de 2016 às 16:33 - Responder

    Assim que consegui me tornar advogada, descobrir após um forte surto, ser bipolar, já me trato a anos, mas desde de então não trabalhei, mas pretendo exercer minha profissão, existe algo que me impossibilite de consegui, pois essa área requer muito estudo, disciplina e dedicação. Será que irei me frustrar? ou devo mudar de planos.

    • Equipe Abrata 17 de julho de 2016 às 12:00 - Responder

      Olá Vitarose

      O transtorno bipolar não é considerada uma doença incapacitante apesar de ser uma doença crônica e que necessita de tratamento continuado. A pessoa que apresenta o transtorno bipolar somente durante os episódios da doença as vezes necessita afastar-se da vida laboral. Convivemos com inúmeros profissionais que são diagnosticados com o transtorno bipolar, dentre eles advogados, médicos, engenheiros, arquitetos, etc.. O cuidado será manter a medicação conforme indicada pelo psiquiatra, manter uma rotina saudável no dia a dia, como dormir no minimo oito horas, alimentar-se no horários, praticar atividade física, yoga, entre outras atividades. O ideal também será buscar o apoio de um profissional da psicologia.
      Seguem algumas dicas:
      É extremamente importante manter a rotina do seu sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Mudanças no padrão do sono são fortes indutores de oscilações do humor e evitá-las fortalecerá seu equilíbrio. Discuta com seu terapeuta se houver problemas para dormir ou se tiver que permanecer acordado.
      Não utilize álcool e drogas, porque estas substâncias causam desequilíbrio no funcionamento do cérebro. Freqüentemente provocam alterações do humor e do ânimo e interferem diretamente no tratamento. Evite tomar drinques para “melhorar o ânimo” ou “ajudar no sono”, porque só podem piorar.
      Evite o uso diário de café, drinques, alguns chás, antialérgicos, antigripais e analgésicos, que podem interferir no sono, no ânimo e nos seus medicamentos. Pode ser a “gota d’água” para o início de um novo episódio da doença.
      Discuta com seu terapeuta sobre o preconceito contra a doença, seu próprio e dos outros, pois só assim você terá condições de fazer sua parte no tratamento.
      Tente reduzir a tensão no seu trabalho. Você sempre quer fazer o melhor, mas lembre-se que seu principal trabalho é evitar as recaídas, para aumentar sua produtividade alongo prazo.
      Procure manter se horário de descanso e dormir um tempo razoável.
      Não é fácil aceitar qualquer doença que exija um tempo prolongado de tratamento, como é o caso da hipertensão, do diabetes, das doenças cardíacas e também do transtorno bipolar.
      No caso do transtorno bipolar a dificuldade aumenta, porque a pessoa só em algumas épocas e às vezes nem percebe. Isto aumenta o risco de abandono do tratamento e precipita as conseqüências já citadas. A pessoa suspende a medicação por sentir-se bem e achar que pode controlar sozinho, porque lhe falta a excitação ou pelos efeitos colaterais. Todas estas questões devem ser discutidas com o terapeuta.
      Deve-se lembrar que cada novo episódio aumenta o risco de seguinte e deve continuar tomando o medicamento, mesmo que esteja bem por vários anos.
      Aproveitar o tempo de bem-estar para planejar a vida e apreender a diferenciar entre sentimentos normais e sentimentos patológicos.
      Será necessário estar atenta aos sinais precoces de um novo episódio. Alterações no sono, irritabilidade, maior sensibilidade, maior atividade ou cansaço fácil, entre outros, podem ser indícios de nova fase da doença. Deve-se consultar imediatamente o médico para reduzir o grau e o tempo de sofrimento.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos para pessoa que apresenta depressão e transtorno bipolar. eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h,a partir do dia 01 de agosto.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  10. Baslio 22 de julho de 2016 às 14:43 - Responder

    Boa tarde, eu gostaria de saber se uma pessoa que tem transtorno bipolar ela consegue disfarçar isso por algum tempo? Pois tenho uma amiga que aparenta ter isso, só que ela começa um relacionamento, no começo é tudo maravilhoso, a pessoa gosta dela, só que não dura mais do que seis meses. Ela só conseguiu ficar com um rapaz durante dois anos, porque esse rapaz entendia o que ela tinha, aceitava as suas crises e sempre estava ao lado dela, só que ela não aceitou ajuda e largou-o. Agora vive pulando de relacionamentos, pois as pessoas quando começam a perceber suas atitudes saem fora. Gostaria de saber se o bipolar consegue deixar isso oculto por um tempo, quando está conhecendo uma pessoa?

    • Equipe Abrata 24 de fevereiro de 2017 às 17:44 - Responder

      Olá Basílio.

      O transtorno bipolar é um distúrbio bastante comum. “Dizemos que corremos o risco de ter o transtorno alguma vez na vida. Entre 8% e 10% da população sofrem do problema”, explica o psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Teng Chei Tung, que escreveu o livro “Enigma bipolar”, lançado pela Editora MG, no final de 2007.
      Segundo ele, o transtorno é marcado pela variação do humor: uma hora a pessoa está eufórica, feliz e satisfeita, e, no momento seguinte, deprimida. “Mas 90% dos bipolares vivem mais a fase de depressão do que a de euforia”, garante o psiquiatra. “Na maioria das vezes, o transtorno é hereditário. Chama a atenção a variação entre a felicidade e a tristeza sem controle, exagerados”.
      Então, conclui-se que é quase impossível disfarçar que possui o transtorno.
      Dessa maneira, sugerimos que aconselhe a sua amiga a procurar ajuda profissional, um médico psiquiatra para um diagnóstico
      e tratamento apropriado.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  11. Patricia 24 de julho de 2017 às 23:35 - Responder

    Quero saber se uma pessoa com transtorno bipolar pode exercer uma profissão como Enfermagem?

    • Equipe Abrata 25 de julho de 2017 às 06:17 - Responder

      Cara Patricia

      A pessoa que sofre de transtorno bipolar pode exercer qualquer profissão desde que esteja eutímica ou estável.
      A manutenção da medicação é essencial e o acompanhamento médico é indispensável.
      Os profissionais especializados em transtorno bipolar sugerem a combinação do tratamento medicamentoso com
      psicoterapia. Grupos de Apoio Mútuo, como os oferecidos pela ABRATA, complementam o tratamento.
      Os medicamentos controlam, mas não curam a doença bipolar. Ao parar a medicação estabilizadora, mesmo depois
      de muitos anos sem crises, há um sério risco de recaídas passadas algumas semanas ou meses.
      E, em alguns doentes, a retomada da medicação pode não se acompanhar dos mesmos bons resultados anteriores.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  12. Carolaine Dias 12 de maio de 2019 às 12:50 - Responder

    Nossa adorei o conteúdo e de primeira qualidade parabéns mesmo.

    Vou compartilhar com meus amigos

    Obrigada

    • blogabrata 16 de maio de 2019 às 07:57 - Responder

      A ABRATA agradece!

    • blogabrata 5 de junho de 2019 às 08:44 - Responder

      Olá Carolaine, a ABRATA agradece!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

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