Home › Fóruns › Cuidando de quem Cuida › Mãe bipolar – familia desestruturada e sem esperança
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#16725 |
Minha mãe foi diagnosticada com depressão há 15 anos, marcados e iniciados por períodos de falta de sono e dores de cabeça intensa.
O núcleo familiar é ela, eu e meu pai.
Já passamos por 3 internações psiquiátricas, involuntárias.
A primeira internação foi em 2015, e desde então nunca estabilizou.
Em 2023, passou sem nenhuma medicação e acreditou/acreditamos estar “curada”, período marcado de ânimo, agitação, que no final, se perdeu e tornou agressividade, impulsividade, aspecto de grandesa e religiosidade.
No início do ano passado, episódio profundo de depressão seguido de um surto durante a madrugada, gritava, dava altas gargalhadas com episódios psicóticos. Foi necessária a internação, seguida de alta prematura, negação em tomar remédios e mais um período de mania – acordava cedo, abria todas as janelas, fazia muito barulho, obrigava as pessoas com temas religiosos, maltratava eu e meu pai, coisas absurdas. Tivemos que “fugir” e sair de casa por um período. Em agosto, mais um internação, por conta da falta de adesão ao tratamento e estado sem fim de mania – uma internação intensa de mais de 4 meses – mas ainda assim prematura.
Hoje, quase 30 dias após internação, ela já está apresentando oscilação de humor mesmo com medicação, apesar de prevalecer a mania. Acorda cedo, animada, de repente está se jogando no chão e chorando, alegando que realmente talvez esteja “louca”, minutos depois está dormindo e minutos depois está “normal”…Não sei mais o que fazer. São mais de 10 anos sem perspectiva de melhora – parece que cada vez piora mais. Sou filha única, tenho 24 anos, uma vida inteira pela frente, trabalho, estudos, e sinto como se nunca fosse me sentir feliz e normal com essa situação. Estou exausta de cuidar, não consigo relazar por 1 dia. Meu pai também está passando por problemas de saúde e tendo sua recuperação afetada por conta da situação.
Fico muito triste, angustiada, me sentindo sozinha e sem perspectiva de melhora. O que fazer? Internar de novo? Por quanto tempo? Como será nossas vidas? Tenho que me priorizar e priorizar meu pai, mas tenho muita dó, muita tristeza pela situação que ela está passando.
Ela não aceita o diagnóstico nem o tratamento, não faz psicológo e nem passa nas consultas. Nos culpa por estar desse jeito e consequentemente eu tbm me culpo
Oi, primeiro gostaria que soubesse que você não precisa se culpar por causa disso. O que sua mãe está passando é algo que ela precisa vencer e terá total apoio das pessoas que as ama, mas nesse caminho de apoio, são disparados vários estilhaços que atingem as pessoas mais próximas dela que são vc e seu pai.
Você não pode se sentir culpada em querer viver a sua vida e buscar viver a plenitude de sua vida não te pode ser negado, principalmente por você mesma.
A culpa é o maior mal dessa situação, pois esse sentimento “cruel” é transmitido e nos impede de avançar… MAs a vida é uma caminhada, não precisamos correr, mas precisamos continuamente dar novos passos, ainda que mais lentos que as outras pessoas, mas não podemos parar e retroceder não é uma opção.
Não quero dizer que não podemos olhar para trás, não é isso, olhar o passado para uma reflexão a fim de manter o plano inicial ou de reorganizá-lo é fundamental para realizar nossos sonhos e conquistar nossos projetos.
Você nasceu para ser vitoriosa, sua mãe e seus pais também! Pense: cerca de 300 milhões de espermatozóides foram lançados em direção de um único óvulo, ou seja, vc é uma em 300 milhões! Uau!!! Sua conquista começa aí! 24 anos depois você está em um dilema viver a vida plenamente ou cuidar da sua mãe plenamente…
Escolha os dois, em um caderno, ou agenda, ou numa folha qualquer, escreva o que você quer para você, se hoje você estivesse com sua mãe e pai 100% libertos da depressão, dos estresses, da bipolaridade, para onde sua vida estaria te levando? A resposta a essa pergunta é seu alvo, certo?
Determinado o seu alvo, como chegar até ele com os obstáculos que hoje você precisa enfrentar?
O primeiro passo para enfrentar algum desses problemas é você olhar para você mesma e reconhecer o valor que você tem como pessoa, como mulher, como filha… naquela mesma folha, comece escrevendo as coisas legais e as conquistas que você teve ao longo dos seus 24 anos: andar de bicicleta, formar o ensino médio, namorou uma pessoa legal, coisas simples e pequenas… comece a olhar para você na perspectiva dos seus bons feitos, ou até mesmo daqueles que não foram assim tão bons mas que hoje vc ri deles e lembrar deles não te causam dor…
Mas como assim? Vou te dar ume exemplo, quando adolescente, no recreio da escola, alguns colegas me pegaram e me jogaram para cima, quebrei uma clavícula e trinquei um úmero, foi um bullying, foi um maus tratos, foi um abuso que vivi, poderia ter morrido ou ficar aleijado, mas hoje, quando encontro um desses colegas na rua, a gente ri dessa situação.
Faça essas relações de conquistas e de superação e reflita como elas te fizeram ser uma mulher incrível, forte, resiliente…
Oi, primeiro gostaria que soubesse que você não precisa se culpar por causa disso. O que sua mãe está passando é algo que ela precisa vencer e terá total apoio das pessoas que as ama, mas nesse caminho de apoio, são disparados vários estilhaços que atingem as pessoas mais próximas dela que são vc e seu pai.
Você não pode se sentir culpada em querer viver a sua vida e buscar viver a plenitude de sua vida não te pode ser negado, principalmente por você mesma.
A culpa é o maior mal dessa situação, pois esse sentimento “cruel” é transmitido e nos impede de avançar… MAs a vida é uma caminhada, não precisamos correr, mas precisamos continuamente dar novos passos, ainda que mais lentos que as outras pessoas, mas não podemos parar e retroceder não é uma opção.
Não quero dizer que não podemos olhar para trás, não é isso, olhar o passado para uma reflexão a fim de manter o plano inicial ou de reorganizá-lo é fundamental para realizar nossos sonhos e conquistar nossos projetos.
Você nasceu para ser vitoriosa, sua mãe e seus pais também! Pense: cerca de 300 milhões de espermatozóides foram lançados em direção de um único óvulo, ou seja, vc é uma em 300 milhões! Uau!!! Sua conquista começa aí! 24 anos depois você está em um dilema viver a vida plenamente ou cuidar da sua mãe plenamente…
Escolha os dois, em um caderno, ou agenda, ou numa folha qualquer, escreva o que você quer para você, se hoje você estivesse com sua mãe e pai 100% libertos da depressão, dos estresses, da bipolaridade, para onde sua vida estaria te levando? A resposta a essa pergunta é seu alvo, certo?
Determinado o seu alvo, como chegar até ele com os obstáculos que hoje você precisa enfrentar?
O primeiro passo para enfrentar algum desses problemas é você olhar para você mesma e reconhecer o valor que você tem como pessoa, como mulher, como filha… naquela mesma folha, comece escrevendo as coisas legais e as conquistas que você teve ao longo dos seus 24 anos: andar de bicicleta, formar o ensino médio, namorou uma pessoa legal, coisas simples e pequenas… comece a olhar para você na perspectiva dos seus bons feitos, ou até mesmo daqueles que não foram assim tão bons mas que hoje vc ri deles e lembrar deles não te causam dor…
Mas como assim? Vou te dar ume exemplo, quando adolescente, no recreio da escola, alguns colegas me pegaram e me jogaram para cima, quebrei uma clavícula e trinquei um úmero, foi um bullying, foi um maus tratos, foi um abuso que vivi, poderia ter morrido ou ficar aleijado, mas hoje, quando encontro um desses colegas na rua, a gente ri dessa situação.
Faça essas relações de conquistas e de superação e reflita como elas te fizeram ser uma mulher incrível, forte, resiliente…
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