ABRATA – 16 ANOS LEVANDO EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO SOBRE BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO

ABRATA_LOGO_oficial“Não deixe o melhor da vida apenas passar”

Em 30.11.1999 surgiu a ABRATAAssociação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos que oferece atividades psicoeducativas e psicossociais para as pessoas com transtorno bipolar e depressão.

Para celebrar esta data a Diretoria Executiva tem a honra de convidar V. Sa. e seus familiares para a solenidade de comemoração de 16 anos de sua fundação.

Quando: 10 de dezembro de 2015 (quinta-feira), às 18h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo – Viaduto Jacareí, 100 – Bela Vista.

Na oportunidade a ABRATA prestará uma homenagem aos voluntários, ex-voluntários e todos aqueles que colaboram para que   seus objetivos sejam atingidos através de relevantes serviços prestados à Associação. Haverá um Programa Científico que abordará o percurso histórico e o desenvolvimento das pesquisas sobre bipolaridade e depressão e a importância da psicoeducação, missão da ABRATA, culminando com uma mensagem de esperança e dignidade para todos os que convivem com os transtornos mentais.

Confirmar presença pelo e-mail: abrata@abrata.org.br até o dia 05 de dezembro.

Tel. (11) 3256-4831 – 2ª a 6ª feira das 13h30 às 17h

Junte-se a nós no apoio às pessoas com transtorno bipolar e depressão na sua luta para quebrar o silêncio em torno da saúde mental. Juntos podemos mudar a vida de cerca de 10 milhões de brasileiros.

Apoio:

camara municipal

Vereador Police Neto

 

 

 

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DESTAQUES

2018-02-02T17:11:47+00:00 17 de novembro de 2015|Categorias: Blog, Sem categoria|4 Comentários

4 Comentários

  1. Maria 3 de janeiro de 2016 às 17:35 - Responder

    Concordo plenamente, sou mãe de um jovem com transtorno afetivo bipolar, foi diagnosticado aos 17 anos, hoje tem 28 anos. Essa doença é difícil, tem altos e baixos, é sorrateira, quando tudo parece estar indo bem, lá vem uma recaída, meu filho toma os remedios regularmente e pontualmente, vai ao psiquiatra que diagnosticou a doença, faz o tratamento corretamente, porém nada disto impede que ele possa ter uma crise , depressiva, maníaca ou hipomaníaca. A crise maníaca ele teve 2 vezes, a hipomaníaca, umas 3 vezes, porém vive muito mais na crise depressiva, não tem motivação para nada, tudo que começa fazer abandona, não usa alcool, drogas, é caseiro, muito fácil de lidar, mas acredito que por causa desta doença ele fica desmotivado, cansado, sem rumo, triste, depressivo. Era muito estudioso, terminou o ensino médio aos 17 anos, passou em 3 faculdades, escolheu um curso , mas quando estava no segundo semestre, teve que abandonar, o gatilho para doença foi um remedio chamado ROACUTAM, para tratamento de acne, o tipo que ele apresentava era o 3 sendo que o máximo vai até o grau 4. Foi impossibilitado de tomar o remédio pois para quem tem depressão ele é um veneno. E até hoje ele não conseguiu voltar aos estudos, começa este curso, abandona, começa outro, abandona, inteligencia ele tem, porém a depressão não deixa que ele leve a frente seus estudos. Os gastos com médico, remédios, plano de saúde, são grandes, acredito que se Deus não me desse condição de poder cuidar dele come ele precisa , ele estaria jogado nas ruas como tantos jovens, não medicados, não examinados por psiquiatras. Fico com muita pena de doente mental sem condições financeiras para tratamento, o governo Brasileiro realmente é omisso, deveríamos fazer passeatas por melhorias nos hospitais públicos, em todo Brasil estamos vivendo momentos caóticos, os hospitais públicos não tratam bem nos as pessoas ditas Normais, quanto mais os doentes mentais que carregam um estigma de perigosos, violentos, mal vistos. E não tem leitos para internar pacientes psiquiátricos, ou seja, a família, pobre, que se vire, ou sofra quando um paciente sem tratamento adequado resolver tirar sua própria vida. Infelizmente, não vemos retorno do nosso dinheiro pago em impostos carísssimos, nos falta, saúde, segurança e educação de qualidade, tudo que é administrado pelo governo virou sucata!

    • Equipe Abrata 9 de janeiro de 2016 às 11:35 - Responder

      Prezada Maria!
      O seu depoimento é muito importante para nós. Infelizmente, nosso sistema de saúde deixa muito a desejar, daí a necessidade do conhecimento da doença, e o que fazer para se conviver bem com ela.
      O papel da ABRATA, é exatamente esse, levar informações, para que as pessoas se ajudem, e possam ajudar aqueles que enfrentam os mesmos problemas.
      Temos que ter esperança, de que tanto o nosso sistema de saúde, quanto a própria sociedade, vejam os transtornos mentais com outros olhos.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  2. Fernanda Moura 29 de janeiro de 2016 às 19:36 - Responder

    Depois de muitos e muitos eventos de altos e baixos, que muitos dizem ser a personalidade, só um mal momento, percebo que meu marido possui bipolaridade e talvez mais alguma comorbidade. Ele não aceitar se consultar ou falar sobre os episódios.
    Não gosta de conversar mais, se isola, faz planos só na cabeça dele. Se tornou agressivo, confuso e indiferente a família. No dia seguinte, almoçando dando gargalhadas e contando seus planos mirabolantes de negócios e como vai dar tudo certo.
    Olhamos umas para as outras, eu e minhas filhas com um ponto de interrgogaçao: como assim, da onde surgiu isso, do nada…..
    Dai, semanas depois descobrimos que perdeu muito dinheiro em algo que nem sabia lidar, tipo: já virou investidor na bolsa com R$ 14.000,00 e perdeu tudo em 40 dias, já comprou uma loja de venda de camisas masculinas, e não aguentou a demanda de tempo e compras, manutenção de aluguéis e investimento em pessoal….isso pá ele tem um emprego fixo e quer dar conta de outra ocupação. Acha que dá conta.
    Eu trabalho e continuo estudando, mas ele diz estar muito ocupado pra dar atenção a família ou dividir o tempo com as filhas, temos 3 meninas. Ele costuma insistir quando está com manias, nas seguintes frases: você nunca me ajuda, porque tenho que te ajudar, eu não tenho tempo para trabalhar, sustentar a família e ainda estar em casa, cuide você delas, ou a frase que ele mais gosta de dizer quando está acelerado e peça a atenção dele pra conversarmos: ahhh, tá, eu preciso ajudar, participar da família….e você, o que vai fazer, qual a sua parte, vá se tratar você, maluca…quando der resultado em você, dai eu vou no medico, vai procurar o que fazer.
    Dai, no dia seguinte, conversa no café da manhã, diz que não vai chegar cedo e sai. Fecha a porta e nada aconteceu. Se não tocar no assunto, como algumas vezes nos orientam, para deixar o bipolar Quito, na dele, não pressionar e manter um ambiente tranquilo e equilibrado nas crises, ele passa por isso dias e dias, meses e meses,….por novas crises de agressividade e ataques verbais, e no dia seguinte,…ou dias após…conversa conosco sobre futilidades, o jornal ou a crise econômica. Simples assim.
    Então, eu vou para o banheiro, choro no banho, grito em silêncio, dói meu coração e a família continua com os problemas financeiros causados pelos disparates e a falsa impressão de “eu posso tudo”, as crises com as crianças na escola, dobrando méis horários pra dar atenção às crises delas também, e dormindo 4 horas por dia…..porque não podemos confrontar um bipolar, ou pedir para ele analisar suas atitudes ou mesmo pedir: PARE, JÁ PASSOU DO LIMITE, EU MEREÇO RESPEITO E SER TRATADA BEM, COMO UMA MULHER E PARTE DA SUA FAMÍLIA. A palavra PARE, não funciona com um bipolar.
    Pedir para “refletir”, pedir para não ser grosseiro ou diminuir o tom de voz, não funciona.
    A impressão que tenho, que toda a família precisa girar” ao redor do mundo do bipolar”, mas ele não se dá conta que é contra a nossa vontade e para diminuir os estragos, acabamos aceitando esse comportamento.
    Se está fora do controle de quem apresenta a falta de auto-controle no bipolar, e ele não se vê diferente de um relacionamento no mínimo “saudável” de troca de cuidados e gentilezas, de proteção mútua, porque a família do bipolar muitas vezes o protege de si mesmo diminuindo os estragos causados ou evita certas situações sociais ou em público para não aumentar suas crises,…mas essa pessoa da família se subexiste pra ele, se diminui por ele e se ausenta de ambientes sociais para não estar em situações de exposição e humilhação, pelo bipolar.
    Mas, se o bipolar ano se vê como necessitado de conversar com o médico ou se não aceitar ao menos argumentar com um tratamento, não há o mínimo de cuidados no decorrer da vida.
    Porque se não há aceitação de tratamento, o mundo do bipolar se torna único, e a família se não o aceita assim, de crise em crise, a saúde emocional de quem está a sua volta também se torna prejudicada.
    Então, melhor seria deixar o bipolar só?
    Deixá-lo enfrentar as perdas da vida e sentir as consequencias reais das suas atitudes?
    Somente com as perdas, como tipo de enfrentamento é que o bipolar percebe que algo está diferente nas suas atitudes em viver essa vida?
    Porque se a família e o cônjuge adoecerem, o bipolar irá aceitar e cuidar de nós também, com essa mesma proteção e atitudes para não desencadear crises?
    O que fazer então?
    Agradeço muito a ajuda aqui, aprendo muito com os depoimentos, mas gostaria de ver mais palavras da família “que tem vencido a bipolaridade e suas perdas e estragos”.
    Gostaria de ler mais de famílias que passaram e superaram essas crises e não estão mais sob “a pressão de viver em torno somente do bipolar” se não a casa cai, a vida se desgasta.
    Só não a desgaste se continuar concordando com toda a prática de vida do bipolar em crise? Só isso que se pode argumentar?
    Ainda me parece longe de se entender e encontrar o equilíbrio e a superação.
    Agradeço por ao menos deixar seu comentário, ou demonstrar onde as famílias estão vencendo a bipolaridade. Agradeço de coração.

    • Equipe Abrata 1 de fevereiro de 2016 às 18:13 - Responder

      Prezada Fernanda!
      Podemos imaginar a dificuldade pela qual está passando. Sugerimos que procure ajuda para você que poderá ser psicológica, ou Grupos de Apoio, para que tenha um suporte, e consiga processar tudo o que está acontecendo.
      Nos Grupos de Apoio Mútuo, as pessoas trocam suas experiências, e aprendem a encontrar novas soluções, à partir do contato com quem tem problemas semelhantes. Conversar com os outros, poderá ajudá-la a encontrar uma saída, e ter uma vida com muito mais qualidade.
      Se quiser participar, caso resida em SP, é necessário agendamento, pelo telefone, (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

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