As mulheres com transtorno bipolar, muitas vezes, lutam com a doença durante e após a gravidez. Um novo estudo descobriu que elas eram, significativamente, mais propensas a enfrentar desafios psiquiátricos e educativos importantes em comparação com as mulheres que procuravam tratamento para outras doenças psiquiátricas.
As mulheres grávidas e puérperas com transtorno bipolar, com mais frequência, exigem mais cuidados com a saúde mental e os desafios da maternidade precoce mais do que outras mulheres perinatais em tratamento psiquiátrico, de acordo com um estudo publicado na Journal of Affective Disorders. Os resultados indicam a importância de identificar corretamente a doença e o desenvolvimento dos tratamentos específicos para as mulheres durante e após a gravidez, disse o principal autor.
“Semelhante ao que você encontra em transtorno bipolar na população perinatal, o nível geral de gravidade clínica e insuficiência funcional realmente se destaca como sendo de preocupação“, diz Cynthia Batalha, professora associada (investigação) de psiquiatria e comportamento humano no Alpert Medical Escola da Universidade de Brown.
“É um momento muito vulnerável para essas mulheres”, relata Batalha, que também é psicóloga do Programa Mulheres e Crianças do Hospital Dia. “Elas aumentaram as demandas funcionais neste momento.”
Gravidez muitas vezes perturba o sono e os pais de um recém-nascido podem envolver-se e levantar-se várias vezes durante a noite em meses seguidos, por exemplo. Tais problemas de sono podem desencadear novos episódios de humor entre as mulheres com transtorno bipolar, cita Batalha. Além disso, algumas mulheres ficam sem os seus medicamentos durante a gravidez por causa da preocupação com a saúde do feto, deixando a sua condição de uma pessoa em tratamento.
Dados de angústia
Para determinar as consequências clínicas de experimentar uma doença aguda em um momento complicado, Batalha e seus co-autores examinaram os registros de 334 mulheres com diagnóstico de um transtorno psiquiátrico e que procuram tratamento no Programa Mulheres e Crianças do Hospital Dia, a hospitalização parcial perinatal foi focada no programa.
Entre as mulheres, 32 foram diagnosticadas com o tipo I, tipo II, ou transtorno bipolar não especificado. Todos os outros pacientes foram diagnosticados com transtornos psiquiátricos diferentes, tais como grande depressão, generalizada ansiedade, ou transtorno obsessivo compulsivo .
Batalha e seus co-autores, em seguida, realizaram uma análise estatística dos registros para comparar a forma como muitas vezes os pacientes com transtorno bipolar tiveram problemas psiquiátricos maternos e importantes, em comparação com as mulheres com as outras doenças.
“Entre as mulheres que foram diagnosticadas com TB, houve um risco aumentado de forma significativa para a automutilação e comprometimento”, escreveram os autores.
Especificamente, mais da metade das mulheres bipolares tinha um histórico de abuso de substâncias, em comparação com 26% dos outros pacientes, e 59% tinham um histórico de tentativas de suicídio em comparação com 27% dos outros pacientes.
Eles também descobriram que mais da metade das mulheres com transtorno bipolar tiveram complicações e entregam seus bebês, em comparação com 27% dos outros pacientes. Enquanto uma porcentagem similar de mulheres com TB amamentado seus bebês, uma proporção maior de mulheres com TB (78%) relataram ter problemas com a amamentação, em comparação com 42,3% dos outros pacientes.
Rumo a terapia
Por causa das consequências clínicas graves associados ao transtorno bipolar, Batalha diz, os familiares/cuidadores precisam observar cuidadosamente os sintomas de mania e de euforia ou irritabilidade que distinguem o transtorno bipolar de depressão.
“Muitas vezes, como as pessoas que fazem o tratamento, quando têm o transtorno bipolar, apresenta o humor deprimido, por isso é importante para avaliar a história da mania antes de ocorrer e também para conhecer sobre a história familiar de mania“, disse Batalha. “Fazer esses tipos de perguntas ajuda a esclarecer se está com a depressão unipolar versus bipolar, será importante para orientar o tratamento.”
Entre as mulheres no estudo não diagnosticadas com BD, 75 % de sintomas auto-relatados de irritabilidade e 24,5 % relataram sintomas de euforia.
Após o diagnóstico, Batalha disse, a próxima pergunta é: “Como podemos apoiar melhor as mulheres na tomada de decisões de tratamento razoáveis podem, quando confrontado com transtorno bipolar durante a gravidez?”
Uma opção poderia ser orientar os pacientes para mudar para medicamentos que são mais seguros durante a gravidez ou a amamentação, para que eles não se apagam medicamentos completamente. Conectá-los às terapias psicossociais eficazes também é importante.
Cynthia Batalha faz parte de uma equipe de trabalho para desenvolver uma intervenção psicossocial especializado para mulheres perinatais com transtorno bipolar.
Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/releases/273179.php?tw
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Fiquei muito triste em ler essa matéria, pois estou querendo engravidar e tenho TB. Desestimulante ler isso, até porque não traz muitas alternativas para quem quer ou já engravidou juntamente com o tratamento.
Querida Bianca
Perceba o artigo com outro olhar! Como um alerta e cuidados que são reais para uma futura gestante que necessita de apoios e acompanhamentos, sejam eles necessários por causa de um transtorno do humor ou qualquer outra doença pré-existente. Alerta que as futuras gestantes necessitam saber pq de acordo com o relatos nos grupos de apoio de que recebemos algumas mulheres deixam de lado os cuidados com o transtorno bipolar em função da gravidez e essa atitude poderá comprometer tanto a gravidez como favorecerá o surgimento dos sintomas da doença. A mãe com transtorno bipolar precisa avaliar com seu médico qual será a estratégia para que os nove meses transcorram sem maiores problemas.
Apesar do transtorno bipolar e gravidez será bem-vinda e hoje os psiquiatras reconhecem e recomendam a necessidade de ação conjunta das duas especialidades – obstetra e psiquiatra, além dos ajustes necessários dos medicamentos psiquiátricos em atenção ao bebe.
Bianca sugerimos que leia este artigo. esperamos que vc goste. Link: http://delas.ig.com.br/saudedamulher/gravidas-e-bipolares/n1237737687381.html
Conte sempre com a ABRATA.
Abraços
Equipe ABRATA
O artigo também ressalta os cuidados que a mãe bipolar necessita ter após o nascimento do bebe, pq a mudança de rotina, as noites mal dormidas e o próprio estresse causado pelo chegada de um bebe na família poderá interferir nos próprios cuidados diários que o transtorno bipolar impõe de no minimo 08 horas de sono, alimentação no horário, entre outros fatores.
Eu fiquei mais tranquila após ler essa matéria.Pois compreendi a razão do meu mal comportamento durante minha gravidez e o modo como tratei meus filhos.
Eu não havia sido diagnosticada ainda e não entendia o que se passava comigo e tinha uma péssima opinião ao meu respeito.Eu até mesmo me considerava uma pessoa má e vadia.
Se eu tivesse sido diagnosticada antes,eu teria incluido consulta com psiquiatra e terapia no meu pre natal e se tivesse sido mais responsável,talves eu não tivesse me machucado tanto e sido uma péssima mãe.Olho para trás e meu passado ainda me atormenta e meu futuro nem sei como será.
Prezada Marcia
Agradecemos o envio das boas notícias sobre a sensação de tranquilidade que chegou a vc após a leitura do artigo publicado pela ABRATA. Nosso objetivo é esse: levar mais conhecimento e informações para pessoas e se possível mais tranqüilidade e serenidade no dia a dia para lidar com as dificuldades que a transtorno do humor promove em determinadas épocas da vida.
Olhe a sua vida a partir de agora, do hoje. O passado não conseguimos passar a limpo, mas cuidar e amorosamente viver bem consigo mesma e mais feliz. Isso sim, o hoje promove!
Conte sempre conosco.
Abraços
Equipe ABRATA
QUANTO TEMPO DE ACOMPANHAMENTO É PARA DIAGNOSTICAR O TRANSTORNO BIPOLAR.
Prezada Ana,
Não existe um tempo definido para se diagnosticar TB. O que acontece é que, em muitos casos, é difícil reconhecer que o paciente tenha tido episódios de mania ou hipomania (que são aqueles em que a pessoa fica com extrema energia, o humor pode ficar eufórico, a pessoa fica acelerada, falando muito, dorme pouco, pode gastar muito dinheiro, tem comportamentos de risco para si e para os outros, etc.). Muitas vezes, o psiquiatra tem que entrevistar pessoas da família para avaliar se, na história de vida da pessoa aconteceram episódios deste tipo, pois só dá para se ter certeza de que o paciente é bipolar se ele ficou pelo menos uma vez na vida com mania ou hipomania. Se o paciente aparecer já na primeira consulta num estado de mania ou de hipomania, o diagnóstico é realizado naquele momento mesmo.
Um abraço,
Equipe ABRATA
Minha irmã está grávida e tem TB, como retirou os medicamentos pra não prejudicar o bebê está passando por uma crise, por favor nos ajudem!!!. Ela não consegue dormir de jeito nenhum e disse que não aceita a gravidez.
Olá Rafaela
A sua preocupação e cuidados com a sua irmã, são de fato necessários.
É importante que a futura mamãe com transtorno bipolar tenha acompanhamento médico e avise o psiquiatra quando desejar sobre a gravidez, para que ele monitore seu tratamento. Se ela seguir todas as recomendações médicas de forma adequada será possível ter uma gravidez saudável. Retirar a medicação sem acompanhamento e orientação médica não é o caminho ideal e poderá prejudica-la, promovendo o surgimento dos sintomas da doença.A ausência de horas de sono, imprescindível para a pessoa com transtorno bipolar, deve ser decorrente da ausência da medicação assim como a ansiedade natural pelo período gestacional. É urgente a atitude de buscar o médico psiquiatra para orientá-la acerca de medicação que poderá ser usada durante a gravidez.
Abraços
Equipe ABRATA
Gostaria de saber se existem medicações não teratogenicas para uso em bipolar f3.7 durante a gravidez. Obrigada.
Prezada Marcelle
O uso de medicamentos durante a gravidez é um assunto delicado e não envolve respostas simples. Os dados de que dispomos apenas nos orientam a tomar decisões, mas estas não são isentas de riscos. Segundo o FDA (órgão americano que regulamento o uso de medicamentos e alimentos nos EUA), os medicamentos são divididos nas seguintes categorias segundo o seu risco na gravidez:
1. Não há evidência de risco em mulheres. Estudos bem controlados não revelam problemas no primeiro trimestre de gravidez e não há evidências de problemas nos segundo e terceiro trimestres.
2. Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais que não foram confirmado nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez.
3. Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais no feto, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez.
4. Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
5. Estudos revelaram anormalidades no feto ou evidências de risco para o feto. Os riscos durante a gravidez são superiores aos potenciais benefícios. Não usar em hipótese alguma durante a gravidez.
No entanto, além da categoria de risco, há outras questões também a se considerar:
Nenhuma gravidez, mesmo sem o uso de qualquer medicamento, é isenta de risco.
Outra coisa, é que a doença mental sem tratamento durante a gravidez também pode trazer prejuízos ao feto.
A gravidez e o pós-parto são períodos de maior risco para o desenvolvimento de crises dos transtornos afetivos.
A chance de o feto não ter problemas é maior do que o de apresentar anomalias.
Como você pode ver, a decisão a ser tomada é delicada, precisa ser amadurecida e envolve avaliar qual é a opção que equilibra melhor a saúde mental da mãe durante a gestação e pós-parto com menores riscos para o desenvolvimento do feto. O importante é que você tome essa decisão junto com o profissional que a acompanha e que já conhece o seu quadro clínico e que você possa ser avaliada durante o pré-natal em conformidade com a sua escolha,
Um abraço,
Equipe ABRATA
Boa tarde! Sou gestante, estou de 21 semanas e sou portadora do TB. No inicio da gravidez eu procurei meu psiquiatra que me recomendou a utilizar somente o Quetiapina, na dosagem de 400 mg por dia. Nos primeiros meses eu senti uma terrível abstinência, pois também fazia uso de Lítio e Rivotril. A um mês mais ou menos, eu consegui melhorar e diminui a dosagem (por conta própria) para 200 mg diária. Meu sono não é uma maravilha mas eu consigo descansar! Tem dias que fico extremamente irritada e desmotivada…Gostaria de saber se o uso da Quetiapina na gravidez traz algum risco para o bebê e se são grandes as chances de ele desenvolver a mesma doença que a minha. Na minha família, meu avô paterno tinha a doença, algumas filhas dele e 3 primas, sendo que as 3 são filhas mulheres e primogênitas.
Obrigada!
Prezada Livia
Na gestação algumas medicações não são recomendadas. O Rivotril e o Lítio estão entre elas. A Quetiapina não tem relato de prejudicar a criança em formação. Importante vc continuar o acompanhamento com o Psiquiatra. Não há risco da doença em seu bebê por você tomar a medicação. O fato do transtorno Bipolar ter caráter genético pode indicar a possibilidade de seu bebê vir a ter a doença. Mas não se preocupe com isto. Ame seu filho. Existe grande probabilidade de seu bebê não ter a doença bipolar. Mas caso também venha a ter, os tratamentos atuais trazem melhor qualidade de vida. Fale com seu Psiquiatra para preparar você para o momento do parto e no pós parto. Procure assistir palestra sobre gravidez e puerpério da ABRATA. Veja a programação no site. Elas acontecem sempre no último sábado de cada mês e com temas diferentes.
Também ressaltamos a necessidade de vc estar atenta após o parto, que são essenciais, considerando a alteração do sono que poderá ocorrer devido aos cuidados exigidos pelo bebê. Será importante preparar-se para esse período, com apoio de um familiar e buscar manter as 8h de sono, importantes para manter o humor estabilizado e minimizar o estresse que os primeiros meses do seu bebê exigirão.
Um abraço
Equipe ABRATA
Gostaria de saber se quem tem TB tem dificuldades em ficar grávida?
Olá Cristiane.
No caso de pessoas com Transtorno Bipolar, é importante que o casal tenha plena consciência sobre a condição do paciente.
Da mesma forma, é importante a compreensão de que por ter uma doença que depende de diversos fatores, incluindo genéticos
e ambientais, o risco de filhos também desenvolverem a doença é grande. Comparado a filhos de pais que não possuem a doença,
os filhos de bipolares têm mais chances de apresentá-la.
É fundamental que a futura gestante com TB faça um acompanhamento médico mais intenso e avise o psiquiatra quando desejar
engravidar para que ele monitore de perto. Com as recomendações médicas adequadas, será possível engravidar e ter filhos.
É significativo, também, que tanto o psiquiatra como o obstetra trabalhem em conjunto.
Muitas forças para vocês.
Abs.
Equipe ABRATA.
Uso Quetiapina, Desvenlafaxina, é trileptal posso continuar usando durante a gravidez?
Olá Aline.
As pessoas com transtorno bipolar e que usam medicamentos prescritos por psiquiatra podem engravidar.
Entretanto, é importante que a futura gestante com transtorno bipolar faça um acompanhamento com o médico obstetra
e avise o psiquiatra quando desejar engravidar para que ele monitore o paciente mais de perto.
Converse com o seu psiquiatra a respeito da medicação e a possível interferência na gravidez.
Procure conhecer mais informações assistindo ao vídeo gravado pela dra. Alexandrina Meleiro, médico psiquiatra e
membro do Conselho Científico da ABRATA. Veja o endereço:
Transtornos do Humor e Gravidez by ABRATA – Associação Brasileira …
https://www.eventials.com/conexaoabrata/transtornos-do-humor-e-gravidez/
4 de jul de 2015 – Alexandrina Meleiro, psiquiatra especializada em transtornos do humor (depressão e transtorno bipolar). Category Health. Show more.
Abs.
Equipe ABRATA.
Prezada Aline
Embora amplamente usados, não existe nenhum psicotrópico aprovado para uso em gestante pelos órgãos de controle.
Evidências disponíveis atualmente, mostram que a segurança dos psicofármacos ainda não é totalmente
esclarecida,e a decisão de prescrever essa medicação na gestação, deve levar em conta a gravidade da doença
mental. Enfatiza-se o fato de que, nenhuma decisão clínica está isenta de riscos. Os psiquiatras e demais profissionais de saúde mental devem buscar estratégias terapêuticas que reduzam ao máximo o risco de exposição da mãe e do feto ao transtorno psiquiátrico, bem como aos possíveis efeitos teratogênicos dos psicofármacos utilizados.
Como sempre, sugerimos que você converse com o seu psiquiatra para ver qual a conduta mais indicada para a sua situação. Em cada caso, é importante colocar na balança todos os fatores envolvidos para se poder escolher a situação de maior benefício e menor risco.
Um abraço,
Equipe ABRATA
Olá boa tarde.
Descobri que sou bipolar, com 23 anos tive três crises graves.
A primeira fiquei com depressao profunda durante 4 meses, a segunda fiquei muito agressiva, desconfiada e com delírios. Tentei matar meu marido, durou 2 meses.
A terceira foi mais grave, aconteceu em abriu
l de 2016 fiquei 12 dia sem dormir foi horrível novamente, tentei matar meu marido agredi minha mãe e minhas irmas só dormi quando me levarão para uma clinica onde tomei duas injeções.
hoje faço uso do clonazepam 6 gotas a noite e carbolitiom de 400 pois minha duvida e que perguntei ao meu psiquiatra se posso engravidar ele disse que tomando o carbolitiom sim, já tenho 31 anos e meu sonho hoje e ser mãe. O que faço?
Olá Tatiane.
Encaminhamos a sua mensagem a um de nossos voluntários.
Aguarde a resposta.
Abs.
Equipe |ABRATA.
Sou bipolar, quero engravidar , mas tenho medo de tirar as medicações, tomo saphris 10 MG e efexor 75 MG, por qual estabilizador de humor eu posso substituir ? Obrigado
Fabiana
A gravidez é um momento muito sublime e saudável na vida de uma mulher, porém como vc usa as medicações citadas, sugerimos que procure pelo seu psiquiatra e compartilhe com ele sobre o seu desejo de engravidar. Somente o seu médico poderá orienta-la. Ele saberá quando e como reduzir ou mesmo trocar as medicações pra que vc possa engravidar e ter o seu bebê bem sadio. Jamais faça alterações nas medicações sem orientações médicas. Confie no seu médico e compartilhe com ele assim como compartilhou conosco.
Grande abraço
Equipe ABRATA
Boa tarde.
Desenvolvi a bipolaridade na minha segunda gravidez. .tive um surto e fiquei internada 1 mês, mas com muita depressão. ..depois de 7 anos minha terceira gravidez e surtei novamente não tive apoio de ninguém. ..me chamavam de louca..foi muito triste encarar sozinha isso. ..ainda que meu marido é viciado em jogo de baralho. ..me deixava sozinha com o bebê e meus 2 maiores…não tive um abraço de ninguém. ..estou com medo porque estou grávida e muito medo de ter outra crise depois que o bebê nascer.
Porque eu sei q não vai ter ninguém do meu lado.
Me ajudem por favor
Estou com muito medo.
Prezada Maria Paula.
Você já enfrentou outras gravidezes, salvo engano, está indo para o quarto filho, não é isso?
Pois bem. Nada impede que a mulher bipolar tenha filhos … mas ela tem que ter acompanhamento médico constante, tanto
do psiquiatra como do obstetra.
A maioria dos medicamentos prescritos para o transtorno bipolar estão associados a algum risco de malformações congênitas,
mas as pacientes que interrompem a medicação têm um alto risco de recaída de um episódio depressivo, maníaco ou misto.
Após a confirmação da gravidez, a gestante com transtorno bipolar precisa avaliar com seu médico qual será a estratégia
para que os nove meses transcorram sem maiores problemas. Nem todas poderão abrir mão da medicação em função da saúde do filho,
é preciso analisar com calma a relação custo-benefício.
Outras opções para o tratamento da bipolaridade em grávidas, segundo profissionais especializados é a psicoterapia
que nessa fase pode ajudar muito a mulher, funcionando como um isolamento num momento de estresse, pois algumas pacientes às vezes
necessitam evitar a exposição às situações que possam deixá-las ansiosas.
O seu melhor amigo neste momento é o médico. Confie a ele os seus receios e siga a orientação que lhe for dada.
Quanto aos problemas familiares, os quais já vêm de longo tempo, aproxime-se de pessoas que possam ajudá-la.
Um abraço.
Equipe ABRATA.
Minha filha tem 24 anos esta grávida de 32 semanas e ela tem transtorno Bipolar.Ficou 2 anos sem tomar remédios e agora com a sua 1° gestação teve um surto e esta internada em uma clinica psiquiátrica. Estou desesperada, queria tirar ela de lá mas estou com medo de não dar conta de cuidar dela, e estou muito preocupada com o bebê. O psiquiatra fala que os medicamentos não iram prejudicar o bebê, e o obstetra diz que só pode me dar o diagnostico depois que o bebe nascer, o que faço? Tiro ela da clinica, tento cuidar em casa, pelo menos vou ter certeza dos medicamentos que ela esta tomando ou continuo deixando ela na clinica, hoje esta fazendo 9 dias que ela esta internada.
Sou diagnosticada desde 2002.
Tive 3 gestações (2003,2006 e 2016)
A 3º gestação(2016) foi acompanhada pelo o meu médico e o único medicamento que eu pude tomar foi o Haldol.
Tive 3 crises “leves” durante a gestação.
Minha filha nasceu em fevereiro e eu fui internada em junho em um hospital psiquiátrico durante 27 dias.
Tive uma crise fortíssima e tive que fazer 10 sessões de ECT(eletroconvulsoterapia)
Cara Desiree
É importante que você mantenha o acompanhamento com seu psiquiatra porque somente ele poderá prescrever medicamentos
levando em consideração a amamentação, se for o seu caso.
Se for possível, faça psicoterapia que tem sido indicada em combinação com o tratamento medicamentoso.
Um abraço
Equipe ABRATA
Tenho 26 anos e sou diagnosticada há 3 anos…
Tenho sérios problemas em aderência ao tratamento, já fiquei internada, faz 4 meses que estou sem medicação. Já tentei o suicídio por várias vezes, a última dias atrás…No dia da tentativa descobri que estou grávida do quarto filho sendo que fiz laqueadura na ultima cesárea! Estou tendo crises direto, estou de quase dois meses e há três dias tive ameaça de aborto, estou de repouso absoluto durante 15 dias! É muita pressão para mim, tenho médico psiquiatra apenas no dia 30, tenho medo de não poder tomar medicação ou até de não suportar tudo isso!
Prezada Eduarda.
O tratamento para os transtornos afetivos – bipolaridade e depressão, exige a adesão ao tratamento para que o portador fique estável e que,
por via de consequência, as suas eventuais crises hã de ser menos intensas e com menos chance de suicídio.
Entendemos perfeitamente a pressão a que você se refere. Procure conversar com o psiquiatra sobre todos os sintomas que apresenta e, principalmente,
sobre a gravidez, seus receios e dúvidas.
Faça o pré-natal com o obstetra e explique a ele quais medicamentos foram indicados pelo psiquiatra.
O trabalho conjunto entre esses dois profissionais garantirá uma gestação tranquila pois o Transtorno Afetivo Bipolar não contra indica a gravidez.
Acesse este site http://evts.at/1LKNhHO para assistir à palestra proferida pela dra. Alexandrina Meleiro, médica psiquiatra e membro do Conselho
Científico da ABRATA, sob o título: “Transtorno Bipolar na gestação e no pós-parto”.
Um abraço
Equipe ABRATA
Sou bipolar tento engravidar há 10 anos.
Já tive 2 abortos.
Meu médico me recomendou não engravidar, o que me deixou péssima.
Um outro médico me falou que séria uma uma mãe horrível, já que tentei o suicídio várias vezes.
Tenho medo, pois não me dei bem com o lítio, carbamazepina e haldol.
Hoje tomo rivoltril, depakepene, esc e topiramato.
Prezada Vanessa,
A convivência com o transtorno bipolar envolve alguns desafios importantes e a questão sobre engravidar ou não é uma delas. Uma mulher bipolar pode engravidar, mas ela é altamente recomendado que ela não engravide sem um cuidadoso planejamento o qual, necessariamente, deve ser realizado em conjunto com o psiquiatra e o obstetra que estão cuidando dela.
Alguns aspectos devem ser observados. Em primeiro lugar, a mulher deve estar estabilizada para poder engravidar. Existem evidências mostrando que tanto a depressão como a mania podem prejudicar a gestação. Em segundo lugar, deve-se avaliar os riscos dos medicamentos em uso durante a eventual gravidez e, se possível, providenciar substituições de medicamentos se for possível. Além disso, supondo que aconteceu a gravidez e o parto sem problemas, a portadora deverá continuar o acompanhamento psiquiátrico para garantir que esteja controlada do transtorno bipolar e que consiga lidar com o estresse que a vinda de um filho envolve. É recomendado acompanhamento psicoterapêutico, além do medicamentoso,para aumentar o suporte emocional e ajudar tanto à mãe, como à criança e também à família a garantir boas condições para a matern agem, para o desenvolvmento da criança e para o bem estar da mãe bipolar. Se esses cuidados forem tomados, há chance de que a experiência da gravidez e da maternidade sejam gratificantes e enriquecedoras para todos. Mas, se estiver muito difícil alcançar um pleno controle da doença e se as condições de vida da portadora forem muito desfavoráveis, com falta de suporte familiar, social e psicológico, é recomendado adiar o projeto para um momento melhor ou mesmo abdicar dele.
Um abraço,
Equipe Abrata
Estou com oito meses de gravidez, descobri que tenho depressão bipolar e depressão ansiosa com quadro depressivo.o médico receitou imipramina75 e depakote 250 e tive que suspender por causa de vomitos e enjôo. Estou mal.não consigo tomar banho e não consigo fazer tarefas simples.tomo dois lorazepam pra dormir e 100mg de quetiapina e 50 mgcloridrato de sertralina.Essa noite dormi somente tres horas e não consigo dormir durante o dia.me orientem estou preocupada.não tenho vontade de fazer nada porque não consigo.não estou conseguindo olhar minha filha de cinco anos.minha mãe também tem depressão bipolar e não pode me ajudar.estou sozinha para cuidar do bebê e da minha filha de cinco anos.me ajudem por favor.o que devo tomar?
Querida Fabiana.
Ninguém melhor do que seu médico psiquiatra para orientá-la quanto à dosagem da medicação ou de uma
eventual substituição.
Procure a ajuda dele.
Abs.
Equipe ABRATA
Querida Fabiana
Você deve procurar o médico que faz o seu acompanhamento, afinal você vem apresentando sintomas indesejáveis.
Fale, também, com seu obstetra.
Boa sorte!
Abs.
Equipe ABRATA
Sou bipolar estou gravida de 7 semanas e a melhor alternativa segundo minha psiquiatria é o aborto ….duro ouvir isso né? No sus o médico obstetra não me atende direito me olha estranho pede exames caros …enfim pesadelo total
“Prezada Vivian,
Certamente, a orientação do psiquiatra com relação ao aborto está completamente errada. O aborto é crime no Brasil, com raras exceções.
E, no seu caso a gestação deve ser acompanhada com cautela. Existem muitas mulheres bipolares que engravidam, continuam com tratamento e são orientadas quanto aos riscos. Não existem medicamentos totalmente seguros durante a gravidez, mas existem medicamentos que têm um risco menor de causarem problemas para o feto e podem ser utilizados.
Você precisa se consultar com um psiquiatra que conheça o transtorno bipolar e que possa orientar seu tratamento durante a sua gestação. Não leve em conta uma orientação errônea e ilegal que o médico que a atendeu lhe deu.
Um abraço,
Equipe ABRATA”
Quanto mais leio mais confusa fico tenho TB há 5 anos e tive 3 crises o médico me desaconselha engravidar não sei o que fazer.. Se corro o risco ou não
Olá AA, agradecemos o seu contato.
Coletamos algumas respostas sobre gravidez e transtorno bipolar, veja:
É possível uma mulher engravidar mesmo tendo Transtorno Bipolar e tomando a medicação? Ou a gravidez está totalmente contra-indicada?
Mariana Santana
Mariana Santana
Psicanalista, Psicólogo
Taubaté
É possível sim, mas é importante que seu desejo de engravidar seja informado ao seu psiquiatra e ao seu psicólogo para que você esteja devidamente orientada e esteja preparada para as alterações hormonais e possíveis alterações medicamentosas para as quais você terá que se submeter.
Dra. Ana Caroline Marques Vilela
Médico clínico geral
Goiânia
Sim, è possível. O Transtorno Afetivo Bipolar não contra indica a gravidez. No entanto, algumas medicações devem ser evitadas durante a gestação, por exemplo Carbamazepina devido riscos de má formações no feto.. A prescrição ideal deve ser discutida com o psiquiatra assistente que, se necessário, orientará a substituição do estabilizador de humor para outro mais seguro.
Dra. Maura Kale
Psiquiatra
Curitiba
Sim , é possível. Porém algumas considerações importantes deve ser sabido pela paciente que é bipolar e deseja engravidar , seu tratamento terá que ser revisto através de uma lógica em que pese o risco e o benefício de continuidade e isso dependerá de como está seu humor neste momento , e outro importante aspecto é saber de antemão que o transtorno bipolar é uma patologia em que a gravidez costuma piorá-lo tanto durante a gravidez como no puerpério .
Dra. Simone Matias
Psicólogo
São Paulo
Olá! Sim é perfeitamente possível. É importante discutir o seu desejo de engravidar com os médicos que a acompanham e a terapia pode ajudar bastante nesse momento.
As mulheres com transtorno bipolar, muitas vezes, lutam com a doença durante e após a gravidez. Um novo estudo descobriu que elas eram, significativamente, mais propensas a enfrentar desafios psiquiátricos e educativos importantes em comparação com as mulheres que procuravam tratamento para outras doenças psiquiátricas.
As mulheres grávidas e puérperas com transtorno bipolar, com mais frequência, exigem mais cuidados com a saúde mental e os desafios da maternidade precoce mais do que outras mulheres perinatais em tratamento psiquiátrico, de acordo com um estudo publicado na Journal of Affective Disorders. Os resultados indicam a importância de identificar corretamente a doença e o desenvolvimento dos tratamentos específicos para as mulheres durante e após a gravidez, disse o principal autor.
“Semelhante ao que você encontra em transtorno bipolar na população perinatal, o nível geral de gravidade clínica e insuficiência funcional realmente se destaca como sendo de preocupação“, diz Cynthia Batalha, professora associada (investigação) de psiquiatria e comportamento humano no Alpert Medical Escola da Universidade de Brown.
“É um momento muito vulnerável para essas mulheres”, relata Batalha, que também é psicóloga do Programa Mulheres e Crianças do Hospital Dia. “Elas aumentaram as demandas funcionais neste momento.”
Gravidez muitas vezes perturba o sono e os pais de um recém-nascido podem envolver-se e levantar-se várias vezes durante a noite em meses seguidos, por exemplo. Tais problemas de sono podem desencadear novos episódios de humor entre as mulheres com transtorno bipolar, cita Batalha. Além disso, algumas mulheres ficam sem os seus medicamentos durante a gravidez por causa da preocupação com a saúde do feto, deixando a sua condição de uma pessoa em tratamento.
Dados de angústia
Para determinar as consequências clínicas de experimentar uma doença aguda em um momento complicado, Batalha e seus co-autores examinaram os registros de 334 mulheres com diagnóstico de um transtorno psiquiátrico e que procuram tratamento no Programa Mulheres e Crianças do Hospital Dia, a hospitalização parcial perinatal foi focada no programa.
Entre as mulheres, 32 foram diagnosticadas com o tipo I, tipo II, ou transtorno bipolar não especificado. Todos os outros pacientes foram diagnosticados com transtornos psiquiátricos diferentes, tais como grande depressão, generalizada ansiedade, ou transtorno obsessivo compulsivo .
Batalha e seus co-autores, em seguida, realizaram uma análise estatística dos registros para comparar a forma como muitas vezes os pacientes com transtorno bipolar tiveram problemas psiquiátricos maternos e importantes, em comparação com as mulheres com as outras doenças.
“Entre as mulheres que foram diagnosticadas com TB, houve um risco aumentado de forma significativa para a automutilação e comprometimento”, escreveram os autores.
Especificamente, mais da metade das mulheres bipolares tinha um histórico de abuso de substâncias, em comparação com 26% dos outros pacientes, e 59% tinham um histórico de tentativas de suicídio em comparação com 27% dos outros pacientes.
Eles também descobriram que mais da metade das mulheres com transtorno bipolar tiveram complicações e entregam seus bebês, em comparação com 27% dos outros pacientes. Enquanto uma porcentagem similar de mulheres com TB amamentado seus bebês, uma proporção maior de mulheres com TB (78%) relataram ter problemas com a amamentação, em comparação com 42,3% dos outros pacientes.
Rumo a terapia
Por causa das consequências clínicas graves associados ao transtorno bipolar, Batalha diz, os familiares/cuidadores precisam observar cuidadosamente os sintomas de mania e de euforia ou irritabilidade que distinguem o transtorno bipolar de depressão.
“Muitas vezes, como as pessoas que fazem o tratamento, quando têm o transtorno bipolar, apresenta o humor deprimido, por isso é importante para avaliar a história da mania antes de ocorrer e também para conhecer sobre a história familiar de mania“, disse Batalha. “Fazer esses tipos de perguntas ajuda a esclarecer se está com a depressão unipolar versus bipolar, será importante para orientar o tratamento.”
Entre as mulheres no estudo não diagnosticadas com BD, 75 % de sintomas auto-relatados de irritabilidade e 24,5 % relataram sintomas de euforia.
Após o diagnóstico, Batalha disse, a próxima pergunta é: “Como podemos apoiar melhor as mulheres na tomada de decisões de tratamento razoáveis podem, quando confrontado com transtorno bipolar durante a gravidez?”
Uma opção poderia ser orientar os pacientes para mudar para medicamentos que são mais seguros durante a gravidez ou a amamentação, para que eles não se apagam medicamentos completamente. Conectá-los às terapias psicossociais eficazes também é importante.
Cynthia Batalha faz parte de uma equipe de trabalho para desenvolver uma intervenção psicossocial especializado para mulheres perinatais com transtorno bipolar.
Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/releases/273179.php?tw
Um grande abraço
EQUIPE ABRATA
Boa noite, tenho transtorno bipolar tipo 1 e descobri que estou grávida de 2 meses. Estou com dificuldade com minha irritabilidade que é muito grande e constante, devido a interrupção de tratamento. E não lido bem com mudanças, e a gravidez inesperada é uma delas. Meu marido está muito feliz, e eu não consigo lidar com esse sentimento de estar grávida e com meus sentimentos. Gostaria de saber se tem algum calmante ou tratamento que possa ser feito durante a gravidez. Obrigada.
Prezada Jeciara, agradecemos o seu contato, e parabéns pela gravidez.
Você deve fazer acompanhamento médico psiquiátrico porque somente esse profissional pode receitar-lhe
medicamentos apropriados.
Além disso, estar sempre em contato com o seu ginecologista, é um trabalho multidisciplinar.
Também é recomendada a psicoterapia exatamente para lidar com os seus sentimentos e emoções.
Sugerimos que consulte o material informativo da ABRATA sobre Gravidez e Pós-parto, página
46 e seguintes, que você encontra em nosso site sob o título “100 Perguntas sobre o Transtorno Bipolar”.
Abs.
EQUIPE ABRATA
Boa tarde. Tenho TB e engravidei sem planejar. Minha psiquiatra mudou os remédios e tô tomando Sertralina e Rivotril. Vi que vcs falaram que Rivotril não é recomendo na gravidez. Quais os riscos de tomar Rivotril pro bebê, mãe e momento do parto?
Prezada Joice,
O uso de medicamentos durante a gravidez envolve sempre uma atenção especial.
O Rivotril, cujo princípio ativo se chama clonazepam, está associado a um risco aumentado de má formações no feto durante o primeiro trimestre da gravidez. Existe uma chance aumentada de uma má formação denominada fenda palatina e lábio leporino. Também, após o parto, foram relatadas situações em que os bebês de mães que tomaram o clonazepam até o parto nasceram mais flácidos, com baixa temperatura e respondendo de maneira muito lenta a estímulos. Existe também o risco de que o bebê tenha uma síndrome de abstinência se a mãe usou diariamente o clonazepam até a hora do parto.
Sugerimos que você converse com sua médica para ver outras opções terapêuticas mas seguras (como, por exemplo, a quetiapina) durante sua gravidez.
Um abraço,
Equipe ABRATA