TRANSTORNOS DO HUMOR – Transtorno Bipolar do Humor

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A depressão e a doença bipolar (antiga psicose maníaco-depressiva) fazem parte dos Transtornos do Humor, que trazem importante prejuízo à vida do paciente, muitas vezes colocando-o em risco.

Transtorno Bipolar é uma enfermidade que se caracteriza pela alternância de episódios de euforia (mania) e episódios de depressão, com épocas de normalidade nos intervalos. Em geral, os episódios se repetem a intervalos menores com o passar dos anos, embora isso possa variar, existindo casos em que a pessoa tem apenas um episódio de mania ou de depressão.

Casos exclusivos de mania são muito raros. Episódios repetidos de depressão caracterizam a evolução unipolar (transtorno depressivo recorrente, depressão unipolar) e não são objetos deste manual.

O que é a Euforia – Toda a pessoa tem altos e baixos de humor. Sentimentos de alegria, felicidade e raiva, são parte essencial de vida.

Na euforia ou na mania o humor do indivíduo fica exaltado, “para cima”, com aumento de energia, de forma desproporcional ou sem relação com os eventos da vida. O indivíduo se irrita facilmente (tem “pavio curto”) e o fluxo das idéias está acelerado. Portanto o termo aqui utilizado não significa “mania de alguma coisa”. Pretende caracterizar o período do transtorno bipolar no qual a pessoa não está deprimida, nem alegre ou feliz por algum motivo, mas com euforia ou exaltação do humor.

A alegria ou a exaltação que as pessoas normalmente sentem não é tão duradoura, nem oferece riscos como a que ocorre no estado de euforia (mania), que pode durar, semanas, ou meses. Além disso, na mania acontece mudança importante no comportamento, saúde física e raciocínio. A família e as pessoas à volta percebem claramente as mudanças, em geral abruptas.

Como reconhecer o estado de euforia (mania) – O comportamento se altera por dias, semanas ou meses e a pessoa em geral não percebe que algo está errado. Atribui a mudança a fatores situacionais, opondo-se a argumentos médicos e familiares. O senso crítico e a capacidade de avaliação objetiva das coisas estão prejudicados ou ausentes.

Alguns sintomas mais importantes são:

  • Irritabilidade, impaciência, sensação de “pavio curto”;
  •  Pensamentos acelerados, fala rápida e contínua;
  • Crenças não realistas de aumento da capacidade e dos seus poderes, idéias de grandeza, aumento exagerado da auto-estima;
  • Sentimento desmedido de bem-estar, alegria ou raiva;
  • Sensações de poder, grandeza, riqueza, inteligência ou força exagerada;
  • Autoconfiança e otimismo exagerados;
  • Gastos excessivos, endividamentos;
  • Aumento significativo da disposição ou energia
  • Grande produtividade, ou começar muitas coisas simultaneamente (e não conseguir terminar);
  • Inquietação ou agitação física;
  • Desinibição exagerada, aumento do contato social, comportamento inadequado e provocativo ou mesmo ofensivo e agressivo;
  • Aumento da libido, erotização;
  • Insônia, redução da necessidade de dormir;
  • Pode haver delírios e/ou alucinações.

O que é a Hipomania – A hipomania é um estado de mania mais leve, pode predominar irritabilidade em vez de euforia. Em geral, a alteração do comportamento não traz tanto prejuízo porque a pessoa consegue controlar a aceleração física e mental.

Estados de hipomania podem durar poucos dias, semanas ou meses, e são bem mais comuns do que estados de mania. Freqüentemente a pessoa (e a família) não percebe estar diferente do que o habitual e acha que agora de fato se recuperou da depressão, ou que está passando por uma “fase boa” na sua vida.

Costuma sentir-se bem mais animado, até com menos horas de sono que o habitual, dando conta de mais tarefas e trabalhos. Surgem novos planos, rapidamente se fazem os contatos, aumentam os compromissos, os investimentos e possivelmente também as dívidas.

Os sentimentos variam desde uma grande segurança e certeza de saber tudo até um otimismo exagerado. Associam-se as sensações de energia e bem estar ou mesmo satisfação e alegria, às vezes imotivadas, que se alternam com irritabilidade com a “lerdeza” dos outros, desencadeada com os mínimos estímulos. Sente-se facilmente provocado, mas desafia aqueles com os quais convive. Muitas vezes a família não percebe e fica desgastada porque o diálogo se torna impossível. Em momentos de maior irritabilidade o paciente pode se tornar agressivo física ou verbalmente. Pode mais tarde cair em si e se desculpar, mas retorna ao comportamento anterior, gerando um círculo vicioso em que ele de fato parece estar alterado porque quer.

Em pacientes que já tiveram fases de depressão a passagem para a hipomania significa uma demora maior na recuperação em direção a novo período de estabilidade.

Riscos e Conseqüências da Euforia (Mania) – Pessoas com transtorno bipolar consultam em média três a quatro médicos e levam mais de 8 anos antes de receber o diagnóstico correto.

O reconhecimento precoce e a terapêutica adequada ajudam a evitar uma série de conseqüências, como suicídio (risco aumentado nas fases iniciais do transtorno), abuso de álcool ou drogas (em mais de 50% dos pacientes), maior dificuldade de tratamento (quanto mais períodos da doença, maior risco de novos períodos e dificuldade de melhorar) e tratamento incorreto ou parcial.

Em geral, a mudança do comportamento na euforia é súbita, mas o paciente não percebe sua alteração ou a atribui a algum fator situacional. A família costuma não entender porque está mudando. Antes mesmo do reconhecimento, freqüentemente já ocorreram gastos excessivos ou a pessoa se endividou, ou brigou com o cônjuge, amigos e estranhos, ou ainda comportou-se de modo indecoroso e inadequado. As conseqüências deste comportamento em casa, no trabalho ou na escola podem ser desastrosas e irreversíveis.

Devido aos sintomas de euforia, por exemplo, como falta de senso crítico, desinibição e hipersexualidade, energia e otimismo aumentado, a pessoa avalia a realidade de modo distorcido, achando sempre que tudo vai dar certo. O paciente não consegue controlar os impulsos e irrita-se toda vez que alguém o contraria. Além de se endividar e provocar brigas, durante um episódio maníaco a pessoa pode vir a colocar em risco ou destruir seu casamento, perder o emprego e os amigos, abandonar os estudos, comprometer sua reputação e credibilidade ou arruinar-se financeiramente. O tratamento precoce ajuda a manter a estabilidade no casamento e no trabalho.

Quanto mais precoce o início da mania, se na infância ou na adolescência, mais sérios os prejuízos pela ruptura na vida social e estudantil. Freqüentemente os adolescentes se engajam em comportamentos de risco (corridas de carro, esportes arriscados, sexo sem cuidados, etc), trocam o grupo de amigos e abusam de álcool ou drogas. Também correm riscos de suicídio. O tratamento precoce traz a estabilidade necessária para que recupere os estudos e resgate o relacionamento com as pessoas, bem como lhe oportuniza uma chance de independência financeira no futuro.

O que é a Depressão – A depressão é um estado de humor que dura pelo menos duas semanas em que o humor fica deprimido, melancólico, “para baixo”. O indivíduo sente angústia, ansiedade, desânimo e falta de energia. Também se sente apático, perde a motivação, tudo fica sem graça ou sem sentido, nada o satisfaz.

Torna-se negativista, preocupa-se com tudo. A depressão pode ser intermitente ou contínua, durar algumas horas do dia ou o dia inteiro, durar semanas, meses ou anos. O sofrimento costuma variar de intensidade ao longo do tempo. Não deve ser confundida com “fossa” ou “baixo astral”, que faz parte da vida psíquica normal.

Fonte: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo | Instituto de Psiquiatria | Programa Gruda  – http://www.progruda.com/

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DESTAQUES

105 Comentários

  1. Ana Mary R Lessa 4 de fevereiro de 2014 às 23:18 - Responder

    Olá, boa noite!!
    Tenho esse TBH ha mais de vinte anos, mas só há 5 anos recebi o diagnóstico.
    A crise foi tão forte que fiquei logo internada numa clinica psiquiátrica, meu marido que me fez muito mal no passado me surpreendeu,me deu todo apoio, compreensão amor carinho e muita paciência comigo. Tomo medicamentos mais me engordam ou inchaço sei lá, então sempre interrompo o tratamento e a crise vem sempre pior. Hoje sinto muita presença ausente de meu marido e de meus filhos.
    Tenho 46 anos, meu marido 62, um filho de 30 anos e uma filha de 26 anos.
    Depois escrevo mais, já estou sem paciência.
    Esses últimos meses estou sempre irritada com meu marido. Sinto que já tá cansado de tanto cuidar de mim.. . Obrigada!!

    • Equipe Abrata 7 de fevereiro de 2014 às 19:11 - Responder

      Olá Ana Mary

      A adesão ao tratamento medicamentoso é essencial para vc manter a sua qualidade de vida e consequentemente reduzir as oscilações do humor que a doença promove. Seguir as orientações médicas, comparecer regularmente às consultas, não parar de tomar o medicamento, isto é tomar a medicação, diariamente, cf prescrita pelo seu médico e nos horários combinados; não fazer mudanças na medicação por conta própria (sem autorização do médico) e não esquecer das dosagens diárias. Também é fundamental que vc converse com o seu médico sobre os efeitos colaterais que algumas medicações provocam, como por exemplo engordar, inchaços, sonolências, irritações, etc. O seu médico poderá rever a dosagem ou mesmo mudar para outra medicação que não traga tanto efeito colateral. O importante é não abandonar a medicação. Pois a cada abandono da medicação o episódio/crise poderá trazer novos sintomas. O objetivo primeiro do tratamento médico é a retirada dos sintomas.

      Além do acompanhamento médico também é importante fazer o tratamento psicoterápico regularmente com o psicólogo. Com esse apoio vc poderá aprender como melhor lidar com o transtorno bipolar, além de favorecer a comunicação espontânea com e entre os seus familiares e amigos, solicitar e aceitar a ajuda, como também favorecer a mudança de hábitos e a diminuir fatores de risco, mudar hábitos para evitar desencadeamento de novas crise/episódios.

      Ana Mary acreditar em si mesma, valorizar-se e buscar conscientizar-se da doença e administrá-la da melhor maneira possível através da leitura e o conhecimento sobre o que é transtorno bipolar e, também aceitar a ajuda nos momentos de crises e fora deles, principalmente a ajuda dos seus familiares, que devem ser as pessoas mais próximas a vc, são mecanismos que promovem melhor qualidade de vida e melhoria nos relacionamentos sociais e familiares.

      No site da ABRATA vc encontrará folhetos informativos sobre o Transtorno bipolar ou transtorno do humor, assim como vídeos que trazem mais informações sobre a doença e depoimentos de pessoas que convivem com o transtorno bipolar. Segue o link: https://www.abrata.org.br/new/video.aspx

      Caso vc resida em SP, venha participar das atividade no Grupo de Apoio Mútuo. Venha a agenda também no site. https://www.abrata.org.br

      Conte conosco!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  2. diogo 16 de fevereiro de 2014 às 15:54 - Responder

    Olá

    Tenho 28 anos e recebi o diagnóstico a mais ou menos anos. Meu maior problema é a irritabilidade, há momentos em algumas circunstâncias que sinto a real vontade de matar meu oponente, assim encarado no momento de fúria. Não tenho paciência com nada, já agredi fisicamente, muitas vezes seriamente por conta da minha fúria. Faço tratamento com lítio mas sinto que não é o bastante e que se as coisas continuarem assim acabarei fazendo coisa muito pior do que agredir com socos, pontapés e objetos. Estou precisando de ajuda, muitos me chamariam de sem vergonha mas tudo isso ocorre de forma inconsciente e quando vi já aconteceu. Muitas vezes nem lembro como tudo comecou, já tentei suicídio com seroquel 7 vezes. Na última fiquei em coma por 11 dias por tomar 56 cápsulas de 600mg. Preciso de uma luz, faço acompanhamento com o mesmo psiquiatra a 2 anos e não consigo infelizmente notar resultado. Preciso de ajuda antes que faça um mal irreversível a alguem

    • Equipe Abrata 17 de fevereiro de 2014 às 11:09 - Responder

      Olá Diogo

      O tratamento do transtorno bipolar com frequência leva tempo até que o paciente alcance uma estabilidade mais prolongada. Há uma série de fatores que podem representar obstáculos para que o indivíduo fique bem, desde fatores individuais até situações de estresse. Muitas vezes, é necessário que o paciente faça acompanhamento psicoterapêutico associado ao tratamento psiquiátrico. Ocorre que somente num atendimento individual é possível avaliar qual é a situação de cada paciente.

      Sugerimos que você fale franca e abertamente com o seu médico sobre como está se sentindo. Anote e leia para ele. Às vezes, no dia da consulta, acontece de a pessoa estar um pouco melhor e ela acaba não relatando tudo o que sentiu num outro dia pior, e isso faz diferença para o tratamento.

      Creia, para o tratamento dar certo, o paciente precisa trabalhar junto com o médico e o psicoterapeuta para deixa-los plenamente informados de seu estado. Se, ainda assim, você não se sentir seguro com os profissionais, procure uma segunda opinião, todo paciente tem direito a isso. Mas não desista, nem esmoreça, seu transtorno é tratável e você pode ficar melhor e com mais qualidade de vida. Já o suicídio não lhe dá qualquer outra chance.

      E continue mantendo contato conosco, suas opiniões e questões ajudam a todos nós pensar melhor sobre como podemos lidar com os transtornos do humor.

      Grande abraço
      Equipe ABRATA

      • Sidinei 6 de julho de 2014 às 12:29 - Responder

        Ola Diogo,
        Nossa meu irmão eu passo pelo mesmo problema. Mas o litio para mim foi mesma coisa que nada, não senti diferença. Mas ai o doutor mudou os remédios e eu me senti melhor, mas ainda estou sofrendo, mas estou melhor. Fale com seu doutor, se ele não trocar de remédios, troque de doutor. São estes remédios que eu tomo. Carbamazepina, Risperidona.

        Boa sorte!

    • Pati 10 de julho de 2014 às 22:33 - Responder

      Olá, Diogo!

      Meu marido tem o mesmo problema há 10 anos. Você já pensou em trocar de psiquiatra? Isto poderá lhe ajudar. Não desista. Não faça loucuras! Procure ajuda sempre!!!

  3. Joice 19 de maio de 2014 às 17:15 - Responder

    Ola .
    Meu nome é Joice e tenho 18 anos . a 3 anos descobri que sou bipolar . e tenho sofrido demais com isso, ja fui internada 4 vezes e cheguei a ficar 5 meses internada por depressão e alcoolismo , depois das minhas internações fiquei muito pior, não consigo ter uma convivência normal com ninguém as ínicas pessoas que me entende e me ajuda muito é minha mãe e meu namorado com quem estou a 5 meses. Só que de alguns meses para cá estou muito mal, depressiva, desanimada, irritada, nervosa, e fico com raiva de todos na maioria das vezes por motivos mínimos, a 1 ano parei de tomar meus medicamentos por que me deixa muito sonolenta, parei de estudar e de ter convívio com muitas pessoas amigos e família . Só que agora vejo o quanto piorei, ja tentei me suicidar várias vezes , pois quando tenho o sintomas da depressão me sinto um lixo de pessoas, estou procurando ajuda por que não aguento mais ver minha mãe que já esta com 70 anos sofrer por causa de mim, ela sofre de mais me vendo trancada dentro de casa triste, e eu realmente não tenho animo para fazer nada não consigo me alimentar direito a dias por conta disso vivo no hopital. Meu namorado tem muita paciência comigo mais sinto que ele ja esta cansado com minhas mudanças de humor. Por favor me de uma luz pois nem os medicamentos que eu tomava me ajudava ja estou desistindo de mim, e não consigo com me imaginar no futuro com uma boa gualidade de vida . por favor me ajudem 🙁

    • Equipe Abrata 21 de maio de 2014 às 19:40 - Responder

      Olá Joice

      O que nos relata sugere um quadro de depressão grave. Mas, saiba, que é fundamental vc tomar os medicamentos. Como vc relata, foram abandonados já faz algum tempo. É importante vc procurar um psiquiatra para uma nova avaliação médica, orientações e tratamento. Sem esse suporte, os sintomas tendem a piorarem. Vc é muito jovem, para desistir de vc! Atualmente com os novos estudos e pesquisas muitas novidades para o tratamento da depressão surgiram e vc ainda poderá contar contar com o apoio de uma psicoterapia. Reflita sobre isso, sobre essas possibilidades!

      Mas, vc precisa procurar um psiquiatra, urgente! Se estiver sem ânimo peça ajuda a sua mãe que lhe ama tanto e é sua companheira. Com certeza ela está e vai estar ao seu lado. Esses sintomas devem estar piorando pq vc deve estar sem a medicação, ou a sua medicação necessita de ajustes para não lhe deixar com tanto sono, como relata. Saiba que a depressão sem o uso de medicamentos não desaparece, assim como as alterações de humor. A sua recuperação depende do tratamento que é essencial vc aderir e seguir corretamente. O apoio e compreensão da sua família e do namorado vc já tem, o que é um bom caminho andado.

      Evite ficar sozinha, procure estar sempre ao lado de uma pessoa da sua confiança, principalmente quando as ideias de suicídio surgirem. Converse com a sua mãe sobre essas ideias, peça ajuda a ela para ficar ao seu lado nestes momentos. A ideia passa e vc continuará com a possibilidade de uma vida, de um futuro pela frente, desde que faça, aceite e busque tratamento. A depressão tem tratamento assim como as alterações de humor! Acredite!

      Abraços
      Equipe ABRATA

  4. SIMONE 26 de julho de 2014 às 18:44 - Responder

    Boa noite!
    A muitos anos não consigo dormir, me sinto irritada, desanimada, minha autoestima lá no pé. Então comecei a trabalhar em uma empresa que tinha muitas cobranças, ficava irritada e nervosa e não conseguia fazer meu trabalho, então passei muito mal e sai no meio do horário de serviço.Apos isso não consigo mais sair de casa, da muita ansiedade, falta de ar, ânsia de vomito, tenho medo das pessoas, parece que todo mundo quer me fazer mal. Estou fazendo tratamento com psiquiatra, tomando clomipramina e clorpromazina, mas não sei se esta funcionando, tenho ouvido vozes ultimamente, sinto uma vontade imensa de suicídio, mas nem para isso tenho forças. Perdi este meu emprego e agora tenho medo de não melhorar e não conseguir mais trabalhar, as vezes tenho vontade de ser internada, mas não sei se isto parte de mim ou do medico.E também queria saber certo o problema que tenho. Obrigado.

    • Equipe Abrata 2 de agosto de 2014 às 16:38 - Responder

      Olá Simone

      Em primeiro lugar, gostaríamos de expressar a nossa solidariedade com a dor que você tem experimentado. A depressão muitas vezes começa como uma ferida invisível, e você, como muitos outros, descobre, que ela pode levar a uma ferida visível e sofrida. Em segundo lugar, lhe felicitamos porque vc está se cuidando, está em busca de tratamento e orientações sobre o que fazer e seguir.
      Mas ainda, sugerimos que vc converse com o seu médico sobre todos os sintomas que vc está relatando nesta mensagem. Não esconda nada e nem sinta vergonha em relata-los ao seu médico! Os sintomas que vc nos relata são muito importantes para o médico poder, com mais clareza e assertividade, avaliar o seu caso, e ainda indicar uma medicação,ou mesmo adequar as dosagens de forma mais correta, promovendo assim, mais qualidade em sua vida.
      Procure ainda ter um ritmo mais regular de vida, como dormir sempre no mesmo horário, alimentar-se no mesmo horário, e se possível fazer uma atividade física, além de tomar a medicação conforme prescrito pelo médico. Se puder procure fazer uma psicoterapia com um psicólogo. A psicoterapia ajudará vc a lidar com o os sintomas da doença, com as dificuldades que ela traz e com as dificuldades que a vida foi lhe impondo.

      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e a convidamos para participar das atividades da ABRATA. Oferecemos Grupos de Apoio ao portador e ao familiar. São grupos constituídos por portadores de transtorno do humor e de familiares cuja finalidade é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções de forma solidária, dando apoio e conforto uns aos outros. Primeiro vc precisa fazer a inscrição para o Grupo de Acolhimento através do telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  5. Rosilena 9 de agosto de 2014 às 13:04 - Responder

    Eu me sinto tão ruim ! Olha só, no momento eu não acredito que grupos e pessoas falando me ajudariam, me dá mal estar em imaginar que tenho que ir até essa ABRATA, não consigo sair do lugar, eu não acredito em nada.

    • Equipe Abrata 10 de agosto de 2014 às 20:42 - Responder

      Olá Rosilena

      Num momento de depressão de fato tudo que está ao nosso redor parece estar tão inatingível, distante, impossível de chegar até lá! Isto é, surge um sentimento e uma sensação total de falta de prazer e de interesse em outras esferas da vida, além de outros sintomas, por vezes, indefinidos! Ouvir outras pessoas, de fato, nesse momento, parece ser algo extremamente cansativo, exaustivo, assim como sair do lugar que parece nos colar nele.
      Mas, quando vc se sentir com um pouco mais de disposição, venha participar dos grupos! Nos grupos vc poderá ouvir as experiências de pessoas que passam ou passaram por situações parecidas com a sua e descobrir novos caminhos para lhe fortalecer cada vez mais.

      Grande Abraço
      Equipe ABRATA

  6. patricia 26 de agosto de 2014 às 19:14 - Responder

    Boa noite,
    Faço tratamento psiquiatrico para bipolaridade , gostaria de saber se voces tem grupos de auto ajuda , se tiver , onde acho?

    obrigada

    • Equipe Abrata 26 de agosto de 2014 às 21:40 - Responder

      Olá Patrícia

      Sim, oferecemos grupo de auto ajuda, que aqui identificamos de Grupo de Apoio Mútuo para portadores do TB e Grupo de Apoio Mútuo para familiares. Para participar, será necessário fazer a sua inscrição por telefone, primeiro para Grupo de Acolhimento e posteriormente para o Grupo de Apoio Mútuo.
      Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.

      Bem-vinda!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  7. Camila 22 de outubro de 2014 às 16:39 - Responder

    Boa Tarde!
    De 1 mes pra ca eu venho passando mal sofro de Síndrome do panico e Transtorno Bipolar e minha mae nao faz nada a respeito so fica me dano calmante e as coisas so vao piorando e eu nao sei o q fazer.

    • Equipe Abrata 27 de outubro de 2014 às 16:30 - Responder

      Olá Camila

      Vc não diz qual é a sua idade mas, que tal pedir o apoio do seu pai ou de outra pessoa da família que seja da sua confiança. Ou mesmo, junto com a sua retornar a consulta com o médico e vc mesma relatar o que está sentindo em relação a medicação e junto com o médico esclarecer como a medicação deve ser tomada..
      Caso, vc já seja adulta, já pensou na possibilidade de vc mesma procurar o seu psiquiatra, conversar com ele e ver quais são as medicações que deve tomar. Assumir o seu tratamento, e aos poucos, num momento de calma conversar com a sua mãe sobre as reais necessidades de medicamentos que vc necessita.
      Camila, tem alguns momentos que a família sente muita dificuldades em lidar com uma doença crônica como o transtorno bipolar, e as vezes por desconhecimento faz uso inadequado da medicação. Talvez por isso, por desconhecer, não saber, a sua mãe esteja lhe oferecendo somente os calmantes, como vc relata.
      Abraços
      Equipe ABRATA

      • Camila 5 de novembro de 2014 às 10:52 - Responder

        Eu Tenho 16 anos e meu pai é separado da minha mãe, e minha família moram todos longe eu não tenho com quem contar sem ser minha mãe. Não posso eu mesma ir no psiquiatra pelo fato de eu ser de menor, eles requem com a presença da minha mãe. Obrigada…

        • Equipe Abrata 27 de novembro de 2014 às 21:46 - Responder

          Olá Camila

          Sim, Camila de fato vc precisa do apoio do seus pais, pq ainda não tem 18 anos. Vc não relata qual o motivo que a sua mãe não pode acompanha-la ao médico. Seu pai reside em outra cidade? Vc não convive com ele? Se vc estiver necessitando muito do apoio médico, veja se tem um adulto da sua confiança para acompanhá-la. Supomos que vc deve conhecer uma pessoa amiga que possa estar junto com vc. Pense nessa possibilidade, ou converse com alguma professora que vc confia.
          Abraços
          Equipe ABRATA

  8. Lisa 30 de outubro de 2014 às 15:03 - Responder

    Olá,
    Eu tenho muita dúvida se sou bipolar. Porque eu tenho a auto estima muito baixa, não tenho mania de grandeza. Não sei nem qual foi a última vez que fiquei feliz, porque pra mim nada ta bom, sempre tem um defeito.
    Tem certas coisas que me tira a paciência, mesmo tomando a medicação, mas acho que até uma pessoa normal tem isso. Não faço um monte de coisa de uma vez, gosto de fazer as coisas aos poucos. Tenho bastante insônia, e muita necessidade de dormi. As vezes falo rápido, quando tô ansiosa e tenho um monte de coisa pra fala, e mesmo com o remédio sou assim. Não tenho muita energia, me sinto fraca.
    Já tive muitos pensamentos de suicida, desde minha infância, pois meu pai era muito agressivo, batia em mim e em minha mãe.
    Não acho que eu tenho quadro de mania, talvez hipomania, não sei. Mas 2x que vi minha médica ela já afirmo que sou bipolar. Achei estranho, ela nem me conhece, mal falei com ela, rs.
    Não gostei dela, mas só vou porque é perto da minha casa. Ela quer tira meus remédios. Esses dias tive crise por isso, tento tira a risperidona. Acho que ela tinha que tira era o lítio, pois eu não tava tomando a dose terapêutica e não tava tendo alteração de humor.
    Não queria ter que toma o remédio pro resto da vida, fico pensando quando estiver grávida. A médica disse que vou poder toma o remédio, mas não confio nela, o lítico causa má formação fetal.
    Como descobrir se sou bipolar e fazer o tratamento correto?
    Desde já, agradeço.

    • Equipe Abrata 6 de novembro de 2014 às 20:00 - Responder

      Olá Lisa

      Se vc não confia e não gosta da sua médica que tal, deixar a acomodação de lado, e buscar um segunda opinião com outro psiquiatra acerca dos sintomas que está sentindo, as oscilações de humor, da medicação que vc está tomando. Não vale a pena se acomodar, só pq a médica está perto da sua casa. Vc está esquecendo-se do principal cuidado: a saúde, a sua qualidade de vida, dos planos que tem para engravidar, entre outros desejos.
      Se vc tem o transtorno bipolar, necessitará fazer uso de medicação. Eles são importante para mante-la sem os sintomas da doença, sem as alterações de humor, da vontade de matar-se. Uma rotina de vida também é essencial, como dormir no mínimo oito horas diárias, alimentar-se no horário, fazer uma atividade física, assim como uma psicoterapia com um psicólogo.
      Um dos aspectos lamentáveis, em relação à doença mental, é que muitas pessoas passam anos com um diagnóstico errado ou mesmo sem qualquer diagnóstico. Isto significa que o seu tratamento é inadequado ou inexistente. O seu estado mental deteriora-se, a sua saúde física também pode sofrer consequências, além de que as suas vidas e as vidas daqueles que as rodeiam podem sofrer danos incalculáveis.
      Procure uma segunda opinião. O psiquiatra é o profissional especializado para lhe dizer se tem bipolaridade ou não e lhe indicar o tratamento correto. Cuide-se! procure um psiquiatra, de preferência especialista em transtorno do humor. Neste momento, não acomodar-se é essencial em sua vida. Quando mais cedo se cuidar, melhor terá qualidade de vida! Vá em frente! Ânimo!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  9. Rubia 6 de novembro de 2014 às 19:42 - Responder

    Oi! Fui diagnosticada com Transtorno Bipolar e Obsessão, gostaria de saber se o litio realmente funciona ja estou fazendo uso dele e também antidepressivo, como reaver os prejuízos causados as pessoas pois pensam que sou louca. Obrigada

    • Equipe Abrata 6 de novembro de 2014 às 20:34 - Responder

      Olá Rubia

      Sobre medicação somente o seu psiquiatra poderá opinar. Porém em nosso grupos recebemos depoimentos de vários portadores que fazem uso do lítio e se sentem bem, e satisfeitos com os restados dessa medicação.
      Algumas portadores de TB, após alguma crise, que tiveram comportamentos inadequado ou mesmo causaram prejuízos a terceiros, após o tratamento e quando se sentem mais seguros e confiantes, procuram por essas pessoas e explicam que tem o TB e o que significa ter isso. Para facilitar levam algum folder explicativo acerca da doença e oferecem para a pessoa ler. (no site, em FOLHETOS, disponibilizamos folder para impressão). Ressaltam que é uma doença crônica como diabetes, cardiopatia e com tratamento adequado, a maioria das pessoas com TB terá períodos na sua vida em que está livre de sintomas. No entanto, é provável que crises maníacos e/ou depressivos regressem de vez em quando.
      Infelizmente, não são apenas as pessoas com doença bipolar que precisam de saber mais sobre a doença. A sociedade em geral continua a ser extremamente ignorante acerca desta psicopatologia. Tal postura pode levar a ideias erradas, preconceito e abusos. Muitos grupos de apoio procuram combater esta ignorância através de iniciativas de sensibilização e campanhas educacionais. Existe uma grande variedade de grupos
      e organizações que podem oferecer apoio, orientação ou até apenas um ouvido amigo, dentre eles a ABRATA.
      Caso vc resida em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo para familiares e portadores. São grupos constituídos por portadores de transtorno do humor e de familiares cuja finalidade é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções de forma solidária, dando apoio e conforto uns aos outros. Faça a sua inscrição pelo tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h, primeiro, para o grupo de Acolhimento e após essa participação poderá se inscrever para o grupo de Apoio Mútuo.
      Grande Abraço
      Equipe ABRATA

  10. Kássia 25 de novembro de 2014 às 20:31 - Responder

    Olá,eu tenho duvidas se posso ter esse transtorno,tenho 14 anos e mudo muito de humor,ás vezes me sinto feliz e até me sinto melhor que os outros,inteligente,mas de repente tudo muda,vem aquela vontade de chorar e começa dores fisicamente,tem dias que não quero mais viver,não vejo sentido nisso,me sinto um nada e choro por qualquer coisa,sinto muito medo e quero me afastar de todos,em outros dias eu fico muito tempo sem chorar e gosto da vida…ah,e também eu fico com muita raiva de repente,raiva de qualquer coisa,sempre fui assim,desde criança,meus pais nunca sabiam o que fazer comigo.Quando é pra mim ficar triste,eu não fico,até parece que não tenho sentimento algum.Bem eu realmente não sei o que tenho,quem sabe isso é normal.

    • Equipe Abrata 27 de novembro de 2014 às 20:11 - Responder

      Olá Kássia

      Como vc esta com 14 anos, estes sintomas podem ser naturais do período da adolescência. Mas, por outro lado se vc não está sentindo-se bem com estas situações relatadas, converse com a sua mãe e peça a ela ir com vc a um médico. Se possível um psiquiatra. De preferência um psiquiatra especialista em crianças e adolescentes. Se em sua cidade não tiver um especialista em jovens, procure um psiquiatra de adulto. O importante é vc não sofrer e buscar entender o que está acontecendo. Se são comportamentos naturais da adolescência ou se tem outra questão envolvida que necessita de uma apoio clínico.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  11. F. 5 de maio de 2015 às 02:00 - Responder

    Oi. Não quero me identificar pois tenho vergonha. Tenho dúvidas e por isso cheguei a sua página. Tenho 24anod. Faço terapia há 2 mas algumas coisas nunca tive coragem de contar. Tenho desejo sexuais pelo meu pai e pelo meu irmão. Não consigo identificar qual a disjunção que tenho. Tive muitos problemas na infância e adolescência por causa do relacionamento dos meus pais. Já descobri que fui o “companheiro” da minha mãe, no sentido de que ela desabafava tudo comigo. Tudo que meu pai fazia que a desagradava ela mr contava. Além de as vezes eles estarem brigados e eu me aliançar à ela e depois eles voltarem e ela me reprimir poe julgar meu pai. Tenho medo de ter algo sem tratamento, alguma psicopatia ou transtorno. Estudei o complexo de Electra e não me identifiquei. Você pode ajudar?

    • Equipe Abrata 7 de maio de 2015 às 22:27 - Responder

      “Prezado F.
      A sexualidade humana é muito mais diversa do que as pessoas estão acostumadas a pensar e a admitir. Boa parte do estigma que envolve a sexualidade se baseia numa crença de que, se as pessoas não seguirem normas de conduta sexual, não é possível a vida em sociedade. Nos tempos atuais, na sociedade ocidental, tem havido uma crescente tolerância para com a diversidade sexual na medida em que sexo não está mais necessariamente associado à procriação e sim a uma dimensão da realização humana, como forma de prazer e de felicidade amorosa. O que se pensa hoje, no âmbito científico, é que faz parte da sexualidade saudável o sexo praticado entre pessoas adultas, livres, de comum acordo e que produza satisfação mútua.
      O que você descreve é uma história de sofrimento com sua sexualidade e também você descreve dificuldades emocionais que impediram o desenvolvimento de uma sexualidade livre e feliz com outras pessoas. As suas fantasias sexuais podem estar relacionadas a buscas afetivas muito profundas que não foram adequadamente satisfeitas e, muitas vezes, a erotização de um relacionamento encobre outros sentimentos que precisam ser reconhecidos e acolhidos, para liberar a sua sexualidade de situações da infância.
      Para isso, é muito importante que você faça uma psicoterapia e trabalhe essas dificuldades que você relatou com um psicoterapeuta, para que ele ou ela o ajude a superar suas dores e a viver sua sexualidade de uma maneira feliz. Se o psicoterapeuta avaliar a situação e considerar que você também pode se beneficiar de um atendimento psiquiátrico, ele lhe dará essa orientação.
      As fantasias e desejos que você descreve não são necessariamente sintoma e um transtorno mental. Mas pessoas que sofreram algum tipo de abuso emocional ou sexual na infância são mais propensas a desenvolverem um episódio de depressão, por isso é importante cuidar – isto é procurar uma avaliação profissional.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  12. Carla 21 de maio de 2015 às 15:04 - Responder

    Boa tarde, tenho um filho de 9 anos que é muito euforico, parece que esta ligado no 220 25 horas por dia, tem dificuldades para dormir mesmo tomando remedio, na escola ele enfrenta a todos, não obedece a ordens, diz que é Hitller e por vezes o Binladen, se corta com tesoura, gilete, etc… se faz de vitima o tempo todo, anda de um lado para outro, fala sem parar, fala muito em morte, etc… voces acham que esses sintomas podem se enquadrar no transtorno bipolar?

    • Equipe Abrata 23 de maio de 2015 às 23:41 - Responder

      Olá Carla

      Agradecemos o seu contato e compartilhamos das suas preocupações.
      De acordo com o seu relatos, sugerimos que procure por um psiquitra infantil para uma avaliação psiquiátrica. Os sintomas descritos podem fazer parte de outros quadros mas há necessidade de realizar uma avaliação que os médicos chamam de diagnóstico diferencial, pode ser que o médico também indique o acompanhamento psicoterápico.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  13. Samira 26 de maio de 2015 às 01:11 - Responder

    Ola eu vou fazer 20 anos e desde criança eu tenho um comportamento diferente, na infância eu era bastante agressiva com meus irmãos e familiares, inclusive já tentei sufocar meu irmão com um travesseiro, já levantei uma faca pra ele em uma explosão súbita de raiva , já o joguei da escada, agredi um colega de escola com uma telha, e fora que os professores me viam como uma menina agitada e muito nervosa, por que eu chorava bastante e queria esta morta. Quando eu completei 15 anos as coisas se agravaram mais eu me tornei bem mais agressiva, passei a me corta pra aliviar raiva , tristeza ou passar vontade de me matar, tentei me suicidar duas vezes uma com um corte e a outra com comprimidos, já bolei varios planos pra me suicidar , e meu humor passou a se alterar de agitada pra levemente deprimida e fora que as vezes me sinto apatica em relação a todos e tudo, e as vezes esculto uma voz dentro de minha mente quando tou furiosa dizendo que estão me fazendo de imbecil o que me mais deixa agressiva, as vezes acho que tem pessoas tentando me matar ou me vigiando ou espiritos me observando, e sinto meu cerebro de um lado com arrepios frios como se fosse diferente do outro e algumas vezes me sinto muito criativa e depois muito inutil como se a criatividade se acaba-se de vez e eu fosse apenas uma idiota, eu fuji do acompanhamento psicologico a tres anos abandonei escola, tenho comportamento sexual promiscuo e abuso de drogas e alcool, embora nunca tenha visto o que escreveram sobre mim, queria saber se isso que tenho é bipolaridade

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2015 às 16:07 - Responder

      Olá Samira

      Em primeiro lugar, agradecemos o fato de você nos enviar suas dúvidas, elas podem ajudar outras pessoas que estão passando ou já passaram por problemas e sensações semelhantes às que você está relatando.
      Em segundo lugar, você pergunta se os comportamentos e sintomas que você relata são compatíveis com transtorno bipolar. A resposta é sim, os sintomas são compatíveis, mas não é possível fazer um diagnóstico à distância. Somente uma entrevista com um psiquiatra, frente a frente, pode propiciar um diagnóstico correto. Isso porque muitos sintomas podem acontecer em mais de uma doença ou transtorno e apenas o especialista é capaz de diferenciar um do outro.
      Mas, para esclarecer um pouco mais, o transtorno bipolar se caracteriza pelo fato de que seu portador apresenta uma grande instabilidade de humor, de energia e de comportamentos. O humor oscila de deprimido para irritável, raivoso ou eufórico. A energia pode estar alta ou baixíssima, com grande ânimo para fazer muitas coisas ou, em outros momentos, se energia para sequer se levantar da cama e pelo menos se alimentar. Também é muito comum se associarem sintomas do polo depressivo com sintomas do polo maníaco, ou seja, quadros com sintomas mistos, do tipo, o humor estar muito deprimido, mas a pessoa tem energia e fica muito irritada, com ódio quando contrariada; isso pode gerar comportamentos impulsivos e agressivos, tanto contra outras pessoas como contra si mesmo. Quando alguém apresenta uma história com essas características, é imperioso buscar avaliação e tratamento com um psiquiatra, pois o tratamento é a única maneira de a pessoa alcançar um maior controle e equilíbrio emocional e de ter qualidade de vida.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  14. G. 7 de junho de 2015 às 16:07 - Responder

    Olá equipe Abrata!
    Tenho 33 anos e a 14 anos trato do disturbio bipolar.
    Sou formada em guia de turismo e Marketing.
    Esse ano estou conseguindo manter uma rotina de exercicios fisicos, faço pilates, musculação e natação em dias alternados.
    Mas com relação a trabalho diario, não consigo manter rotina, concentração e alegria …
    Existe algum livro ou artigo, de alguem que tenha bipolaridade e que consiga trabalhar?
    Muito obrigada.
    Aguardo resposta.

    • Equipe Abrata 28 de junho de 2015 às 19:15 - Responder

      Olá G.

      Atualmente, o tratamento mais indicado para o transtorno bipolar é uma combinação de medicamentos e psicoterapia. Um tratamento apropriado com acompanhamento correto pode ajudar o portador do transtorno bipolar a ter uma vida produtiva, com qualidade e satisfação. Com o apoio do psicólogo, na psicoterapia, a pessoa compreenderá as dificuldade que doença impõe em relação as atividades profissionais e principalmente compreenderá como lidar com elas e ainda identificar as situações profissionais que causam estresses e possibilitam o desencadear de um episódio (crise). Quando a doença não é tratada ela provoca muitos prejuízos na vida profissional, as vezes promovendo a redução a produtividade, infelizmente.
      No momento, não identificamos livros para lhe indicar acercar doa assunto. Mas no site da ABRATA tem o artigo AJUDE SEUS PACIENTES A PERMANECEREM EMPREGADOS. Leia.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  15. edneia pereira d almeida 8 de junho de 2015 às 11:48 - Responder

    Bom sou mãe de 5 filhos,moro com os gêmeos de 5 anos e gostaria de ser diferente, mas quando eu acho q estou bem de repente meu humor muda do nada fico irritada e extremamente nervosa e desanimada, eu preciso muito d ajuda, eu sou uma ótima ma, mas devido essa situação eu me sinto incapaz, um nada nessa vida, juro ja tive depressão ja tentei suicídio, a uns 8 anos atras hoje eu controlo minha depressa, mas essa mudança d humor esta frequente e nao sei como mudar isso me ajudem, estou desesperada. Alguem pode me ajudar

    • Equipe Abrata 28 de junho de 2015 às 19:45 - Responder

      Olá Edneia

      Os pensamentos negativos, o pessimismo e a falta de esperança fazem parte de uma conjunto de sintomas que podem estar relacionados a depressão. Vc já pensou nesta possibilidade? Que tal procurar um psiquitra e conversar com ele sobre os sintomas que vc está sentindo, como o desanimo, incapacidade para realizar as atividades que vc deseja, pessimismo e sentimento culpa e de menos valia, e as alterações de humor. Sugere um quadro de depressão. Com um tratamento adequado, vc poderá recuperar o animo que está escondido em vc mesma. procure não se isolar, procure ajuda dos familiares e amigos. A depressão tem tratamento, procure um profissional especializado e necessita de apoio médico.
      Abraaços

  16. Juliana 26 de junho de 2015 às 18:58 - Responder

    Meu marido, há cerca de 3 semanas está apresentando sintomas de depressão mas se recusa procurar ajuda médica, começou com um desespero que ele dizia ser um vazio, saiu de casa e ficou o dia inteiro num hotel, voltou de noite pior ainda. Depois disso passou os dias cada dia mais triste, falava devagar e baixo, dormia muito pouco e faça mais tempo no trabalho do que de costume, emagreceu muito, quase não come e quando come e bem pouco. Diz que acha que não me ama mais, mas não tem certeza, diz que quer ir embora mas não sabe quando. Está muito difícil, ele se recusa a qualquer ajuda. Digo o quanto o ano, mas parece não importar-se. Não sei mais o que fazer…há uns 3 dias ele parece ter dado uma animada, mas ele nega qualquer melhor. Preciso de ajuda, não sei mais o que fazer!!! Ele já teve uma crise dessas há uns 10 anos. Ele fala que está com dor na alma.

    • Equipe Abrata 7 de julho de 2015 às 21:55 - Responder

      Olá Juliana

      O relato do seu marido sobre a “dor na lama” é muito real. Ele se sente verdadeiramente assim. São os sintomas da depressão. A depressão é um estado de humor que dura pelo menos duas semanas em que o humor fica deprimido, melancólico, “para baixo”. O indivíduo sente angústia, ansiedade, desânimo e falta de energia. Também se sente apático, perde a motivação, tudo fica sem graça ou sem sentido, nada o satisfaz. Torna-se negativista, preocupa-se com tudo. A depressão pode ser intermitente ou contínua, durar algumas horas do dia ou o dia inteiro, durar semanas, meses ou anos. O sofrimento costuma variar de intensidade ao longo do tempo. A depressão faze parte dos Transtornos do Humor, que trazem importante prejuízo à vida da pessoa, muitas vezes colocando-o em risco. As dificuldades são maiores quando a pessoa não aceita ser doente, e em caso extremos é necessário iniciar o tratamento contra a sua vontade.
      O tratamento mais indicado atualmente para a depressão é uma combinação de medicamentos antidepressivos e psicoterapia, realizada por psicólogos e psiquiatras. A depressão é uma doença e necessita do tratamento medicamentoso para ajudar a pessoa sair do episódio depressivo.
      Tenta estabelecer um diálogo com o seu marido, um canal de comunicação, apesar das dificuldades, ou peça o apoio de uma familiar ou de uma pessoa da confiança dele para procurar convence-lo de consultar-se com o psiquiatra. Alguns indivíduos não sabem que, com a ajuda de tratamentos adequados, não há a necessidade de suportar tamanha dor em silêncio ou sozinho. O importante é saber que existe tratamento e não há necessidade das pessoas ficarem tolerando tanto sofrimento.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  17. RENATA GRACE LEAL DE VASCONCELOS 4 de maio de 2016 às 00:23 - Responder

    Olá, sou bipolar diagnosticada há uns 5 anos, atualmente estou medicada, mas de vez em quando tenho crises, principalmente de mania. Estou destruindo o meu terceiro casamento pq não estou lidando muito bem com a frustração, ou com a contrariedade, isso tb é sintoma bipolar?

    • Equipe Abrata 22 de maio de 2016 às 18:13 - Responder

      Renata

      vc relata que está medicada e imaginamos que esteja tomando a medicação de acordo com a orientação do médico, mas apesar disso continua tendo crises. Sugerimos que procure o seu médico e relate a ele essa situação. Assim com o seu relato ele avaliará se será necessários ou não fazer um ajuste na sua medicação.
      Reflita sobre a possibilidade de vc buscar o apoio de uma psicólogo para lhe apoiar e orientar coo lidar com os sintomas da doença e nas questões que envolvem os eu casamento.
      Também indicamos alguns cuidados que a pessoa que apresenta o TB precisa ter na sua rotina diária.
      É extremamente importante manter a rotina do seu sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Mudanças no padrão do sono são fortes indutores de oscilações do humor e evitá-las fortalecerá seu equilíbrio. Discuta com seu terapeuta se houver problemas para dormir ou se tiver que permanecer acordado.
      Não utilize álcool e drogas, porque estas substâncias causam desequilíbrio no funcionamento do cérebro. Freqüentemente provocam alterações do humor e do ânimo e interferem diretamente no tratamento. Evite tomar drinques para “melhorar o ânimo” ou “ajudar no sono”, porque só podem piorar.
      Evite o uso diário de café, drinques, alguns chás, antialérgicos, antigripais e analgésicos, que podem interferir no sono, no ânimo e nos seus medicamentos. Pode ser a “gota d’água” para o início de um novo episódio da doença ou mesmo apresentar alguns sintomas como a irritabilidade.
      Tente reduzir a tensão no seu trabalho. Você sempre quer fazer o melhor, mas lembre-se que seu principal trabalho é evitar as recaídas, para aumentar sua produtividade alongo prazo.
      Procure manter se horário de descanso e dormir um tempo razoável, cerca de 8h. Caso não consiga trabalhar converse com seu médico sobre uma licença. Cabe a você avaliar quanto pode conversar abertamente no seu trabalho sobre o assunto. Se necessário, peça a um familiar avisar que você não está bem e que voltará assim que melhorar.
      Não é fácil aceitar qualquer doença que exija um tempo prolongado de tratamento, como é o caso da hipertensão, do diabetes, das doenças cardíacas e também do transtorno bipolar.
      No caso do transtorno bipolar a dificuldade aumenta, porque a pessoa só em algumas épocas e às vezes nem percebe. Isto aumenta o risco de abandono do tratamento e precipita as conseqüências já citadas. O paciente suspende a medicação por sentir-se bem e achar que pode controlar sozinho, porque lhe falta a excitação ou pelos efeitos colaterais. Todas estas questões devem ser discutidas com o médico.
      O pessoa com TB deve lembrar que cada novo episódio aumenta o risco de seguinte e deve continuar tomando o medicamento, mesmo que esteja bem por vários anos.
      Aproveitar o tempo de bem-estar para planejar a vida e apreender a diferenciar entre sentimentos normais e sentimentos patológicos.
      A pessoa com TB precisa estar atento aos sinais precoces de um novo episódio. Alterações no sono, irritabilidade, maior sensibilidade, maior atividade ou cansaço fácil, entre outros, podem ser indícios de nova fase da doença. Deve-se consultar imediatamente o médico para reduzir o grau e o tempo de sofrimento.
      Deve evitar ao máximo novos estímulos e compras, adiar decisões e novos planos para quando melhorar. A hiperatividade pode ser canalizada para atividades físicas ou manuais. Não exagerar no trabalho – poupar-se.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  18. Ane martins 28 de julho de 2016 às 17:17 - Responder

    Olá, meu nome é Ane, na maioria das vezes acordo estressada irritada, tem dias que não posso ouvir barulho, não durmo direito, tenho insônia e todas as noites acordo chorando quando passa na minha cabeça várias coisas em me matar, sair por ai andando sem rumo. Marquei psiquiatria, me ajudem não seu o que eu tenho.

    • Equipe Abrata 25 de fevereiro de 2017 às 10:20 - Responder

      Olá Ane.

      Passados alguns meses de sua mensagem, você já deve ter-se consultado com o médico psiquiatra.
      E se estiver em tratamento, sugerimos que use de disciplina.
      E se necessitar de mais informações, escreva para o Blog da ABRATA.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  19. Patrícia 31 de julho de 2016 às 19:42 - Responder

    Sou bipolar, diagnosticada desde 1996. Tenho sofrido muito com isso e afetado as pessoas com quem convivo. Principalmente minha imagem pessoal, é afetada e lembro isso, desde a infância. 1. Como eh o tratamento individual e familiar na Abrata? 2. Tenho uma trabalho que envolve não só o racíocio lógico, mas o subjetivo. Gostaria de saber se o raciocínio afetado pela Bipolaridade apresentará um grande prejuízo na rotina do meu trabalho?

    • Equipe Abrata 16 de agosto de 2016 às 16:04 - Responder

      Querida Patricia

      As questões que vc nos traz, são questionamentos que sempre surgem em nossos Grupos de Apoio Mútuo assim como pelos leitores deste BLOG.
      Bem, sobre as atividades da ABRATA esclarecemos que oferecemos atividades complementares aos tratamento clínico. Não oferecemos tratamentos, mas atividade psicossocial e de psicoeducação para as pessoas que apresentam o trastorno bipolar e depressão e seus familiares. São grupos separados para familiares e pessoas com o transtorno e visam a promoção de um espaço para discussão e reflexão sobre situações de interesse comum para pessoa que apresenta depressão e transtorno bipolar, favorecendo o sentimento de pertencimento e ainda proporcionar o acesso ao conhecimentos e informações acerca do impacto dos transtornos mentais na convivência familiar, social e profissional. para vc participar entre em contato por meio do telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h e inscreve-se primeiro para o Grupo de Acolhimento e Integração. Além dos Grupos de Apoio Mútuo oferecemos outras atividades. Nos grupos de apoio mútuo a pessoa tem oportunidade de conhecer a experi~encia de outras pessoas que vivenciam situações de vida parecidas com a sua.
      Em relação acerca do impacto da doença na vida profissional, trazemos trecho de um artigo que dispomos em nosso site e que poderá lhe trazer alguns esclarecimentos.
      “No desempenho da função profissional quase metade das pessoas com este diagnóstico compromete a função social e familiar. Dentre elas:
      Função Cognitiva: Existem comprometimentos sutis prolongados particularmente em relação à memória de trabalho.
      Humor instável: Alguns sintomas associados aos estados de depressão, hipomania ou mania ou estados mistos que podem interferir nas responsabilidades profissionais.
      Padrão do ritmo circadiano: As alterações de sono com uma menor necessidade, ou a tendência de aumentar sua atividade e interesses durante a noite pode mantê-los acordados até as primeiras horas do sono podem interferir nas atividades profissionais.
      Efeitos adversos do tratamento: Para pacientes empregados devemos evitar doses de medicação que possam comprometer a concentração, a prontidão ou a velocidade e precisão motoras.”
      Veja o artigo completo em: https://www.abrata.org.br/new/artigo/ajudeSeusPacientesPermaneceremEmpregados.aspx
      Aproveite e assita os vídeos, também disponibilizados no site.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  20. Leonarda 2 de agosto de 2016 às 09:56 - Responder

    Fui diagnosticada com Bipolaridade (Euforia) a menos de um ano.
    O uso do medicamento me fazia sentir melhor, porém acabei tendo muitos problemas no trabalho, (erros de orçamentos, obras) quase perdi o emprego.
    Desde então, não tomo mais o medicamento e também não voltei ao medico.
    Hoje, o sentimento que sinto é de solidão, e em outros momentos não tenho sentimento nenhum. Tenho vontade de largar tudo pra trás e esquecer todo mundo ao meu redor.
    Trabalho na empresa que pertence a família do meu namorado, a mais de 3 anos. Sou cobrada por todos e o tempo inteiro. Vigiada pelos funcionários, me sinto como um passarinho amarelo, que deve cantar todos os dias no mesmo horário, e que não tem a escolha de sair pra voar. A ultima coisa que quero hoje, é participar de um churrasco. Só quero me deitar e dormir, esquecer do mundo e das pessoas la fora.

    • Equipe Abrata 3 de agosto de 2016 às 18:26 - Responder

      Prezada Leonarda

      O seu relato sugere sintomas de depressão que necessitam de acompanhamento clínico tanto quanto os sintomas da euforia. Que tal procurar por um psiquiatra e conversar sobre o diagnóstico que recebeu e também sobre os efeitos colaterais que a medicação lhe causou e qual medicação vc fez uso. Sem um tratamento adequado os sintomas da bipolaridade sejam a euforia ou a depressão podem aparecer novamente. Buscar novamente o apoio de um psiquiatra é essencial.
      Vc já pensou também sobre a possibilidade de buscar a ajuda de um psicólogo. Contar com o apoio desse profissional será importante para ajuda-la entender sobre a doença, como lidar com os sintomas, como agir de forma preventiva, como perceber que os sintomas estão surgindo… enfim uma infinita gama de possibilidades.
      Além dos medicamentos, praticar uma atividades físicas e buscar manter uma dieta saudável é um pilar essencial para uma boa saúde, principalmente cerebral e mental. Recomendam-se dietas saudáveis, ao estilo mediterrâneo, com muitos vegetais, óleos de alta qualidade como azeite de oliva, sementes como nozes e castanhas, carnes magras e peixe, cereais integrais. Ômega 3 pode ser um potencializador eficaz do tratamento antidepressivo. E atividade física moderada, pelo menos 4 vezes por semana, melhora muito a depressão.
      Sugerimos alguns cuidados que serão importantes vc ter para manter uma vida com estabilidade e qualidade, além do tratamento medicamentoso.
      Saiba que vc é a pessoa mais interessada na sua melhora e qualidade de vida e isto a torna co-responsável pelo sucesso do tratamento e estimula a participação ativa no processo terapêutico como um todo.
      É extremamente importante manter a rotina do seu sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Mudanças no padrão do sono são fortes indutores de oscilações do humor e evitá-las fortalecerá seu equilíbrio. Discuta com seu terapeuta se houver problemas para dormir ou se tiver que permanecer acordado.
      Não utilize álcool e drogas, porque estas substâncias causam desequilíbrio no funcionamento do cérebro. Freqüentemente provocam alterações do humor e do ânimo e interferem diretamente no tratamento. Evite tomar drinques para “melhorar o ânimo” ou “ajudar no sono”, porque só podem piorar.
      Evite o uso diário de café, drinques, alguns chás, antialérgicos, antigripais e analgésicos, que podem interferir no sono, no ânimo e nos seus medicamentos. Pode ser a “gota d’água” para o início de um novo episódio da doença.
      Tente reduzir a tensão no seu trabalho. Você sempre quer fazer o melhor, mas lembre-se que seu principal trabalho é evitar as recaídas, para aumentar sua produtividade a longo prazo.
      Procure manter se horário de descanso e dormir um tempo razoável. Caso não consiga trabalhar converse com o seu médico sobre a possibilidade de uma licença. Cabe a você avaliar quanto pode conversar abertamente com um empregador.
      Não é fácil aceitar qualquer doença que exija um tempo prolongado de tratamento, como é o caso da hipertensão, do diabetes, das doenças cardíacas e também do transtorno bipolar.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  21. Heloísa Alvim 7 de setembro de 2016 às 06:13 - Responder

    Marido bipolar

    Convivo há 45 anos com meu marido e há anos que a doença dele apareceu com uma crise grave de depressão.Hoje já está na 4ª internação e com uma crise psicótica e há 6 semanas internado. Fico pensando se irá passar ou se ficará idiota assim se achando o rei da cocada que salvará os refugiados construindo cidades e mandando cartas para o Papa . Também prometendo o doutorado para jovens agrônomas que veem nele um cientista fantástico.
    O que me pressiona é que nesta segunda crise os personagens são os mesmos . Só as pessoas são diferentes.
    Pois aqui me encontro esperando os remédios fazerem efeito, sem ajuda ou apoio da família dele e tentando ter forças e tenho que engolir as humilhações e tentar ser curadora que é um papel mais difícil ainda . Pois de uma mania ele parte para outra mania muito rápido.
    Ele se encontra em uma boa clínica, tem o psiquiatra muito competente, por meu lado conto com uma analista. Quanto tempo pode durar tudo isso.
    O internamos à força pois achava que todos queremos prendê-lo e estava fugindo par outro país.

    • Equipe Abrata 19 de fevereiro de 2017 às 12:20 - Responder

      Prezada Heloísa.

      O que é transtorno bipolar?

      O transtorno bipolar, também conhecido como transtorno maníaco-depressivo, é uma das doenças mentais mais tratáveis. Porém, sem tratamento, o transtorno bipolar causa sofrimento mental, distúrbios na vida familiar, performance ruim no trabalho, e comportamento imprudente ou perigoso.

      Sintomas do transtorno bipolar:

      Uma pessoa com transtorno bipolar sofre alterações de humor, desde mania até a depressão, com períodos de “normalidade” entre esses ciclos. A duração desses ciclos varia desde alguns dias até vários meses e eles podem ocorrer sem aviso.

      Durante a fase de mania, a pessoa pode sofrer dos seguintes sintomas:

      * Sentir-se como “no topo do mundo” e ter abundância de energia;
      * Parecer falar e pensar rapidamente;
      * Expor numerosas ideias;
      * Pensar que é invencível.
      * Ter comportamentos imprudentes ou perigosos para si e outros ao redor;
      * Ter delírios de fama;
      * Acreditar que tem relacionamento especial com alguém famoso;
      * Sofrer de falta de sono, ser facilmente distraída e freqüentemente irritável.

      Durante a fase depressiva, podem aparecer os seguintes sintomas:

      * Sentimento de falta de esperança.
      * Perda de todo o interesse em outras pessoas e atividades usuais.
      * Sofrer flutuação de peso.
      * Sentimento de cansaço contínuo.
      * Dormir mais que o comum ou ter insônia.
      * Queixa de dores inexplicáveis.
      * Problemas de concentração.
      * Risco de suicídio.

      Com essa informações, você pode entender como a doença é complexa. Entretanto, com o tratamento adequado, os sintomas poderão
      ser perfeitamente controlados e o paciente poderá levar uma vida com qualidade.
      É necessário, também, muito apoio da família.
      Conheça os artigos publicados no site, no blog e facebook da ABRATA.

      Abraços.
      Equipe ABRATA.

  22. idario reis 23 de setembro de 2016 às 15:52 - Responder

    Gostaria de saber se a bipolaridade poder ser justificativa para aposentadoria.

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2017 às 19:05 - Responder

      Idario

      A bipolaridade por si só não é considerada doença ou deficiência. Porém, é possível que a pessoa fique temporariamente incapacitada para o trabalho e terá direito ao Auxílio Doença. Para a aquisição da aposentadoria, a pessoa deverá estar em tratamento por mais de 2 anos, sem melhora e com diagnóstico de evolução para psicose ou esquizofrenia. Nesta hipótese, a aposentadoria para este tipo de diagnóstico é possível. Não podemos nos esquecer que o transtorno bipolar é passível de tratamento e estabilização. A pessoa é considerada doente durante a manifestação dos sintomas da doença.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  23. M R B C 23 de novembro de 2016 às 16:39 - Responder

    Boa tarde, obrigada pela atenção. Eu não gostaria que mostrassem meu nome e sim só as iniciais, pode ser ?

    Estou em tratamento com hipótese de bipolar tipo II . Ainda não ficou claro para os médicos a fase de hipomania… eles dizem que precisam me ver nesta fase, outros que é só depressão mista com ansiedade. Enfim, eu tenho um episódio de depressão sempre no período menstrual.Fico uma semana até o ciclo terminar. Começa com os sintomas de ansiedade… aí vem a angústia, choro, descontrole emocional e muito sono. Tomo anticoncepcional para interromper o ciclo, mas ainda está difícil para interromper. Meu marido percebeu que fico mal a cada dois meses.. sendo que um mês é muito leve são mais sintomas físicos que só eu mesmo percebo em meu corpo, ou seja, a cada 2 meses a depressão que mencionei. Gostaria que falassem mais sobre TPM em pessoas que tem transtornos ou depressão. Parece que são mais intensas com esses diagnósticos. Tomo lítio, amitriptilina e se necessário clorpromazina. Nunca fico sem medicação, procuro fazer tudo que posso, mesmo não aceitando tudo isso, entendo que preciso e reconheço, claro o tratamento. faço tratamento para hipotiroidismo que está no nível considerado normal. Grata pela atenção.

    • Equipe Abrata 6 de março de 2017 às 07:43 - Responder

      Prezada leitora.
      É muito comum a associação entre transtornos do humor e transtorno disfórico pré-menstrual, comumente chamado de transtorno pré-menstrual ou “tpm”. Quando a associação acontece, é importante que os dois transtornos sejam tratados e, em geral, ao se conseguir a estabilização do humor, os sintomas pré-menstruais se atenuam muito ou até desaparecem. Ocorre que nem sempre é fácil reconhecer um transtorno recorrente do humor, como o transtorno bipolar. De fato, as hipomanias podem ser mascaradas por sintomas e comportamentos que lembram ansiedade. Mas não se deve desistir, mesmo que seu psiquiatra opte por associar outros estabilizadores de humor na tentativa de buscar a estabilização do quadro. É muito importante que você mantenha um diálogo franco com ele e procure sempre se informar sobre o tema, como está fazendo agora, bem como informar a ele todos os seus sintomas para que ele possa buscar alternativas mais efetivas do que a atual.
      Com relação ao seu interesse sobre transtorno disfórico pré-menstrual e transtornos do humor, experimente acessar o link http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000200011 . Trata-se de um texto científico sobre o tema. Leia-o e esclareça suas dúvidas com seu psiquiatra. Outra sugestão é participar do encontros psicoeducacionais da ABRATA – nos encontros são abordados os diversos aspectos dos transtornos do humor, inclusive as comorbidades, ou seja, associações com outras doenças.
      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  24. L.D 10 de dezembro de 2016 às 12:33 - Responder

    Me identifico com o texto inteiro .
    Cada parágrafo era uma identificação.
    Tem que amanheço só o caco … Sem vontade de fazer nada, absolutamente nada. E tem dias que eu acredito que posso fazer tudo.
    Essa doença é uma loucura só, e deixa quem convive com a gente, fica doidinho também.

    • Equipe Abrata 7 de março de 2017 às 17:11 - Responder

      Olá L.D.

      Sabemos de quanto sofrimento uma doença pode trazer para todos. Seja a pessoa com o diagnóstico ou para os seus familiares e amigos. Todos sofrem, nem mais ou menos um que o outro. Mas a boa notícia é que existe esperança. Buscando um psiquiatra, fazendo uso da medicação de forma correta e nos horários estabelecidos, mantendo uma rotina de sono diário, alimentando-se e se possível praticando um esporte e fazendo psicoterapia. E ainda sugerimos, caso vc resida em SP que venha participar das atividades que oferecemos. São gratuitas e vc encontrará pessoas que vivenciam situações parecidas com a sua. Ligue para a ABRATA e se inscreva para participar dos Grupos. Que tal convidar também os seus familiares. Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  25. L.D 10 de dezembro de 2016 às 12:38 - Responder

    Geralmente quem experimenta o estado de euforia quer voltar nele mais vezes.
    A sensação é tão prazerosa que eu me viciei em tudo que é estimulante … Cafeína … Anfetaminas , gosto de tudo que me deixe no estado de euforia.

    • Equipe Abrata 4 de fevereiro de 2017 às 19:41 - Responder

      Olá L.D

      Compartilhamos com você algumas explicações científicas acerca do assunto objeto de sua mensagem:

      As crises de bipolaridade são um assunto que norteou os estudos publicados nas revistas “Translational Psychiatry” e “Current Psychiatry Reports”, e essas pesquisas, evidenciaram que as crises de euforia e depressão são tóxicas ao cérebro. “Assim como o organismo do diabético sofre com os picos de glicemia, o cérebro de quem tem transtorno bipolar não controlado sofre com o excesso de neurotransmissores” explica Flávio Kapczinski, psiquiatra da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – instituição referência na área de psiquiatria.

      Essas crises são seguidas por descargas de substâncias como o glutamato e a dopamina. Para tentar controlar o “incêndio”, o organismo envia ao cérebro células protetoras, Flávio explica: “Essas células produzem inflamação, causando a perda de conexões entre neurônios. São os achados mais recentes, nem estão publicados ainda”.

      A pesquisa ainda evidenciou que após cinco episódios do transtorno bipolar, o paciente perde 10% do hipocampo (responsável pela memória), fazendo com que o organismo acometido pela doença, responda cada vez menos ao tratamento medicamentoso. “Ele passa a ter problemas de memória, planejamento e concentração, funções ligadas à parte frontal do cérebro”, explica o psiquiatra.

      Em 60% dos casos, a mania de transtorno bipolar acontece tal como uma crise de depressão e se manifesta até os 25 anos de idade, por essa razão o diagnóstico é tão complicado de ser realizado. A doença pode, ainda, ser confundida com sintomas de esquizofrenia. Estudos mostram que a bipolaridade pode levar até dez anos para ser diagnosticada, afirma Helena Calil, psiquiatra e professora da Unifesp.

      Não existe um marcador biológico que aponte para as doenças mentais, por isso há necessidade do diagnóstico clínico e da descrição dos sintomas que somente o paciente pode relatar.

      No caso da bipolaridade pode haver crise hipomaníaca, ou seja, alterações no humor podendo se tratar, por exemplo, de sentimentos exagerados de ciúmes ou irritabilidade que proporcionam prejuízos à vida do paciente.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  26. Diana 1 de janeiro de 2017 às 19:29 - Responder

    Boa noite. Gostaria de tirar uma dúvida mas não sei se alguém lê o meu texto e responde

    • Equipe Abrata 17 de janeiro de 2017 às 18:06 - Responder

      Olá Diana
      Qual dúvida vc tem? Escreve e nós respondemos.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  27. Camila 17 de janeiro de 2017 às 02:35 - Responder

    Nunca fui a um psicólogo para saber exatamente o que se passa, porém sinto que há algo de estranho. Tenho sérios problemas com estresse, fico irritada rapidamente por motivos fúteis e também fico calma na mesma velocidade, mudo muito rapidamente de humor, às vezes me sinto capaz de tudo, qualquer desejo que tenho, sinto que posso realizar na hora em que eu quiser, me sinto “enorme”. Outras vezes não me sinto capaz de nada, nem mesmo me levantar da cama, me sinto a pior pessoa do mundo em que só dá desgosto às pessoas. Me sinto sozinha demais. Não choro por nada, mas quando fico triste, é uma tristeza que acaba com o meu dia e eu só penso em dormir para passar o tempo, mas daí me vem a insônia e eu não paro de chorar

    • Camila 17 de janeiro de 2017 às 02:40 - Responder

      Tudo isso acontece rápido demais, sinto que não posso confiar em ninguém mas ao mesmo tempo sinto que todos são confiáveis. Tenho sérios problemas para demonstrar o que sinto.

      • Equipe Abrata 4 de fevereiro de 2017 às 10:58 - Responder

        Olá Camila.
        Sugerimos que procure um (a) psicólogo para compartilhar a respeito de suas emoções e sentimentos.
        A função da terapia é ajudar as pessoas na busca de suas verdades, revelando as tramas inconscientes que permeiam a vida dos sujeitos e suas relações. É inevitável que as fragilidades fiquem expostas. O objetivo não é “dourar a pílula”, mas encarar os fantasmas com coragem e assim encontrar uma saída para a angústia e o sofrimento neuróticos.
        Abs.
        Equipe ABRATA.

    • Equipe Abrata 4 de fevereiro de 2017 às 10:54 - Responder

      Olá Camila.
      A nossa sugestão é que passe por consulta com um médico psiquiatra para avaliar os sintomas que você apresenta e, se for o caso,
      indicar o tratamento adequado. Eventualmente, você pode aliar ao tratamento a psicoterapia. Essas providências tendem a levar
      mais conforto àquele que tem transtorno bipolar ou depressão, acrescentando mais qualidade de vida.
      Abraços.
      Equipe ABRATA.

  28. Malena Cardoso 19 de janeiro de 2017 às 12:02 - Responder

    Olá, tenho um filho de 20 anos e foi diagnosticado o ano passado com transtorno bipolar. Em agosto do ano passado foi internado em uma clínica de saúde mental por 15 dias. O quadro clínico dele foi estabilizado e vem apresentado melhoras. Ele cursa Engenharia Eletrica, e quando foi internado, ele conseguiu trancar 3 matérias e cursou duas. Neste semestre, ele pegou 7 matérias e não está dando conta. Diz que não dá conta de estudar. Há 15 dias teve uma nova crise, e após isso, ele quer parar de estudar. Ele continua em tratamento psiquiátrico e com psicoterapia.

    Eu, como mãe, tenho tido dificuldades em lidar com estes altos e baixos. Uma hora quer uma coisa, outra hora outra. Quando ele estava estabilizado, vejo como uma pessoa normal, e muitas vezes fico na dúvida até onde é manha ou até onde é doença. Como faço para diferenciar?

    Moro em Salvador/BA, e gostaria de saber onde encontro um grupo de apoio, como faço para aceitar tudo isso. Também estou em acompanhamento psicológico, mas não estou dando conta de tudo isso.

    Por favor, ajude-me como entender melhor e como devo agir. Devo ser rígida? Ou devo pegar leve? Deixo ele desistir da faculdade ou não? Sinto-me completamente perdida.

    Att,
    Malena.

    • Equipe Abrata 4 de fevereiro de 2017 às 11:26 - Responder

      Olá Malena.
      O transtorno bipolar é uma doença com causas biológicas, neuroquímicas e psicossociais em que existe uma alteração do humor, ou seja,
      a oscilação entre episódios depressivos e episódios de mania.
      O acompanhamento médico é essencial. Os especialistas sugerem que o tratamento medicamentoso seja associação à terapia, cuja função é
      organizar os sentimentos e as emoções daquelas pessoas que têm o transtorno. Com essas providências, é possível ter uma vida funcional
      e satisfatória.
      Assim, sugerimos que seu filho faça terapia também.
      Quanto à existência de grupos de apoio em sua cidade, encontramos alguns endereços nos quais você deve solicitar informações haja
      vista que não conhecemos o trabalho que oferecem.
      São eles:
      • AMEA – Associação Metamorfose Ambulante de Familiares e Usuários do Sistema de Saúde Mental do Estado da Bahia
      E-mail: marioaleluia@yahoo.com.br
      Fone: (71) 8898-8407
      Contato: Antônio Mário Aleluia

      • Associação de Saúde Mental da Comunidade
      E-mail: contato1@assmec.org.br
      Fone: (71) 8887.2963
      Contato: Jucelino Santos.
      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

      • Malena Cardoso 4 de fevereiro de 2017 às 12:58 - Responder

        Muito obrigada. Entrarei em contato com estes grupos

  29. Anonimo. 31 de janeiro de 2017 às 21:25 - Responder

    Boa noite, minha namorada se irrita com muita facilidade, chegando às vias de fato com mais facilidade ainda, mas como ela mesmo diz, é algo que nem ela consegue controlar, algumas vezes quando ela está com raiva acentuada, fica sem ar e etc..
    E às vezes quando está feliz parece uma criança, e raras vezes não falando coisa com coisa, falando coisas sem sentido.
    Eu gostaria que alguém me ajudasse com isso, de verdade.

    • Equipe Abrata 1 de fevereiro de 2017 às 10:43 - Responder

      Olá.
      A nossa sugestão é que ela passe por consulta com um psiquiatra para que lhe dê um diagnóstico adequado e, se for o caso, indicar
      o tratamento apropriado.
      Porém, dependerá de muita paciência e carinho de sua parte. Não se pode impor a alguém que se submeta a um acompanhamento médico.
      Postamos um artigo publicado no site da ABRATA que poderá lhe fornecer mais luz.
      mulheres com transtorno bipolar →
      O QUE FAZER QUANDO O PORTADOR NÃO ACEITA O TRATAMENTO?
      Publicado em 18 de Abril de 2015 por Equipe Abrata
      A aceitação do tratamento não é algo tão simples como pode parecer à primeira vista. Aderir a um tratamento significa entrar em concordância com a conduta proposta pelo médico e equipe terapêutica.

      Para que isso aconteça, é necessário que a pessoa doente tenha: Q1ZzRlNIBJqLUKFVKnayeg_pills

      Capacidade de se perceber doente
      Aceitação do diagnóstico
      Informação sobre o transtorno e seu tratamento
      Aliança terapêutica
      Psicoterapia e grupos de autoajuda
      Apoio da família e amigos
      A falta de adesão ao tratamento não é exclusiva dos transtornos do humor, acontece com várias doenças. É muito frequente em bipolares – mais de um terço abandonam o tratamento duas ou mais vezes e não comunicam o médico

      Pode acontecer de várias maneiras, ou seja, o paciente pode não tomar a medicação, ou tomar de acordo com o que acha melhor, interromper e voltar sem comunicar o médico, etc.

      Dentre os fatores associados à falta de adesão, destacamos:

      Auto avaliação prejudicada em decorrência de episódio da doença
      Negação da enfermidade
      Preconceito em relação ao uso de psicofármacos
      Temor aos efeitos colaterais dos medicamentos
      Crença na capacidade de controlar o próprio humor
      Estigma social (opinião do meio social desfavorável ao tratamento)
      Conflitos familiares e interpessoais (estresse relacional e pouco apoio)
      Qual a importância de aderir ao tratamento? São vários os motivos para aderir ao tratamento. Porque os pacientes que aderem ao tratamento:

      Reduzem as chances de recorrência da doença
      Controlam a evolução do transtorno
      Reduzem a chance de suicídio
      Reduzem a intensidade de eventuais episódios
      Constroem uma vida mais saudável
      Bem, mas saber de tudo isso muitas vezes não é suficiente para garantir que um portador aceite fazer um tratamento para um transtorno do humor e, não raro, sequer aceita fazer uma consulta com um psiquiatra para ouvir uma opinião.

      O que a família ou amigos podem, então, fazer numa situação como essas?

      Claro que não há solução mágica, um tratamento só acontece e é efetivo se houver uma participação ativa e concordante por parte do paciente. No entanto, é possível tentar um caminho (muitas vezes árduo e demorado) para tentar sensibilizar alguém que se suspeita sofrer de um transtorno do humor a, pelo menos, admitir que pode estar precisando de atenção especializada.

      Destacamos, sempre, que um tratamento médico em geral, e em particular um tratamento em saúde mental só tem chance de ser bem sucedido se for realizado em equipe, pelo portador, pelo psiquiatra e psicoterapeuta, e pela família e amigos. Mas se o portador se encontra numa atitude de recusa do tratamento, é o momento de a família tomar a dianteira e procurar sensibilizar o doente a aceitar ir a uma consulta.

      De maneira esquemática, damos a seguir algumas dicas de atitudes que podem inspirar os familiares a como lidar com situações de crise, sabendo que nem sempre isso pode dar conta de todas as dificuldades envolvidas nessas situações. Vejamos:

      Atitudes recomendadas à família:

      Abordar o paciente com precaução e empatia – procurar mostrar aqueles sintomas que ele sente como incômodos: insônia, irritabilidade, inquietação, falta de concentração, dificuldade para realizar bem tarefas de que gosta.
      Dar instruções de maneira clara e precisa, evitando cenas emocionais desgastantes.
      Adotar uma atitude solidária: mostre que você também tem problemas e dificuldades na sua vida (evitar a exclusão)
      Um ambiente familiar tolerante e acolhedor favorece a aceitação da condição de doente e, consequentemente, do tratamento.
      Alimentar a autoestima do paciente: reconhecer os progressos parciais que ele for conseguindo ao longo do tratamento.
      Como a família pode enfrentar uma situação de crise?

      Num episódio da doença, a capacidade de avaliação e julgamento do doente está comprometida.
      Não manifeste raiva ou irritação, mantenha controle sobre suas emoções
      Reduza os estímulos (por exemplo, rádio e/ou TV)
      Falar tranquilo, com voz suave e de forma simples.
      Mostrar compreensão pelo que o doente está padecendo.
      Mesmo diante de situações jocosas ou violentas, mantenha a calma.
      Se a agitação do doente aumentar, solicite ajuda.
      Às vezes, a situação é muito grave e representa risco à vida do portador ou de outras pessoas,

      Ter presente que, em alguma ocasião, poderá ser necessário internar o paciente.
      A internação não é castigo – é cuidado numa hora em que a vida do paciente e/ou dos demais corre risco.
      A internação, em geral, é breve e, após um período de adaptação e tratamento, o paciente deve retornar ao seu meio e ser ajudado a retomar sua vida.
      Não existem respostas fáceis, exceto que a família deve ter:

      Paciência
      Tranquilidade
      Interesse
      Participação
      Solicitar informação e orientação necessárias.
      Persuadir o paciente a se tratar não é tarefa fácil. Requer paciência e compreensão e, muitas vezes, é necessário que se sofra por várias crises até que o portador aceite seu diagnóstico e assuma seu tratamento.
      Rosilda Antonio, médica psiquiatra e presidente do Conselho Científico da ABRATA.
      Se vocês residirem na cidade de São Paulo, participem dos Grupos de Apoio Mútuo. Basta telefonar para (11) 3256-4831, de 2ª a 6ª feira, das 13h30 às 17h e fazer
      as inscrições para a reunião do Grupo de Acolhimento e Integração.
      Um grande abraço.

  30. Kezia Belieber 4 de fevereiro de 2017 às 21:12 - Responder

    Olá, preciso de ajuda, está tudo muito confuso, não sei lidar comigo tenho muitas crises que duram muitos dias, uma hora estou bem e outra não, eu não tenho mais ânimo, me sinto cansada não tenho vontade de cuidar se mim mesma, tenho muita insônia não tenho muito apetite e me sinto sozinha, não vejo mais graça em viver e tenho muita vontade de suicídio, eu me corto sempre que estou mal eu me irrita atoa por qualquer coisinha que seja , tenho mudanças brutais de humor e pensamentos , fujo das minhas responsabilidades às vezes me dá uma energia do nada eu me distraio muito. Às vezes alguma coisa muita alta me incomoda, eu fico muito triste, deprimida, e não tenho vontade de fazer as coisas que gostava, eu me sinto lenta corpo pesado tenho muitas dificuldades de me concentrar e as coisas fáceis parecem difíceis, eu evito as pessoas, tenho pensamentos negativos e muito insegurança , medo , vergonha e estresse.Isso acontece sempre, tem dias que duram bastantes e outros não ! será que alguém pode me ajudar? por favor.

    • Equipe Abrata 5 de fevereiro de 2017 às 09:18 - Responder

      Olá querida Kezia.

      Ao que tudo indica, você está apresentando sintomas de transtorno do humor, que pode ser depressão ou transtorno bipolar.
      E a melhor maneira de controlar os sintomas é passando por uma consulta com um psiquiatra. Quando a pessoa obtém um
      diagnóstico apropriado, ela poderá ter uma boa qualidade de vida, retomando as suas ações diárias.
      Se você deseja conhecer mais sobre os transtornos do humor, acesse as nossas páginas no site, blog e facebook.
      Em todas as matérias publicadas, você perceberá que o tratamento com medicamentos e psicoterapia tem devolvido ao paciente
      o seu cotidiano, ou seja, seguindo por esse caminho, você ficará estabilizada e poderá seguir a sua vida satisfatoriamente.
      Fica aqui a nossa sugestão…
      Tenha esperança, sua situação é semelhante a de milhões de pessoas. Você superará todas as barreiras, viu?
      Um enorme abraço.
      Equipe ABRATA.

  31. Gilda Holowacz 15 de fevereiro de 2017 às 19:13 - Responder

    Sofro de Depressão e também sou Bipolar.Sofro muito nas crises, onde a depressão é mais longa , durou 1 ano e 3 meses.`Parecia que eu não iria passar nunca.Pois perdi o apetite, não queria fazer higiene , não por relaxo, mas não tinha força. Não queria comprar nada.Nada tinha razão de viver, nem marido , nem filhos, era como eu estava dentro de uma redoma, e fora da sociedade, foi difícil, mas persisti e venci.Começou aos 20 anos. E agora tenho 52 , então foram anos sofridos, com intervalos. Hoje me encontro bem.Com mais saúde, me cuidando, me alimentado, levando uma vida normal!Graças a Deus.Eu venci porque fui persistente.Mas eu cheguei no fundo do poço.Só pode ser meu melhor amigo, que me tirou de lá:DEUS!

    • Equipe Abrata 16 de fevereiro de 2017 às 10:00 - Responder

      Querida Gilda.

      Que belo depoimento!
      Você demonstrou que a persistência com o tratamento medicamentoso levou-a a ficar estável.
      É isso que sugerimos a quem nos procura: a aceitação da doença e a adesão ao tratamento.
      Parabéns!
      Além disso, você associou também a Fé.
      Pesquisas recentes demonstram que a religiosidade pode contribuir para o sucesso do tratamento dos pacientes com Transtorno Bipolar
      em muitos casos. A espiritualidade ajuda o paciente a acreditar num progresso, aceitando e lidando melhor com a doença. Ter fé pode
      ser um fator de proteção, reduzindo o estresse e a ocorrência de novas crises.
      Fique com Deus!
      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  32. Flávia Moraes 17 de fevereiro de 2017 às 20:34 - Responder

    Fui diagnosticada com transtorno bipolar, estou procurando informações sobre omeu problema. Jáá estou sendo medicada mas estou triste e assustada com tudo isso, eu não e moro em São Paulo mas gostaria de receber informações que puderem me ajudar nesse momento de angústia. Obrigada.

    • Equipe Abrata 18 de fevereiro de 2017 às 13:31 - Responder

      Prezada Flávia.

      O transtorno bipolar é um transtorno mental frequente (acomete de 1% a 8% da população geral) que acarreta sofrimento aos portadores
      e às suas famílias.
      Caracteriza-se por uma alternância de humor: episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia (ou mania).
      O tratamento mais indicado para o transtorno bipolar é uma combinação de medicamentos e psicoterapia. Um tratamento apropriado com
      acompanhamento correto pode ajudar a pessoa com transtorno bipolar a ter uma vida produtiva, com qualidade e satisfação.

      A adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para conseguir a estabilidade.

      A importância da adesão ao tratamento:
      a) reduz as chances de recorrência de crises;
      b) controla a evolução do transtorno;
      c) reduz a chance de suicídio;
      d) reduz a intensidade de eventuais episódios.

      Leia os artigos que a ABRATA publica em seu site, blog e facebook.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  33. Weslane Andrade 18 de março de 2017 às 15:49 - Responder

    Fui diagnosticada com transtorno bipolar e depressão há 3 dias. Estou completamente confusa, leio e releio assuntos sobre o problema e ainda não consigo acreditar que está acontecendo comigo. Perdi relacionamentos, empregos, amizades, no momento me sinto sozinha e no fundo do poço. A raiva e a tristeza estão comigo e não consigo controlar, estou com muito medo ! Tenho 3 filhos e meu maior medo é afetar algum deles!

    • Equipe Abrata 20 de março de 2017 às 08:58 - Responder

      Queria Weslane.

      O mais difícil você já conseguiu, ou seja, um diagnóstico apropriado para os sintomas que apresentava.
      Agora, é prosseguir com a sua vida fazendo o tratamento indicado pelo médico.
      O transtorno bipolar é uma doença tratável. Necessário se faz, no entanto, que a pessoa aceite a doença e
      faça a sua adesão ao tratamento.
      Com a adesão, haverá redução das crises e da sua intensidade, evitando a repetição de novos episódios.
      Os especialistas em transtorno bipolar têm indicado a combinação do tratamento médico com psicoterapia.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  34. Thamyres Santos 29 de maio de 2017 às 03:12 - Responder

    Minha irmã tem transtorno bipolar e aqui em casa está um inferno, muitas brigas entre ela e minha mãe e comigo também. Ela fez muitas dívidas. No ambiente de trabalho todos falam mal dela, inclusive ela virou uma mesa no trabalho para mostrar a sua ira. O discurso dela é que está acobertada pela lei e que ninguém pode fazer nada contra ela já que também é concursada. Ela diz muitos desaforos para minha mãe. As taxas de glicose e outras que não entendo bem de minha mãe estão altas e a médica disse que uma das causas é o excesso de estresse e a raiva que ela sente. Eu e minha mãe estamos reféns dela, às vezes pensamos em alugar uma casa e ficar longe dela pois é insuportável a vida perto dela.

    • Equipe Abrata 30 de maio de 2017 às 09:29 - Responder

      Querida Thamyres.

      Ter um parente com transtorno bipolar pode ser desafiador e requer paciência e compaixão. Para lidar com essa situação, é importante apoiá-lo, cuidar de si mesmo emocional e fisicamente e informar-se sobre o assunto.
      Por exemplo, alguém que fala sem parar sobre si mesmo de modo egoísta ou com orgulho demasiado pode parecer arrogante ou autocentrado; em pessoas com transtorno bipolar isso é um sinal de mania, assim como comportamentos igualmente desagradáveis. Reconhecer que isso é um sintoma da doença e não um comportamento voluntário ajuda a entender essa condição, mas ter o cuidado para não associar todos os humores dele com a doença – pessoas com transtorno bipolar podem ficar bravas ou tristes naturalmente também.
      Ajude em episódios de mania ou hipomania. É importante que você impeça seu parente de se envolver em atividades potencialmente prejudiciais se notar que ele está passando por uma crise.
      Use de negociação para diminuir os comportamentos perigosos (como apostar, gastar dinheiro descontroladamente, abusar de substâncias, dirigir perigosamente, etc.).
      Afaste crianças, idosos, portadores de deficiência e outras pessoas vulneráveis para que a crise não os afete.
      Fale com o médico responsável, ligue para o CVV – Centro de Valorização da Vida caso ele represente uma ameaça para si mesmo ou para os outros.

      O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias. Telefone para 141.

      Esgotados todos esses recursos, poder-se-á pensar na opção mais traumática que é a internação psiquiátrica.

      A internação em psiquiatria pode ocorrer quando os doentes estão se colocando em risco de vida ou colocando outras pessoas em risco.
      No transtorno bipolar, as principais causas que levam a uma internação psiquiátrica são as fases de mania nas quais os doentes podem ficar muito agitados e se colocam em risco devido à euforia, ou a depressão, que pode levar à ideação suicida.

      A Lei 10.216/2001 define três modalidades de internação psiquiátrica:
      a) internação voluntária: que se dá com o consentimento do usuário;
      b) internação involuntária: que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro;
      c) internação compulsória: a determinada pela justiça.

      Outras sugestões:
      O fato de sua irmã ser concursada não impede a execução de medidas mais drásticas, como a internação, se os familiares entenderem viável.
      Deve ser levado em consideração é o prejuízo causado a ela mesma e/ou a vocês. E isto já está ocorrendo com você e com a sua mãe.
      No seu caso, achamos que é muito difícil conviver com a sua irmã por causa de sua depressão; relativamente à sua mãe, os motivos de saúde são bem importantes para continuar com essa luta.
      Você podem pensar em sair da companhia dela …de repente, podem imaginar que ela poderá cuidar-se sozinha. É uma decisão pessoal a ser conversada entre vocês.

      Um abraço enorme.
      Equipe ABRATA.

      • Thamyres Santos 5 de junho de 2017 às 03:08 - Responder

        Obrigada pela atenção!
        Uma leitura prazerosa! Vou buscar ler ainda mais sobre o assunto.

  35. thais logullo tozetti 1 de junho de 2017 às 15:37 - Responder

    Eu fui diagnosticada com Bipolar já faz 5 anos, desde então passei por uma fase boa, estável, onde eu conseguia controlar bem meus episódios depressivos e minha irritabilidade.
    Recentemente tenho enfrentado uma crise que está me abalando muito, eu me preocupo com as pessoas ao meu redor, então, tento me controlar muito para não chatear ninguém, morei sozinha muito tempo, era mais fácil.
    Há pouco mais de um ano moro com meu noivo, eu estava bem, mas de alguma forma estou num período misto, hora choro, hora chego a ser agressiva.
    Confesso que estou me sentindo péssima tenho dois gatos, a fêmea ainda com 4 meses começou a subir por tudo, isso está me irritando muito, uso um borrifador para educar, mas hoje passei da medida quando a vi na pia e a peguei com força e joguei no chão, ela gritou e correu. Eu chorei desesperadamente com medo que a tivesse machucado, graças a Deus não.
    Me pergunto se isso de alguma forma não é um sintoma psicótico? Nunca tive delírios, nem mania de perseguição ou ouvi vozes, mas essa agressividade é como se tudo sumisse num segundo e eu não fosse eu.
    Meu psiquiatra atual está pouco me medicando, nunca fiquei com uma dosagem tão baixa de Lamotrigina e ao relatar que estava me auto-mutilando ele aumentou a Sertralina.
    Será que não preciso de um antipsicótico?

    • Equipe Abrata 6 de junho de 2017 às 07:25 - Responder

      Prezada Thaís.

      Decerto o ajuste de medicamentos é um procedimento comum e necessário quando o portador do transtorno bipolar está instável e com sintomas depressivos, maníacos ou mistos. No entanto, também é verdade que o tratamento deve ser feito em conjunto, uma cooperação entre o psiquiatra e o paciente sendo que este deve dar todas as informações para que o profissional tenha os elementos necessários para fazer os ajustes indicados.Sugerimos que você exponha detalhadamente seus sintomas para seu psiquiatra. Se, ainda assim, isso não for suficiente, sempre há a possibilidade de o portador procurar uma segunda opinião com outro psiquiatra (que deverá ter experiência em transtornos do humor). Somente numa avaliação individual é possível ter uma avaliação clara dos sintomas e de quais os medicamentos poderiam estar indicados no seu caso. À distância, não temos condições de dar a orientação medicamentosa que você pede, mas numa consulta individual com todos os detalhes clínicos envolvidos, o psiquiatra tem condições para tomar uma decisão terapêutica.

      Um abraço,
      Equipe ABRATA”

  36. Thamyres Santos 5 de junho de 2017 às 03:06 - Responder

    Obrigada pela resposta!
    Vou buscar ler ainda mais sobre o assunto. É uma luta diária.

  37. suzana maria 26 de junho de 2017 às 16:46 - Responder

    Comecei um relacionamento com um cara há quase dois anos atrás. Desde o começo percebi algo anormal, descobri que se aposentou há muito tempo por causa dessa patologia, acho que porque é apaixonado pela profissão e a doença o obrigou a se afastar. Isso lhe causou um dano mental muito grande. Na cabeça dele é um oficial de patente, e na verdade ele se aposentou no inicio da carreira, não chegou a alcançar qualquer patente por menor que fosse. Ele se sente como uma pessoa que não tem defeitos, se julga superior a tudo e a todos. Não admite em hipótese alguma que se aposentou por causa da doença. Se ele fala uma coisa pela manhã a noite já esqueceu..o pior é que ele nunca admite nada de errado em seu comportamento, pra ele tudo é normal. Já pensei em sair fora enquanto não me casei. Através das pesquisas que venho fazendo sobre bipolaridade estou descobrindo que a doença não tem cura mesmo estando em tratamento permanente que é o caso dele. Parece que os remédios já não fazem mais efeito. peço a vocês, por favor, uma orientação. Obrigada!!

    • Equipe Abrata 3 de julho de 2017 às 08:00 - Responder

      Prezada Suzana

      Agradecemos a sua mensagem, e vamos tentar ajudá-la.
      De acordo com sua narrativa, parece-nos que seu namorado apresenta alguns dos sintomas da bipolaridade.
      O transtorno bipolar é uma doença séria e complexa. Exige tratamento contínuo, com acompanhamento psiquiátrico e psicológico.
      É muito importante que a família ofereça apoio ao doente no sentido de auxiliá-lo a procurar ajuda.
      Converse com ele em um momento em que esteja calmo, acessível. De nada adianta você tentar convencê-lo a fazer tratamento quando
      estiver em crise de depressão ou mania.
      A depressão bipolar causa, dentre outros sintomas: tristeza profunda, falta de energia, irritabilidade, lentificação, etc.
      A mania ou euforia provoca, dentre outros sintomas: agressividade, irritabilidade, sensação de grandeza, maior desejo sexual, etc.
      Nesse torvelinho de emoções, o doente vai de um extremo ao outro.
      Sugerimos que baixe gratuitamente o GUIA DE CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR pelo site: https://www.abrata.org.br/new/folder.apx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  38. Lisa 31 de julho de 2017 às 15:46 - Responder

    Oi, eu fui diagnosticada há 7 anos atrás com transtorno bipolar e faço meu tratamento direitinho. Eu estou me sentindo muito bem e otimista, já faz mais de um ano que não tenho crise de euforia e depressão e isso é uma vitória muito grande para mim.
    Só que agora que eu estou mais no meu “normal” eu notei que tenho um bloqueio muito grande para me socializar e por mais que eu queira ter amizades não sei o que fazer e me “fecho” com a timidez. O que vocês me aconselham? Obrigada,viu!

    • Equipe Abrata 1 de agosto de 2017 às 07:27 - Responder

      Cara Lisa.

      Agradecemos seu contato.
      Atualmente, o tratamento mais indicado para o transtorno bipolar é uma combinação de medicamentos e psicoterapia.
      O transtorno bipolar está relacionado a fatores bioquímicos, genéticos e ambientais. O primeiro episódio geralmente é deflagrado
      por um fato marcante na vida da pessoa.
      À medida que vão ocorrendo, as crises ficam mais intensas e passam a ser provocadas por acontecimentos corriqueiros.
      A medicação estabiliza o indivíduo organicamente, minimizando as variações de humor.
      A psicoterapia reduz as consequências emocionais dessas variações.
      Assim, a psicoterapia objetiva:
      – Melhorar a adesão ao tratamento medicamentoso
      – Prevenir recaídas (depressão, mania, hipomania e episódio misto)
      – Reduzir sintomas da doença
      – Ajudar no manejo de estressores psicossociais

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  39. Isabela rabelo 9 de agosto de 2017 às 12:22 - Responder

    Olá, meu nome é isabela.
    E queria saber porque às vezes tenho mudanças de humor. Às vezes penso que é pelo fato da tpm se aproximando.
    Acho que estou em conflito comigo mesma, ou é o fato de já ter me decepcionado mto.
    Umas hrs eu não quero ninguém perto de mim, não tenho vontade de me relacionar com ninguém que goste.
    Posso ate me divertir, ficar com alguém, mas não é mesma coisa.
    Sempre falta algo. Sei la.

    • Equipe Abrata 11 de agosto de 2017 às 09:58 - Responder

      Olá Isabela

      Procure um psiquiatra para avaliar os sintomas que você apresenta.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  40. Rosa Melo 13 de setembro de 2017 às 01:46 - Responder

    Sou casada há 30 anos com uma pessoa que hoje tem 55 anos e por volta dos 40 começou a ter episódios de euforia alternados com melancolia.Há seis anos atrás ele sofreu um grave acidente e quase vem a óbito,pois estava na crise e fez atividades de risco.Fez muitos gastos e ficou endividado apesar de ter uma renda muito boa.O estado de euforia é intenso e o de melancolia comparativamente é leve.Acredito que ele não desenvolve este outro estado por ter uma vida estruturada com um bom emprego estável e a família organizada,venho tentando atravessar este turbilhão de emoções ao seu lado. No último episódio de euforia ele queria deixar a família, falou que eu tinha sido uma escolha há muito tempo e hoje achava que não seria esta escolha, tenho a intuição que se envolveu com alguém, ele fica desinibido, conquistador e inconsequente.Foi tudo muito difícil.Ele tem um um psiquiatra que o acompanha há aproximadadamente 6 anos mas nas consultas ele sempre está centrado e o psiquiatra não valoriza muito o meu relato, apesar de medicá-lo com carbolitium.Precisei levar minha filha para confirmar o que passamos e como ela possuía um filme gravado no celular mostrando-o no estado eufórico, ele passou a se referir a ele como doente.Disse que eu não apertasse muito a corda pq ele poderia sair de casa num rompante e depois se arrepender.Até hoje não tive coragem de falar tudo para o médico, fico sem coragem , e fico inibida de elencar tudo que acontece, preservando a imagem dele.Tenho vontade de ir só, para falar abertamente das atitudes que ele tem tomado nos últimos episódios.Enfim, esta instabilidade está me afetando e não estou sabendo lidar com este turbilhão de emoções, qdo começo a sentir que ele está entrando na euforia fico desesperada, nervosa e qdo ele deprime estou deprimindo tbém pois a insegurança está me consumindo, fico achando que ele não gosta mais de mim, que devo desistir etc. Help!!!

    • Equipe Abrata 13 de setembro de 2017 às 09:41 - Responder

      Cara Rosa.
      Agradecemos a sua mensagem.
      Os transtorno do humor – depressão e transtorno bipolar podem afetar os relacionamentos em geral. É bem por isso que
      a combinação do tratamento medicamentoso com psicoterapia ser indicada amiúde pelos profissionais.
      Sugerimos que você procure um psiquiatra em caso de depressão e faça psicoterapia.
      A psicoterapia é um momento destinado para ajuda psicológica a fim de causar bem estar a quem a procura.
      E leia o Guia para Cuidadores de Pessoa com Transtorno Bipolar que pode ser baixado no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  41. Victor 30 de setembro de 2017 às 20:03 - Responder

    Olá,

    1. Existe alguma forma de diagnóstico do transtorno bipolar, como exame médico, teste psicológico ou avaliação psiquiátrica ou psicológica?

    2. Onde encontro psiquiatras e psicólogos especialistas em transtorno bipolar na cidade de São Paulo?

    3. Quantos meses ou anos dura o tratamento?

    4. Tem cura?

    5. Além da medicação e psicoterapia, o que mais pode ajudar a minimizar os sintomas? Ex: alimentação, exercício físico, convívio social, mindfulness, yoga, relaxamento, acupuntura?

    Muito obrigado,

    Victor.

    • Equipe Abrata 8 de outubro de 2017 às 10:18 - Responder

      Prezado Victor,
      1) O diagnóstico do transtorno bipolar continua sendo exclusivamente clínico e baseado na entrevista psiquiátrica. Nessa entrevista, são avaliados os sintomas e sinais atuais do paciente, sua história de vida, a história das crises com seus respectivos sintomas, duração e intensidade deles, a presença de doenças associadas, a presença de casos de doença mental na família, a história de tratamentos anteriores,etc. Não existem ainda exames clínicos, laboratoriais, de imagem ou testes psicológicos que sirvam para fazer esse diagnóstico, embora possam ser utilizados para diagnosticar outros problemas associados ao quadro.
      2) Não existe formalmente a especialidade em transtorno bipolar. O que você pode fazer é verificar o curriculum do profissional e verificar se ele é um profissional que busca se atualizar, se participa de congressos, se faz cursos de atualização em transtorno bipolar, ou se participa de grupos especializados que trabalham com essa doença (por exemplo, grupos de estudos dentro de universidades, ou associações de portadores). Mas isso não quer dizer que profissionais bem formados e que não se declarem especialistas nesta ou naquela doença não saibam ministrar um bom tratamento. É importante dizer que o portador e sua família têm uma participação ativa no tratamento e devem também conversar com o profissional e acompanhar suas condutas solicitando esclarecimentos e a fundamentação sobre as mesmas.
      3 e 4) O transtorno bipolar não tem cura, mas tem controle e seu tratamento deve ser mantido ao longo da vida, sendo indispensável um acompanhamento psiquiátrico continuado para controle e ajustes (como se faz com todas as doenças crônicas).
      5) Ótima pergunta. Embora a medicação e psicoterapia sejam prioritárias, é imprescindível que o portador conheça a doença e promova mudanças no estilo de vida para ficar mais protegido contra os fatores desencadeantes. Isso inclui construir e manter uma rotina de sono, de alimentação, de atividades sociais, profissionais e de atividades físicas para desenvolver regularidade de vida (que está praticamente ausente nos bipolares). Outra coisa importante é participar de encontros psicoeducacionais para aprender sobre a doença e tirar dúvidas e participar de grupos de apoio mútuo, que contribuem para aprimorar formas de lidar com as dificuldades da doença.

      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  42. Dalvanir 27 de outubro de 2017 às 15:27 - Responder

    Procurei sobre me irritar facilmente e encontrei tudo o que sinto. Gostaria de saber se mesmo tomando medicamentos posso levar vida normal , trabalhar e estudar ou tenho que mudar toda minha rotina. Com certeza tenho essa doença, fiquei triste porque gosto de estar na ativa , mas estou em um momento também que não tenho mais para onde ir, preciso de socorrooooo.

    • Equipe Abrata 28 de outubro de 2017 às 09:03 - Responder

      Olá Dalvanir.

      Antes de sofrer por antecipação, procure um psiquiatra para saber ao certo se as características que você apresentar são ou
      não próprias do transtorno bipolar.
      E caso o diagnóstico se confirme, saiba que é uma doença tratável. Quando o portador faz o tratamento medicamentoso à risca
      e o combina com psicoterapia, poderá levar uma vida normal, produtiva e com qualidade.
      Procure informar-se, também, pelas matérias publicadas no nosso site, blog e facebook.
      Boa sorte!

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  43. Carolyne Mota 23 de dezembro de 2017 às 22:38 - Responder

    Passei quase 4 mesrs numa depressão horrível, eu não conseguia ir pra faculdade, reprovei duas matérias o que me impediu de me formar junto com a minha turma porque não tinha ânimo. Pensei em me matar muitas vezes pra dar fim ba dor que eu sentia, na angústia, no quão doloroso era me ver naquela situação, me sentindo uma inútil. Fui correndo desesperada pra psiquiatra e ela me diagnoaticou com depressão e ansiedade, me passou dois antidepressivos, e agora, me mantém tomando apenas um, o fluoxetina. Daí passei a me sentir extremamente melhor, mas depois comecei a passar dos limites, sinto que não tenho mais o controle do meu corpo e da mente, falo e faço coisas sem pensar, não durmo bem há dias, porque me corpo não sente o cansaço mesmo com 1 semana internada por pneumonia, continuona ativa como se não tivesse doente. Isso me assuta.
    Eu não consigo me acalmar, não consegui relaxar nenhuma vez sequer de 1 semana pra cá. Durmo no máximo 4h por dia na madrugada, sempre acordo as 3h, às vezes, antes disso, e o sono me foge, os pensamentos me inquietam e afetam meu sono. Eu sinto uma sensação de exaltação no corpo e na mente, quando penso que não, minha temperatura do corpo já subiu e eu estou gritando ou falando alto com alguém, sinto que saí de uma depressão que me tirava às energias e tudo que eu não tive de energia nesse tempo voltou em dobro nessa última semana. E não sei por quanto tempo isso vai durar. Me tornei mistério pra mim mesma. Eu nunca sei como vou acordar no dia seguinte.
    Tenho rompantes de agressividade e fala rápida e alta e depois caio num baixo astral que mal consigo me levantar da cama, ler ou estudar qualquer coisa. Eu não tô sabendo lidar. Acho que ao ler essa matéria me senti identificada, há um tempo que não paro de buscar respostas. Estou obcecada com o tanto que venho mudando de comportamemto nos ultimos meses. Cheguei a sentir todas as sensações ruins de uma vez e quase dei fim na minha própria vida mesmo tendo um medo absurdo de suicídio, por questões religiosas. Mas me peguei um dia ouvindo uma vez que me dizia exatamente o que fazer pra acabar com todos os problemas, chegando até a planejar. Mas não fui ao fim, tomei os remédios que a médica me passou e ess3s pensamentos de morte deram lugar a uma Carol descontrolada e imprevisível. Sei que parece mais um desabafo, mas sinto que não sei o que fazer…

    • Equipe Abrata 27 de dezembro de 2017 às 08:48 - Responder

      Olá Carolyne.

      Sugerimos que converse com o seu psiquiatra para avaliação dos sintomas que você tem apresentado.
      Também lembramos que o acompanhamento com terapeuta pode ajudar a lidar com as situações mais estressante.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  44. Aval do Rodrigues 26 de março de 2019 às 03:56 - Responder

    Olá! Há muitos dias eu venho ficando confuso com a minha vida pessoal, às vezes eu estou feliz e do nada me dá raiva, mais é uma raiva tão estranha que eu fico confuso, eu fico com raiva de mim mesmo! E tipo, as pessoas não percebem pelo modo de eu ser sempre sorridente. Uma vez no final do ano passado em 2018, eu fiquei triste, feliz com raiva, sorrindo, e tipo isso foi tão estranho que eu fiquei meio cassando algo pra fazer e, outra coisa, eu não consigo dormir às vezes, tem vez que eu passo dois dias e duas noites sem dormir, comprei energético durante o dia,eu só queria entender por que dá isso.
    Também sou meio do tipo que não liga muito para o que esta acontecendo, tipo com os outros, sou bem sincero, queria saber o que é isso… espero que eu encontre u.a solução ksksks.

    • blogabrata 3 de abril de 2019 às 08:50 - Responder

      Olá Aval do Rodrigues,
      agradecemos a sua mensagem.
      Sugerimos que se consulte com um médico psiquiatra que, através dos sintomas que apresenta, fará
      o diagnóstico e, se for o caso, prescreverá a medicação correspondente.
      Leia a matéria completa que copiamos do nosso site https://www.abrata.org.br:

      LIDANDO COM A IRRITABILIDADE QUANDO SE TEM TRANSTORNO BIPOLAR
      Ter transtorno bipolar pode ser complicado, e lidar com a irritabilidade é um problema recorrente pelo qual passo por ter este transtorno. Em alguns momentos, me sinto extremamente com os nervos à flor da pele e parece que nada está indo bem no meu dia. A menor perturbação pode me desestabilizar, então me sinto frustrada e chateada por essas pequenas coisas. Mesmo com o diabo da irritabilidade tentando tirar o melhor de mim, estou sempre aprendendo novas técnicas para lutar contra esse sentimento, e existem muitas coisas que podemos fazer para lidar com a irritabilidade.
      Minha vida parece devastadora quando a irritabilidade toma conta
      Fico cada vez mais irritável quando consumo qualquer quantidade de cafeína; o café não é um aliado do meu transtorno bipolar. Se eu tomo cafeína de manhã em um dia qualquer, mesmo uma xícara, isto pode levar meu cérebro a entrar no modo irritável. Ao invés disso eu encho minha garrafa de água e digo para mim mesma que preciso de água para manter meu cérebro funcionando da melhor maneira, então a hidratação muitas vezes ajuda a diminuir os sentimentos devastadores.
      Apesar de viver em cidades grandes ter seus benefícios, o trânsito muitas vezes pode intensificar minha irritabilidade e costumo correr com o carro, xingar e gritar inúmeras vezes quando estou atrás do volante. Na maioria dos dias sou uma pessoa calma, mas quando uma pessoa me corta no trânsito, eu posso muitas vezes, levar para o pessoal.
      Para piorar, eu costumo ouvir música alta no carro, o que contribui para a minha ira, mas uma estação de rádio de música clássica ajuda a acalmar, enquanto uma música com batida eletrônica encoraja minha irritabilidade. Também já aconteceu de eu ficar irritada com os nervos à flor da pele enquanto estava na fila esperando por um café e, nessa hora não entendo porque demora 10 minutos para prepararem o meu pedido, mesmo quando há uma fila grande de clientes esperando. Eu esqueço que o mundo não gira em torno de mim e que é melhor ter paciência com os outros.
      Quando estou me sentindo irritável, fico furiosa se as pessoas não retornam um sorriso. Talvez eu não deva levar isso para o pessoal, devo pensar que a reação deles não tem nada a ver comigo, mas é um mero reflexo de como o dia deles está indo.

      DICAS PARA LIDAR COM A IRRITABILIDADE
      É impossível apenas parar de se sentir irritado, assim como é impossível apenas parar de se sentir depressivo ou em mania. Apesar disso, desenvolvi algumas estratégias ao longo dos anos e pensei em dividi-las com outras pessoas, já podem ajudar a diminuir a irritabilidade:
      Evite lugares cheios, filas e dirigir a qualquer custo, pois isso pode piorar o humor irritável. Considere pedir a amigos para fazer coisas para você que envolvam filas, como por exemplo ir ao mercado.
      Para nós mulheres que temos tensão pré-menstrual (TPM), é melhor tentar fazer um esforço para cuidar de nós mesmas a fim de aliviar os sintomas, o que, sem sombra de dúvida, contribuir para diminuir a irritabilidade.
      Evite fazer coisas que vão exigir uma grande estimulação, pois elas podem causar grande desconforto.
      Seu chuveiro pode se tornar seu melhor amigo e você pode usá-lo para entrar em água quente e tentar ficar lá por 15 minutos ou mais, para acalmar sua cabeça.
      Tente se exercitar, mesmo que isso queira dizer apenas dar a volta no quarteirão para relaxar um pouco.
      Se você conseguir trabalhar, então se permita fazer pequenas pausas, pois “dar um tempo” e sair do seu lugar por um tempo curto pode acalmar a irritabilidade.
      Tente manter uma rotina de sono que tenha pelo menos 7-8 horas por noite e tente o máximo que puder não tirar cochilos, já que manter uma rotina de sono é muito importante.
      Tente focar em tarefas que não precisa pensar, pois sua concentração pode ser afetada, então pode ser melhor limpar a casa do que, por exemplo, fazer seu imposto de renda naquele dia.
      Lembre-se de respirar fundo e estar consciente do que o cerca, pois a irritabilidade pode fazer seu cérebro sair totalmente do controle.
      Pense se estar sozinho não seria melhor para você, já que tendemos a explodir com outras pessoas, e assim podemos acabar deixando-as chateadas.
      Se você está se sentindo irritável o tempo todo, então discuta este problema com seu médico, pois lembre-se que irritabilidade é muitas vezes um dos sintomas do transtorno bipolar. Nós às vezes temos apenas que deixar as coisas irem e termos a certeza de que podemos lidar com estes sentimentos através de autocontrole e estratégias para nos ajudar nestas irritações. Eu descobri que a irritabilidade passa, eventualmente, e não precisa tomar conta de nós, pois temos o poder de controlar isso, mesmo quando parece impossível.

      Por: Andrea Paquette – fundadora e diretora executiva da Stigma-Free Society (Sociedade Livre de Estigma – tradução livre), portadora de transtorno bipolar e palestrante sobre o tema, para jovens e adultos no Canadá.
      Fonte: http://www.bphope.com/blog/dealing-with-irritability-when-you-have-bipolar-disorder/

      Sugerimos que procure ajuda de um médico psiquiatra para fazer o diagnóstico e recomendar-lhe o tratamento adequado.
      Obtenha mais informações no Site da ABRATA, Blog e Facebook.
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  45. Alana Refati 5 de abril de 2019 às 13:43 - Responder

    Olá.

    Venho através deste pedir ajuda, pois não sei mais o que fazer! Meu namorado foi diagnosticado com Bipolaridade, porém, não aceita tratamento, muito menos que sofre de bipolaridade. Hoje ele está bem, daqui algumas horas ele surta, se torna agressivo física e verbalmente. Ele tem um grande poder de manipulação, muitas vezes tenho a impressão que faz as coisas para chamar atenção, e se não dou o Ibope suficiente para o “show” que ele está fazendo, ele surta mais ainda ou, tenta me agradar sendo querido, como se nada tivesse acontecido. Parece que ele tem duas caras, duas personalidades. Nunca me agrediu fisicamente, mas já agrediu outros familiares e a ex namorada. Quando faz algo que me machuca, pede desculpas incansavelmente. Fica bem dias, e depois surta de novo. Nunca deixo ele irritado e, nos momentos de explosão, abraço-o e tento acalmá-lo. Ele termina e volta quando bem entender. Não sei mais que fazer, estou ficando doente. Peço que me ajudem!

    • blogabrata 5 de abril de 2019 às 17:01 - Responder

      Querida Alana, agradecemos seu contato!
      Postamos para você um artigo excelente publicado em nosso site https://www.abrata.org.br
      Você pode, também, acessar o Blog e o Facebook.

      Descobri que meu companheiro(a) é bipolar, e agora?
      Dr Teng Chei Tung – Membro da Conselho Científico da ABRATA
      Quando uma pessoa recebe a notícia de que é portadora do diagnóstico de transtorno afetivo bipolar, ela normalmente sente um choque, como se fosse uma notícia horrível, ter uma doença estigmatizante e incurável, e a primeira reação é de negar, ou buscar argumentos para desconfirmar o diagnóstico. Para o seu companheiro (namorado/a, marido ou esposa, etc.) o choque pode ser um pouco diferente. Algumas vezes, o companheiro já desconfiava, e nesta situação é comum que ele ou ela foram um dos principais incentivadores da procura de ajuda, e a confirmação do diagnóstico traria até um alívio, no sentido de se confirmar que existe um problema, e que este problema pode ser enfrentado e resolvido. Em outros casos, o companheiro nem desconfiava, e todos os problemas que o paciente apresentava em termos de alterações de comportamento e suas consequências, o companheiro atribuía a culpa ao próprio paciente, como se ele não tivesse auto-controle ou fosse responsável pleno por tudo o que acontecia de ruim. Nesta outra situação, em geral o relacionamento já não estaria bom, e o diagnóstico poderia aumentar ainda mais o distanciamento e a qualidade da relação.
      Diante desta nova realidade, a de que a pessoa com quem se convivia tem um problema mental crônico que exige tratamento pelo resto da vida, o companheiro se vê envolvido subitamente por vários dilemas: eu vou aguentar tudo isso? Eu mereço sofrer o que eu já sofri? E se eu sair da relação, o que vai ser do meu companheiro/a? Se eu continuar, o que eu preciso fazer? Até quando eu vou levar esta situação? E por que aconteceu só comigo?
      Para começar, o transtorno bipolar é relativamente comum, podendo afetar de 3 a 10% da população. Desta forma, é bem comum alguém ter se envolvido com uma pessoa que depois se soube ser bipolar, e de qualquer forma se relacionar com essa pessoa nem sempre é um “show de horrores”, pois ter problemas é a regra em qualquer relacionamento. Talvez na relação com uma pessoa bipolar, a imprevisibilidade e a inconstância (os altos e baixos), tragam situações de estresse e desgaste a mais, mas também a intensidade com que as pessoas bipolares se entregam nas coisas que fazem podem trazer momentos muito bons e gratificantes na relação. Portanto, estar se relacionando com uma pessoa bipolar não é tão diferente em relação a uma outra pessoa que possa ter problemas com álcool, ou ter alguma outra doença, ou não conseguir subir na vida. Todos temos problemas e defeitos, e um relacionamento dependo de se enfrentar os problemas e defeitos, e achar soluções e melhorias para que o casal consiga superar e crescer com tudo isso.
      Então, o que o companheiro de uma pessoa bipolar precisa fazer para ajuda-lo? A sequência de orientações que serão listadas a seguir poderia ser adaptada a qualquer problema mais crônico ou básico que a pessoa possa ter, como problemas com drogas, com relacionamento com as pessoas ou com o trabalho. O primeiro passo é saber se a pessoa já percebeu que tem problemas que podem ser do transtorno bipolar, ou seja, se já consegue reconhecer que uma parte importante dos seus problemas pode ser explicado pela doença bipolar. Se ele não aceita, dizendo argumentos como “eu sou assim, nasci assim, não vou mudar”, ou “todos os problemas meus são os outros que ficam me causando”, então o trabalho vai ser tentar mostrar sempre que possível informações sobre o transtorno bipolar, principalmente depois que essa pessoa faz um comportamento típico, sofre a consequência e se arrepende (por exemplo, depois que gastou demais). Sempre em momentos depressivos, a pessoa aceita mais, e nos momentos mais eufóricos, a pessoa aceita menos. Porém, o mais importante é fornecer à pessoa informações de boa qualidade, consistentes, no momento que essa pessoa possa aceitar melhor, e não no calor da emoção, como por exemplo no meio de uma briga, ou de uma crise de choro. Aos poucos, a pessoa vai entendendo melhor, e vai aceitando que pode ter o problema, até aceitar procurar uma ajuda.
      E depois que o paciente procura a ajuda de um profissional de saúde, o problema já está resolvido? Infelizmente, ainda não. É a regra que os pacientes bipolares sejam inconstantes também na aceitação da doença com fases que aceitam mais e fases que não aceitam, e por conseguinte começam um tratamento e depois largam, sendo esse ciclo pode ocorrer algumas vezes no decorrer da vida. Apenas os pacientes que conseguem se manter em tratamento estável, regular, sem abandonos, que tem a melhor chance de não terem a sua vida e seu futuro prejudicados pela bipolaridade. E ter um tratamento que deixe o paciente realmente bem por um longo prazo pode demorar bastante tempo, até alguns anos de tentativas com diversas medicações. Essa dificuldade em se achar um esquema de tratamento realmente adequado é bem desgastante, tanto para o paciente como para o companheiro, exigindo paciência e persistência, além de muito diálogo e apoio mútuo dos companheiros, e da equipe de tratamento, incluindo todos os profissionais envolvidos, o médico, psicólogo, assistente social e outros. Entretanto, quando se gosta da pessoa, todos esses esforços são recompensados, pois fazendo um bom tratamento, na maioria das vezes a doença fica bem controlada, e o relacionamento conjugal pode ser muito proveitoso e satisfatório. E o companheiro tem um papel fundamental para o sucesso do tratamento, na medida em que ele ajuda o paciente a não abandonar o tratamento, não errar nos medicamentos, não faltar às consultas com os profissionais. Tudo isso demanda um grande esforço, principalmente quando o paciente está entrando numa crise de euforia ou depressão, quando o paciente começa a fazer todos os comportamentos próprios do quadro clínico, como ficar irritado ou agressivo, ou descontrolado em gastos e outras impulsividades, ou depressivo e incapaz de se esforçar, de reagir. O companheiro e os demais familiares precisam considerar que o paciente está fazendo tudo aquilo por estar fora de controle, em crise, e que depois que a crise passa, ele vai voltar ao normal. A culpa pelos comportamentos inadequados é da doença, não do paciente, e é a doença que precisa ser combatida e criticada, não o paciente.
      Portanto, o companheiro de um paciente bipolar precisa se inteirar da melhor forma possível sobre o transtorno bipolar, com informações de boa qualidade e confiáveis, e tentar fazer com que o paciente também as receba e compreenda, além de ajuda-lo a manter o tratamento sem abandoná-lo ou interrompê-lo.
      O que mantém um casal unido? A ausência de problemas? Certamente não. Possivelmente, uma sensação entre ambos de que lutar juntos nas adversidades é compensador, ambos saem enriquecidos e a relação é fonte de crescimento para os dois lados. Se não for assim, se apenas um dos membros do casal tem que fazer o esforço de cuidar do bem estar comum, certamente é hora de reavaliar a situação.
      E quando se deve desistir da relação? Não existem regras, a sugestão é sempre lutar até as últimas forças, até o último limite, de cada um . Se não der, como acontece com muitas relações, infelizmente o relacionamento acaba, e cada um “sai catando os cacos” e se reconstruindo da melhor forma possível. Entretanto, sempre que possível, deve-se estimular pela manutenção do relacionamento, pois é tão difícil hoje em dia se conseguir ter um bom relacionamento, e desistir de relacionamentos antigos sempre se perde muito.

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  46. SueSue 12 de setembro de 2019 às 00:42 - Responder

    Onde posso,encontrar uma sede da ABRATA em Salvador ?
    Tenho um “filho” que segundo informações (porque ele não me relatou), entrou num processo de depressão após o rompimento de um relacionamento com a noiva e ao buscar tratamento, descobriu ser portador de Transtorno Bipolar. A princípio, estávamos bem, nos relacionando como mãe e filho de maneira normal.
    Um dia, mais de 4 anos, ele simplesmente passou a me ignorar e desde então, não me dirige uma palavra,sequer. Tentei sentar, conversar, a fim de que ele desabafasse, mas, ouvi apenas:”Não tenho assunto nenhum a tratar com a,senhora”. Com calma, confesso que fiz mais uma tentativa (no momento seguinte), mas, ai, foi pior. Ouvi algo mais doloroso:
    Com os ouvidos tampados para não ouvir mais a minha voz, repetiu duas vezes:
    “Que nojo, que nojo”!
    Vi meu cunhado e minha MÃE, que eram amados e, respeitados por ele, praticamente implorarem que ele não agisse,assim comigo, vez que sempre fui uma MÃE carinhosa e que jamais toquei num fio de cabelo dele.
    No sepultamento de minha MÃE, desejei muito um abraço para compartilhar os nossas dores por tamanha perda, mas, NADA !
    Faz 2 anos que sinto a perda de minha MÃE e continuo sofrendo com a indiferença de meu filho, o que me mata a cada dia, e o detalhe é que também estou enfrentando uma depressão.
    Não me preocupa,tanto a minha ” saúde “, quanto a falta que o carinho dele me faz. Me preocupo em não conversar os e eu não saber como ele está. Me entristeço em ver seu ritmo recluso de vida, que muitas vezes é referido por muitas pessoas que não entendem a gravidade da situação, como A REBELDIA E FALTA DE AMOR E CONSIDERAÇÃO DE UM FILHO POR UMA MÃE.
    E EU SEI QUE NÃO É ISSO.
    Acabo de assistir ao PROFISSÃO REPÓRTER / REDE GLOBO e quero ajudar meu filho.
    Por isso, pergunto:
    Existe alguma sede da ABRATA aqui em Salvador ?
    Se possível, me enviem endereço e telefones para contato.

    Salvador, 12/09/2019

    • blogabrata 22 de setembro de 2019 às 10:24 - Responder

      Olá Sue Sue, agradecemos o seu contato.
      Não há filial da ABRATA em sua cidade. Mas há os CAPS:
      CAPS II ROSA GARCIA | CETAD Observa

      http://www.cetadobserva.ufba.br › pt-br › caps-ii-rosa-garcia
      CAPS II ROSA GARCIA. Tipo de Instituição: CAPS II. Municipio: Salvador.
      Telefone da Instituição: (71) 3489-9795. Especialidade: Saúde Mental. Tipo de …
      Caps Rosa Garcia – Armação, Salvador, BA – Apontador

      https://www.apontador.com.br › medicina_e_saude_geral_ › caps_rosa_garcia
      Encontre qual o telefone, o endereço, as fotos e as avaliações do Caps Rosa
      Garcia especializado em Medicina e Saúde (Geral)/Serviços Médicos e …
      Caps Rosa Garcia – Salvador, Bahia, Brazil – Mental Health …

      https://www.facebook.com › pages › Caps-Rosa-Garcia
      Phone, +55 71 3611-1043 · Address. Rua Elesbão do Carmo; 41750-260
      Salvador, Bahia, … Caps Rosa Garcia, Salvador, Bahia, Brazil. 12 likes · 25 were
      here.
      Sugerimos, ainda, que você, como mãe e cuidadora, faça psicoterapia. Pode ajudá-la a entender os
      sentimentos e comportamentos que são vivenciados por você.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  47. blogabrata 6 de novembro de 2019 às 08:57 - Responder

    Prezado Emerson, agradecemos o seu contato.
    Depreende-se de sua narrativa que ainda não procurou ajuda médica para obter um diagnóstico.
    Os sintomas dos transtornos afetivos – depressão e transtorno bipolar, podem ser amenizados
    e controlados com o devido tratamento psiquiátrico.
    Sugerimos, pois, que procure ajuda.
    Leia, também, os depoimentos constantes em nosso site, blog e facebook sobre a melhora que
    obtiveram as pessoas que estão sob tratamento médico e psicológico.
    Um grande abraço
    EQUIPE ABRATA

  48. Willians 6 de dezembro de 2019 às 19:00 - Responder

    Ultimamente, ando sentindo muita raiva, o psiquiatra disse que tenho transtorno de humor, só que nos últimos dias tem sido muito forte. Parece que estou perturbado, é muito estranho,moro com minha mãe e as vezes não suporto ficar perto dela prefiro ficar só.
    Tenho depressão há mais de 20 anos, é muito difícil para mim, porque sei que meus problemas, vêm do passado. Existe um espaço em branco, na minha vida entre a adolescência e a fase adulta, e agora está me cobrando.

    • blogabrata 10 de dezembro de 2019 às 11:43 - Responder

      Olá Willians, agradecemos a sua mensagem.

      Sugerimos que procure fazer psicoterapia ao lado do tratamento medicamentoso.
      A psicoterapia ajuda você a controlar as suas emoções, comportamentos e sentimentos.
      Ajude-se, está bem?
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  49. MARCOS ARAUJO 13 de outubro de 2020 às 21:28 - Responder

    Olá, sou marcos Araújo, tenho diagnóstico de transtorno bipolar, antes me recusava a aceitar e estudar sobre esta doença, mas agora aceito e tenho lido mais sobre esta patologia. infelizmente vcs não atendem no interior, né?Gosto do trabalho de vcs. parabéns.

    • blogabrata 21 de outubro de 2020 às 07:31 - Responder

      Prezado Marcos, agradecemos sua mensagem e aceitamos com alegria seu elogio, pois, de fato, a ABRATA desempenha seus
      trabalhos com muito rigor.
      De fato, não temos núcleos no interior de São Paulo, apenas no litoral paulista. Todavia, estamos oferecendo Grupo
      de Apoio On-Line para familiares e pacientes com transtorno bipolar.
      Leias as informações abaixo e, se estiver interessado, participe, você será muito bem-vindo!
      O Grupo de Apoio Online – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.

      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.

      * Para maiores de 18 anos
      Abraços
      EQUIPE ABRATA

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