[prof.claudio.souza.alves]

em resposta a: Como agir para ajudá-la? Tenho direito de ter minha vida? Como conciliar issso? #16543

Tenho um filho que já surtou 15 vezes! Está internado pela 15ª vez! Ele tem mulher e duas filhas! A mais velha cresceu vendo o pai doente e internado em clínicas, sofre com depressão e já tentou o suicídio uma vez! A menor começou a perceber que o pai dela é doente mental, é diferente, não é uma pessoa normal mas ama o pai!
No dia 2 de julho fomos visitar ele e comemorar o 35º aniversário dele dentro de uma Clínica de Recuperação!
Os vizinhos não entendem, a sociedade não entende, o preconceito é enorme e as despesas e os prejuízos são devastadores! Não existe tratamento público gratuito na Região dos Lagos e quando ele surta leva uns 4 a 6 meses para ele voltar ao normal!
Estamos todos bem desesperados no sentido de buscar junto ao INSS a Aposentadoria dele por Invalidez! Ele não consegue gerir a própria vida sozinho e eu não sei se curatelo ele! Minha nora vira enfermeira e cuidadora dele, não consegue se manter no emprego, apesar de ser uma moça trabalhadora. O Transtorno Bipolar Tipo 1 é a pior doença que eu conheci na minha vida. Porque vejo meu filho morrendo à prestação! Não tem cura! Só controle! E a gente se sente impotente às vezes! Desestabiliza minha família inteira! Eu estou superendividado e aguardo que os advogados, o Estado e a própria Justiça olhe para realidade terrível dos portadores dessa doença mental e de de suas famílias! Pois é uma doença que adoece quem convive com o portador desse transtorno!
Tive que me mudar de Brasília-Df para Cabo Frio RJ em busca de melhor qualidade de vida.
De fato a Costa do Sol trouxe mais qualidade de vida e a gente pelo menos desfruta um pouco da natureza, do Sol e de belas paisagens! Senão a gente mesmo não aguenta! Graças à Deus que encontrei esse espaço aqui e me solidarizo com todas as pessoas que possuem familiar com Transtorno Bipolar. Eu tenho bipolaridade, sou um F31, meu filho tem e minha filha provavelmente tenha o Tipo 2! No meu caso eu só descobri que tinha depois de 2013 e também por conta do adoecimento do meu filho. Espero poder escrever um livro e poder compartilhar dicas e experiências para quem convive com a bipolaridade dentro de casa. Boa Noite.

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