DEPOIMENTOS

Eu me achava a Mulher Maravilha’, diz mulher com transtorno bipolar

Depoimento: Cristina Oliveira, 63, criadora do projeto “Estorias Diferentes”, é casada e tem três filhos

“Sempre fui diferente. Na escola fazia coisas demais, era brilhante demais e, de repente, ficava triste. Passei parte da vida tentando entender por que tinha os sentimentos tão violentos.

Perto dos 40 anos, procurei uma psicóloga. Achava que era alcoólatra. Sempre bebi bastante. A bebida tinha se tornado indispensável para mim, a agonia era tanta que só bebendo melhorava.

A psicóloga foi clara: ‘Você de alcoólatra não tem nada’. Pediu que eu fosse a um psiquiatra. Depois de relutar, fui e veio o diagnóstico de transtorno bipolar, aos 44.

Ainda me achava ‘Mulher Maravilha’. Hoje sei que tinha crises de euforia. É convidativo ser bipolar na euforia. Mas é uma agitação falsa, você logo se dispersa ou se cansa.

Achava que ninguém era mais competente do que eu. Meu pensamento era em alta voltagem. Se uma pessoa falasse devagar, já me irritava. Enquanto eu conversava, fazia na cabeça a agenda do dia.

O médico me passava remédios, mas eu não tomava. Pensava: ‘Por que vou me tratar se sou o máximo?’.

Foi um desastre, porque aí tive uma crise de depressão grave. Era empresária. Um dia, travei dentro do carro. Tiveram que me tirar de lá, me levaram para casa e eu levei dois anos para sair de novo.

Só então aceitei o tratamento. Demorou até acertar a medicação. Não cheguei a ser internada, mas não podia ficar sozinha. Meu pensamento recorrente era melhorar para poder me matar.

Depois de dois anos, me estabilizei e voltei a trabalhar. No final, não consegui. Tive de fechar a agência de eventos. Minha autoestima ficou no pé, mas eu não segurava a tensão de ser empresária.

Foi quando conheci a Abrata [Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos]. Fui forçada a ir pela médica e quando cheguei me senti em casa. Ali tinha gente como eu. A gente se identifica com os detalhes. Quando a dosagem de medicação está alta, a gente treme e derruba o café. Lá não sentia vergonha de derrubar café.

Fui voluntária por dez anos lá. Hoje trabalho em um projeto meu, para crianças com transtornos de humor. Ser produtiva de novo é ótimo.

Tive várias crises nos últimos 20 anos. Às vezes acordo triste e depois fico irritada. Sempre me controlo. Tenho faróis internos. Quando está no amarelo já fico atenta.

Sei o que me faz mal. Evito multidões, não saio à noite, não dirijo. Eu engano bem. Isso tem um custo, não é fácil, mas com toda doença é assim, tem que aprender a lidar.”

‘Internado, tive a convicção de que era o Rambo’, diz homem bipolar

Depoimento: Alexandre Fiuza, 48, aposentado, autor do livro “Digerindo a Bipolaridade” (Editora da UFSC, esgotado)

“Tinha problemas com depressão desde adolescente. Também vivia fases de euforia, mas achava que era normal. Você não vai ao médico quando está bem, certo?

Demorei a ir a um psiquiatra. Nas crises, ia ao psicólogo. Não queria ser rotulado como doente mental.

Com 38 anos tive uma crise profunda. Melancólico, sem força, tentei suicídio. Então fui ao médico. Tive apenas o diagnóstico de depressão e fui internado.

Saí 15 dias depois, medicado, sem desejo de morte e com a sensação que se abria nova oportunidade em minha vida. Estava dominado pelo falso bem-estar proporcionada pelos antidepressivos.

Esse efeito seria temporário: o outro lado iria surgir sob forma de alienígena.

Quando você é bipolar e toma antidepressivo pode ter um episódio de euforia. Foi o que aconteceu. Fiquei muito pior. Ousado, irresponsável. Chutei o balde, acabei deixando a família e o emprego. Passei a gastar demais. Fui internado de novo.

No hospital, onde fiquei 30 dias, tive a convicção de que era o Rambo. Minha mente girava em uma frequência totalmente anormal, o que me dava prazer. Cheguei a fazer 2.000 abdominais em menos de uma hora, corri à exaustão, tentei pular o muro do hospital. Eu acreditava mesmo que era feito de aço.

Depois de ter mais crises de mania e ir a seis psiquiatras, chegaram à conclusão de que eu tinha bipolaridade.

Quando soube, pensei ‘ah que bom, não é falha de caráter’. Foi um grande alívio. Só fiquei estável depois de três meses de tratamento. Isso já faz uns oito anos.

Escrevi um livro abordando o tema de forma positiva. A bipolaridade tem traços interessantes. Sou mais sensível, sou carismático. Hoje minha família tem orgulho de mim. Antes, tinha vergonha.

Nunca mais tive uma crise. Eu gostava de ficar eufórico. Dizem que o bipolar está duas doses de uísque acima do resto da humanidade. Parece bom, mas a que preço?”

Fonte dos depoimentos: Jornal FOLHA DE SP – 04/12/2012 – Autora da reportagem: Juliana Vines/SP

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DESTAQUES

2018-02-02T17:15:16+00:00 4 de abril de 2013|Categorias: Blog, Sem categoria|141 Comentários

141 Comentários

  1. cristina oliveira 5 de abril de 2013 às 09:37 - Responder

    Ler os próprios comentários depois de um tempo, surpreende. A gente fala com o coração, deixa uma marca de intensidade, principalmente nestes depoimentos que expõe a nossa vida. Creio que saber que se tem uma doença mental, comprovar a assertiva do tratamento e a importância de um suporte como o trabalho da ABRATA, só ajuda a quem anda perdido em duvida, no meio de tanto sofrimento.

    • Equipe Abrata 5 de abril de 2013 às 15:54 - Responder

      Prezada Cristina
      Agradecemos a sua participação no blog ABRATA!
      Os seus relatos e vivências são sempre de grande sensibilidade, intensidade e verdade. É impossível não tocar a alma de quem os lê.
      Como portador, familiar e amigo, agradecemos a oportunidade que você oferece de compartilhamento da história de parte de sua vida aos usuários do BLOG ABRATA.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  2. Ana Raquel Branco 5 de abril de 2013 às 19:53 - Responder

    Olá meu é Ana e descobri ter transtorno bipolar a pouco tempo, depois de uma gradivez extremamente dificil e uma recuperação igualmente dificil, nos meses seguintes acabei entrando no que achei ser uma depressão, minha vida ficou complicada meu casamento acabou e estou em tratamento, mas é uma batalha todos os dias tenho muito medo da dia seguinte…
    resolvi buscar informações na net já que nada sabia a respeito de transtorno bipolar e achei a Abrata…espero encontrar aqui maneiras de seguir adiante…

    • Equipe Abrata 8 de abril de 2013 às 15:35 - Responder

      Prezada Ana Raquel
      Boa tarde!
      Obrigada pelo seu contato com Abrata.

      O impacto do diagnóstico é muito forte tanto para o portador, quanto para os familiares. Nenhum deles sabe lidar bem com a situação do diagnóstico, da crise, o tratamento que não pode ser interrompido e que leva algum tempo para se obter o resultado almejado.
      Uma das maiores dificuldades que encontramos para o tratamento e melhora das pessoas com Transtorno do Humor, depressão e bipolaridade, é a aceitação da necessidade do tratamento e a continuidade da medicação. O que parece não ser o seu caso Ana Raquel! Assim você já pode contabilizar com 50% de ganho do seu caminho. É uma jornada longa para você, seus familiares e amigos, porém, com o uso correto do medicamento e as doses adequada, você terá todas as chances de manter a estabilidade do humor e ter uma vida digna no ambiente social, familiar e profissional.

      A medicação pode levar algum tempo para surtir o efeito desejado e, muitas vezes, o seu médico precisa ir mudando, e/ou adequando, conforme a resposta do seu organismo. Cada caso tem características próprias. Ressaltamos também que o acompanhamento psicológico é essencial para o sucesso do tratamento. Um tratamento apropriado com acompanhamento correto pode ajuda-lá a ter uma vida produtiva, com qualidade e satisfação. Começar bem o tratamento, muitas vezes, ajuda o paciente a diminuir sua sintomatologia e, aí sim, fica mais fácil iniciar o processo de cuidados de atenção com você em relação a doença, a rotina do dia a dia, a alimentação, enfim ao tratamento como um todo.

      Caso resida em SP, aproveitamos a oportunidade para convidá-la para conhecer a ABRATA e participar das nossas atividades. Assim poderá buscar mais informações e conhecer acerca dos Transtornos do Humor, por meio da participação dos Grupos de Apoio Mútuo.
      Abraço fraterno.
      Equipe Abrata

  3. Débora 12 de abril de 2013 às 22:47 - Responder

    Olá…
    Encontrei o blog, após leitura de uma reportagem sobre o transtorno. Sou jornalista, tenho 28 anos e minha vida, de repente, parou. Aliás, a baixa-estima é tamanha, que confesso estar sem forças para recomeçar. Sempre tive boas referências em casa do processo de psicoterapia. Foram aproximadamente 8 anos no divã. O que me chama a atenção é o fato de nenhum dos terapeutas terem suscitado o transtorno. E olha que sempre reclamei muito de um clico vicioso de crença e discrença. Mas agora, sinto a coisa ficar séria, já que o cinza é tão forte diante dos olhos, que faz querer desistir. Os projetos não duram, o foco se perde, o cansaço toma conta do corpo e a mente fica culpada. “Será que não vou dar certo na vida e ter o sucesso que procuro?” “Não estou no nível das pessoas que conheço e que se deram bem em seus negócios” ” Não tem porque viver assim”… e por aí vão os pensamentos. A culpa de achar que pode ser uma falha no caráter, de ser preguiça, é avassaladora, principalmente quando penso nas pessoas que estão do meu lado me apoiando, se esforçando para me segurar nesse momento de estagnação…. Após ler a reportagem e perceber as semelhanças de comportamento, me deu um clique: “Opa, vamos olhar com atenção, pode ser que você acabou de encontrar novas respostas da vida”.

    • Equipe Abrata 17 de abril de 2013 às 11:53 - Responder

      Olá Débora
      Obrigada pelo contato com a ABRATA!

      O diagnóstico do transtorno do humor envolve um exame psiquiátrico minucioso, uma entrevista com o médico, ressaltando-se que uma história detalhada dos sintomas é extremamente útil. Assim, como você descreve em sua mensagem. O primeiro passo é agendar um consulta com psiquiatra, preferencialmente, especialista em transtorno do humor, bipolaridade e depressão.

      Débora não desista de buscar ajuda! O importante é buscar o apoio médico, o diagnóstico e o tratamento correto. Como vc mesmo ressalta, continue envolvendo a família e os amigos, peça o apoio dos familiares ou de uma pessoa de sua confiança para acompanhá-la à consulta com o psiquiatra, se assim preferir. Nestes momentos a família é um grande aliado.

      Você descreve um estado de baixa autoestima, de cansaço, perda de foco, sentimentos de culpa, estagnação e dificuldade para fazer as coisas, que sugerem uma situação depressiva. É muito importante que você procure tratamento, e não desista dele, porque esse quadro é tratável e passível de controle. E você poderá alcançar um estado de equilíbrio emocional e de controle que permitam uma vida saudável e com qualidade. E perseguir esse resultado de qualidade de vida pessoal e profissional é direito de todos nós! Sucessos.

      Débora a ABRATA oferece várias atividades. Caso resida em SP, aproveitando a oportunidade lhe convidamos para conhecer as nossas atividades psicoeducacionais.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  4. Angélica Silvestre Louback 28 de abril de 2013 às 01:14 - Responder

    Procuramos ajuda. E encontrar um blog, um site e uma página no facebook nos dá pelo menos a condição de mostrar um pouco do estamos passando e solicitar ajuda.

    Estamos bem alarmados, e já ouvi palavras aqui na minha família e dos médicos como tratamento com eletrochoque, internação, ir para outro estado em busca de ajuda…

    Minha mãe tem 63 anos e foi diagnosticada com depressão desde os 18 anos quando ela teve uma doença óssea grave. Ela tem um histórico bem carregado de perdas, limitações, e várias outras dificuldades.

    Agora estamos em plena luta para tentar ajudá-la. Somos três irmãos e meu pai faleceu há quatro anos atrás.

    Desde agosto de 2012 estamos tentando acertar um médico, um medicamento e uma dosagem corretos para que ela possa ter uma vida de qualidade.

    Mas a situação se agravou de janeiro 2013 até agora. Ela não reage a quase nada. Não sorri, nem chora, não conversa…. está apática. Antes dessa fase, era a euforia, mas tudo isso sobre o efeito de medicamentos.

    Pelo menos na euforia ela falava, tinha planos, agia. Mas agora é como se ela estivesse fora do próprio ser. Abandonou a terapia pois diz que não há mais nada a ser dito.

    Ela está medicada da seguinte forma:

    Antes de dormir(noite) – 02 comp. de Carbolitium (300 mg)
    01 comp. de Rohydorm (02 mg)
    01 comp. de Citalopram (20 mg)
    01 comp. de Noctiden (10 mg)

    Ao acordar(manhã) – 01 comp. de Carbolitium (300 mg)
    01 comp. de Citalopram (20 mg)

    Essa medicação toda dá a ela apenas uma hora antes de dormir de um pouco de fala, bem-estar, risos… Logo ela pega no sono e no dia seguinte é como se ela estivesse tomado água pura. Passa o dia calada, sem reações…

    Agradeço imensamente a atenção e compreensão.

    • Equipe Abrata 30 de abril de 2013 às 11:41 - Responder

      Prezada Angélica
      Bom dia! Obrigada por entrar em contato com a ABRATA.

      A situação da sua mãe reflete o que acontece com muita frequência com as pessoas portadoras de transtornos do humor: tratamentos variados, muito estigma e desinformação, desesperança, desistência do tratamento e recaídas dos episódios da doença. Uma das funções da ABRATA é promover o encontro e troca de experiências das pessoas acometidas dessas enfermidades e, através do nosso site e blog, esclarecimentos e orientações que possam lançar luz sobre o caminho das pessoas portadoras de depressão e transtorno bipolar, bem como a seus familiares.

      Não é possível avaliar o estado clínico da sua mãe, nem fazer sugestões de tratamento, apenas pela descrição dos sintomas que você faz. Isso só seria possível numa consulta psiquiátrica e após diversas avaliações e exames. No entanto, seu relato sugere que ela está num episódio depressivo e parece não estar apresentando uma resposta eficaz ao tratamento. Você disse que ela abandonou a terapia, mas não fica claro se ela tem um psiquiatra orientando a medicação atual. É imprescindível que ela volte ao psiquiatra e, se não estiver em acompanhamento com algum, que procure um profissional especializado em transtornos do humor, para ser reavaliada e orientada.

      Sugerimos também, que tanto sua mãe como você e sua família venham participar dos grupos e palestras da ABRATA para conhecer e trocar mais sobre esta doença com outros familiares, portadores e profissionais.

      Abraços fraternos
      Equipe ABRATA

  5. Gia 13 de maio de 2013 às 07:32 - Responder

    Ola Equipe Abrata

    Eu fui finalmente diagnosticada como bipolar. Isso faz uns 6 meses… Nao aceitei, me recusei a fazer o tratamento, neguei e argumentei de todas as formas. A partir dai, comecei a ler , pesquisar tudo sobre o assunto e nao achei absolutamente nada que se encaixasse no meu perfil. Questionei meu medico e fui viajar para outro pa’is ( como sempre faço, nao fico quieta num mesmo lugar por nada). Voltei e entrei ha pouco numa depressão intensa e, mesmo sem achar que fosse o meu caso, com humildade, aceitei fazer o tratamento. Mas minhas duvidas continuavam: o medico me conhece ha pouco tempo e eu sempre o questionei, mas, como disse, dei um voto de confiança a ele pq estou muito abatida, cansada, isolada, e isto sempre acontece comigo diante de alguma situaçao de stress intenso, desde q sou criança. Hj li um artigo que me surpreendeu: pela primeira vez nao me restam duvidas de que sou bipolar. Este eh o grande e precioso mérito da divulgação de artigos e depoimentos. Ate agora, tudo o que eu ouvia era o obvio: bipolar = polaridades de humor= euforia+ depressão. Eu so me identificava com a depressão, pois nunca usei drogas, bebi, senti euforia, gastei compulsivamente: nada disto. O artigo a que me refiro esta no blog “Mulher Bipolar”, e se chama “TRANSTORNO BIPOLAR: UM PROBLEMA QUE AFETA OS RELACIONAMENTOS”. Foi graças a este artigo que descobri, finalmente, do que se trata a “minha” mania. Recomendo a leitura e divulgação do texto, pois, ele ate agora foi o único que encontrei que desmistificou e abordou tipos diferentes de mania, como por exemplo: inquietação, nao conseguir ficar num mesmo emprego, relacionamento ou lugar durante muito tempo, extrema atenção a opinião alheia, agressividade verbal, ciumes exacerbado, etc.
    Obrigada e parabéns pelo trabalho de vcs tb!
    Desejo a todos aqui que encontremos esperança e humildade para lidar com tudo isto.

    • Equipe Abrata 13 de maio de 2013 às 12:22 - Responder

      Prezada Gia
      Benvinda ao Blog ABRATA!
      Obrigada pelo seu contato e pela dica! Vamos sim, buscar conhecer o blog que vc se refere! E aqui deixamos a dica para os nossos usuários!
      Sucesso em seu caminho!
      Abraços
      Equipe Abrata.

  6. Equipe Abrata 16 de maio de 2013 às 15:34 - Responder

    Prezada Claudia
    Boa tarde! Obrigada pelo contato com o blog ABRATA!

    De fato, a convivência com pessoas portadoras de transtorno bipolar requer muita orientação e até atendimento específico. O transtorno bipolar não envolve apenas o portador, mas também a família que necessita receber informações acerca da doença, sobre as suas manifestações e riscos que o seu familiar pode ser submetido durante um episódio (crise); quais os fatores que podem ser desencadeantes para o surgimento de novos episódios e ainda, quais os hábitos que podem e devem ser mudados para melhorar a qualidade de vida do portador da bipolaridade e da sua família.

    Claudia além disso, é extremamente comum que as famílias com portadores de transtorno bipolar apresentem diversos problemas na comunicação entre seus membros, devido a dificuldade de aceitar a doença em seu familiar, da falta de esclarecimentos, da impaciência em lidar com portador e da negatividade. Devido a essas necessidades é que os especialistas encaminham as famílias de bipolares para os serviços de psicoterapia familiar, para frequentar os encontros psicoeducacionais, os quais, você já frequenta na ABRATA.

    Uma sugestão que lhe oferecemos é vc levar alguns folhetos da ABRATA para a sua residência e deixar disponível sobre algum móvel. Quem sabe, algum familiar possa se interessar e iniciar uma leitura.

    Além disso, sugerimos que numa oportunidade convide um familiar para lhe acompanhar a uma consulta ao seu médico. Essa sugestão, não é fácil de cumprir e também não quer dizer que você obterá sucesso logo no primeiro convite, mas é uma boa tentativa! Pois, certamente, caso algum familiar aceite, ele conhecerá um pouco acerca da sua doença e comentará em família.

    Claudia o importante de tudo é que você está se cuidando! Essa é a superação dos seus problemas, é o seu maior valor e sucesso! A confiança e a esperança que você deposita em você mesma, é a sua fortaleça! Guarde sempre essa força em sua alma!
    Nós, da ABRATA, estamos sempre aqui para recebe-la e acolhe-la!
    Abraços carinhosos!
    Equipe ABRATA

  7. Claudia 19 de maio de 2013 às 20:56 - Responder

    Queria ter um dia que acordasse bem, depois de uma boa noite de repouso, queria poder levar esse dia normal, sem altos e baixos, conseguir cumprir meus compromissos, ser agradável a todos; mas meus pensamentos inquietantes não me deixa ser assim, luto todos os dias por uma vida melhor, luto para não sentir depressão, euforia, mania e etc e também tenho lutado pelo preconceito. Não consigo fazer e manter amizades porque as pessoas não conseguem ou não querem ter a disponibilidade de ajudar pessoas com problemas afetivos, como transtornos bipolares, depressão, TOC e outras doenças, a informação esta ai disponível para todos, nossa doença não é contagiosa, e precisamos muito de vocês colegas de trabalho, amigos e parentes para lutarmos contra essa doença cronica que acomete hoje 15 milhões de Brasileiros e é responsável por 60% dos suicídios. Então segue meu grito::: ME AJUDEM, NÃO NOS ABANDONEM, PRECISAMOS DO AMOR DO CARINHO E DA COMPREENSÃO DE VOCÊS.

    • Equipe Abrata 14 de junho de 2013 às 14:47 - Responder

      Prezada Claudia
      Obrigada pelo contado com a ABRATA!

      Não é mesmo fácil suportar a depressão, a bipolaridade. Às vezes o sofrimento é intenso e a pessoa não vê luz no fim do túnel. Só que isso não significa que não há essa luz, apenas que você ainda não consegue enxergá-la.

      Temos enfatizado aqui que pode demorar meses até o tratamento mostrar sua plena eficácia. Pode ser necessário ajustar doses ou mesmo trocar os medicamentos até que a pessoa se estabilize. Além disso, a pessoa precisa mudar hábitos de vida que podem estar prejudicando a saúde e isso também leva tempo.

      O mais importante disso tudo é que você fale com o profissional que está cuidando de você (ou profissionais) e informe tudo o que está sentindo – isso vai orientá-la a tomar as decisões necessárias para conduzi-la à remissão da depressão. Além disso, é fundamental que você conheça como a depressão e os transtornos do humor funcionam e que você saiba também o que outras pessoas que vivem ou viveram o mesmo problema que o seu fizeram para superá-lo (dicas de pessoas que passam pelo mesmo que a gente sente pode ser algo muito precioso).

      Além de participar das discussões aqui no blog da ABRATA, venha participar das nossas atividades presenciais, como os grupos de ajuda mútua, das palestras psicoeducacionais e grupos de interatividade. Saiba que a tendência ao isolamento é um sintoma da depressão e deve ser superada – venha participar de grupos e que isso já é parte do tratamento e vai ajudá-la a se recuperar o mais rápido e continuar a controlar seus estados de humor.

      Conte sempre conosco! Abraços fraternos

      Equipe Abrata

  8. Samara 23 de outubro de 2013 às 11:58 - Responder

    Bom dia!
    Tenho um irmão que acabou de ser diagnosticado com o CID10 F39, a psiquiatra tentou colocar um desses remédios de primeira linha e não deu certo, ele surtou e agora minha mãe já levou ele no hospital pra tomar soro, para assim ir tirando a substância do organismo, ele está melhorando , mas não sabemos como lidar com ele, eu estou desesperada me ajudem a ajudar meu irmão por favor!
    Obrigado!

    • Equipe Abrata 6 de novembro de 2013 às 17:26 - Responder

      Olá Samara
      Obrigada pelo contato com a ABRATA!

      O código F. 39 se refere a “Transtorno do humor não especificado”. Como seu irmão foi atendido no PS, o médico não teve condições de uma avaliação detalhada e estava sem condições de especificar o tipo de transtorno do humor, daí colocar a hipótese diagnóstica mais geral. Neste caso, o atendimento no PS é apenas um início e deve, necessariamente, ser seguido por um atendimento ambulatorial para se reavaliar o diagnóstico inicial e proceder ao tratamento mais correto.

      É imprescindível que seu irmão seja levado a um psiquiatra que faça o seguimento do caso para dar sequência a um tratamento mais adequado para o caso dele.
      Abraços
      Equipe ABRATA”

  9. sandra regina araujo 12 de novembro de 2013 às 19:42 - Responder

    Fui diagnosticada bipolar a mais ou menos dois anos, tenho 39 anos e luto todos os dias para conseguir lidar com meus altos e baixos , tenho uma filha linda de 15 anos e luto todos os dias para não me suicidar pois está sensação é constante em minha vida. Converso com Deus o tempo todo pois trabalho sozinha e não tenho com quem conversar, o que me salva mesmo além de Deus e da minha família são meus dois grandes amigos que me entendem e me ajudam no possível sem eles já teria desistido de viver a muito tempo.

    • Equipe Abrata 13 de novembro de 2013 às 16:26 - Responder

      Prezada Sandra
      Obrigada pelo contato!
      O transtorno bipolar é uma doenças complexa, estando o portador sujeito a recorrências. No entanto, gerir a doença e vc fazer as coisas que aprecia e que são importantes, ajuda as pessoas com transtorno bipolar a ter uma boa qualidade de vida, mesmo com a doença. Mesmo quando há recorrências, existem várias formas de tratar e tentar reduzir as consequências negativas que por vezes surgem.

      Sandra é muito importante você conversar com o seu médico e pedir ajuda tendo em vista os pensamentos suicidas que relata!

      Não fique sozinha, peça alguém para lhe fazer companhia, mas antes de mais nada procure, imediatamente o seu médico. Somente ele poderá ajudá-la a reduzir os desejos, os pensamentos e riscos de suicídio. Nem todas as pessoas com transtorno bipolar são suicidas. No entanto, o risco é elevado nessa doença.

      Caso resida em SP, lhe convidamos a participar do Grupo de Apoio Mútuo ao portador. Neste grupo, vc encontrará pessoas que apresentam problemas em comum, ligados a bipolaridade, cuja finalidade é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e prestar ajuda, apoio e conforto.
      Conte conosco!
      Abraço fraterno.
      Equipe ABRATA

  10. Bianca Amorim 18 de novembro de 2013 às 10:35 - Responder

    Bom dia!

    Tenho essas oscilações de humor que muitas vezes se tornam extremamente desesperadoras, sobretudo a fase da demasiada melancolia.
    Muito interessante o trabalho de vocês! Seria infinitamente gratificante se existisse mais associações assim espalhadas pelo país.

    • Equipe Abrata 18 de novembro de 2013 às 10:42 - Responder

      Olá Bianca
      Obrigada pela manifestação!
      Aproveitamos a oportunidade e lhe fazemos o convite para conhecer a ABRATA, caso vc resida em SP.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  11. Eva 12 de dezembro de 2013 às 21:18 - Responder

    Sou bipolar já algum tempo, e tive muita dificuldade de aceitar que tinha uma doença mental, primeiro o diagnóstico de depressão que foi em 2008, fiquei arrasada, não queria fazer o tratamento, mas com o tempo acabei aceitando, então os remédios não adiantava nada, fiquei muito triste, foram vários médicos, vários medicamentos sem resultado, até que no final de 2011 fui diagnosticada como Bipolar, mesmo assim foi difícil acertar o medicamento, mas agora no final de 2013, estou me sentindo muito bem, graças ao Deus todo poderoso que nunca me abandonou nos momentos de angústia, o meu maior desejo é poder viver a minha vida normal, tenho certeza que esse dia vai chegar, em nome de Jesus.

  12. Eva 12 de dezembro de 2013 às 21:26 - Responder

    Boa noite
    Gostei muito desse espaço reservado para nós, os Bipolares, assim podemos deixar nosso depoimento, e quem sabe até ajudar alguém.
    O mais importante é confiar em Deus e depois aceitar o tratamento.

    • Equipe Abrata 15 de dezembro de 2013 às 18:15 - Responder

      Olá Eva
      Obrigada pela sua postagem no blog.
      Abs
      Equipe ABRATA

  13. Ana Alencar 16 de dezembro de 2013 às 20:36 - Responder

    Boa noite!

    Há duas semanas fui diagnosticada com TAB e meu médico recomendou que eu acessasse o site e buscasse mais sobre o transtorno. Embora ele tenha me convencido ao tratamento e à psicoterapia, foi uma decepção para mim, com 25 anos, no apogeu profissional, ser diagnosticada com um distúrbio psiquiátrico. Mas confesso que estou bem mais aliviada com o espaço virtual da ABRATA, os depoimentos de vcs, e de ver que estão todos bem! Uma pena morar tão longe… Fiquem com Deus!

    • Equipe Abrata 17 de dezembro de 2013 às 12:13 - Responder

      Olá Ana

      Obrigada pelo seu contato com a ABRATA!

      O impacto do diagnóstico é muito forte tanto para o portador quanto para os familaires. No primeiro momento, nenhum dels sabe lidar com a situação do diagnóstico, a crise, o tratamento que não pode ser interrompido e que leva um tempo para se obter o resultado almejado.

      A sua compreensão sobre as mainifestações da doença são essenciais para se manter em equílibrio. Quando isso não acontece muitos portadores sofrem desnecessáriamente. O tratamento apropriado com acompanhamento correto lhe ajudará sempre e assim, apesar da doença terá uma vida produtiva, com qualidade e satisfação.

      Conte sempre conosco! Seja através do blog, do site ou FB.
      Abraços fraternos
      Equuipe ABRATA

  14. Cristiane Carvalho 19 de dezembro de 2013 às 04:37 - Responder

    Fui diagnosticada com transtorno bipolar a três meses, sendo que a quatro anos era tratada somente como depressiva, passei por neurologista, clinicos gerais e dois pisquiátras nenhum havia pescebido o que realmente estava acontecendo comigo. Até conhecer o médico que me trata hoje ( com especialidade em neurologia), já na primeira consulta me diagnosticou. Ainda estou apreensiva por ter esta doença, mas agora consigo compreender tudo que já passei desde minha infância, todo sofrimento, toda euforia seguida de muita tristeza. Lendo os relatos posso me identificar com eles, tenho 31 anos de idade e estou com muita fé em Deus que o tratamento será segnificativo à minha vida.

    • Equipe Abrata 19 de dezembro de 2013 às 15:45 - Responder

      Olá Cristiane

      Obrigada pelo contato com a ABRATA.

      No decorrer do caminho é essencial reconhecer e aceitar o transtorno bipolar, dar crédito a si mesma por tudo aquilo que está fazendo para ajudá-la e ao aprendizado que busca sobre a doença.

      Conte conosco!
      Equipe ABRATA

  15. Maria Aparecida de Morais 6 de fevereiro de 2014 às 20:39 - Responder

    Boa noite…

    Fui diagnosticada com Transtorno Bipolar há quatro meses, no começo fiquei arrasada, sem chão, mas com o passar do tempo estou aprendendo a lidar com a doença e algo que tem me ajudado é ver o depoimento de pessoas que também têm o transtorno e que conseguem levar a vida normalmente.

    • Equipe Abrata 7 de fevereiro de 2014 às 19:30 - Responder

      Olá Maria Aparecida

      A Missão da ABRATA é de educar e informar e a sociedade sobre a natureza dos transtornos do humor e apoiar psicossocialmente os portadores de depressão, transtorno bipolar, aos seus familiares e amigos. Cumprir essa missão nos estimula a seguir nesse caminho, sempre dando voz à pessoa com transtorno do humor: depressão e bipolaridade, além de promover o conhecimento acerca da doença. O seu depoimento é um estímulo para continuar com as nossas atividades, totalmente desenvolvidas por meio da ação voluntária.

      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  16. Leticia 7 de fevereiro de 2014 às 22:25 - Responder

    Desde do início da minha adolescência, venho tendo problemas de estresses e raivas, mas quando fiz 18 anos pirou o quadro, não queria sair muito de casa, não sentia alegria nem muita vontade de viver, vivo numa fase de alegria, raiva, tristeza, oscilações de humor frequentemente, crises de raivas, rebater certas pessoas e opiniões, pensamentos mudando de sempre, pensamentos de suicidios, minha neurologista me recomendou um antidepressivo mas ao invés de ajudar só pirou o caso, conversamos e ela então decidiu mudar para um estabilizador de humor que tem melhorado um pouco meu humor e as vezes consigo desvencilhar as crises, minha psicóloga disse que talvez eu possa ter transtorno bipolar, mas eu não consigo aceitar isso, sabe encarar essa doença de braços abertos!

    • Equipe Abrata 11 de fevereiro de 2014 às 13:16 - Responder

      Olá Leticia

      Por vezes, por preconceito, partimos do princípio que as doenças mentais, ou os seus sintomas, se devem a algum tipo de fraqueza ou falha de carater das pessoas portadoras. O que não é verdade! O TB ocorre quando algo errado se passa no cérebro, Não é culpa de ninguém e ninguém deve ser responsabilizado. O transtorno bipolar é uma das doenças mentais mais comuns, afetando de 1% a 8% da população em geral. A boa notícia é que logo que o transtorno bipolar seja diagnósticado, os sintomas possam ser resolvidos. Existem tratamentos eficazes que conseguem controlar as intensas variações de humor. O que, por sua vez, permite que as pessoas portadoras comecem a recompor as suas vidas.

      Leticia saiba que milhares de pessoas com o transtorno bipolar vivem vidas pelas e construtivas. Pode nem sempre ser fácil, mas viver com TB não significa que tenha que desistir das suas ambições e objetivos. Ninguém que sofra do TB deve ser definido pela sua doença.

      Sugerimos que procure um psiquiatra e converse com ele acerca dos seus sentimentos e sensações, da mesma forma que escreveu para ABRATA. O seu relato sugere sintomas de transtorno do humor e caso, se preferir, imprima o seu texto e leve para a consulta e mostre ao psiquiatra. Fale também da suspeita de diagnóstico bipolar dado pela sua psicóloga. Com uma boa orientação médica e psicológica e principalmente, a sua gestão sobre a doença, viver com o transtorno bipolar, caso o diagnóstico seja confirmado, pode passar a ser viver a vida , bem mais do que viver a doença.

      Conte conosco, sempre!
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  17. Jéssica Fiama 6 de março de 2014 às 15:14 - Responder

    Olá quero aqui dizer que sou portadora de bipolaridade, que sofro muito, não gosto mais de estar em meio a multidão, e isso me incomoda muito, pois poucas pessoas me entendem. A minha vida mudou por completo, tranquei a faculdade já duas vezes, por conta dos olhares e eu sozinha não tenho forças para encarar a realidade.

    • Equipe Abrata 7 de abril de 2014 às 20:15 - Responder

      Prezada Jessica

      Para algumas pessoas o diagnóstico do transtorno bipolar oferece uma explicação bem-vinda para a forma como se têm sentido. Para outras, é um golpe terrível. Muitos outras tem sentimentos mistos. Independente da forma como se sente acerca do assunto, é provável que ainda tenha uma série de dúvidas e perguntas relativas a doença e o que isso significa para a sua vida.

      Por outro lado, é essencial aceitar o fato que tem uma doença crônica. Isso é um desafio, sabemos! Mas a aceitação de se cuidar, corretamente, poderá lhe trazer muitos benefícios, melhor qualidade de vida e ainda a possibilidade de prosseguir com os seus sonhos. Em nossas reuniões de grupos de apoio ao portador ouvimos muitos depoimentos de quanto a vida muda após aceitar a doença, assim como buscar o conhecimento sobre como ela se manifesta. A maioria das pessoas descobre que o seu estado melhora significativamente, quando persite no tratamento adequado. Não existe “cura”para o transtorno bipolar, mas existe tratamento eficaz, que lhe permitirá controlá-lo. Com o tempo, também aprendereá a monitorá-lo, a reconhecer os sintomas e os estressores que desencadeiam um episódio (crise) e aprenderá ajustar o seu estilo de vida.

      Jéssica sugerimos que vc converse com o seu médico acerca dos sintomas que vc nos relata: “não gosto de ficar no meio da multidão”, “tranquei a faculdade, por conta dos olhares”, claro além outros sintomas que vc observa ou sente, além das suas dificuldades no dia a dia. Para facilitar durante a consulta, que tal vc escrever, antes de ir ao médico, o que sente, o mal estar que às vezes sente, e as dúvidas que vc deve tr em relação a doença.

      Saiba também que o transtorno bipolar não é culpa de ninguém. Ele ocorre devido a vários fatores, alguns ainda pouco compreendidos. Cuide-se bem!!

      E caso vc resida em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar de nossas atividades. As quais promovem mais conhecimento e compreensão acerca do transtorno bipolar. Temos o Grupo de apoio mútuo ao portador, que sãogrupos constituídos por portadores de transtorno do humor e cuja finalidade é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções de forma solidária, dando apoio e conforto uns aos outros. Acontecem todas as terças, quintas e sábados. Mas antes é preciso participar do Grupo de Acolhimento. Agende no telefone: Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h00.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  18. Taizi Regina da Silva 18 de maio de 2014 às 08:35 - Responder

    Não sei como começar a minha história… Meu pai foi diagnosticado com TAB em 2012, após passar por um transplante de coração,dentro de duas semanas após da alta ele foi no porão de casa (que é todo empoeirado) e se jogou na poeira, meu irmão mais velho (nesse ano com 29 anos) foi chamar sua atenção por estar nesse ambiente e meu pai se jogou no chão e começou a gritar, minha irmã chegou e ele disse que meu irmão tinha jogado ele na poeira (sendo que não é verdade). Após isso, meu pai fez um B.O na delegacia contra meu irmão e foi para o hospital, onde ficou internado para tratamento pós cirúrgico. Como houve esse episódio, e antes mesmo do meu pai se jogar na poeira, notamos que ele estava agressivo, coisa que ele não era (meu pai era um cara “morto”, depressivo, calado, mas nunca foi de provocar briga, só algumas vezes que nunca ninguém entendeu, como na vez que ele simplesmente chegou em casa e jogou a TV no chão)e avisamos pro médico, como se tratava de cardiologista o médico disse que poderia ser os medicamentos fortes do pós cirúrgico que estariam em efeito no organismo dele. Quando meu pai retornou do hospital, passou a “doar” as coisas de casa, sem nem mesmo consultar os outros , tipo coisas que nem era dele ou que até mesmo usávamos, quando íamos perguntar do porque ter feito isso sem explicação,ele ficava bem arrogante dizendo que ele podia tudo, que ele era o dono da casa, que se alguém não gostasse que saísse de la .Seguido disso meu pai começou a sair com outras mulheres (meu pai é casado com minha mãe) e falava que ele podia, que ele tinha que fazer isso por ser “macho” e coisas do tipo, também começou a não tomar os medicamentos que o psiquiatra receitou dizendo que aquilo era coisa para louco e que aquele remédio o fazia dormir, coisa que ele não precisava (meu pai chegava a ficar 48h acordado, só mexendo no carro que nem estava quebrado ou mesmo gastando dinheiro com coisas que ele não necessitava, como outro carro novo – ele já tinha comprado um carro 0 em menos de 11 meses- e assim ia só perdendo dinheiro). No dia das mães do ano passado, meu pai surtou em casa atacando meu irmão, foi necessário que minha mãe e minha irmã segurassem meu pai para não sair uma desgraça, feito isso, horas depois meu pai se automutilou e foi na delegacia fazer um BO contra todos de casa (exceto eu) dizendo que eles tinham feito aquilo nele. Em junho do mesmo ano, meu pai por não aceitar mais que meus irmãos cuidasse dos medicamentos dele (eles deixavam todos os medicamentos que ele tinha que tomar sem a embalagem “solto” dentro de um copo descartável tampado para não ter desculpa de deixar de tomar os medicamentos) ele foi internado na cardiologia porque seu coração estava sendo rejeitado pelo seu organismo. Ele ficou internado alguns dias, recebeu alta e eu mesma fui buscar. Ele retornou em casa a noite do hospital e em menos de duas horas do retorno surtou novamente, jogando os cachorros recém nascidos (minha cachorra tinha dado cria) dentro de um balde e tentava asfixiar os cães, eu imediatamente pedi pra ele parar quando ele me xingou de tudo quanto era nome, ele nem conseguia falar direito, eu percebi que ele queria falar muita coisa ao mesmo tempo. Meu irmão disse para ele parar de fazer aquilo e meu pai avançou pra cima dele com a cadeira,houve luta braçal entre ambos (meu irmão é bombeiro e está terminando a faculdade de enfermagem, ele era estagiário da Unicamp -mesmo hospital que cuida do meu pai- e conseguiu um atestado de um médico sobre o caso do meu pai, dizendo que quando houvesse surto para ligar imediatamente para o SAMU e eles levariam meu pai para a Unicamp) meu irmão imobilizou meu pai e o deitou no chão (incrível que quando o paciente surta tem uma força que é inexplicável) precisou do meu irmão para segurar os braços, minha irmã e minha mãe as pernas, e ainda assim meu pai conseguiu arremessar minha mãe para outro lado da mesa, enquanto eu ligava para a PM e Samu(o SAMU disse que só iria em casa se a PM estivesse lá, porque meu pai poderia machucar alguém-e porque por vontade própria ele não ia ser internado,ele ia relutar)quando a PM chegou encontrou meu pai aplicando uma chave de perna no pescoço da minha irmã. O policial pedia para ele soltar, mas parecia que a ordem do PM não valia nada ali,o PM teve que chutar a perna do meu pai pra soltar, e conseguiu levar meu pai internado.
    Desse tempo para cá meu pai tem feito muita coisa em casa , como agressões físicas e psicológicas ao pessoal de casa e depois vai para a delegacia e faz um BO se fazendo de vitima. O pior que meu pai é tão dissimulado que nem os médicos acreditam que ele é assim, sabe que ele sofre de TAB mas na frente deles meu pai é um anjo, parece outra pessoa, não sabemos mais o que fazer ….

    • Equipe Abrata 21 de maio de 2014 às 19:14 - Responder

      Olá Taizi

      Em primeiro ligar gostaríamos de lhe dizer que senzibilizamos com o seu relato e sinta-se acolhida pela ABRATA.

      É um relato bem complexo e vamos tentar dar um apoio objetivo a você.
      Como vc não relata se o seu pai ja havia apresentado sintomas do transtorno bipolar antes da cirurgia ou se há antecedentes familiares, que são indicadores importantes para um diganóstico de TB ou mesmo de um quadro de transtorno mental. Sugerimos que fiquem atentos a essas informações para poder relatar nas próximas consultas.

      Quando é feito o transplante cardíaco no pós cirurgico sao usadas muitas medicações imunosupressoras, corticóides, que podem apresentar efeitos colaterais como agitacão, síndrome maniforme etc…pode também ter ocorrido alguma lesao cerebral por hipóxia – veja estamos falando em hipótese – que apresente como sintomas essas alteracões de comportamento que são relatadas. Ao consultar com o médico do seu pai, levem estas questões para dialogarem.

      Sugerimos a vc persistire na avaliacao médica/psiquiátrica para esclarecer o que de fato ele apresenta e como conduzir o tratamento. Ressaltamos que é fundamental, sempre, que um familiar possa estar presente as consultas para fornecer informações objetivas e ainda em caso de risco físico, isto é colocar em risco a vida do seu pai, ou de terceiros, como os filhos, sua mãe ou qq outra pessoa, vale a pena refletir se uma internação deve ser considerada.

      Boa caminhada nos cuidados ao seu pai!
      Abraços
      Equipe ABRATA

      • Taizi Regina da Silva 11 de junho de 2014 às 11:43 - Responder

        Antes da cirurgia ele foi diagnosticado com depressão, vivia cabisbaixo, sem ânimo para absolutamente nada. O médico receitou medicamentos mas ele se recusava a tomar. A respeito dos medicamentos após o transplante, fomos informados de inicio sobre isso, mas eles disseram que era coisa de 6 meses que ia ser assim (ou seja de dez de 2011 a junho ou julho de 2012). Os ataques foram em 2013 e ele não recebe mais aplicação de corticoides (os psiquiatras alegaram isso, mas o cardiologista dele já avisou que ele não recebe mais essas aplicações). O problema do meu pai é que ele não aceita a doença, diz que é normal e que queremos ficar com as coisas dele (os que querem ficar com as coisas dele, em sua cabeça é minha mãe,meu irmão e minha irmã). Eu acompanhava meu pai nas consultas psiquiátricas,porque sou a única que ele não tem comportamento explosivo, ele nem permite também que os outros vão nas consultas. O engraçado é que quando ele vai nas consultas e os médicos perguntam como está , se houve algum acontecimento nos últimos dias, ele diz que está perfeito. Geralmente, depois os médicos me chamam de lado e perguntam se houve algo e eu conto. Há menos de um ano, estudo em outro estado, e não tem como ir nas consultas, um médico avisou se ele faltasse nas consultas ia buscar ele, ele vai com nosso vizinho (esse vizinho, de tanta coisa que meu pai relata acha que somos culpados, fala que tentamos matar ele, coisas do tipo porque para as pessoas da rua ele age diferente de casa, de forma mais dócil, mas percebemos que ele fica falante, um exemplo, de 20 anos morando no mesmo lugar nunca foi de cumprimentar os vizinhos, quando ele ta em crise fala mais que a boca, fala muita coisa mesmo, e fica dando as coisas de casa para os outros -exemplo: gás de cozinha-)
        O meu pai tem uma postura hoje bem diferente quando está com os médicos, parece que nunca fez nada de errado, tanto que tem médico que acha que inventamos as coisas,já que ele mostra postura diferente. Uma vez a médica falou isso pro meu irmão (e meu pai estava dentro de uma sala de espera com uma mulher e um bebe de colo, a criança começou a chorar e meu pai virou para a mulher e disse que se ela não calasse a criança, ele que ia calar, a enfermeira presente saiu as pressas atrás da Dr. e ai levaram em consideração o que meu irmão contava – essa foi a única vez que meu pai teve essa atitude agressiva em público, sempre foi em casa)

  19. Paulo Cesar 25 de maio de 2014 às 15:10 - Responder

    Olá; Meu nome é Paulo Cesar, tenho 57 anos de idade, e a dois anos (através do Ipq – HC – FMUSP) fui diagnosticado como bipolar.
    Imediatamente diante da constatação, iniciei tratamento (Litio+Sertralina) . Infelizmente logo em seguida deixei de tomar os respectivos medicamentos. Sendo bastante objetivo; já nem eu mesmo me suporto. Já não tenho certeza de absolutamente nada do que me tornei; “um mau caráter de carteirinha”, ou um “louco varrido”.
    Minha família vem sofrendo muito com o “monstro” que me tornei.
    Eu também sofro muito pela “escória social” que hoje sou eu.
    Não sei mais o que fazer da minha vida. Isto é; se que ainda haja algo a fazer pela mesma.
    Esta é mais uma “garrafa jogada ao mar” com um pedido desesperado por ajuda.
    Muito obrigado por me “ouvirem”
    Paulo Cesar

    • Equipe Abrata 28 de maio de 2014 às 13:29 - Responder

      Caro Paulo César

      Em primeiro lugar é muito bom perceber que você pede ajuda! Permanecer fechado em si mesm e lamentando só traz mais solidáo e sofrimento e alimenta a desconfiança e pessimismo.Com certeza você não deve ser essa pessoa que descreve. Veja, teve e tem um ótima oportunidade de frequentar o atendimento do IPQ do HC. Oportunidae que muitos almejam na vida. Cuida bem dessa oportunidade de apoio e retome o acompanhamento no IPQ. E principalmente, retome a sua medicação. Sem adesão ao tratamentos os pensamentos ruins permanecerão e poderão lhe trazer mais danos.
      De fato, não é fácil superar as oscilações de humor e isso só é possível com a ajuda do tratamento médico, psicoterapêutico e do troca com pessoas que vivem a mesma condição. Ou seja, a saída náo é se afastar, é se abrir. Sugerimos a você para frequentar os grupos de atividades da ABRATA, o contato presencial pode ajudá-la a descobrir novas perspectivas, por meio da escutas dos relato de outros portadores do TH, que, daí, sozinho, você não consegue perceber.
      Não perca as esperanças, e ressaltamos que talvez seja necessário conversar com o seu médico sobre as dose dos medicamentos ou mesmo sobre uma possível troca!
      Compreendemos bem o sofrimento pelo qual você está passando, a instabilidade do humor bipolar angustia ainda mais se vem acompanhado de pensamentos ruins como vc relata. É muito frequente que pessoas com transtorno bipolar apresentem dificuldades para ficarem estáveis e se sintam desesperançadas com isso. No entanto, aquelas que tiveram paciência para fazer o tratamento sem desistir e mantiveram contato frequente com o médico e o psicoterapeuta, para comunicar os sintomas que estavam apresentando, conseguiram se estabilizar mais rapidamente. Estabeça uma meta, se possível, trabalhar a favor do seu tratamento, você estará em condições de construir um caminho produtivo e de acordo com as suas potencialidades e esse é o melhor que pode acontecer, não acha?
      E venha também participar dos grupos da ABRATA, pois aqui você vai encontrar pessoas para trocar ideias com você e descobrir novas possibilidades de lidar com essa doença e seus desafios. Primeiro, vc precisará se inscrever no Grupo de acolhimento. Entre em contato no tel: Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      Estamso lhe esperando.
      Conte semre conosco!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  20. Paulo Cesar 29 de maio de 2014 às 22:37 - Responder

    Prezados Senhores; Boa Noite!
    Inicialmente agradeço e muito pela atenção de vossa parte dispensada para com minha causa.
    Apenas uma nota adicional de minha parte se faz necessária:
    Infelizmente, por questões internas (mudanças estruturais) ocorridas recentemente no Ipq do HC, tive meu tratamento migrado para outra instituição médica subsidiada através do SUS. Mais precisamente o “AME” (Assistência Médica Especializada), na qual ainda conto com os préstimos profissionais de um conceituado médico psiquiatra também pertencente aos quadros funcionais do Ipq-HC.
    Tenho consulta prevista para com o mesmo já na próxima semana.
    No presente momento (credito eu) que estou em “estado de eutimia”, com firme propósito em retomar com muito afinco, e determinação ao respectivo tratamento.
    Sou plenamente consciente do valor dos serviços (impagáveis) prestados de maneira totalmente altruísta por parte da ABRATA.
    Só o fato de alguém neste mundo de Deus dar ouvidos, e créditos a um portador desta devastadora enfermidade, já nos traz um certo alento, e alívio às nossas dores.
    Dores essas “da alma”. Até mesmo porquê também das dores físicas, a exemplo de muitos se fazem presentes em minha vida, uma vez que sou portador crônico de uma grave cardiopatia (em tratamento), a qual “está me matando” dia após dia. Ou melhor; abreviando meus dias.
    Minha maior angústia no presente momento, é eventualmente ter que partir, sem o devido perdão à aqueles que tanto magoei, e fiz sofrer; e que hoje não mais acreditam na minha idoneidade de caráter, e moral, me enxergando simplesmente na forma de um lixo humano.
    Para mim no momento bastaria ao menos, se minha ex mulher e meus dois filhos conseguissem entender o “processo”, e novamente pudessem me olhar na condição de pai de caráter integro, honesto, provedor, protetor que um dia acredito ter sido eu.
    A exemplo à grande maioria pertencente à nossa sociedade leiga, e desinformada, não consigo torna-los conscientes desta triste realidade.
    Hoje, meus dois filhos já não conseguem mais reconhecer-me na condição de pai. Isto para não entrar no mérito do que pensa de mim minha ex mulher.
    Tão logo supere minhas atuais limitações de locomoção, sem a menor sombra de dúvidas; irei visita-los buscando um amparo de forma presencial.
    De momento só posso agradecer a Deus pela existência de pessoas providas de conhecimento científico suficiente, a ponto de tão abnegado exercício de trabalho focado em necessidades humanas, as quais a grande maioria das pessoas desconhecem.
    Muito obrigado por esses poucos e simples; porém de valor inestimável tempo de doação por parte de tão nobre instituição.
    Paulo César

    • Equipe Abrata 30 de maio de 2014 às 17:16 - Responder

      Caro Paulo César

      Agrdecemos a confiança me compartilhar as suas experiências com a ABRATA!
      Estar atentos ao tratamentos indicados e buscar sempre uma qualidade de vida, que nos faz interagir de forma saudável com o mundo e principalmente com as pessoas que amamos é essencial. Na verdade, reconstruir a sua vida pode constituir um desafio tão grande como tratar a própria doença. Pode ser necessário aprender novas competências e efetuar alterações ao seu estilo de vida. Para combater o preconceito é necessário coragem e perseverança. Saiba que inúmeras pessoas, que como vc têm o transtorno bipolar vivem suas vidas de forma plena e produtiva, apesar das dificuldades que muitas vezes enfrentam ou enfrentaram com os seus familiares e amigos.

      Pode nem sempre ser fácil, mas viver com a doença bipolar não significa que tenha de desistir das suas ambições e objetivos. Ninguém que sofra de doença bipolar deve ser definido pela sua doença. Os familiares, na maioria das vezes, em função de desconhecer as manisfestações da doença, ou mesmo nem reconhecem que o seu ente querido está passando ou passou por um quadro de manifestações de doença, tem reações negativas e muitas vezes se afastam. Essas atitudes, infelizmente, são muito comuns. Não são apenas as pessoas com doença bipolar que precisam de saber mais sobre a doença. A sociedade em geral, os familiares também, continuam a ser extremamente desconhecedores acerca desta doença. O que pode levar a ideias erradas, preconceito, afastamentos e desacertos. Não existem respostas fáceis para nenhum destes problemas.

      Conte sempre com a ABRATA.
      Grande Abraço.
      Equipe ABRATA

  21. Paulo Cesar de Mello 6 de junho de 2014 às 11:35 - Responder

    Prezados Senhores; Bom dia!
    Mais uma vez venho a vossa presença com o propósito de busca de informações, relativas às patologias Transtorno Afetivo Bipolar, e Alcoolismo.
    Conforme de minha parte exposto em ocasiões anteriores; aos cerca de 03 anos passados, fui diagnosticado através do Ipq do HC-FMUSP (mais precisamente através do respeitável, e reconhecido médico psiquiatra Dr. Teng), como sendo portador do TAB.
    Na ocasião, o mesmo prescreveu-me o uso contínuo e ininterrupto de 200mG diários de “Sertralina”, associados a 01 comprimido de “Lítio”.
    Seguido a isto, fui encaminhado ao Serviço Social da respectiva instituição médica, no sentido de orientar-me quanto a possível instituição na qual pudesse dar prosseguimento ao tratamento em questão; uma vez que mudanças estruturais internas ocorridas no Ipq, não mais viabilizavam o acompanhamento do meu caso por parte do respectivo hospital.
    Como já era de minha plena ciência (através do Dr. Teng, assim como de outros profissionais de saúde com os quais conversei internamente); meu caso se encontrava, assim como acredito encontrar-se, em um estágio tal, de total incompatibilidade com os propósitos, metodologias, e potencialidades por parte dos centros de atendimentos denominados por “Caps”.
    Inclusive com a total concordância por parte dos gestores da respectiva instituição, responsáveis pelos atendimentos do “setor leste” da cidade de São Paulo.
    Posto tais fatos, consegui obter a continuidade do respectivo tratamento de forma totalmente subsidiada através do “SUS” em uma repartição médica publica denominada por “AME” (Assistência Médica Especializada). Diga-se de passagem na qual fui muito bem recebido, e acolhido.
    Já em consulta com o novo médico psiquiatra o qual de maneira cordial, e atenciosa me recebeu em seu consultório integrante ao AME; após tomar ciência do receituário prescrito pelo Dr. Teng, bem como ouvir atentamente durante 90 minutos contínuos meus relatos comportamentais, e percepções frente aos efeitos adversos relativos a medicação em uso; tomou por decisão a substituição do “Lítio”, pela “Carbamazepina”, incrementando ainda o uso da “Respiridona” ao tratamento descrito.
    O mesmo enfoque, percepções, conclusões seguiram-se durante a consulta de retorno com duração de 50 minutos; e ocorrida 04 meses após a consulta anterior.
    Pois bem; desta forma assim prossegui com o respectivo tratamento, até que em um dado momento sentindo-me “curado”, ou pelo menos estabilizado; acabei por deixar de tomar o “Carbamazepina”, bem como a “Respiridona”; permanecendo com o uso apenas e tão somente da “Sertralina” prescritos, uma vez que faço uso diário de mais 10 outros comprimidos diários voltados a um tratamento contínuo de uma grave e crônica cardiopatia da qual também sou portador.
    Dado ao exposto, não teve como ser diferente; voltei a entrar em crises, inclusive de agressividade, também fazendo uso irresponsável de bebida alcoólica.
    Tais crises tomaram um rumo de profundidade cada vez mais acentuados, tanto para “euforia”, bem como para aspectos depressivos agravados através das “ressacas morais”.

    Durante a semana em curso, mais uma vez em busca de ajuda; retornei a uma nova consulta, durante a qual fui tomado pela surpresa do atendimento por parte do mesmo profissional tomado pela ansiedade de seus horários de compromissos, olhando para o relógio praticamente a cada minuto, e valendo-se apenas da expressão “ ham-ham……..ham-ham…”, a cada colocação feita de minha parte.
    Quanto minha acompanhante, e cuidadora; o mesmo restringiu-se apenas e tão somente à transferência de “responsabilidades”, como se esta não possuísse vida própria cercada de seus próprios problemas outros. Não fazendo absoluta questão de ao menos orientá-la no mínimo quanto seus autos cuidados.
    Surpresa maior, ficou reservada para o momento quando o mesmo passou a questionar o diagnóstico proveniente do Ipq, assim como por ele mesmo ratificado em consultas anteriores, ao afirmar que mediante ao histórico apresentado, até então médico algum, seja este pertencente ou não ao Ipq poderia ditar o diagnóstico (o qual em seu entender), é quase que um “modismo” o qual se refere a Bipolaridade.
    Ainda contrariando sua própria óptica, orientou-me no sentido que eu procurasse ajuda junto a central de atendimentos do “Caps”.
    Considerando-me na condição de absolutamente leigo sobre tal especialidade, entendo eu que Bipolaridade, e Alcoolismo, são patologias totalmente diferenciadas, necessitando cada qual tratamentos específicos.
    No entanto através do pouco que aprendi com minhas próprias experiências; acredito eu tratar-se de “patologias comórbidas” (as quais se realimentam entre si), requerendo tratamentos diferenciados de tais, quando de suas existências de forma isoladas.

    No sentido de abreviar tal questão; tudo resumiu-se em uma consulta de não mais do que 20 minutos, sem que a principal interessada no problema (minha “cuidadora”, a qual fez absoluta questão em acompanhar-me ao consultório) recebesse qualquer tipo de atenção por parte do profissional em questão.
    Quero deixar absolutamente claro, que entendo perfeitamente a dinâmica de trabalho, e compromissos extremamente sobrecarregada sobre tais especialistas; discordando apenas pelo fato (o qual entendo por descaso, e até certo ponto irresponsabilidade), do mesmo ao invés de se estressar com horários, em detrimento do grau de excelência de seus préstimos profissionais tivesse a iniciativa de pedir para que eu remarcasse a consulta para uma agenda mais confortável ao referido profissional.
    Quando mencionei o termo “irresponsabilidade” quis deixar claro que em uma outra circunstância na qual estivesse tomado por um quadro depressivo mais acentuado; seria eu (ou um outro paciente qualquer) após o ocorrido o potencial elemento a “saltar de um viaduto”, ou se lançar frente a um veículo qualquer em alta velocidade, logo na saída do consultório.
    Agradeço pela atenção ao meu desabafo, o qual tem como propósito principal a um alerta, bem como troca de experiências junto a outros pacientes os quais padecem de situações similares.
    Que Deus nos ilumine a todos.

    • Equipe Abrata 7 de junho de 2014 às 15:59 - Responder

      Caro Paulo Cesar

      Lamentamos muito a conduta do psiquiatra. Infelizmente, ainda deparamos com relatos como o seu em nosso País! Desejamos a vc que jamais abandone o seu tratamento e permaneça centrado em vc e se cuidando sempre, apesar de encontros desastrosos com profissionais inadequados a sua especialidade e escolha profissional.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  22. Paulo Cesar de Mello 8 de junho de 2014 às 11:33 - Responder

    Agradeço pela solidariedade, bem como permaneço a disposição sobre o que eventualmente possa fazer em prol da ABRATA, e demais companheiros (as) de infortúnio.
    Abraços

  23. Amadeu Epifânio 3 de agosto de 2014 às 10:08 - Responder

    Olá, por favor, gostaria de obter uma informação sobre o transtorno afetivo bipolar. Gostaria de saber sobre a periodicidade das crises, de quanto em quanto tempo se dão as crises, vezes por semana e por mês. Tenho um projeto de auto ajuda e essa informação é crucial para poder elaborar exercícios para controlar as crises, diminuindo-as sensivelmente. Meu blog dispõe de uma série de artigos pertinentes que poderão ajudá-los. Obrigado e que Deus abençoe à todos.

    • Equipe Abrata 13 de agosto de 2014 às 22:31 - Responder

      Caro Amadeu

      No site da ABRATA, em Folhetos para download, vc encontrará o livro online GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOAS COM TRANSTORNO BIPOLAR, onde encontrará as respostas para suas perguntas, entre outras dicas. Neste mesmo local, encontrará também os folders ABRATA com informações diversas acerca da doença e outros manuais. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  24. solange 8 de agosto de 2014 às 14:11 - Responder

    Sou portadora da doenca e preciso de ajuda.

    • Equipe Abrata 17 de agosto de 2014 às 20:12 - Responder

      Olá Solange

      A depressão e o transtorno bipolar tendem a ser de natureza episódica. São tratáveis, mas ainda não pode ser curada. O objetivo do tratamento deve ser para controlar a doença, diminuir a gravidade de episódios depressivos e maníacos e recaídas para manter uma qualidade de vida. Fazer uso da medicação, diariamente, manter consultas regulares com o psiquiatra, assim como manter hábitos saudável de vida, como dormir 08hs diárias, se alimentar bem, preferencialmente, fazer um atividade física relaxante, tudo contribuirá para uma vida mais produtiva e com qualidade.
      Manter-se conhecedora sobre os aspectos da doença, isto é, buscar conhecer a doença e os seus sintomas, também muito lhe ajudarão a evitar as recaídas ou passar por situações estressoras que provocam as crises.

      Se vc reside em SP, venha participar do Grupo de Apoio Mútuo para familiares e portadores. Convide também seus familairs.São grupos constituídos por portadores de transtorno do humor e de familiares cuja finalidade é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções de forma solidária. Entre em contato e se inscreva, primeiro para o Grupo de Acolhimento. Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h
      Abraços
      Equipe ABRATA

  25. Ana Paula V. 20 de abril de 2015 às 12:13 - Responder

    Olá. Conheci o site hoje, apaixonante…
    Minha vida com TBA… sempre fui muito esperta, raciocínio rápido, fazia mil coisas ao mesmo tempo, depois vinha a melancolia… assim ia até hoje com 32 anos de idade, eu achava que era normal ser assim… Sempre trabalhei muito, era assessora de juiz e estava há 4 anos sem férias, o que contribuiu muito para o alto nível de stress… Comecei a ficar cada vez mais estranha, achava que era o cansaço, desânimo, então eu surtei, comecei a pensar que a 3ª guerra mundial estava iminente e que eu tinha a obrigação de alertar a todos… saí em todas as Varas do Fórum onde trabalhava falando coisas absurdas e desconexas a respeito da guerra que eu acreditava estar sendo deflagrada… Perdi o emprego… por preconceito e falta de humanidade do Juiz com quem eu trabalhava há 8 anos, 4 deles sem férias… dentro do próprio Judiciário (diga-se de passagem)… tive outro surto acreditando ser Jesus e que os ET’s estavam invadindo a Terra… kkkk… tem horas que fico rindo de tudo isso… muito louco né… mas, falando sério…hoje estou na fase depressiva, não acredito mais em mim, penso que meu futuro é um fracasso certo, não tenho energia pra nada, evito ao máximo sair de casa… e não quero trabalhar… tem muita gente tentando me ajudar, me inserir novamente no mercado de trabalho… mas eu estou apática… Amei o site, pena residir muito longe da sede da Associação… mas fico por aqui navegando… me fez um pouco otimista constatar que temos um espaço humanizado para ajudar a lidar com nosso jeito “especial” de administrar a vida…

    • Equipe Abrata 21 de abril de 2015 às 17:50 - Responder

      Olá Ana Paula

      Agradecemos o seu depoimento. Ele é muito importante para a ABRATA melhorar a cada dia para promover o conhecimento e informações acerca da doença, assim como criar uma espaço acolhedor. Importante também para os ´portadores e familiares, tomarem conhecimento de uma relato de sucesso, apesar da doença e dos seus sintomas.
      Uma vez por mês, oferecemos a palestra psicoeducação. essa palestra também é transmitida via-online. Veja no FB da ABRATA, ou mesmo no blog o link para fazer a sua inscrição. Morando longe, mas participando!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  26. Ana Paula V. 20 de abril de 2015 às 12:19 - Responder

    ahhh, esqueci de falar… fui internada também, pois após tomar lamotrigina e limbitrol, tive um surto pior, além de uma crise alérgica que quase me matou… passei a tomar oxcarbazepina e risperidona. Hoje o tratamento medicamentoso é com oxcarbazepina e duloxetina. E vou levando…
    Obrigada.

  27. Sandro Silva 28 de abril de 2015 às 14:10 - Responder

    Boa Tarde,

    Encontrei esse site ao buscar respostas para as minhas perguntas, em 2011 fui diagnosticado com Transtorno Bipolar, foi muito difícil aceitar e entender o que seria exatamente isso, pois bem, tomei a decisão de não tomar o medicamento receitado pela psiquiatra, pois me achava forte a ponto de ser superior a doença, 1 ano depois procurei uma psicologa e ela disse que meu ponto forte era saber q tinha o problema e que lutava sozinho contra ele, porém de 2 anos pra cá as sensações foram ficando mais fortes, mas mesmo assim não procurei ajuda.

    Acordo feliz e fico triste em questão de minutos ou vice versa..
    Tenho vontade de comprar algo, saiu pra comprar e volto em seguida por desistir
    Já me matriculei em 2 cursos de pós mas desistir simplesmente pela perda de vontade, o ultimo curso estou pagando uma multa de quase 4 mil reais.

    Compro algo que quero e em seguida me arrependo.
    Acordo disposto a trabalhar, chego no trabalho e mal consigo ligar o computador.
    Decido entrar na academia, treino 2 dias, a partir do 3º perco toda vontade e deixo pra lá.

    Resumo, esse transtorno de querer e não querer está afetando diretamente minha vida e minhas decisões, estou deixando oportunidades passarem em minha vida justamente por não ter o controle das minhas vontades.

    Já acordei varias vezes querendo me separar, olho para minha esposa e não vejo motivo de estar com ela, horas depois fico imaginando a lambança que ia fazer..

    É muito difícil, está muito difícil, consegui marcar Psicologa para próxima semana e espero que seja o ponta pé inicial para amenizar esse sentimento.

    Obs. Graças a Deus nunca pensei em perder a vida, eu tenho amor por ela e acredito que isso tudo vai passar.

    • Equipe Abrata 8 de maio de 2015 às 21:14 - Responder

      Caro Sandro

      O seu relato sugere os sintomas do transtorno bipolar manifestando-se por falta de um tratamento adequado. O transtorno bipolar não é uma questão somente psicológica, há necessidade do apoio contínuo do psiquiatra, da medicação e da rotina de vida saudável. Somente com a psicoterapia e vc sozinho não será capaz de buscar a estabilização dos sintomas da doença. Sugerimos que retorne ao seu médico, retorne ao uso da medicação e também continue com o apoio da psicoterapia. O seu relato sugere claramente os sintomas de oscilação do humor e as compras excessivas sem necessidades também estão relacionadas ao sintomas do transtorno bipolar, assim como a depressão, desanimo e descrença pela vida cotidiana e pelo trabalho.
      Procure o mais breve por um psiquiatra e retorne as medicações. Tomar medicação não quer dizer fracasso ou fraqueza, mas sim cuidados com vc mesmo, com a sua saúde e bem estar e respeito por uma doença crônica que vc tem e se não der atenção a ela os sintomas agirão cada vez com mais intensidade promovendo desiquilíbrio em sua vida.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  28. Ginga Gladys da Mata Diogo 8 de maio de 2015 às 09:09 - Responder

    Sou angolana de 37 anos de idade, bipolar do tipo 1, tenho crises desde os quinze anos, mas tive somente um diagnostico concreto aos 23 anos, já tentei suscidio estive varias vezes internada, com crises de euforia e de depressão, com alucinações…,
    Sou licenciada em tradução e Administração desde 2010, hoje trabalho em uma Mediateca na area do processamento tecnico de informações, mas faço mal o meu trabalho porque quase não consigo memorizar as coisas.
    A verdade é que o transtorno bipolar tem atrapalhado muito a vida, mesmo com a medicação continuo a sentir-me mal por dentro, ja não sou a mesma pessoa de antes, hoje quase não consigo fazer as coisas direito, estou sempre muito apreensiva e com pensamentos negativos, sinto-me muito debilitada emocionalmente e esperitualmente, a minha Fé está fraca. Estou a viver sem objectivos, com poucas expectativas para o futuro. Preciso de ajuda para sair desta triste situação, sozinha não sou capaz. Quero recuperar a minha memória que está a ficar debilitada a medida que o tempo vai passando.
    Tenho lido vários depoimentos no vosso site admiro muito o vosso trabalho!
    Preciso da vossa ajuda.

    • Equipe Abrata 23 de maio de 2015 às 23:32 - Responder

      Prezada Ginga

      É um prazer saber que você acompanha nosso trabalho e que o aprova. Isso nos dá coragem e incentivo para continuar prestando esse serviço a todas as pessoas que nos procuram.
      Quanto à situação que você descreve, é fato que o transtorno bipolar é uma doença difícil de se estabilizar. É um trabalho de paciência, que precisa ser feito com consultas frequentes e junto com o psiquiatra, num trabalho de parceria. Isso porque as respostas de cada pessoa aos diversos medicamentos podem variar e também porque a mesma pessoa pode estar bem com os medicamentos numa determinada fase e, depois, entrar numa crise porque viveu alguma situação de estresse que desencadeou novos sintomas. A avaliação de cada pessoa deve ser cuidadosa e atenta para se conhecer não apenas os sintomas que ela apresenta, mas também seu contexto de vida. Por isso, sempre enfatizamos que o tratamento medicamentoso é prioritário, mas não suficiente. O paciente precisa fazer psicoterapia para conhecer seus sintomas e descobrir quais as situações de estresse com as quais terá que aprender a lidar.
      E, voltando um pouco mais ao seu relato, você descreve sintomas como sentir-se debilitada emocionalmente e espiritualmente e estar com pensamentos negativos. Isso sugere que você está num episódio depressivo, o que pode vir acompanhado de problemas de atenção, concentração e, consequentemente, dificuldades de memorização. Daí o rendimento no trabalho também fica prejudicado. Para recuperar a memória, é necessário rever o tratamento desse episódio depressivo para melhorar sua energia e concentração, aí você vai conseguir estar mais interessada nas coisas e vai se lembrar melhor delas. Portanto, não desista, volte ao médico, conte a ele que tivemos esta conversa, explique como se sente e, assim, você vai colaborar com o seu tratamento. Compreende?
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  29. Cida 14 de maio de 2015 às 16:53 - Responder

    Olá,
    Acabei de vir do psiquiatra, fui diagnosticada com TAB e me senti muito aliviada! Pode parecer estranho, mas é isso mesmo, rsrsrs. Eu tenho 47 anos, desde de criança sinto muita angústia e ansiedade, além de fobia social e um sentimento de inadequação social que veio piorando nos últimos anos. Meu pai tinha o disgnóstico do transtorno. Em 2007 meu filho mais velho teve uma crise maníaca, precisou ser internado, após dois anos ele se estabilizou. Em 2011 foi a vez da minha filha mais nova, hoje, após a progressão do tratamento ela está muito bem.
    O irônico da história, é que mesmo tendo esses casos todos na família e sentindo vários sintomas, eu nunca imaginei seriamente que eu poderia ser acometida pelo transtorno. No fim do ano passado eu terminei o doutorado. Foi muito difícil, pois no decorrer do curso eu perdi um parente próximo e fiquei mais ou menos uns 4 meses paralisada, sem conseguir estudar. Quando retomei a pesquisa eu estava desmotivada, demorei demais para ir a campo. Durante esse processo eu fui me isolando socialmente e me afastando ao máximo das pessoas. Enfim, fui aprovada, mas o trabalho não ficou como eu queria. Entrei num estado de ansiedade e ao mesmo tempo de letargia. Sinto-me desmotivada. Quando penso no futuro não consigo vislumbrar nada de bom, tenho um desejo recorrente de morte. Sinto uma vontade enorme de ir embora, mudar de cidade, inclusive eu pedi a separação ao meu marido e, sequer tenho em mente o lugar para onde quero ir. Detalhe: eu o amo. Os sentimentos de menos valia que me acompanham desde a infância pioraram muito. Me falta motivação para estudar para concurso, para enviar artigos para revistas, fato imprescindível para passar em qualquer concurso público para docência universitária. Aliás eu sequer tive vontade de atualizar o curriculum ou mesmo procurar um emprego. Sinto-me a última das pessoas. Meu filho, filha e marido sempre me diziam para procurar um psiquiatra, mas eu resistia. Eu acreditava que se fosse diagnosticada e começasse a tomar medicamentos e, eventualmente, eles precisassem de ajustes -o que é bastante comum segundo a experiência de meu filho e filha – ia prejudicar o andamento da minha pesquisa. Intuo que errei feio ao não ter ido ao médico antes, rsrsrsrs.
    Amanhã começo a terapia com o medicamento inicial e espero que tudo se ajuste. Um abraço e torçam por mim.

    • Equipe Abrata 1 de junho de 2015 às 21:53 - Responder

      Querida Cida

      Você já considerou a possibilidade de estar passando por um período de depressão, e que o ideal será não tomar decisões que possam afetar a sua ou mesmo arrepender-se logo mais a frente? Procure o seu psiquiatra o mais breve e converse muito com ele acerca dos sintomas que está sentindo, ou mesmo caso faça psicoterapia procure o seu psicólogo e converse assim como escreveu para ABRATA. O transtorno bipolar é uma patologia crônica, assim como a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, os quais exigem cuidados continuados, para que não se manifestem suas consequências. Entretanto, o fato de não ter sido descoberta uma cura para o transtorno bipolar, não deve implicar em pessimismo frente a sua ocorrência, já que é uma doença que tem abordagens terapêuticas bem estabelecidas, que podem levar ao controle dos sintomas.
      O risco de recaída para quem faz tratamento de manutenção poderá ser reduzido. Entretanto, se “após um tratamento médico de êxito” a pessoa acreditar que não necessita mais da continuidade dos cuidados e suspendê-los, há uma grande chance de recaída, seja para a euforia, seja para a depressão, o que, de acordo com as características individuais, pode ocorrer em poucos dias ou ao longo de meses. O risco de recaída é intensamente influenciado pela irregularidade na adesão aos medicamentos prescritos, especialmente os estabilizadores do humor, e ao grau de estressores psicossociais aos quais a pessoa esteja submetida. Estudos também apontam que o grau de hostilidade, comentários críticos e super-envolvimento emocional provindos da família determinam um maior risco de recaída.
      vc relata situações estressantes que vivenciou, a ansiedade e expectativa em relação a sua pesquisa, inclusive a perda de ente querido. São situações estressoras que podem transformarem-se em gatilhos para desencadear um episódio depressivo ou de mania.
      Importante salientar o que exatamente entende-se por atitudes positivas com relação ao transtorno bipolar. O cuidado com a qualidade do sono, a diminuição do nível de estresse, a adesão rigorosa à medicação prescrita, a disponibilidade para uma abordagem de autoconhecimento e conhecimento das características da doença (psicoterapia e psicoeducação, respectivamente), a determinação de não usar substâncias psicoativas nem um uso abusivo de álcool, a busca de uma atividade física regular e a manutenção
      de vínculos afetivos saudáveis (suporte social) são alguns exemplos.
      Cida se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Traga seus familiares. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  30. michelle 15 de maio de 2015 às 01:41 - Responder

    Ola.tenho transtorno bipolar misto e esta muito dificil estabilizar o quadro… e isso ai companheiros de luta. Essa doenca e uma praga!! O negocio e buscar atraves da terapia qualidade de vida entre as crises. Atualmente uso litio,lamotrigina,citalopram e topiramato e mesmo assim ta muuito dificil. Beijos.

    • Equipe Abrata 15 de maio de 2015 às 17:04 - Responder

      Olá Michele

      Apesar das dificuldades enfrentadas no dia a dia em relação aos cuidados com a doença, o essencial é jamis perder a esperança de uma vida mais estável e feliz, apesar da doença.
      Abraços
      Equipe ABRATA

    • CRISTIANE CARVALHO 16 de maio de 2015 às 12:20 - Responder

      Força companheira estou na mesma luta. Fé em Deus sempre.

  31. Daniella 25 de maio de 2015 às 00:12 - Responder

    Tive um namorado bipolar diagnosticado por 2 psiquiatras, o ultimo prescreveu Depakote, mas não teve melhora talvez por causa do álcool e cocaína q continuou, fato é q ele via coisas do tipo eu olhando p homens q eu nem tinha visto, um dia escutou voz de homem no meu carro sendo q eu estava sozinha sem rádio e c vidros fechados e ele jura q tinha a voz, ciúmes doentio, mas bipolar tem alucinação???

    • Equipe Abrata 1 de junho de 2015 às 21:42 - Responder

      Prezada Daniella

      Sim, a pessoa com transtorno bipolar, poderá ter alucinações durante um episódio psicótico, devido a ausência da medicação ou mesmo com a associação de álcool e cocaína, que somente colaboram para agravamento da doença. Nestas situações será fundamental procurar um psiquiatra e dependendo da intensidade dos sintomas, em algumas situações recomenda-se a internação para redução dos sintomas.
      Abraços
      Equipe ABRATA

    • Equipe Abrata 1 de junho de 2015 às 21:42 - Responder

      Prezada Daniella

      Sim, a pessoa com transtorno bipolar, poderá ter alucinações durante um episódio psicótico, devido a ausência da medicação ou mesmo com a associação de álcool e cocaína, que somente colaboram para agravamento da doença. Nestas situações será fundamental procurar um psiquiatra e dependendo da intensidade dos sintomas, em algumas situações recomenda-se a internação para redução dos sintnomas.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  32. Eva do Nascimento Leão 31 de maio de 2015 às 17:14 - Responder

    Olá, também sou bipolar, é difícil, mas nunca podemos desistir de lutar para ter uma qualidade de vida melhor, pois o psiquiatra me disse que não bastam só os remédios que tomamos, devemos fazer algo que gostamos também.
    Hoje estou bem,graças ao meu bom Deus que nunca me abandonou,então se quer ter uma vida que tenha sentido,busque à Deus e peça a sua direção que com certeza você vai vencer essa batalha.
    Se por acaso estiver na crise,pense que vai passar,pois nada dura para sempre.
    Deixo aqui um versículo bíblico que sempre me ajudou bastante: Josué 1-8.
    Lembre da minha ordem: “Seja forte e corajoso!Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o Senhor, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você onde for.”

    • Equipe Abrata 1 de junho de 2015 às 20:52 - Responder

      Prezada Eva
      Agradecemos o seu depoimento.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  33. Isa 9 de junho de 2015 às 17:28 - Responder

    Gente do céu! Alguém pode me ajudar?
    Gostaria do contato de alguém que tem alguma pessoa querida que sofre desse transtorno, preciso conversar, desabafar, senão eu é quem vou acabar assim.

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2015 às 16:28 - Responder

      Prezada Isa

      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. São grupos separados. Neste espaço, poderá dialogar com pessoas que vivenciam a mesma situação que vc e trocar experiências. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      Abraços
      Equipe ABRATA

    • Bruna Rafaela de Oliveira Santos 10 de julho de 2015 às 08:49 - Responder

      Olá, Isa
      Convivi por quase seis anos com um portador do transtorno bipolar, para ser sincera não foi fácil, mas foi uma experiência única, você busca forças de onde nem imagina ter.Caso queira entrar em contato comigo deixo aqui meu e-mail.
      brunarafaela2304@hotmail.com

  34. ana virginia 16 de julho de 2015 às 18:52 - Responder

    Sou casada ha vinte e cinco anos com um bipolar, já tive vontade de me separar, sou de Maceió e aqui não tem grupo de apoio, ai fica tudo mais difícil de enfrentar as difículdades, fora o preconceito que enorme até pela prória família. As vezes penso que vou enlouquecer más continuo na luta para fazer com que ele melhore. Hoje ele não trabalha mais tem 45 anos e a vida inteira dele foi trabalhando isso incomoda ele muito.Gostaria muito que houvessem mais grupos de apoio para ajudar as familías que sofrem com as pessoas que amam. se tiver algum grupo de apoio aqui me informe.

    • Equipe Abrata 23 de julho de 2015 às 14:00 - Responder

      Olá Ana Virginia

      De fato a oportunidade de estar num grupo com familiares que convivem com o transtorno bipolar ou mesmo a oportunidade de dialogar com outros portadores favorecem a aceitação, ao conhecimento acerca da doença e principalmente a lidar com a doença e descobrir que não estamos sozinhos, que não somos os únicos a conviver com esta situação. Localizamos um grupo em Alagoas, veja se conseguem fazer contato em Palmeira dos Índios
      Associação dos Usuários, Familiares e Amigos dos Serv. De Saúde Mental de Palmeira dos Índios
      E-mail: luluzinha_16@hotmail.com
      Fone: (82) 8898-6579
      Contato: Gilma Ferreira da Silva

      Ana Virgina ressaltamos que a ABRATA não se responsabiliza pelas atividades oferecidas pela associação indicada. Infelizmente não conhecemos e não sabemos informar como atuam ou desenvolvem as atividades. A ABRATA não possuí nenhum vínculo com a associação indicada, e esta hipótese de indicação é de apenas viabilizar o acesso e conhecimento da existência de associações em sua cidade. A ABRATA tem um caráter voluntário e de benevolência.
      Avalie criteriosamente a associação indicada e as atividades oferecidas.

      Uma vez por mês, transmitimos via on-line, pela internet as nossas palestras educacionais que acontecem um vez por mês, no último sábado de cada mês. Basta ficar atenta a agenda disponível no site e se cadastrar e fazer a sua inscrição no endereço online divulgo.
      No site da ABRATA vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  35. Rosana Cardoso Alves 26 de julho de 2015 às 10:25 - Responder

    Sou bipolar e onde moro não ha grupo de apoio. ouvir relatos de pessoas que sentem e passam pela mesma situação que você lhe trás um certo alívio no sentido de que você não está sozinha nessa batalha. Por isso gostaria de receber os e-mails de novos artigos, creio que isso me ajudará a compreender melhor essas pessoas que convivem conosco sem terem sido solicitadas. Obrigada!

  36. Larissa 23 de setembro de 2015 às 17:58 - Responder

    Tenho todos os sintomas de um bipolar,já passei por 5 psiquiatras e não melhoro com nenhuma medicação passada por eles.Alguns médicos disseram que tenho depressão maior associada a surto psicótico,mas sinto que o diagnóstico está errado porque não consigo falar tudo na frente do parente que entra comigo e não consigo falar tudo ao médico.Meu pensamento se torna muito desorganizado,passam-se mil e um coisas na minha cabeça mas não falo o que realmente importa.Onde moro é interior e não há grupo de apoio e psiquiatras próximos.Atualmente não estou tomando nenhum remédio,pois a medicação Alenthus Xr que eu estava tomando me deixava muito trêmula,então me recusei a continuar tomando.Sinto que tenho uma piora e minha crises de “alegria”,agitação e impulsividade se tornaram mais frequentes.Tenho que mencionar que tenho crises de delírios e alucinações e tenho tendência ao suicídio já tendo tentado algumas vezes.
    Me sinto sem rumo,não sei o que fazer.Gostaria que alguém me ajudasse de alguma maneira.As pessoas que estão ao meu redor me tratam como se em mim tivesse um bicho de sete cabeças.Não vejo mais solução para mim e queria uma palavra sincera e amiga;Me sinto sozinha e sei que sou sozinha.O que eu faço?Recentemente venho tentando em Recife,consulta com um psiquiatra especialista.

    • Equipe Abrata 24 de setembro de 2015 às 18:10 - Responder

      Olá Larissa! Sugerimos que continue tentando encontrar um médico psiquiatra que dê certo com você, pois só ele poderá te dar um diagnóstico preciso. Não importa que tenha passado por vários, o importante é não desistir. Quando seu médico acertar a medicação e as dosagens, tudo ficará mais tranquilo. Vá em frente!
      Vale a pena também investir em informação. No site da ABRATA , você encontra vários artigos e dicas que ajudarão você e seus familiares, a entenderem melhor a doença.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  37. CA 15 de outubro de 2015 às 18:55 - Responder

    Sou casada com uma pessoa que tem todos esses sintomas mas ele não aceita. Quando esta em crise e muito sofrimento. Ele fala coisas horríveis, brigas intermináveis. Começa com um período que ele fica depressivo, dorme muito, triste e pessimista, engorda, dai com pouco tempo começa as agressões, fica super agitado, não dorme, faz dez coisas ao mesmo tempo. O pior que ele tem um filho de 9 anos do primeiro casamento e vejo os mesmos sintomas.
    Tem faces que ele esta ótimo parece ser o melhor homem do mundo e derrepente por qualquer coisa tudo desaba.
    Não sei o que fazer mais. Moramos em Belo Horizonte

    • Equipe Abrata 16 de outubro de 2015 às 17:50 - Responder

      Prezada Carina!
      Sugerimos que procure ajuda de um profissional psiquiátrico, pois só assim poderá ter um diagnóstico preciso, do seu marido, e do filho dele.
      Como você relatou que mora em BH, você também pode procurar os CAPS da sua região, que são Centros de Apoio Psicossociais. Às vezes, eles tem informações, sobre tratamentos e atividades.
      No nosso site, poderá encontrar, vários artigos e informações, sobre transtornos do humor (abrata.org.br/blogabrata). Vale a pena investir em informação!
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

      • Carina 16 de outubro de 2015 às 19:58 - Responder

        É possível vocês me indicarem um profissional de BH? Ou só no CAPS vou conseguir ajuda?

        • Equipe Abrata 6 de março de 2017 às 09:53 - Responder

          Prezada Carina.

          Não conhecemos profissionais em sua cidade.
          Dessa forma, sugerimos que procure o CAPS nos seguintes endereço. Solicite informações porque não conhecemos o trabalho que
          oferecem.
          São eles:

          Belo Horizonte

          CERSAM Oeste
          Rua Oscar Trompowisk, 1325 – Grajaú
          CEP: 30430-060 – Belo Horizonte – MG
          Tel: (31) 3277-9601

          Belo Horizonte

          CERSAM Barreiro
          Belo Horizonte – MG

          Belo Horizonte

          CERSAM Noroeste
          Rua Camarugi, 10 – Padre Eustáquio
          CEP: 30720-090 – Belo Horizonte – MG
          Tel: (31) 3277-7216

          Belo Horizonte

          CERSAM Nordeste
          Praça Muqui, 191Q – Renascença
          CEP: 31785-090 – Belo Horizonte – MG
          Tel: (31) 3277-6067

          Belo Horizonte

          CERSAM – Pampulha – CAPS III
          Rua do Mel, 77 – Sta. Branca
          CEP: 31540-060 – Belo Horizonte – MG
          Tel: (31) 3277-7918.

          Abraço.
          Equipe ABRATA.

      • Carina 16 de outubro de 2015 às 20:01 - Responder

        É possível vocês me indicarem algum profissional de Belo Horizonte? Ou só no CAPS mesmo

        • Equipe Abrata 19 de outubro de 2015 às 16:09 - Responder

          Prezada Carina!
          Infelizmente não temos como indicar um profissional aí na sua região, mas é bem provável que consiga no CAPS.
          Abraços!
          Equipe ABRATA!

  38. katia shirlene 23 de outubro de 2015 às 21:53 - Responder

    Boa noite! !!!!!!
    Após longos anos de tratamentos neurológicos e psiquiátricos, com várias tentativas em anti-depressivos e calmantes… Enfim, diagnosticada: TAB…Transtorno Afetivo Bipolar. .. Já sabia, ou pelo menos, desconfiava…Muitas alegrias (talvez falsas) ….Muitas tristezas (essas verdadeiras)….Relacionamentos destruidos!!!! Castelos de areia…. As vezes, a super poderosa…Outras, a acabada!!!! E, nessas idas e vindas, eis – me aqui!!!!! Tomo lítio. ..Quetiapina… E, quase chego perto de um auto – controle…. Mas, o que mais me incomoda é saber
    que as pessoas (maioria) não compreende essas “duas almas num único corpo” … Vou vivendo e, todos os dias , numa guerra contra o mal…contra o exagerado….bjos e muita luz!!!!

    que, nós, bipolares somos, muitas vezes rotulados, julgados e até discriminados….As pessoas (maioria) não compreendem essas “duas almas num único corpo”….

    • Equipe Abrata 25 de outubro de 2015 às 17:35 - Responder

      Prezada Katia shirlene!
      Se você reside em SP, aproveitamos a oportunidade e a convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo, para familiares e pessoas com transtornos do humor. São grupos separados, e esta atividade é muito importante, porque as pessoas trocam suas experiências e aprendem a encontrar novas soluções a partir do contato com quem conhece o problema.Conversar com outras pessoas, pode ajudá-la a construir uma saída.
      Caso queira participar é necessário agendamento, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Sugerimos que continue seu tratamento regular e continuado. Isso não é fácil, e requer paciência e persistência, mas vale o esforço.
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  39. Márcia Marin 10 de novembro de 2015 às 17:29 - Responder

    Nossa, descobri que meu namorado é bipolar. E vendo questionários, fiquei assustada porque me vi em muitos deles. Sou ansiosa e tenho depressão. Achava que tinha déficit de atenção, que descobri recentemente, mesmo tendo 48 anos. E o que mais me impressiona no quadro do meu namorado, que se transformou em ex é a mudança repentina de planos, e a ausência deles também.
    Nem tenho interesse em continuar uma relação, porque já convivi durante quase 15 anos com meu ex-marido que também é bipolar. Começo a crer que o mundo é bipolar. Todos meus amigos se enquadrão nestas características. Daqui há pouco, a minoria se salvará….

    • Equipe Abrata 11 de novembro de 2015 às 12:45 - Responder

      Cara Marcia!
      Todos nós temos altos e baixos, o que difere de uma pessoa com transtornos de humor, e as que não tem, é que as situações do dia a dia passam a ser vistas de forma exagerada, ou seja qualquer problema passa a ser um problemão. Muitas vezes também acontece, do comportamento se alterar, sem que haja nenhum motivo aparente, comprometendo a qualidade de vida dessa pessoa. Nessa hora é importante a avaliação de um profissional, para que se tenha um diagnóstico, e se necessário começar um tratamento.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  40. Conceição Santos 19 de novembro de 2015 às 22:21 - Responder

    Bom. Tenho 28 anos e há aproximadamente 2 meses tenho sofrido com mudanças de humor, já acordar triste sem saber porque.De está rodeada de pessoas e ainda assim se sentir sozinha. Meus pensamentos correm, e acabo agindo na emoção. Pensamentos de derrota invadem a minha mente. Parece q existem 2 de mim. Sou muito atenciosa,carinhosa e amo ajudar e acolher as pessoas.mas tem momentos que não quero nem ver ninguém.
    Certamente preciso procurar um médico não é verdade? Mas que tipo de médico devo procurar?
    Preciso de ajuda

    • Equipe Abrata 20 de novembro de 2015 às 21:37 - Responder

      Prezada Conceição Santos!
      Sugerimos que procure um médico psiquiatra, e relate a ele tudo o que está acontecendo com você. A partir daí, com a avaliação do seu caso, o profissional indicará a necessidade ou não de um tratamento.
      Se você reside em SP, aproveitamos a oportunidade, e a convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo. Nesta atividade, as pessoas trocam suas experiências e aprendem a encontrar novas soluções, com quem conhece e convive com o mesmo problema. Para participar, é necessário agendamento, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30, às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  41. Adriana Machado 26 de janeiro de 2016 às 15:10 - Responder

    Boa tarde Equipe da Abrata,
    Preciso urgente de uma indicação de médico psiquiatra com experiencia em Bipolaridade em Belo Horizonte que atende plano da Amil quem vcs podem me indicar?
    Obrigada,abs.

    • Equipe Abrata 27 de janeiro de 2016 às 15:41 - Responder

      Boa tarde Adriana!
      Infelizmente não conhecemos profissionais em Belo Horizonte, mas sugerimos que procure os CAPS da sua região, que são Centros de Apoio Psicossociais, Às vezes eles indicam profissionais e tratamentos relacionados aos transtornos do humor.
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  42. Ana Maria Moraes 13 de abril de 2016 às 10:16 - Responder

    Gostaria de deixar para vocês,que também estou na luta,sou diagnosticada desde os 19 anos com bipolar e não desisto de lutar,mesmo em meio a crise trabalho, faço aula de dança, e agora vou ter minha primeira filha aos 36 anos,as vezes tenho crises mas não desisto da vida que é dom de Deus,foi a fé nele que me deu forças para superar tudo e vencer,hoje me considero uma vencedora em meio a tantos problemas que passei,só quem nos criou,Deus, sabe o porque temos que passar por um problema tão difícil,mas é possível controlar.Um abraço a todos.

    • Equipe Abrata 18 de abril de 2016 às 22:18 - Responder

      Olá Ana Maria

      Agradecemos o seu depoimento. Ele é muito importante para todos que padecem do transtorno bipolar.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  43. Jorge motta 15 de maio de 2016 às 22:48 - Responder

    Eu não consigo saber se é o transtorno bipolar ou se sou eu como um todo pois bem antes do diagnóstico muitas sensações ruins e a certeza de que tem algo de errado comigo já me acompanham,desde criança.Hoje tenho 27 anos e depois de alguns surtos maníacos e uma depressão incessante … já não encontro perspectivas,os médicos,remédios e terapeutas redundam em nada, não consigo me animar mais com nenhuma hipótese de solução,já não cuido da minha aparência ou higiene ou qualquer outro aspecto de uma vida “normal”. Vivo dentro do quarto, estou afastado do trabalho e não tenho condições de voltar minha capacidade de pensar e sentir decaiu muito e penso o tempo inteiro na morte mesmo não querendo morrer ,eu não sei o quê fazer. Tenho todos os motivos para não ter fé mas contudo queria alguma espécie de milagre pois estou aniquilado.Não sou um exemplo de coragem ou resignação isso é apenas um desabafo sincero.

    • Equipe Abrata 6 de março de 2017 às 09:04 - Responder

      Prezado Jorge.

      Os transtornos afetivos (depressão e transtorno bipolar) afetam atualmente cerca de 340 milhões de pessoas em todo o mundo. A depressão é apontada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como a quinta maior questão de saúde pública, até 2020 deverá estar em segundo lugar.

      Estas doenças provocam uma alteração do humor do indivíduo, o que pode se traduzir no jeito de pensar, sentir e no comportamento do mesmo.

      Quando em depressão, a pessoa pode sentir desânimo, cansaço e tristeza exagerados, falta de energia ou vontade de viver.

      Já o portador de transtorno bipolar percebe seu humor alternando entre crises de euforia e de depressão. Na crise de euforia a pessoa pode ficar muito irritada, acelerada e por vezes até agressiva.

      As pessoas com transtorno bipolar podem sofrer oscilações de humor entre a euforia e a depressão por dias, semanas ou meses seguidos.

      Muitos portadores destas doenças sofrem desnecessariamente por serem mal compreendidos, incorretamente diagnosticados ou por falta de um tratamento adequado.

      Hoje, um tratamento apropriado, com acompanhamento correto, pode ajudar qualquer pessoa portadora dessas doenças a ter uma vida produtiva, com qualidade e satisfação.

      Jorge, parece-nos que você está aprofundando o seu quadro depressivo.

      A depressão é uma doença que deve ser tratada com bastante seriedade, com medicamentos e psicoterapia. Há outros mecanismos que, associados
      à terapia e ao tratamento medicamentoso, podem acrescentar mais qualidade de vida.

      Confira abaixo algumas dessas alternativas:

      1. Meditação:
      Quando você está deprimido, pensamentos negativos são despejados em sua mente como água em uma enchente. Você fica paralisado pelo medo e desamparo, porque sente que nada pode manter esses pensamentos sob controle.

      2. Rir
      Talvez a meditação não seja o seu lugar, provavelmente você prefira fazer alguma coisa que levante seu astral dentro de segundos, em vez de algo que leva várias semanas para trabalhar.

      Nesse caso, tente se expor a coisas engraçadas como filmes, livros ou teatros. Como dizem, a risada é o melhor remédio. Não importa se o que te faz rir é infantil ou estranho, o que importa é que você comece o quanto antes a sua dose diária de comédia.

      3. Não se isolar
      A depressão é um monstrinho manipulador e malicioso. Todos os dias, ele se senta em seu ombro e sussurra no seu ouvido sobre quão inútil você é e como você não merece estar próximo de outras pessoas.

      “Na depressão, o isolamento social normalmente serve para piorar a doença e como nos sentimos”, diz Stephen Ilardi, PhD, professor associado de psicologia e autor do livro A Cura da Depressão. Aparentemente, a retirada de interações sociais aumenta o estresse no cérebro. Dessa forma, sempre mantenha contato com pessoas que são importantes pra você.

      4. Cortar pessoas tóxicas.
      Por outro lado, você não estará fazendo nenhum favor a si mesmo por sair com pessoas que desconsideram sua situação.

      Como diz Deborah Serani, autora do livro Viver com Depressão: “Parte de viver com a depressão requer que você aprenda a reformular pensamentos negativos em positivos. Dessa forma, incluir pessoas em sua vida que são afirmativas, afetivas e aceitam quem você é, irá auxiliar melhor seu crescimento através de um ambiente de cura.”

      5. Substâncias alternativas.
      É preciso ter cuidado com certas substâncias enteógenas e/ou psicoativas. Ambas possuem propriedades antidepressivas, mas também têm potencial para se tornar agravantes da doença mental. É preciso muita precaução e uma boa pesquisa antes de utilizar qualquer uma dessas ou outras substâncias.

      6. Acupuntura.
      De acordo com um estudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology, a acupuntura pode aliviar a depressão. Quando os pesquisadores administraram a acupuntura específica para depressão em 150 mulheres grávidas, 63% relataram que seus sintomas melhoraram. Apesar da necessidade de realizar mais testes para chegar a uma conclusão definitiva, não há como negar o que já foi mostrado no estudo. Além de outros inúmeros benefícios já comprovados no tratamento da acupuntura, o que não deixa dúvidas que essa pode ser uma ótima alternativa.

      7. Ingerir alimentos saudáveis.
      Há pesquisas notáveis sobre como a vitamina D pode aliviar a depressão. Mas também há outros nutrientes que auxiliam muito no tratamento, como aminoácidos, ácido fólico, iodo, ferro, magnésio, ômega-3 ácidos graxos, selênio, vitaminas do complexo B e zinco. Felizmente, alguns destes nutrientes se encontram nos alimentos mais comuns do dia a dia.

      Quanto aos alimentos que você deve evitar: álcool, cafeína, adoçante artificial, óleo hidrogenado, alimentos industriais, açúcar refinado e alimentos ricos em sódio. Todos estes podem causar estragos em seu sistema nervoso, desestabilizar os níveis de açúcar no sangue, danificar o cérebro, dentre outros malefícios.

      8. Exercícios físicos.
      A depressão desgasta todos os resquícios de energia do seu corpo. No entanto, a atividade física é algo que ainda vale a pena tentar, pois já é comprovada a sua eficácia com relação aos antidepressivos.

      O exercício físico libera no cérebro substâncias que proporcionam uma sensação de paz e de tranquilidade. São as endorfinas, neuromediadores ligados à génese do bem-estar e do prazer. Por ser um potente liberador de endorfina, o exercício físico cria a boa dependência quando praticado regularmente, e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer. É altamente eficaz no combate ao stress e ansiedade e quando é moderado e regular, descontrai o corpo e ativa o sistema imunitário.

      9. Cuidar de um jardim.
      Não pode trazer de volta seus antigos hobbies? Tente se dedicar à jardinagem. Cuidar de um jardim pode produzir mudanças fisiológicas e melhorar a saúde física e mental. Uma dessas mudanças pode ocorrer como resultado do simples ato de colocar as mãos no solo.

      Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Bristol, mostra que o contato com uma espécie natural de bactérias presentes no solo, Mycobacterium vaccae, faz o corpo liberar substâncias químicas vitais do sistema imunológico chamadas citocinas. Estas, por sua vez, estimulam o cérebro a produzir o neurotransmissor serotonina.

      Além disso, você tem a vantagem de obter alimentos frescos e orgânicos direitos do próprio quintal. Pode ser um tratamento natural muito eficaz!

      10. Trabalho voluntário.
      Em algum momento, falar sobre depressão com pessoas que você já conhece não vai ser suficiente. Você irá querer sair fora de seu círculo social e procurar a companhia de outras pessoas. Isso é um bom sinal.

      Procure organizações cuja missão você se identifica e ofereça seus serviços. Assim você poderá reduzir os sintomas da depressão, aumentar o seu bem-estar e reduzir o risco de mortalidade em 22%, conforme diz um estudo publicado no BioMed Central.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  44. Beatriz 21 de maio de 2016 às 01:09 - Responder

    Tive a minha primeira crise aos 16 anos, sempre me achei uma menina temperamental, um pouco diferente, passei por várias fases, sempre acompanhadas de mudanças de humor que justificada como TPM ou pelo meu jeito mesmo…
    Até então nunca havia imaginado ter transtorno bipolar, sabia apenas que era emotiva demais, muito sensível e mal-humorada as vezes.
    Tive uma crise em casa e depois quando cheguei na escola, acreditava que tinha super poderes, tudo tinha um significado pra mim e uma influência enorme, tive sensações que nem consigo descrever claramente.
    Parei de estudar e depois de 7 meses, retomei os estudos. Ainda não consigo aceitar a bipolaridade, mas sei que preciso aprender a conviver com ela, as vezes tenho medo do futuro e q essas doença atrapalhe mais ainda minha vida. Daqui há um tempo quero fazer um depoimento com conquistas e mais otimista tbm.

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2016 às 19:00 - Responder

      Olá Beatriz agradecemos o seu contato conosco.

      Achamos importante comentar o seu otimismo ao final da mensagem. Isto é muito bom. Grande passo para o tratamento e bons resultados.
      A idade de início do seu quadro é o mais comum em TB, causando sérios impactos na escolaridade e nas relações pessoais e sociais.
      A questão não é aceitar ou não o diagnóstico e sim aprender sobre a doença, realizar tratamento corretamente, fazer psicoterapia e cuidar do corpo (dormir bem e realizar atividades físicas).
      Seria interessante você frequentar grupos de apoio para ajudar nas suas dúvidas e receios.Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo para a pessoa com TB. Convide a sua família também. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
      Sugerimos alguns cuidados que são importantes para o seu bem estar e controle da doença:
      O paciente é a pessoa mais interessada na melhora e deve sempre se lembrar de que vc tem uma doença, mas não é um doente. Isto o torna co-responsável pelo sucesso do tratamento e estimula a participação ativa no processo terapêutico como um todo.
      É extremamente importante manter a rotina do seu sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Mudanças no padrão do sono são fortes indutores de oscilações do humor e evitá-las fortalecerá seu equilíbrio. Discuta com seu terapeuta se houver problemas para dormir ou se tiver que permanecer acordado.
      Não utilize álcool e drogas, porque estas substâncias causam desequilíbrio no funcionamento do cérebro. Freqüentemente provocam alterações do humor e do ânimo e interferem diretamente no tratamento. Evite tomar drinques para “melhorar o ânimo” ou “ajudar no sono”, porque só podem piorar.
      Evite o uso diário de café, drinques, alguns chás, antialérgicos, antigripais e analgésicos, que podem interferir no sono, no ânimo e nos seus medicamentos. Pode ser a “gota d’água” para o início de um novo episódio da doença.
      Discuta com seu terapeuta sobre o preconceito contra a doença, seu próprio e dos outros, pois só assim você terá condições de fazer sua parte no tratamento.
      Procure manter se horário de descanso e dormir um tempo razoável.
      Não é fácil aceitar qualquer doença que exija um tempo prolongado de tratamento, como é o caso da hipertensão, do diabetes, das doenças cardíacas e também do transtorno bipolar.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  45. Amiga 21 de maio de 2016 às 09:30 - Responder

    De uns 3 anos para cá o meu marido mudou o comportamento. Ele tornou-se uma pessoa exageradamente alegre, mas que com apenas uma palavra ele se torna agressivo.
    Ele era uma pessoa reservada com vizinhos e alguns colegas de trabalho. Hoje, ele quer que todo mundo venha em casa jantar, almoçar e chega a convidar os outros até para passar uns dias.
    Eu tive que chamar sua atenção, pois convidava pessoas que nem conhecia para vir à minha casa.
    Agora ele quer ser amigo de todo mundo.
    Fica eufórico por qualquer coisa. Seja ser caricato e as vezes me faz passar vergonha.

    Ele faz caretas, fala sozinho às vezes e dança sem ter nenhuma musica ligada.
    Chega até ser cansativo de e escrever aqui as coisas que ele faz. Ele tem 33 anos.
    Falei para ele buscar ajuda, ele fala que quem precisa de ajuda sou eu.
    Isso pode ser Transtorno bipolar?

    • Equipe Abrata 5 de março de 2017 às 11:02 - Responder

      Cara Amiga.

      Não podemos afirmar se o seu marido tem ou não o transtorno bipolar. O ideal é que seja consultado por um psiquiatra
      para avaliar os sintomas que apresenta e prescrever, se for o caso, o tratamento adequado.

      Seguem algumas informações sobre o que é o transtorno bipolar.

      Transtorno afetivo bipolar é um distúrbio psiquiátrico complexo. Sua característica mais marcante é a alternância, às vezes súbita, de episódios de depressão com os de euforia (mania e hipomania) e de períodos assintomáticos entre eles. As crises podem variar de intensidade (leve, moderada e grave), frequência e duração.

      As flutuações de humor têm reflexos negativos sobre o comportamento e atitudes dos pacientes, e a reação que provocam é sempre desproporcional aos fatos que serviram de gatilho ou, até mesmo, independem deles.

      Em geral, essa perturbação do humor se manifesta tanto nos homens quanto nas mulheres, entre os 15 e os 25 anos, mas pode afetar também as crianças e pessoas mais velhas.

      Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como o fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.

      De acordo com o tipo, gravidade e evolução da doença, a prescrição de medicamentos neurolépticos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e estabilizadores de humor, especialmente o carbonato de lítio, tem-se mostrado útil para reverter os quadros agudos de euforia e evitar a recorrência das crises. A associação de lítio com antidepressivos e anticonvulsivantes tem demonstrado maior eficácia para prevenir recaídas. No entanto, os antidepressivos devem ser utilizados com cuidado, porque podem provocar uma guinada rápida da depressão para a euforia, ou acelerar a incidência das crises.

      A psicoterapia é outro recurso importante no tratamento da bipolaridade, uma vez que oferece suporte para o paciente superar as dificuldades impostas pelas características da doença, ajuda a prevenir a recorrência das crises e, especialmente, promove a adesão ao tratamento medicamentoso que, como ocorre na maioria das doenças crônicas, deve ser mantido por toda a vida.

      Portadores de transtorno bipolar e seus familiares precisam estar cientes de que:

      * seguir o tratamento à risca é a melhor forma de prevenir a instabilidade emocional e a recorrência das crises, o que assegura a possibilidade de levar vida praticamente normal;

      * os remédios podem não fazer o efeito desejado logo nas primeiras doses que, muitas vezes, precisam ser ajustadas ao longo do tratamento;

      * crises depressivas prolongadas sem tratamento adequado podem aumentar em 15% o risco de suicídio nos pacientes bipolares;

      * o paciente pode procurar alívio para os sintomas no álcool e em outras drogas, solução que só ajuda a agravar o quadro;

      * alternar a fase de depressão com a de mania pode dar a falsa sensação de que a pessoa está curada e não precisa mais de tratamento;

      * a família pode precisar também de acompanhamento psicoterápico, por duas diferentes razões: primeira, porque o distúrbio pode afetar todos que convivem diretamente com o paciente; segunda, porque precisa ser orientada sobre como lidar no dia a dia com os portadores do transtorno.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  46. Simone Silva 4 de junho de 2016 às 10:29 - Responder

    Amigos,tenho 44 anos e fui diagnosticada com bipoliradida há algum tempo.Porem levei algum tempo pra aceitar, depois pra aceitar a medicaçao. Por vezes parei com a medicação devido as fases de mania e por achar q estava bem . Mas em dezembro tive um surto por causa de um problema de saúde. Melhorei sozinha, e agora estou com pânico da doença. Tomo litio, quetiapina e prestiq (que comecei hje ) . Vcs acham que seguindo o tratamento certo , posso ter uma vida normal?

    • Equipe Abrata 25 de fevereiro de 2017 às 12:02 - Responder

      Prezada Simone.

      Com o tratamento apropriado, os sintomas do transtorno bipolar podem ser controlados e a pessoa poderá
      levar uma vida com qualidade.
      A adesão ao tratamento é fundamental.
      Com a adesão, são possíveis a redução das chances de recorrência de crises, o controle da evolução do
      transtorno, a redução da chance de suicídio e a redução da intensidade de eventuais episódios.
      Caminhe por essa estrada para buscar a sua estabilidade.
      Boa sorte!

      Equipe ABRATA.

  47. Jocilene brandao 6 de junho de 2016 às 01:10 - Responder

    Boa noite.

    Faço faculdade de psicologia e sou portador ade doença maníaco depressiva.
    Não faço uso de terapia medicamentosa, mas a luta pra manter meu humor sob controle é diária e esgotante… Neste instante estou pensando em me separar do homem da minha vida pq achei fotos de mulheres no celular dele. Só alguma sugestão, além do fato de ter apagado a conversa equivalente… Sou feminista, atéia, pragmática e resolutiva, quase intransigente. Ocorre que desejo alguém perfeito, e não há. Desejo um perfil de homem que creio que não existe, e esta certeza desqualifica meu esposo, que é um ser humano maravilhoso e cuida tão bem de mim…

    Mas nada importa, pq neste instante, não vejo a hora de ele levantar pela manhã e ver o que descobri em seu celular. E verá pq enviei pra ele as fotos que tirei do seu próprio aparelho e duas frases bem cruéis. Ele tomará um susto e se obrigará a conversar, mas não tenho intensao de compreender… só de brigar…

    É incrível a senação de não pertencimento típico dos portadores de tab! Incrível a vontade que estou sentindo de reafirmar que ele é só mais um louco por pernas, e tirar dele a dignidade, e fazê-lo pedir perdão. ..

    Reconheço muitos prejuízos sociais pelos quais me submeti. Reconheço a gravidade dos perigos pelos quais passei. Reconheço que a culpa por tudo me consome, reconheço a dificuldade de conviver com pessoas muito aquém do que vc se considera. Reconheço que passar por esta vida é muita complicado…

    Reconheço que a ajuda de um profissional médico seria muio importante hj…

    É o caos, são trevas. E passa. Sempre passa!

    • Equipe Abrata 29 de julho de 2016 às 18:52 - Responder

      Olá Jocilene

      Os cuidados médicos e o uso continuado da medicação para manter a qualidade de vida, a estabilidade apesar da presença de uma doença crônica são imprescindíveis! Vc mesma relata o quanto é exaustivo emocionalmente e fisicamente em tentar manter-se estável e equilibrada sem o uso da medicação e os prejuízos que isso lhe trouxe e lhe traz.
      Nesta situação, sem tratamento adequado, o dia a dia fica muito estressante e situações da vida, que poderiam ser mais suaves tornam-se muito complexas.
      Os tratamentos precisam ser vistos e encarados como condutas para a sua saúde, que sempre vão envolver cuidados não somente com as medicações, mas também com a dieta, as atividades físicas (que devem ser frequentes), a disciplina de horários, a higiene pessoal, os estresses e os conflitos psicológicos (neste caso a psicoterapia é fundamental).
      Procure por um médico, e se possível também por um psicólogo, Cuidar-se é essencia. Atraves do autocuidado vc poderá ter um olhar mais saudável pela sua vida e manter a sua saúde física, emocional e mental
      Abraços
      Equipe ABRATA

  48. Roger Amado Veloso 6 de agosto de 2016 às 02:50 - Responder

    Olá!
    Sofro de transtorno afetivo bipolar há quase quinze anos, desde os vinte. Durante mais de dez anos, vivi chafurdado numa profunda depressão que me parecia unipolar. Sofro também de esquizofrenia paranoide. Aos trinta e um anos, tive um episódio maníaco e, pesquisando, deduzi sozinho que era bipolar e não unipolar. O diagnóstico foi confirmado pelo psiquiatra na época. Já faz algum tempo que faço uso de Lítio. Mas tenho muitas dificuldades, tais como perda do interesse sexual, uma forte compressão dolorosa na cabeça, tremores, crises de desespero e queixas. Já percebi faz um bom tempo que não posso me contrariar que entro em crise e perco o dia. Gostaria de saber sobre algum tratamento para ao menos tentar aliviar a enxaqueca, que é uma somatização da depressão em que me encontro desde que saí do primeiro episódio maníaco, e melhorar a sexualidade. Meu medo é esta depressão atual ser tão longa quanto a anterior, pois então estarei bem mais velho – e quanta coisa perdida!Por outro lado, temo também um novo episódio maníaco, que não deixa de ser igualmente sofrido e desesperador. Anseio por um equilíbrio.
    Abraços!

    • Equipe Abrata 16 de agosto de 2016 às 15:37 - Responder

      Prezado Roger

      Muito do que você descreve sugere ser mesmo compatível com sintomas de uma depressão bipolar e você deve relatar o mais detalhadamente possível esses sintomas para o seu psiquiatra. Não adianta pensar em melhorar um sintoma, o que deve ser tratado é o transtorno como um todo (no seu caso atual conforme vc relata, tratar sua depressão e fazer um tratamento de manutenção para prevenir novas crises).
      Você disse que está tomando lítio, que é um excelente estabilizador de humor, sempre recomendado pelos médicos. No entanto, muitas vezes, ele pode não ser suficiente. Portanto, você deve consultar o seu psiquiatra e explicar como está se sentindo para que os ajustes no tratamento possam ser feitos de maneira que você fique estável e com qualidade de vida. O tratamento, para ser bem sucedido, necessita de um monitoramento constante e acompanhamento para evitar que surjam novos episódios, seja de depressão ou de mania, ou para que, caso apareçam de novo alguns sintomas, eles sejam tratados logo e uma nova crise seja evitada.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  49. Beatriz 29 de novembro de 2016 às 15:16 - Responder

    Olá, há pouco mais de um ano fui diagnosticada com TAB, mas às vezes duvido desse diagnóstico, acho que não quero aceitar. Fico lendo relatos para ver se me identifico e alguns que leio até parece comigo. As vezes não quero sair de casa, não quero sair da cama, outras quero viajar, passear, comprar e comer, daí no meio dos passeios eu me pergunto o que estou fazendo ali, um sentimento estranho, de vazio. Sou uma pessoa que não aceita não como resposta, acaba com meu dia. Há uns meses atrás inventei de comprar um cachorro, meu marido foi contra porque tinha acabado de doar um que tinha comprado há pouco mais de um ano e meio, ameacei até de me separar dele se não me deixasse comprar e então ele deixou, passaram-se dois meses e eu já não queria mais o cachorro, botei à venda, depois desisti, sabe é muita confusão na cabeça. Tenho mania de pensar no que as pessoas acham de mim, me importa muito a opinião delas. Não sou de beber e nem usar drogas, nem nunca experimentei drogas. Tratava sempre de uma depressão, melhora e voltava tudo de novo. Às vezes quando brigo com meu marido ou se ele fala alguma coisa que não gosto, eu me transformo, muito estranho, brigo com qualquer um, trato mal. Faço tratamento com fluoxetina e frontal, decidi parar com o lítio porque engordei e fiquei com espinhas. Às vezes não sei se sou bipolar ou se não quero ser. Ah…. Gosto muito de comprar e comer, só assim estou feliz.

    • Equipe Abrata 5 de fevereiro de 2017 às 20:24 - Responder

      Prezada Beatriz.

      Você parou o uso do Lítio por conta própria?

      Sabemos que muitas pessoas que apresentam os sintomas de bipolaridade acabam parando o tratamento medicamentoso por
      causa dos efeitos colaterais, dentre eles, os tremores finos, a aquisição de peso, etc. Desconhecem que os médicos
      podem interromper o uso de determinados estabilizadores do humor e substituí-los por outros ou até diminuírem a
      dosagem dos mesmos.

      Estima-se que metade dos portadores abadona o tratamento pelo menos uma vez na vida e que 1/3 abandona o tratamento
      em momentos nos quais os sintomas se manifestam. Interrupções frequentas do tratamento podem provocar resistência
      aos medicamentos, sendo que a piora da enfermidade favorece o risco de suicídio em 10% a 15% dos casos.

      Dessa forma, sugerimos que se consulte novamente com um profissional, conte-lhe de suas reações colaterais e busque
      a sua estabilização para ter uma boa qualidade de vida, com uma convivência familiar harmoniosa.

      Tudo depende de você!

      Abraços.
      Equipe ABRATA.

  50. Dayana deyse 28 de dezembro de 2016 às 14:45 - Responder

    Ola, relutei muito ate escrever isso aqui, mas a realidade é que preciso de ajuda e não tenho a minima ideia de como agir. Em 2013 fui diagnosticada com a famosa depressão e ansiedade, eu lembro perfeitamente o dia em que entrei naquele consultório pra contar o que tava sentindo mas não consegui apenas chorei copiosamente sem pausa. Quando consegui falar alguns dos meus sintomas tive a confirmação que estava doente, começava ali um tratamento sem fim. Foram os piores momentos das minha vida. Eu ficava boa e piorava era sempre assim ate que um dia melhorei mesmo e acreditei que nunca mais precisaria tomar nenhuma medicação eu me sentia a mulher maravilha a super poderosa me sentia livre ate que em novembro de 2015 sem motivo nenhum eu lembro que estava sozinha em casa quando bateu um desespero enorme uma dor no peito não sei explicar o que realmente eu senti eu lembro que peguei um pote de remédios que eu tinha escondido na gaveta e comecei a tomar e chorava eu chorava tanto pq eu sabia que ia morrer e não tinha mais volta eu ja tinha feito aquela besteira e chorava muito ate que fui apagando. Quando abri os olhos tava na sala de emergência de um hospital cheia de fios colados no meu corpo não sabia o que tinha acontecido lembro do meu pai chorando minha mãe desesperada. Sei que deus me salvou. E hoje tenho oscilações cada dia piores uma irritação forte me sinto uma ma companhia sem atrativos com vontade de ir embora de sumir me sinto sufocada sinto uma agonia mental muito forte do nada me sinto linda maravilhosa confiante decidida feliz ai do nada sem qualquer motivo ou por um simples caso tudo muda. Sei que preciso de ajuda.. eu só não aceito tudo de novo.

    • Equipe Abrata 17 de janeiro de 2017 às 18:16 - Responder

      Dayana

      Agradecemos o seu contato.
      O seu relato sugere que vc vem passando por episódios bipolares, com oscilações de humor depressivos e maniacos. Estamos falando de um quadro de uma doença, que sabemos que na maioria das vezes é muito difícil de aceitar que temos uma doença coo o transtorno bipolar, como também aceitar que temos de tomar medicação durante toda a nossa vida e ainda fazer mudança mudanças nos nossos hábitos. Não é fácil mesmo! E as vezes muito sofrido que pensamos que para acabar co o sofrimento só morrendo mesmo.
      Mas, o tratamento da bipolaridade vem evoluindo muito e quando aceitamos que temo uma doença, mas é essencial nos tratarmos a vida ficará mais leve, mais suave e mais feliz. Pense sobre essa possibilidade. Cuide-se, não desanime. Parece que vc tem os seus pais para apoia-la, peça ajuda a eles. procure novamente pelo psiquiatra.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Traga a sua familia também. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
      No site da ABRATA vc também poderá baixar o livro – Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com sintomas da doença em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx Também encontrará outros folhetos com boas orientações e dicas.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  51. Maria de Lourdes Menezes Pereira 8 de janeiro de 2017 às 16:59 - Responder

    Oi , Equipe Abrata.
    Meu nome é Maria.
    Quero saber se vocês algum núcleo de Atendimento aqui em Salvador.Mande o endereço para o meu email.

    • Equipe Abrata 4 de fevereiro de 2017 às 11:37 - Responder

      Olá Maria de Lourdes.
      Encontramos alguns endereços onde você deve solicitar mais informações porque não conhecemos o trabalho que oferecem.
      São eles:

      • AMEA – Associação Metamorfose Ambulante de Familiares e Usuários do Sistema de Saúde Mental do Estado da Bahia
      E-mail: marioaleluia@yahoo.com.br
      Fone: (71) 8898-8407
      Contato: Antônio Mário Aleluia

      • Associação de Saúde Mental da Comunidade
      E-mail: contato1@assmec.org.br
      Fone: (71) 8887.2963
      Contato: Jucelino Santos.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  52. Elenita Moreira Riqueza 15 de janeiro de 2017 às 10:57 - Responder

    Fui diagnosticada primeiramente com depressão recorrente e internada na minha primeira crise na qual tentei o suicídio. Há 1 ano e meio estou em tratamento, já tomei várias medicações e até o momento nenhuma surtiu total efeito, pois continuo me cortando e achando que tenho super poderes. Há 6 meses me diagnosticaram com TAB, na ciclotimia. Tem vezes que quero tentar me matar, penso até em formas como cometer o suicídio, não me sinto bem, me corto quase todos os dias, tomei lítio mas tive efeito colateral, hoje tomo depakene, carbamazepina,imipramina,citalopram e risperidona, mas continuo ouvindo vozes e achando que posso tudo, que sou muito poderosa. Queria uma ajuda, alguém pode me ajudar?

    • Equipe Abrata 5 de fevereiro de 2017 às 19:37 - Responder

      Cara Elenita.

      Em sua mensagem você nos informa que faz 6 meses que a diagnosticaram com o Transtorno Afetivo Bipolar. Pois bem. Você
      necessita saber que há um tempo de resposta do organismo para a diminuição dos episódios. Se você continua a ter os
      sintomas bem acentuados, converse com o médico que a acompanha.

      Sugerimos, ainda, que, na persistência de ideações suicidas, você telefone para 141, Centro de Valorização da Vida – CVV,
      e conte a um voluntários o que está se passando com você.
      Há sempre alguém do outro lado da linha com amor e carinho para atendê-la.

      Um enorme abraço.
      Equipe ABRATA.

  53. FABIANA GUERRA DE ALMEIDA TARGINO 5 de maio de 2017 às 08:33 - Responder

    O site é muito bom, pois traz o conhecimento sobre a doença através das palestras. E o apoio necessário para se iniciar o tratamento.

    • Equipe Abrata 9 de maio de 2017 às 10:35 - Responder

      Olá Fabiana.

      Agradecemos as suas palavras e acompanhe sempre as nossas publicações e palestras.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  54. Aleksander Costa Pinto 8 de maio de 2017 às 13:16 - Responder

    Gostei da iniciativa desta página. Compreendo na carne o peso de cada palavra sua exposta aqui e parabéns pela coragem. Estou nessa luta há 15 anos e hoje com 30 ainda continuo a tentar existir na condição de “funcionalidade” o mais natural possível – enquanto o humor vive nos levando em todas as direções da alma. Fiz toda a peregrinação indo a médicos, medicações, e outras vias de tratamento… Sigo na luta e até agora não desisti – claro que os estragos ficaram na vida financeira, ex- relacionamentos, etc. Tenha uma boa semana. Aos associados e membros que compõe a equipe deste site os meus parabéns, posto que é informação que realmente muda a vida de muita gente. Obrigado.

    • Equipe Abrata 9 de maio de 2017 às 09:45 - Responder

      Olá Aleksander.

      Agradecemos a sua mensagem a qual demonstra muita resiliência de sua parte.
      Continue lendo os textos publicados em nosso Blog, Facebook e Site porque eles são uma fonte inestimável de
      informação àquelas pessoas que têm depressão e transtorno bipolar.
      O Conselho Científico da ABRATA produz as publicações tendo em vista a importância da psicoeducação.
      As palestras psicoeducacionais realizadas por psiquiatras e psicólogos que compõem o Conselho Científico
      podem ser assistidas presencialmente ou pelo canal YouTube.
      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  55. Alan 15 de junho de 2017 às 10:36 - Responder

    Adorei os depoimentos.

    Ainda não fui diagnosticado com o problema oficialmente, mas já tenho bastante certeza que sou pelos sintomas tão semelhantes.

    Sempre achei que fosse TDAH porque tinha muitos momentos de euforia, mas com o passar do tempo muitas pessoas percebiam minha súbita queda de ficar completamente isolado. Tem horas que olho pro rosto das pessoas e não consigo sentir absolutamente nada, empatia alguma. E não consigo entender porque elas me cobram um determinado tipo de comportamento linear, na minha cabeça a variação é normal.

    As fases eufóricas sempre me deram muito trabalho nos relacionamentos, até mesmo na questão sexual. Terminei muitos namoros por acreditar que os outros não acompanhavam meu ritmo.

    Hoje estou tentando me estabilizar sem remédios, não gostaria de ficar dependente deles. Estou conseguindo alguns resultados , melhorei bem, hoje consigo perceber quando estou em fase eufórica ou distímica; até porque elas têm um horário exato pra acontecer, ou quando quebro a minha resiliência. Quando estou na fase distímica aviso sempre as pessoas pra que elas não se sintam inconvenientes, que é algo interno.
    E na fases eufóricas tento pensar que nenhuma decisão tomada no momento é realmente válida, que é algo que deve ser repensado após já que o julgamento fica completamente influenciado pelos hormônios.

    Me policio pra dirigir de forma menos agressiva. Não gosto de fazer muitas coisas após as 23 horas, porque sei que a chance da resiliência quebrar pelo sono é bem grande.

    Por vezes sinto que sou um indivíduo que tem que viver na terceira e na primeira pessoa simultaneamente. Vigiando a si mesmo.

    • Alan 15 de junho de 2017 às 10:41 - Responder

      Tenho ciclotimia, as variações ocorrem muito rápido durante o dia.

      Numa média de a cada 3 a 4 horas estou com um humor diferente.

      • Equipe Abrata 16 de junho de 2017 às 10:10 - Responder

        Prezado Alan.

        A ciclotimia faz parte do espectro bipolar e consiste em recorrentes variações de humor, oscilando entre a hipomania (mania menos grave),
        depressão ou distimia (depressão que se caracteriza pela falta de prazer e pelo constante sentimento de negatividade).

        Em geral, a ciclotimia costuma aparecer na adolescência ou no início da idade adulta e é difícil de detectar. Com o tempo, pode
        progredir até se converter em transtorno bipolar. Na verdade, muitas vezes se detecta somente quando isso acontece.

        O tratamento inclui medicamentos e psicoterapia.
        A educação da família pode reduzir o risco de recaída e a psicoterapia cognitiva pode intensificar a adesão do paciente ao medicamento.
        O uso do álcool e do tabaco é desencorajado.
        Recomenda-se, quando possível, trabalhos profissionais ou escolares com horários mais flexíveis.

        Abraços,
        Equipe ABRATA

    • Equipe Abrata 15 de junho de 2017 às 17:39 - Responder

      Caro Alan.

      Agradecemos o contato e o seu interesse em ler as matérias publicadas pela ABRATA.
      Há vários artigos publicados no site da associação, você verificará que os transtornos afetivos – depressão e transtorno
      bipolar – são doenças sérias, complexas e que dependem de acompanhamento médico psiquiátrico contínuo, combinado com psicoterapia.
      Por mais que você vigie a si mesmo, a patologia manifestar-se-á de forma contundente, com episódios de depressão e mania e, às vezes, de
      psicose.
      A distimia, também chamada de doença do mau humor, é um tipo de depressão crônica onde o indivíduo apresenta sintomas de depressão leve
      na maior parte dos dias por, pelo menos, 2 anos, sendo que dificilmente o indivíduo sabe dizer o que o levou a este estado depressivo.
      Sugerimos que procure ajuda profissional a fim de controlar os sintomas, ficar estabilizado e levar uma vida normal.
      Pergunte ao médico psiquiatra sobre a questão da dependência dos remédios.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  56. AMANDAAA 18 de julho de 2017 às 12:34 - Responder

    Bom dia, meu parceiro tem tab não sei identificar qual. Ele toma litio e carbamazepina, mas parece que esses medicamentos não estão funcionando, ele bebe muito e está tendo prejuízos mesmo tomando remédio,
    não aceita procurar ajuda para parar de beber. Tenho tido muita paciência mas as vezes fico deprimida pq ele faz coisas absurdas, dependendo da época ele fica em busca de prazer e liberdade como se estivesse preso e isso não é verdade. Faço de tudo, tenho um manual de cuidador de pessoas com tab, faço tudo direitinho mas parece que ele precisa de algo a mais do que apenas estes remédios. Se alguém puder mim ajudar pois ele tem apenas 2 irmãs mas elas não têm paciência com ele. Ele sempre viveu sozinho e largado passando situações difíceis. Estou com ele há dois anos, ele ficou bem mas agora voltou td de novo. Uma bebedeira em que ele faz coisas absurdas e no outro dia fica deprimido de cama, e ele é assim acha que é o melhor em td e se acha o máximo. Só vai ao médico para pegar receita e nada mais.

    • Equipe Abrata 22 de julho de 2017 às 07:35 - Responder

      Prezada Amandaaa

      O transtorno bipolar é uma doença que provoca oscilações de humor que variam da depressão à mania. Outro sintoma do transtorno bipolar é um episódio misto, durante o qual uma pessoa experimenta agitação e depressão ao mesmo tempo.

      Os sintomas de transtorno bipolar são geralmente tão desagradáveis que muitas pessoas tentam automedicação ou ingerir álcool ou drogas. Alguns pesquisadores acreditam que quase 50% das pessoas com transtorno bipolar tem um coexistente problema com álcool. Álcool e transtorno bipolar, no entanto, pode ser uma combinação perigosa.

      Quando alguém está em estado maníaco, o sono pode ser uma coisa difícil de conseguir. Algumas pessoas com mania ficam acordadas por dias a fio. Enquanto algumas pessoas desfrutam da mania, outros acham que é perturbadora. Estas pessoas podem se “medicar” com álcool, em um esforço para descansar. Infelizmente, “cair no sono de bêbado” não é o mesmo que adormecer naturalmente. Pode-se despertar ainda mais agitado do que era antes. Outro problema com o álcool é que ele é um depressor do sistema nervoso central. Muito álcool pode causar um ciclo de um episódio maníaco para a depressão.

      As pessoas que estão em um estado maníaco frequentemente superam inibições que têm durante os episódios não-maníacos. Alguém que está em mania, por exemplo, pode gastar muito dinheiro em coisas que não precisa ou ter relações sexuais com alguém que normalmente não seria atraente. O álcool também pode reduzir as inibições, conduzindo a comportamentos como dirigir embriagado ou viajar a velocidades inseguras. A ingestão de álcool durante uma crise maníaca pode fazer o indivíduo entrar em problemas legais ou financeiros.

      O transtorno bipolar é uma doença grave, mas pode ser controlada com mudança no estilo de vida e medicação. O mais indicado é procurar ajuda de um psicólogo.

      Considerando que o cuidador também pode adoecer, sugerimos que procure ajuda médica, psicológica e participe de grupos de apoio mútuo para familiares de pessoa
      com transtorno bipolar.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  57. Samara 30 de agosto de 2017 às 17:10 - Responder

    Sou casada há 15 anos e acredito que meu marido tem Transtorno Bipolar, já falei com ele sobre o assunto mas ele não aceita procurar um médico. Carlos muda o humor rapiadamente, basta alguém contrariar, falar que está errado em alguma situação. Deixa todos loucos com a mania de de limpeza. Brigas dentro de casa são comuns, pois ele se implica com tudo, quando ele bebe ele fica mais calmo e feliz, mas fora isso ele sempre está de mau humor e não conversa com ninguém em casa.

    • Equipe Abrata 31 de agosto de 2017 às 08:29 - Responder

      Cara Samara
      Agradecemos a sua mensagem.

      Por que é tão difícil admitir que se precisa de ajuda?
      Ainda é muito comum as pessoas acreditarem que o único motivo merecedor de ajuda psicológica ou mesmo psiquiátrica
      são as necessidades de quadros ou diagnósticos extremos como: uma depressão grave, um transtorno relevante ou um
      quadro de esquizofrenia, por exemplo. Isso assusta e afasta muitas pessoas dos consultórios.
      É importante para aqueles que desejam ajudar, entenderem que o receio, a resistência e até a negação fazem parte,
      pois são formas de defesa de todo ser humano. E que forçar o outro a fazer algo ou adotar uma ideia, não ajuda e
      muitas vezes piora. O mais indicado é mostrar que é compreensível e ao mesmo tempo está preocupado.
      Uma sugestão simples é em, algumas conversas com seu marido, realçar que possa estar precisando de ajuda, tentar
      exercer um papel de espelhamento. Mostre aos poucos e com muito tato e paciência os sintomas que a pessoa vem apresentando como:
      sofrimento, angústia, irritação, apetite descontrolado, dificuldade em se manter empregado ou qualquer que seja o quadro. Ajude-a
      perceber e pensar na intensidade dos sintomas ou do caso e como isso pode estar fora de um grau saudável ou mesmo já esteja prejudicando
      sua vida, causando perdas e sofrimentos. Faça isso através de pequenas conversas orientadoras e explicativas dando sua opinião,
      mas não a impondo como verdade. Pode também mostrar reportagens, matéria publicadas em nosso site, blog e facebook ou histórias de casos
      que vocês conhecem ou ouviram falar para ajudar na percepção e no auto-reconhecimento dele.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  58. Vanessa Carvalho Ferreira 3 de outubro de 2017 às 19:35 - Responder

    Meu marido foi diagnosticado como bipolar há 5 anos atrás quando teve o 2º surto aparente. Sempre sofri com o abandono, falta de amor e interesse pela família. Algumas vezes era agressivo. Com os estabilizadores de humor melhorou um pouco. Agora, ele deixou de tomar os medicamentos da forma devida e ainda toma uma cerveja. O nosso casamento está por um fio. Não estou mais suportando a vida de abandono acompanhado pelas suas muitas besteiras graves de muitos gastos desnecessários e viagem sem o meu conhecimento. Quando fico sabendo é através de outras pessoas com quem ele conversa. Por submissão a ele desgracei a minha vida por não trabalhar desde jovem. Moramos em um estado onde praticamente não temos parentes para me ajudarem. É desesperador lidar com esta situação sem apoio e ajuda. Meus filhos são pequenos e precisam de mim. Até com eles estou pendendo a paciência. Eles não têm culpa. Como um bipolar faz a família sofrer!

    • Equipe Abrata 7 de outubro de 2017 às 12:34 - Responder

      Querida Vanessa
      Entendemos perfeitamente a sua situação.
      O fato de seu marido ser portador de transtorno bipolar, conforme diagnóstico médico, não enseja em si a dificuldade de
      uma boa convivência familiar. Quando estabilizadas, as pessoas podem manter seus empregos, controle sobre seus gastos e
      ter uma boa relação pessoal e interpessoal e com qualidade de vida.
      E para ficarem estáveis, devem fazer tratamento medicamentoso contínuo associado à psicoterapia.
      Se ele deixou de tomar os remédios por conta própria, a possibilidade do surgimento de episódios de depressão ou de mania
      é muito grande. E como consequência, ele está agindo fora do padrão que se espera de um pai de família.
      Diante do quadro descrito por você, podemos sugerir que procure ajuda de um (a) psicólogo (a) que pode ser de grande
      valia em momentos de maior estresse, especialmente para continuar a dar a atenção e cuidados necessários aos seus filhos
      menores de idade.
      Procure se cuidar. Garanta a sua saúde mental para raciocinar com clareza sobre questões relacionadas à sua vida.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  59. AMANDA 13 de outubro de 2017 às 13:56 - Responder

    MEU MARIDO TAMBÉM TEM ESTA DOENÇA E MESMO TOMANDO REMÉDIOS ELE AINDA COSTUMA SURTAR. O QUE PERCEBI É QUE QUANDO ELE FICA FIRME INDO À IGREJA, VIRA OUTRA PESSOA, ENTÃO FICO PENSANDO, NA IGREJA O PASTOR TODOS OS DIAS FALA E LÊ A BÍBLIA MOSTRANDO COMO DEVEMOS NOS PORTAR DIANTE DA SOCIEDADE E DIANTE DAS ADVERSIDADES. CONTINUAMENTE VOCÊ OUVE ORIENTAÇÃO DENTRO DA BÍBLIA PARA VIVER A VIDA. ISSO PARECE AJUDÁ-LO, ÀS VEZES ACHO QUE BIPOLARES PRECISAM TER ALGUÉM O TEMPO TODO DIZENDO A ELES O QUE É CERTO E O QUE É ERRADO, E ALGUÉM QUE ELE RESPEITA PORQUE SE A GENTE FALA É CONFUSÃO NA CERTA, MAS QUANDO OUTRA PESSOA FALA ELE TENDEM A OUVIR. ACHO TAMBÉM QUE TEM ALGO ESPIRITUAL NESTA DOENÇA, POIS A MELHORA É BEM VISÍVEL QUANDO ELE BUSCA A DEUS E COMEÇA A PARTICIPAR DE VERDADE DOS CULTOS E QUANDO O VEJO ELE ORANDO E CANTANDO ME SINTO ALIVIADA , POIS A LOUCURA NÃO VIRÁ TÃO CEDO. MAS É SÓ ELE PARAR DE FAZER ISSO COMEÇA O INFERNO MESMO TOMANDO REMÉDIO.

    • Equipe Abrata 14 de outubro de 2017 às 08:47 - Responder

      Cara Amanda.

      Agradecemos a sua mensagem.

      É inegável que a fé pode ser uma grande aliada da saúde, faz bem para a imunidade, melhora a resposta a processos de tratamentos mais agressivos, como quimioterapia e radioterapia para o câncer, por exemplo, e ainda pode ajudar a combater depressão, ansiedade e problemas com o sono. É o que comprova, dentre outros trabalhos, o Instituto Dante Pazzanese, com quase 250 artigos de todo o mundo, que concluiu que a prática regular de atividades religiosas – sejam elas quais forem – pode reduzir o risco de morte em 30%.
      A Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) também reconhece a relevância da espiritualidade nos problemas de saúde em suas pesquisas. Até agora, já foram identificados mais de 3 mil estudos nos quais se observa melhoria na qualidade de vida e no ganho social do indivíduo religioso. Os trabalhos demonstram que a fé ajuda em momentos de desespero que podem levar ao suicídio e na recuperação de patologias mais contemporâneas, como a depressão. Nesse último caso, por exemplo, uma análise publicada em 2012 no The American Journal of Psychiatry constatou que filhos de pais com depressão que se consideravam religiosos tinham chances potencialmente menores de desenvolverem o mesmo quadro.
      Nós, da ABRATA, reafirmamos que, ao lado de práticas benéficas para a saúde como um todo e, em particular, no caso da saúde mental, o tratamento medicamentoso acompanhado de
      psicoterapia promove a estabilidade dos portadores de transtornos afetivos – transtorno bipolar e depressão, reduzindo a intensidade dos episódios, reduzindo mesmo a ocorrência de
      crises e diminuindo a chance de suicídio.
      Sugerimos que assista à palestra das médicas psiquiatras Elisabeth Sene Costa e Aline Chaves, ambas membros do Conselho Científico da ABRATA, a respeito da Religiosidade e Espiritualidade em Saúde Mental. Esta postada no canal YouTube: https://youtu.be/RQA6QYi9St4.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  60. Sonia Reis 18 de outubro de 2017 às 19:10 - Responder

    Olá! Eu sou Bipolar II, mas só me diagnosticaram mais tarde, pois inicialmente era depressiva crônica. Tenho um histórico muito complicado em termos de tentativas de suicídio que deram em várias internações. Entretanto, o tempo foi passando e a partir de 2010 nunca mais consegui trabalhar. Ainda hoje trato-me com psicoterapia e psiquiatra, mas não consigo ultrapassar esse medo. Há dias que acordo e me sinto mais ou menos com energia e faço algumas coisas, mas existem outros que depois de tomar o meu café e a medicação, passadas 2 a 3 h, apetece-me ir para casa ler e dormir e só ao final da tarde é que saio outra vez durante 2h e depois venho para casa. Às vezes penso que raio de vida é esta?

    • Equipe Abrata 21 de outubro de 2017 às 08:58 - Responder

      Prezada Sonia.

      Os sintomas do transtorno bipolar podem ser controlados com o devido tratamento combinado com psicoterapia. E você já se
      cuida.
      Em algum momento de sua vida, você vencerá o receio de retomar as suas atividades profissionais ou mesmo optar por outros
      trabalhos.
      Enquanto isso, procure fazer tarefas prazerosas e vá estabelecendo algumas metas, de acordo com o seu interesse, sem pressa
      e ansiedade.
      O transtorno bipolar não é considerado, em linhas gerais, uma doença incapacitante para efeitos legais. Entretanto, para
      aqueles que são portadores, pode haver a sensação de que não estão aptos à reinserção laboral. É um assunto a ser levado
      ao médico e à psicoterapia.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  61. Sonia Reis 18 de outubro de 2017 às 19:25 - Responder

    Ainda falando em relação à minha pessoa, eu sempre trabalhei até 2010, inicialmente num escritório de advogados(11 anos) e na área da estética (4 anos), ainda fiz e faço muito esporadicamente umas depilações e massagem, mas o mais angustiante é que não estou sempre disponível devido às minhas oscilações de humor. Às vezes penso mas se eu nem tenho paciência para fazer algum trabalho em casa, como é que aguentaria um dia diário de trabalho??? É tudo uma grande confusão e desorganização na minha cabeça. A minha filha esta ficando mais tempo com o pai devido à minha doença e desde que nos divorciamos nunca mais consegui ter uma relação estável e duradoura. Por que tanta inconstância na minha vida, por que não sou a mesma Sonia? E acreditem, que se não fosse a medicação a ajudar-me a atenuar um pouco a minha tristeza e ansiedade, não sei então como seria. Alguém já passou por alguma situação idêntica na doença bipolar? Não ter paciência para as pessoas, não apetecer falar, isolarmo-nos…

    • Equipe Abrata 21 de outubro de 2017 às 09:48 - Responder

      Olá Sonia.

      Agradecemos o complemento à sua mensagem original cuja resposta já foi publicada.
      É importante realçar que o transtorno bipolar é uma doença que afeta o humor dos portadores. É, pois, é um transtorno psiquiátrico caracterizado
      por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e euforia ou mania. Qualquer dos dois tipos de episódio pode predominar numa
      mesma pessoa sendo a sua frequência bastante variável. As crises podem ser graves, moderadas ou leves.
      As alternâncias do humor, num sentido ou noutro, têm importante repercussão nas sensações, nas emoções, nas ideias e no comportamento do portador.
      É cabível a seguinte indagação: após os episódios, de depressão ou mania, a pessoa volta ao seu estado normal?
      Em geral, sim. No entanto, devido às consequências importantes que as crises podem ter, no plano social, familiar e individual, a vida da pessoa
      complica-se e perturba-se muito, restringindo de forma marcante a sua capacidade de adaptação e autonomia.
      O tratamento adequado para a prevenção dos episódios é essencial para evitar os muitos riscos inerentes à doença.

      Postamos um trecho do artigo escrito pelas médicas psiquiatras Elisabeth Sene Costa e Marcia Brito e Yara Garzuzi, psicóloga,que também são membros
      do Conselho Científico da ABRATA:
      “… os portadores de transtorno bipolar devem estar sempre atentos às suas condições e avaliar sua qualidade de vida, nas diferentes esferas.
      Abaixo estão algumas orientações práticas para que os portadores mantenham o seu bem-estar físico, psicológico, interpessoal, ambiental, espiritual e
      de independência.

      OSCILAÇÕES DO HUMOR – observar, reconhecer, identificar e monitorar cada flutuação de humor.
      QUADRO DE HUMOR – fazer diariamente um quadro que caracterize seu humor durante todo o dia, para seu controle e de seu médico.
      ADESÃO AO TRATAMENTO – seguir as orientações médicas, comparecer regularmente às consultas, não parar de tomar o medicamento, não fazer mudanças
      por conta própria (sem autorização médica) e não esquecer das tomadas diárias.
      PSICOTERAPIA – fazer tratamento psicoterápico regularmente, individual, de casal, familiar, de acordo com o caso.
      CONHECIMENTO DA DOENÇA e GRUPOS DE APOIO – conhecer o que é o transtorno bipolar, informar-se, e participar de atividades como Grupos de Apoio Mútuo,
      Palestras Psicoeducacionais, nos moldes das atividades oferecidas pela ABRATA.
      APOIO SOCIAL e FAMILIAR – comunicar-se espontaneamente com familiares e amigos e solicitar e aceitar ajuda.
      ESTRESSES – diminuir fatores de risco, mudar hábitos para evitar desencadeamento de novos episódios e criar estratégias de autoproteção.
      ROTINA – criar agenda de atividades diurnas e noturnas, procurar manter horários regulares para atividades de higiene, alimentação, trabalho, descanso.
      SONO – deitar e acordar sempre na mesma hora, evitar mudanças de fuso horário e substâncias que interfiram no seu descanso.
      ALIMENTAÇÃO – fazer dieta saudável evitando alimentos gordurosos, com sal e carboidratos.
      ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS – evitar de toda forma, pois qualquer droga interfere na manutenção do seu bem-estar.
      ATIVIDADE FÍSICA – fazer exercícios de preferência pela manhã e cerca de 4 vezes por semana.
      AUTOESTIMA – valorizar-se, acreditar em si mesmo, conscientizar-se da doença e administrá-la da melhor maneira possível.. .”.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  62. Ladia 20 de janeiro de 2018 às 13:18 - Responder

    Quero ajuda! Estou cansada! Não agueto mais! Me ajude! Tenho bipolaridade, depressão, síndrome do pânico e fobia social.

    • Equipe Abrata 30 de janeiro de 2018 às 10:20 - Responder

      Querida Ladia.

      Ao que tudo indica, você precisa consultar um psiquiatra para ser diagnosticada com segurança e para que seja
      prescrito o tratamento apropriado.
      Veja bem: o transtorno bipolar que inclui a depressão tem tratamento. A síndrome do pânico e a fobia social
      podem ser consequência do transtorno. Somente o médico poderá avaliar o conjunto de sintomas.
      Você não precisa passar por tanto desconforto se há como controlar.
      O transtorno bipolar não é uma simples mudança de humor, como algumas pessoas acreditam. É na verdade um problema
      psiquiátrico complexo em que se destacam oscilações entre estados depressivos e estados de ativação, que podem se
      manifestar como elevação do humor ou euforia, mas também com humor irritado agressivo.
      Alguns pacientes podem apresentar alterações do humor menos marcantes e oscilações mais evidentes nos níveis de energia,
      com períodos de prostração e outros de maior vitalidade e energia.
      A realização do tratamento do transtorno é muito importante não apenas na fase aguda, como também ao longo de toda a vida.
      O transtorno bipolar é crônico. Depois do diagnóstico, o paciente necessitará do tratamento para a vida toda, já que a
      chance de um novo episódio de mudança de humor sem tratamento é de quase 100%, conforme alertam os psiquiatras.
      O combate ao transtorno bipolar se baseia no uso de estabilizadores de humor, como medicamentos anticonvulsivantes e antipsicóticos.
      Na abordagem terapêutica, é preciso levar em conta o impacto psicossocial da doença e a necessidade de psicoeducação para promover
      a adesão ao tratamento.
      Procure ajuda, está bem?

      Abs.
      Equipe ABRATA

  63. Marcelo 25 de julho de 2019 às 14:45 - Responder

    Meu nome é Marcelo, não sou bipolar mas minha esposa é. Minha vida é um verdadeiro inferno e vivo em um carrossel de emoções, alterando entre ódio e compaixão todos os dias.
    Os planos de ter uma família normal foi pelo ralo abaixo. Sofro muito com as crises dela (em ambos os episódios tanto na depressão quanto na euforia).
    Tenho vontade de largar tudo e sumir do mapa mas penso muito nos meus filhos, não acho justo deixá-los absorvendo todos os problemas sozinhos, são apenas crianças!
    A euforia se torna em irritabilidade em um estalar dos dedos. A implicância, desconfianças, brigas e grosserias são constantes… tenho que ficar imaginando a todo o momento como ela irá reagir sobre algo que eu fale ou que eu faça…e quando ignoro a casa cai…
    Durante as confusões, remexe o passado como se tivesse acontecido ontem, e assuntos já enterrados voltam a se tornar tremendas guerras.
    Estou sem forças de continuar essa batalha… não sei até quando irei suportar… não vejo melhoras com o uso dos remédios e a relação está péssima.
    Tenho que me desdobrar no trabalho e em casa, dando conta de tudo que ela não faz… moro em ES, sabem me informar onde encontro ajuda por aqui?

    • blogabrata 26 de julho de 2019 às 09:09 - Responder

      Prezado Marcelo, a sua mensagem é muito importante para nós!
      Os psiquiatras têm reforçado a importância da combinação do tratamento medicamentoso com a psicoterapia a fim de
      que a pessoa com transtorno bipolar possa aprender a controlar os sintomas da doença e melhorar o seu comportamento.
      É bastante comum que os familiares e cuidadores de pessoa com o citado transtorno também necessitem de atenção médica
      e psicológica. Procure ajuda.
      Baixe no site https://www.abrata.org.br o Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar.
      Não conhecemos grupos em seu Estado.
      Uma última sugestão: se os medicamentos não estão surtindo os efeitos desejados, qual seja a estabilização da doença,
      há que se demonstrar ao psiquiatra que acompanha a sua esposa se é necessário substituir a medicação ou modificar a
      dose.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  64. meu 24 de novembro de 2019 às 22:54 - Responder

    Deveria existir mais grupos de auta-ajuda pelo brasil …..Há muitos anos atras , tinha um grupo em belo horizonte ..conhecer pessoalmente outros portadores é muito bom, espero que vcs colocassem outros grupos pelo brasil …..Outras pessoas de outros estados , merecem essa ajuda .Obrigado.

    • blogabrata 10 de dezembro de 2019 às 11:48 - Responder

      Olá leitor “meu”, você tem razão. Há pouquíssimos grupos de apoio mútuo para pessoas
      com transtornos mentais.
      Agradecemos o contato.
      ABS.
      EQUIPE ABRATA

  65. Ca 6 de junho de 2020 às 01:07 - Responder

    Desde os 11 anos de idade, depois de 13 anos, tive vários episódios de depressão, alguns de mania com um humor apático entre ou depois deles, crises de ansiedade, de idas e vindas de psiquiatras e psicólogos, começos e paradas de tratamentos que eu avaliava ineficazes para depressão. Como sempre me diagnosticavam, mesmo uma musicoterapeuta tendo cogitado a ciclotimia, fui diagnosticado recentemente aos 24 anos com transtorno bipolar… Espero que o tratamento seja eficaz, que haja melhora e eu possa ter um pouco de paz, porque olha 13 anos por um diagnóstico não é fácil.

    • blogabrata 8 de junho de 2020 às 10:18 - Responder

      Olá Ca, agradecemos a sua mensagem.
      Nós também temos a esperança de que o novo tratamento surta efeito, e fará, siga corretamente a orientação de seu
      médico.
      Os médicos especialista em Transtorno Bipolar e Depressão têm sugerido que se combine o tratamento medicamento com
      psicoterapia e a participação em grupos de apoio, como os da ABRATA.
      Assim, se quiser participar do Grupo de Apoio On-Line, leia as informações abaixo:

      O Grupo de Apoio Online – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom.
      **Vagas limitadas

      Você será muito bem-vindo!
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  66. Matheus 18 de outubro de 2020 às 20:51 - Responder

    Olá, me chamo Matheus e tenho 20 anos, faz 4 anos que fui diagnosticado com transtorno bipolar tipo 2, faz 3 meses que faço terapia intensa e estou estabilizado. Sem um tratamento adequado e persistente sucumbiria, perdi tudo para a minha patologia e quando vi estava sozinho, perdido em mim, eu me tornei uma pessoa com um super ego onde eu era a voz da razão e sempre estivera certo em tudo que disser. Fui sucumbido pelo meu próprio ego, me sentia o maioral mas estava cego, tão cego que eu acabei deixando a doença levar de mim a coisa mais preciosa que eu tinha em toda a minha vida, o primordial para minha existência na terra, perdi o amor da minha vida, meu relacionamento. Ela foi e é a pessoa que eu mais amei no mundo inteiro e se não fosse esse meu amor por ela eu não teria tido forças para seguir em frente porque era isso que ela sempre quis, me ver bem comigo mesmo. Vendo isso pra mim foi a gota d’água. Procurei imediatamente ajuda. Passei 3 mês na merda**, no ápice da tristeza e melancolia humana, pensamentos suicidas já faziam parte da minha rotina, me sentia culpado por tudo que já tivera feito na vida, até por respirar. Não vi outra saída a não ser aceitar meu destino e o meu problema assim encarando o tratamento e dando o meu máximo, independente do que estaria por vir.
    Me entreguei de corpo e alma a uma batalha que irei travar comigo mesmo até meu último suspiro.
    Agora estou estabilizado e sem crises ( nunca precisei fazer o uso de medicamentos pois sempre tive uma uma mente muito fértil e ampla e isso me ajudou muito, consegui compreender meu problema e aceitar assim o tratamento ficou muito mais fácil). Hoje me sinto eu mesmo depois de tanto tempo, aquela névoa se dissipou e eu pude enxergar a vida diante dos meus olhos, não estou mais perdido em mim mesmo e sei quem sou. Acho que essa é a uma das piores partes, é quando nós não nos reconhecemos mais e a partir daí nada mais faz sentido, ficamos em um looping mental que nos tortura incessantemente. Mas felizmente não faço mais parte desta realidade.
    Agora eu estou começando a escreve um livro, um livro sobre mim, contando minha vivência com a minha patologia. Gostaria de contar com a colaboração de ABRATA em me ajudar com biografias de pessoas com o mesmo transtorno.
    Uma frase que eu gosto muito “Onde escorrem lágrimas existe vida, um ponto final trouxe um novo ponto de partida”.

    • blogabrata 21 de outubro de 2020 às 07:17 - Responder

      Prezado Matheus, parabéns por seu relato corajoso em que demonstra resiliência e esperança, e agradecemos tê-lo compartilhado com a ABRATA.

      Gostaríamos de destacar que a ABRATA, em consonância com seu estatuto social e regimento interno, não poderá apoiar ou mesmo fazer a intermediação
      de contatos e depoimentos para seu o livro, consoante solicitado por você.

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  67. DDébpraDéDébora 3 de dezembro de 2020 às 23:22 - Responder

    Olá! Acabo de fazer a leitura de todos os comentários e, ainda que me seja difícil admitir, reconheci-me em muitos deles, quase 100%. Anos atrás, uma médica, que é especializada em medicina chinesa, homeopatia, fitoterapia e ayurveda (ela é a médica com mais especializações “naturebas” que eu já conheci… rsrsrsrs), receitou-me Lamitor, após diagnosticar-me. Decidi não tomar, joguei as cápsulas no lixo. Hoje, me vejo nesses relatos e, entendi que a negação do diagnóstico faz parte do quadro que eu estou vivenciando. Sinto-me confusa, não sei o que fazer, já tentei de tudo, igrejas nem sei em quantas fui. Mas, nada passa, nada cura, só a minha vida é que está passando, numa infelicidade, só.

    • blogabrata 15 de dezembro de 2020 às 09:51 - Responder

      Olá DDéborapraDéDébora,

      Você tem buscado ajuda, porém falta-lhe o reconhecimento de que seu problema talvez esteja prestes a se resolver com uma consulta com psiquiatra para, se for o caso, e com um diagnóstico, recomendar o tratamento medicamentoso apropriado. Você poderá ter uma vida normal, com qualidade!
      Outra coisa importante é que, embora os medicamentos sejam imprescindíveis, eles precisam ser associados a outros tipos de tratamento, senão a recuperação completa não é atingida. É necessário criar rotinas e hábitos de vida que protejam o cérebro da pessoa que tem o transtorno, e fazer psicoterapia para aprender a identificar e lidar com os fatores de estresse que podem desencadear as crises.
      Você, pode também, participar do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA. Seguem as informações:
      O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares. Para maiores de 18 anos.
      COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE ABRATA
      1. A plataforma para o Grupo de Apoio Online chama-se ZOOM. O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular.
      2. ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo Online iniciar.
      3. Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
      4. No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central dos aplicativos do seu aparelho.
      5. Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
      6. Contato ABRATA: grupo.online@abrata.org.br

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

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