Pergunte ao Médico

images (10)Eu tenho transtorno bipolar e meus estados de humor são completamente opostos um do outro. Como eu posso saber quem realmente eu sou?

Minha resposta curta: nem a depressão e nem a euforia/hipomania é realmente você. Aqui está minha resposta longa: É verdade que a depressão e a euforia podem ter um impacto enorme em como você encara e vivencia o mundo. Quando em depressão, você pode superestimar o lado negativo ou resultados ruins de qualquer ação. Quando em euforia, você pode minimizar ou ignorar possíveis consequências ruins a ponto de fazer coisas arriscadas ou perigosas. Quando em depressão, você pode ser extremamente critico e se culpar por tudo sem nenhuma razão. Quando em euforia, você pode estar com uma autoconfiança alta demais, de modo não realista, a ponto de se meter em problemas.
Apesar de tudo isso, você continua ser uma pessoa só, mesmo com o vai-e-vem no humor. Quem você realmente é, é definido por suas habilidades, seus valores pessoais e suas paixões. Essas são as coisas que irão sustentá-lo(a) e ajudá-lo(a) a manter os pés no chão durante os altos e baixos no seu humor. Variações de humor podem distraí-lo(a) das coisas que lhe são mais importantes, então você pode ter que se esforçar mais para continuar em contato com o seu verdadeiro “eu”.
O Plano de “Bem-estar” da DBSA é feito para ajudá-lo(a) a se encontrar e focar no seu verdadeiro “eu”. Conforme você pensa sobre seus objetivos de recuperação, você vai se perguntar coisas como:
• O que me motiva?
• O que me interessa?
• O que mais eu faria, se pudesse?
• O que eu quero?
• O que é importante para mim ou o que era importante para mim antes da minha doença?
• Onde quero chegar na vida?
• O que me traz alegria?
• Quais são meus sonhos e expectativas?
Assim que você definir alguns objetivos de longo prazo, você pode pensar em algumas atitudes de curto prazo que irão ajudá-lo(a) a começar. Decidir quais são essas atitudes pode levantar perguntas como:
• Que tipos de atividade me ajudam a ficar saudável e equilibrado(a)?
• Quais relações me ajudam a me sentir seguro(a) e amparado(a)?
• Que coisas eu preciso fazer todos os dias para manter minha saúde?

Criar seu próprio plano de “Bem-estar” não é apenas tentar evitar os sintomas, mas sim focar nas coisas importantes que definem quem você realmente é.

Fonte: http://www.dbsalliance.org/site/PageServerpagename=education_eupdate_2016_february#3

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DESTAQUES

2018-02-02T17:11:38+00:00 16 de junho de 2016|Categorias: apoio ao tratamento, Bipolar, Blog, Depressão, Sofrimento|Tags: , , |18 Comentários

18 Comentários

  1. Michelle 17 de junho de 2016 às 22:57 - Responder

    Oi. Meu nome é Michelle, fui diagnosticada com depressão há cerca de 9 meses. Comecei e desisti do tratamento e estou bem doente novamente.
    Resolvi registrar meus dias num blog. Gostaria de opiniões. Se for possível, divulgue em sua página.
    http://www.meudiariodeumador.blogspot.com.br

    • Equipe Abrata 25 de fevereiro de 2017 às 10:47 - Responder

      Olá Michelle.

      Na oportunidade em que escreveu neste blog da ABRATA você havia abandonado o tratamento para
      depressão.
      Tentamos acessar o seu blog mas parece que foi removido.
      Bem, esperamos que esteja se tratando, visto que os sintomas de depressão podem ser controlados
      com o tratamento medicamentoso e psicoterapia.
      Reconhecer a depressão é frequentemente o maior obstáculo para diagnosticar e tratar a depressão. Infelizmente, aproximadamente metade das pessoas que passa pela depressão nunca tem a doença diagnosticada ou tratada. E isso pode ser uma ameaça: mais de 10% das pessoas que têm depressão se suicidam.
      Por ser uma doença séria, a depressão necessita de tratamento contínuo para que a pessoa leve uma vida normal.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  2. Rafaela 20 de junho de 2016 às 12:46 - Responder

    E a última coisa que eu fiz antes de morrer foi ver todas as minhas fotos do celular, mas já não me reconhecia mais. Eu não tenho coragem de fazer isso, mas  se fiz foi por causa de tanta decepção que tive durante minha vida. Durante minha vida! Não foi recentemente que isso tá acontecendo, mas foi esse ano que eu descobri a verdade. Não tenho amigos, não adianta falar que é eu que estou inventando isso ou que eu tenho sim ou que eu que não quero ou que é eu que não procuro ou que faço isso acontecer.
    Saiba que a coisa mais importante pra mim nessa vida é a amizade, e acho que errei em dar valor mais as pessoas do que a mim, eu desde o primeiro período obedeci as pessoas que eu achava que eram meus amigos, eu sempre fui de fazer piada e nunca gostei de que as pessoas me vessem triste, mas isso só resultou em ninguém é levar a sério, todos passaram a pensar que sou idiota, e acho que vcs estão certo, fui idiota mesmo, a culpa toda é minha por eu ser assim. E fui assim até o meu terceiro ano. No ensino médio todo comecei a desconfiar, escondida, sabe quando vc acha a mentira mas não aceita e coloca na cabeça que é verdade por medo? Foi bem isso. Mas esse ano eu falei na cara, e aceitei tudo isso que me aconteceu, no início tomava a iniciativa de mandar mensagens, aí ficava uma semana sumida pra ver se recebia uma e nada, então disse: não lembra de mim? Mandei isso pra aqueles que eu acreditava que gostavam de mim, então a desculpa foi de não ter tempo e nessa semana recebi aquele ” Oi tudo bem? Novidade?” Mas depois nem isso, por eu não ver eles nunca, já não me contavam como estavam as coisas e quando marcamos de nos encontrarmos eu percebi que a energia não era a mesma do ano passado, me senti um passarinho fora do ninho, e hoje nem ninho eu tenho, já não seu quem eu sou, não saio mais de casa e eles não sabem o quanto eu estou sofrendo e aposto que nem se importam, na verdade tenho certeza, tem meses que eu não recebo um Oi. 
    Aí você deve estar dizendo: pq vc Rafaela não manda o Oi? E minha resposta é: porque eu mandei tanto Oi e recebi tanta indiferença que desisti, por que insistir em uma coisa que não existe mais mas que na verdade nunca existiu. Minha mãe diz pra eu ir no grupo de jovens e sair de casa. Sair? Só se for pra fugir daqui, pra sair dessa vida, pq eu não aguento mais. Não quero mais fazer amigos, já não acredito nas pessoas, falando isso nem parece que eu era aquela que sempre dava valor a todos que estavam do meu lado. Por isso, outro motivo que eu não sei quem eu sou, ou o que eu tô fazendo nesse mundo e qual é a minha importância? Eu não valo nada, ninguém me da valor e agora nem eu mais me importo comigo. Se eu for contar quantas vezes eu tentei me matar com essa será 2, que eu pesquisei o que fazer pra suicidar foram 3, não precisei de mais, já sei o que fazer, que eu pensei em me matar isso nem tenho a conta, é todo dia. ” mas e esse sorriso no rosto?” Vc deve tá pensando, vou repetir não gosto que ninguém saiba, não gosto de ver minha mãe, meu pai e minha irmã sofrer, e eles já sofrem com isso, que é resultado de toda essa decepção.
    Você pode até pensar que entendeu, mas não, não, você não entendeu, mesmo eu dizendo isso tudo é impossível entender, você não passou o que eu passei, você não é eu, eu sei o que aconteceu mas não sei quem eu sou. Tem uma voz na minha cabeça, na verdade são duas, mas a que tá falando mais alto é a que diz pra eu me matar, escrevendo isso a vontade até passa, pq eu ainda tenho um pouquinho de esperança que minha vida pode mudar, mas o problema é que eu não acredito mais na felicidade, nem sei qual foi a última vez que me senti feliz. A outra voz é essa da esperança, que pensa na família, que é a única coisa que me restou, que eu tenho é sempre tive. Ah e para de falar que é o capeta que está mandando eu fazer isso, pois eu acredito em Deus e ele está aqui do meu lado, para de falar que eu não rezo, que eu preciso rezar mais, converso com Deus todo dia. Viu? Não disse que vcs nunca vão entender.
    É difícil, mais ainda quando as pessoas falam o que devo fazer sendo que já faço. É a minha consciência que sabe, que está cansada e quer fazer isso. A consciência sou eu. Meu braço já dói de tanto escrever. E você diz outra coisa: “Nossa ela não pensa na família” Para! Só para de falar isso! Eu amo minha família, você não sabe o quanto. E é isso que faz eu sempre desistir, prefiro sofrer calada e deixar eles pensarem que está tudo bem do que eu fazer isso e os deixarem tristes, sem esperança como eu estou agora. Então pare de me julgar, só Deus vai fazer isso, e eu não tenho medo.
    Também não tenho medo de morrer, mas tenho medo da dor, não a dor física, mas da dor que eu vou deixar nesse mundo se fizer isto. Eu não posso mostrar esse texto pra minha mãe, ela vai chorar muito,  mas só ela faz eu acreditar na vida. Ela vai chorar muito, todos da minha família vão, vai faltar um pedacinho meu no coração de vocês, eu sei. Olha só não fale de mim, não pense coisa errada de mim, como eu disse eu sempre fiz tudo pelas pessoas, mas por favor aceita isso que pela primeira vez vou fazer para mim. Pra você vai ser ruim, mas pra mim vai ser a salvação. Ah você tá falando que eu não vou ter salvação, pois estou cometendo um pecado, olha, nem eu nem você sabe como é depois da morte, Deus vai estar comigo, eu vou estar com ele mesmo se estiver no inferno. Por favor não pense nisso, não pense o que vai ser de mim depois que eu morrer, não importa, já disse não importa, se eu não for para o céu isso não é culpa sua mas minha, só Deus vai me julgar. Foi eu que escolhi fazer isso, me dá uma chance, me perdoa, mas não tenho força mais. Não dá pra eu agradecer por todos da família, já não aguento digitar e chorar ao mesmo tempo, mas primas e primos, tias e tios, avós, cada um de vocês me fez feliz, amo muito vocês e também peço perdão. Mãe, pai, Marcela e Nick, de eu for descrever tudo eu chorar mais do que já estou. Vocês são muito especiais, olha já desisti de suicidar só de começar a falar de vocês, desisti mesmo, hoje é 20 de junho, agora são 00:18, hoje eu não vou morrer, mas se isso acontecer outro dia é pq eu vou estar fora de mim, pq por vcs eu continuo sofrendo mas não me mato, não vou deixar vcs sofrendo, eu já deixo vcs preocupados com o meu jeito de agir ultimamente, desculpa, estou passando por uma fase muito ruim, me sinto solitária, mesmo com vocês, me falta amizade, e amigos demoram pra fazer, mas eu preciso de um agora, sim, vcs são meus amigos, mas eu preciso de outros sem ser vcs, é uma necessidade.
    Eu perdi os meus e não foi culpa minha, eles cansaram de mim, mas eu não posso fazer nada, sou assim. Acabei não falando de vcs, minha mãe tão carinhosa, meu pai com as qualidades de aquário como eu que eu amo, a Marcela tão linda e amorosa, o Nick que me faz muito feliz, todos vcs me fazem bem, vcs me ajudam, vcs acreditam em mim, eu amo minha família e não posso deixá-la. O bem que vcs me fazem é muito bom, mas a tristeza que eu sinto é muito maior, foram muitas ilusões, e durante as ilusões tudo está perfeito, mas quando você acorda, parece que o mundo acabou pra vc que não tem mais jeito, ainda acho que não tem mais jeito, mas eu vou aguentar por vcs família.
    Sobre a minha doença, ah acho que posso chamar de doença, é ruim e eu vou ser assim pro resto da vida tomando remédio, então é doença, meu transtorno bipolar que só meus pais sabem, por enquanto, li que isso aparece nessa idade que eu estou. Na verdade sempre fui assim, mas nunca reparei, e só nessa idade que eu acho que os sintomas ficam mais evidentes. No segundo ano, uma das meninas que eu pensava que era minha amiga disse que eu era bipolar, dei uma risadinha como sempre é isso me intrigou, juntamente com uma paixonite que eu tive que fez eu ficar 3 anos iludida sem falar com a pessoa, um amor platônico , só na minha cabeça, tudo isso fez eu entrar em depressão. Então fui na psiquiatra, fiz terapia e tomei remédio, e tb tem o remédio para a ansiedade que tb me atrapalha até hoje. Não gostei da psiquiatra, aproveitando vou falar outra coisa de mim, eu sinto muito a energia das pessoas, olhando no olho eu sinto que aquela pessoa Que aquela pessoa eu posso confiar, ou se eu sentir uma energia negativa, não confio mais, e foi isso que aconteceu quando disse dos meus amigos, antes a energia era muito forte, mas dps de um tempo sem ver eles, e quando os vi novamente, a energia não era à mesma. Tá pensando que isso é da minha cabeça? É verdade sim, sempre foi assim comigo, e sempre é certo. Agora uma coisa que eu não sei, essa energia mudou por causa do tempo sem eles ou por que eles mudaram o jeito de ser ou eu mudei ? Pode ser os dois e isso me deixa tão triste, não queria que fosse assim, nessa idade nós descobrimos quem somos, temos autoconhecimento, mudamos mesmo. Mas os verdadeiros amigos não se separam, aceitam os defeitos e amam você do jeito que você é, posso dizer que fui a melhor amiga de muita gente, pois fiz exatamente isso, mas não posso dizer que tive uma melhor amiga, infelizmente não. Isso é minha angústia, isso dói meu coração, tento ocupar a cabeça pra não lembrar que não tenho amigos, mas tudo me faz lembrar que as coisas boas que eu passei com eles não valeu a pena, pq eles me abandonaram, não me trataram como amiga. Não estou inventando isso, você sabe que é verdade. Voltando ao assunto, mudei de psiquiatra e gostei demais, mas ele faz o diagnóstico e diz que estava tomando remédio errado, minha depressão é uma das fases da bipolaridade. Quero muito que vc que está lendo isso, pesquise o que é esse transtorno, e principalmente como as pessoas que tem sente, assim vc vai entender o que digo. Tudo isso foi um choque, não aceito até hoje que tenho isso, para mim tudo isso é culpa das pessoas que não enxergaram tudo o que fiz por elas. Eu sou chata? Sou feia? É por isso que vc não gosta de mim? Então me diga o que é? Há e vc vai ler sobre isso, o meu tipo de transtorno é o que a depressão ocorre mais que a euforia, queria que fosse o contrário. Então quando ela disse que eu sou bipolar era verdade, quando eu li o que era e como era vi que era verdade, é de novo eu estou fazendo isso de não querer acreditar na verdade e ficar dizendo pra mim mesmo que é mentira. Mas tenho que aceitar. Então tomo os remédios e é isso. Pra vcs isso pode ser bobeira. Mas eu junto isso tudo e pra mim é um pesadelo. Essa sou eu, quando eu digo que não sei quem eu sou na verdade é pq eu sei mas não quero acreditar que sou assim, e mais uma vez tô fazendo isso. Não estou chorando mais, me sinto mais calma dps de escrever tudo isso, mas é inevitável parar de pensar nessas verdades que eu tenho é que me faz sofrer. E pra terminar, dê valor a quem está do seu lado, como eu faço, mas tem muita gente que não sabe dar valor, e vc sabe o que acontece dps.

    • Equipe Abrata 22 de junho de 2016 às 19:13 - Responder

      Querida Rafaela

      Permita-nos chamá-la assim. Agradecemos imensamente a sua confiança e esperamos poder ajudá-la.
      As ideias suicidas surgem quando a alma está com uma dor imensa que não desejamos senti-la e surgem os pensamentos de como tirar essa dor imensa que me ocupa, me dilacera e insiste impiedosamente em permanecer dentro de mim! Eu não a quero! Mas ela insiste em permanecer! Quero outro caminho para acabar com isso nem que esse caminhos seja dar um fim a minha vida. Mas a minha vida é o maior dom que eu tenho! Um grande presente que me foi dado! Vc fala do amor que sente pela sua mãe, e ela é a fonte dessa luz que é a sua vida. Buscar o aconchego do colo materno nos momentos que os pensamentos malignos nos ocupa talvez seja um caminho a seguir. Mantenha em vc a possibilidade doa aconchego materno, por mais que vc queira poupa-la de saber do quanto você sofre e tem na alma uma dor imensurável ela será sempre a sua grande aliada na vida.
      Parece-me que vc ainda é ainda muito jovem, apesar das dores, da doença que vc relata, jamais desista de você e das possibilidades que a vida irá lhe oferecer. Cuide-se, apesar de que neste momento talvez só em pensar em cuidar-se traga-lhe um desanimo imenso. Agarre co todas as forças que vc tem em algo que lhe de esperaanças por mais inacreditável e inatingível que vc imagina.
      Frente a uma situação difícil de sofrimento imenso que você está vivendo, neste momento da sua vida, surge o desejo de morrer. Que todos nós, em algum momento da vida poderá sentir. Mas, a complicação começa quando esse desejo de morrer associa-se ao desejo de se matar. Rafaela vc nos revela que está exausta por dentro e emocionalmente fragilizada diante de situações que despertam possibilidade de suicídio.Sente uma necessidade imensa de aliviar todas pressões externas como cobranças sociais, culpa, remorso, medo, fracasso, humilhação, ausência dos amigos, incompreensão, descaso, solidão, sente-se esquecida e ignorada etc. A vontade de viver parece estar mais forte, resistindo ao desejo de se autodestruir. Você se vê diante de sentimentos opostos, o que faz acreditamos que considere a possibilidade de lutar para continuar vivendo. Encontre em alguém da sua família, ou nests pessoas que vc citou e que tenham disponibilidade para lhe ouvir e compreender os seus sentimentos dolorosos e assim fortalecer as intenções de viver.
      Nestes momentos que os pensamento suicidas surgirem entre em contato com o CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias. Ligue no 141 ou acesse o site http://www.cvv.org.br/
      Venha também participar das atividades da ABRATA. E traga a sua família. Se vc reside em SP, lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento e Integração pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
      Rafaela estamos aqui. Entre em contato quando desejar.
      Um grande e caloroso abraço.
      Equipe ABRATA

  3. bianca 6 de julho de 2016 às 14:23 - Responder

    Olá, gostaria de pedir orientação sobre TB, minha amiga que tem o transtorno não quer se tratar, pois tem medo dos efeitos dos remédios. Não sei o quê fazer, as crises são em ciclos rápidos e em muito curto tempo.

    • Equipe Abrata 24 de fevereiro de 2017 às 18:18 - Responder

      Cara Bianca.

      Leia estas informações:

      O transtorno bipolar é um distúrbio bastante comum. “Dizemos que corremos o risco de ter o transtorno alguma vez na vida. Entre 8% e 10% da população sofrem do problema”, explica o psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Teng Chei Tung, que escreveu o livro “Enigma bipolar”, lançado pela Editora MG, no final de 2007.
      Segundo ele, o transtorno é marcado pela variação do humor: uma hora a pessoa está eufórica, feliz e satisfeita, e, no momento seguinte, deprimida. “Mas 90% dos bipolares vivem mais a fase de depressão do que a de euforia”, garante o psiquiatra. “Na maioria das vezes, o transtorno é hereditário. Chama a atenção a variação entre a felicidade e a tristeza sem controle, exagerados”.

      O bipolar e o trabalho.
      Ocorre que, em algumas épocas da vida, o bipolar é muito cheio de energia, podendo trabalhar 36 horas seguidas, realizando as tarefas de uma semana inteira em apenas um dia e meio. A diretoria fica feliz com os resultados e passa mais trabalho para ele, depositando muitas esperanças nele. Meses depois, no entanto, o profissional pode vivenciar sua fase depressiva e ter dificuldade, inclusive, de ir ao trabalho.
      “Ele dorme demais e não consegue acordar na hora, ou dorme pouco e não rende. Há bipolares que arranjam várias coisas para fazer à noite e acabam indo dormir muito tarde. Como resultado, não conseguem acordar na hora e chegam atrasados, mas não alguns minutos atrasados, e sim horas. E se conseguem levantar da cama, ficam cansados durante todo o dia”, diz Tung
      A impulsividade é outra característica marcante do bipolar.
      Eles falam e fazem o que querem, sem pensar muito. Isso pode ser bom e ruim para a empresa. Bom, porque são poucos os profissionais ousados, criativos, que não têm medo de arriscar. Ruim, porque podem colocar o seu trabalho em situações de risco e vulnerabilidade. Além disso, ao ocupar um cargo de chefia, a pessoa com transtorno bipolar pode acabar sendo injusta e agressiva, embora muitas delas sejam carismáticas e tenham características de líder.
      De qualquer maneira, na fase eufórica, o bipolar é muito criativo e “trabalha, trabalha, trabalha”, nas palavras do psiquiatra do HC. “São os executivos que acabam sendo bem-sucedidos no mercado. Porém, apesar de o bipolar fazer muito sucesso em sua fase eufórica, pode, de repente, se estressar e ficar deprimido. E então ele entra em um ritmo lento, fica largado, não consegue ir ao trabalho”.
      Há bipolares que passam a vida toda no estado eufórico. Agitados, podem acabar subindo nas empresas. Enquanto outros podem passar a vida deprimidos. O problema da fase deprimida é que ela implica queda na produtividade e na qualidade do trabalho e absenteísmo.
      “O líder que é bipolar, mas que tende à depressão, geralmente é aquele chefe de que ninguém gosta. Está sempre irritado e triste, é chato e perfeccionista. Ninguém suporta”, explica. Ainda existe a pessoa com transtorno bipolar que está sempre “flutuando”. Às vezes, ela está bem, outras vezes, está mal. A produtividade cai, mas ela faz de tudo para disfarçar.

      Depressão versus transtorno bipolar.
      Deve-se estar atento ao diagnóstico de depressão. Isso porque metade das depressões é bipolar. “Transtorno bipolar é muito confundido com depressão. A diferença é muito, muito sutil. Infelizmente, os médicos estão pouco preparados para fazer o diagnóstico correto”.

      Tratamento.
      Não existe uma idade certa para o transtorno bipolar vir à tona. Mas, muitas vezes, o problema aparece na adolescência. Como se trata de uma doença crônica, não existe uma cura permanente. O tratamento é realizado à base de remédios e terapia.
      Se quiser mais esclarecimentos, escreva para nós.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  4. Eduardo 21 de julho de 2016 às 10:28 - Responder

    Eu estou confuso em relação aos meus sentimentos,na maioria do tempo eu sou o cara sério, focado mas de repente fico nervoso, sinto medo, às vezes fico triste mas sei que não há motivo para ficar triste porque realmente não há tenho tido flashbacks estranhos quando vou descansar sempre com cenas bizarras sem lógica e quando isso acontece penso que vou enlouquecer mas me esforço falando para mim mesmo que são só imagens de pensamentos intrusos, mas é difícil. Preocupo-me porque algumas vezes reflito sobre isso e me pergunto será que estou perdendo a lógica das coisas à minha volta? Isso veio acontecer após um momento em que eu fiquei com muito medo, tremendo para ser mais exato e sempre que paro para pensar esses sentimentos aparecem e eu não sei o que realmente tenho, estou ficando confuso novamente, tento não pensar muito nisso mas sempre surgi algo que faz lembrar do ocorrido e assim tenho vivido todos os dias após esse susto que passei. Peço por favor a ajuda d vcs!!!.

    • Equipe Abrata 3 de abril de 2017 às 18:00 - Responder

      Prezado Eduardo.

      Você pode estar vivendo com os sintomas do Transtorno do Estresse Pós-traumático.

      O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) pode ser definido como um distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais. Esse quadro ocorre devido à pessoa ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros. Quando ele se recorda do fato, revive o episódio como se estivesse ocorrendo naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento vivido na primeira vez. Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais.

      Dessa forma, sugerimos que procure um médico psiquiatra que o aconselhará quanto ao tratamento.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  5. Eduardo 21 de julho de 2016 às 10:40 - Responder

    Eu estou me sentindo muito estranho desde um acontecimento que me deixou em estado de choque, fiquei tremendo mas ninguém via meu estado porque eu não reagi de maneira descontrolada como algumas pessoas ficam quando estão com medo, mas a minha vontade era de fugir com as pernas trêmulas. E após essa ocorrência, tenho ficado nervoso com medo quando em meu dia a dia acontece algo que me lembre o tal fato. À noite tenho flashbacks estranhos sem lógica alguns pensamentos intrusivos também sem lógica. Às vezes, penso que vou enlouquecer porque não sei o que está acontecendo com meus sentimentos, geralmente sou espontâneo sempre de boa mas agora fico sério por fora e meu emocional nervoso. Às vezes, tremendo mesmo sabendo que não tem o porquê disso tudo quando lembro e não sei o que fazer, estou confuso. Me ajudem pfv!!.

    • Equipe Abrata 23 de fevereiro de 2017 às 18:57 - Responder

      Prezado Eduardo.

      Todas as pessoas possuem determinada capacidade e limite para lidar com os eventos estressantes da vida. Quando acontecem eventos que são maiores do que a capacidade dessa pessoa lidar, surge o que chamamos de trauma. Cada pessoa tem um limite diferente das outras. O que pode gerar um trauma em uma pessoa pode não gerar em outra e vice e versa. O fato ser vítima de um evento estressante que acontece de repente do nada também pode ser um fator de agravamento de um trauma.

      A maioria das pessoas considera que trauma é algo gerado por situações onde a vida da pessoa está ameaçada como num acidente de carro, um assalto, violência sexual, morte de alguém querido, crises de pânico e ansiedade e outros. Isso é verdade, entretanto, por incrível que pareça os maiores traumas são gerados por pessoas que amamos. Essas pessoas podem ser nossos pais, nossos maridos e esposas, nossos amigos e parentes. Na realidade isso acontece por que ninguém espera ser traído ou maltratado por alguém que ama e espera receber amor. Uma outra característica desses traumas é que ao contrário de um trauma único como um acidente de carro, normalmente eles acontecem diversas vezes. Temos aí um trauma de desenvolvimento ou uma situação politraumática.

      Uma característica comum de qualquer trauma é o efeito “looping” que esse evento faz nas nossas vidas. Quando temos algum trauma, reagimos a situações do presente como se ainda estivéssemos no perigo daquela situação do passado. Ou seja, nosso cérebro fica congelado na situação traumática e não permite que sigamos nossa vida em frente sem essa reação disfuncional no presente. Gastamos energia, perdemos oportunidades e às vezes vemos o tempo passar vivendo uma certa imobilidade. É como se ainda estivéssemos repetindo a situação traumática. E para parte do nosso cérebro límbico que gerencia as emoções é isso mesmo. E com certeza não será nenhum argumento racional que irá curar o seu trauma como: “não precisa ter medo, pois nada vai acontecer. Você está seguro.” Essa parte emocional do cérebro não será transformada apenas com argumentos racionais. E com certeza no fim é ela quem manda em você e dispara os sintomas físicos.

      Para processar um evento mais estressante do que podemos suportar, o cérebro parte a informação em pedaços de modo que consiga lidar com essa situação. Trata-se de um fantástico mecanismo de defesa. O fato é que essas memórias traumáticas ficam desintegradas no cérebro e necessitam ser reprocessadas. O trauma se repetirá no presente até que o organismo arranje um meio ou seja estimulado ao equilíbrio novamente. Muitas vezes isso não vai acontecer sozinho e alguém pode repetir esse trauma por anos e mais anos. É como uma pessoa que sofreu um acidente de carro há anos e ainda hoje toda vez que chega num posto de gasolina entra em pânico ao sentir o cheiro de combustível. Um trauma necessariamente não aparece no momento exato do evento traumático, pode levar meses ou anos a se manifestar, o que de certa forma nos deixa mais confusos, pois de repente nos pegamos reagindo e sentindo sensações no corpo que não entendemos e não sabemos de onde vieram. Essas sensações podem ser ataques de ansiedade, insônia, dores diversas, tremores, problemas gastrointestinais, problemas de coluna, pânico, fobias e outros.

      Muito bem, depois dessa informações, sugerimos que procure um psicólogo para ajudá-lo a trabalhar as suas emoções.
      Ele poderá, ainda, sugerir a avaliação médica psiquiátrica.

      Não deixe de procurar ajuda, está bem?

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  6. Anônimo 22 de setembro de 2016 às 23:15 - Responder

    Boa noite.
    Meu caso com alguém que sofre de bipolaridade é estranho. Meu parceiro possui uma ex ( não chegaram a namorar) que eu sei que foi diagnosticada com transtorno bipolar e o comportamento dela me incomoda bastante. Não apenas por saber que estávamos juntos e estamos juntos há muitos anos mas percebi que quando o namoro dela com uma outra pessoa acabou, ela veio atrás do meu parceiro e ficou alguns meses em cima. Ele não a correspondeu e eu cheguei ao ponto de falar: ou ela ou eu pois, ela estava infernizando a nossa vida. Quase 1 ano depois, ela veio atrás de novo dele, com e-mails agressivos, falando mal de mim, insinuando coisas que não eram verídicas com meu nome. Eu quis que meu parceiro respondesse e desse um basta nela mas chegando a um consenso vimos que era melhor ignorá-la. Vou encontrá-la daqui há alguns meses pessoalmente por causa de um casamento e não sei muito como reagir pois sinto que ela tentará fazer algo ruim. Como lidar? Realmente, não entrando em discussão e ignorando são as melhores opções? Eu não consegui encontrar nada na internet parecido com meu caso. A ex do seu atual tem transtorno bipolar e você não sabe como reagir com ela. Me ajudem!

    • Equipe Abrata 11 de fevereiro de 2017 às 11:29 - Responder

      Olá.

      Uma vez diagnosticado com o transtorno bipolar, o paciente deve fazer o tratamento medicamentoso associado à psicoterapia
      pois, caso contrário, terá crises recorrentes, comportamentos complicados, ideias mirabolantes, etc.

      Bem, você irá encontra´-la no futuro próximo. Sugerimos que a trate com respeito mas com distanciamento. Você não é
      responsável pelo comportamento dela.

      Mantenha a calma, se provocado.

      E aja com naturalidade, sem preocupações exageradas.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  7. Filipe 4 de setembro de 2017 às 15:48 - Responder

    Meu nome Filipe, tenho 20 anos e desde os 15 sofro de ansiedade com algumas crises de pânico. Faço tratamento há mais ou menos uns 6 meses, e estou muito, mas muito melhor! Levo uma vida completamente normal, estudo, trabalho, me divirto e etc. Porem, eu tenho um medo intenso de enlouquecer, ficar esquizofrênico. Eu não sei o porquê disso, e um medo que me deixa às vezes até envergonhado pois parece preconceito (coisa que não é de forma alguma). Na terapia esse medo diminui muito. Na minha família eu não tenho parentes esquizofrênicos, pelo menos até os meus avós (não conheci meus bisavós). Mas não tenho tios, pais, primos ou avós com a doença. Apesar da melhora como disse, quero me livrar desse pensamento ruim, que às vezes me angustia. (Parabéns, o trabalho de vocês é iluminado!)

    • Equipe Abrata 9 de setembro de 2017 às 08:35 - Responder

      Olá Felipe.

      A ABRATA ministra apoio psicossocial a familiares, amigos e portadores de transtorno bipolar e depressão.
      Assim sugerimos que procure a ASTOC – Associação Brasileira de Tiques e TOC através do Whatsapp: (11) 9571-0303
      e (11) 98594-2575 ou o e-mail: faleconosco@astoc.com.br.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  8. Ana Lúcia 1 de janeiro de 2018 às 08:29 - Responder

    Olá, depois de uns tempos para cá meu pai de 63 anos, após a morte da minha mãe , começou a ter uns movimentos estranhos como rigidez dos músculos, repetição de movimentos misturado com reação nervosa.
    Isso acontece quando ele está sozinho. Quando aparece alguém ele para. Percebi isso depois que comecei a escutar uns sons estranhos pela casa
    Alguém sabe o que é isso,já pesquisei mas não encontrei nada.
    Geralmente ele está sentindo dores musculares mas não quer ir ao médico.

    • Equipe Abrata 17 de janeiro de 2018 às 10:02 - Responder

      Cara Ana Lúcia.

      Seu pai precisa de acompanhamento médico, seja de um psiquiatra ou neurologista ou dos dois profissionais.
      Questões relacionadas a traumas, lutos, etc. merecem atenção.
      Solicite ajuda de outras pessoas do convívio social ou familiar de seu pai.
      Boa sorte.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  9. Camila 24 de março de 2019 às 16:42 - Responder

    É comum uma pessoa raciocinar de uma forma e agir totalmente diferente? Tenho tido dificuldade em diversas áreas da minha vida e, por conta disso, é como se meu corpo não correspondesse ao meu cérebro, sinto como se fosse mentalmente uma pessoa e agisse como outra. Isso é normal ou é alguma espécie de transtorno tbm? Qual seria o médico indicado?

    • blogabrata 3 de abril de 2019 às 11:04 - Responder

      Prezada Camila, agradecemos seu contato.
      Pois bem. É importante consultar um médico psiquiatra porque ele cuida da saúde mental e somente ele
      reúne condições de fazer um diagnóstico e prescrever o tratamento medicamentoso adequado para cada
      caso. Evidentemente, que a ajuda psicoterapeuta, combinada com os medicamentos e a participação em
      grupos de apoio mútuo como são os oferecidos pela ABRATA, formam um arcabouço capaz de auxiliar as
      pessoas que estão em sofrimento psíquico e emocional.
      Assim, procure ajuda de um psiquiatra.
      Boa sorte!
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

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