Depoimentos: Família

PERSPECTIVA DA MÃE

“Cuidar de alguém com o transtorno bipolar tem sido uma verdadeira montanha russa. Tenho passado por todas as emoções que se possam imaginar. Raiva, negação, sofrimento, pânico. Mas também esperança, alegria e orgulho. Desisti de muitas coisas – do meu trabalho, da minha vida social, de muitos amigos – e o meu casamento sofreu uma pressão considerável. Mais tarde a minha filha disse-me que estava muito feliz porque a família se manteve unida. Mas durante algum tempo foi uma situação incerta. À medida que aprendia mais sobre a doença, tornava-se mais fácil. Presentemente, a minha filha está estável, é independente e seguiu em frente com a sua vida. Estou envolvida em várias organizações de prestadores de cuidados (pais) de âmbito nacional e internacional. É um trabalho difícil, mas muito gratificante. Não é a vida que sonhei, mas é uma boa vida e não posso pedir mais do que isso.”

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PERSPECTIVA da EMÍLIA

“Senti-me sozinha durante bastante tempo. Ninguém compreendia o que estava passando, porque eu própria também não compreendia. Não sabia se o problema era comigo ou com o mundo exterior. Havia momentos em que eu me sentia ótima, por isso a minha família e os meus amigos não conseguiam compreender quando de repente não era capaz de sair da cama. Pensavam que eu era preguiçosa ou arrogante ou passava por uma fase qualquer. Portanto, acabava por me sentir culpada e inútil, além de deprimida. Mais tarde, quando fui diagnosticada e comecei o tratamento, percebi que não tinha de me sentir mal comigo mesma. Agora tenho mais controle sobre a minha vida e estou a recuperar os laços defeitos com a minha família. Há amigos que nunca mais recuperarei. Mas não faz mal, estou sempre a fazer outros novos.”

Fonte:  http://www.adeb.pt/pages/estigma-saude-mental

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DESTAQUES

2018-02-02T17:09:10+00:00 19 de maio de 2014|Categorias: Bipolar, Blog, Depressão, Família|Tags: , , |11 Comentários

11 Comentários

  1. izabel hunig 19 de maio de 2014 às 16:00 - Responder

    Concordo que a vida pareça uma montanha Russa, mas acredite a família faz toda a diferença eu mesma me senti perdida muitas vezes não fosse pelo apoio das minhas filhas que sempre estiveram do meu lado nas horas de depressão, de euforia não sei o que teria acontecido comigo.

  2. erica nascimento 26 de junho de 2014 às 22:46 - Responder

    COM CERTEZA A FAMILIA É O PILAR DE QUALQUER TRANSTORNO MENTAL!
    EU DESCONFIO QUE SOU PORTADORA DA DOENÇA.
    MAIS OQUE JA SOFRE POR SER DEFERENTE NAO SE CURA NUNCA!
    A FAMILIA FOI A PRIMEIRA JOGAR PEDRA E MIM ABANDONAR!
    ENTAO HOJE JA CASADA PROCURO AJUDA!

    • Equipe Abrata 27 de junho de 2014 às 10:53 - Responder

      Prezada Erica

      Se vc desconfia que pode ser portadora de algum transtonro mental, é essencial vc procurar um psiquiatra para uma consulta.
      Quanto mais cedo vc se cuidar, melhor resposta ao tratamento terá. O mais difícil é passar anos com alguma suspeita e não buscar saber de fato se tem ou não a doença que imagina, sem qualquer diagnóstico.
      Fazer um diganóstico cedo é extremamente importante. No entanto, uma doença mental não é uma doença que deva tentar diagnosticar sozinha, para obter um diagnóstico clínico correto terá de consultar um médico. Existem muitas doenças que podem ter sintomas semelhantes, portanto, se está perocupada com a sua saúde mental, é impotante que consulte imediatamente um médico, preferencialmente um psiquiatra.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  3. Ananda Monteiro 28 de janeiro de 2016 às 11:58 - Responder

    Estou passando por um momento muito difícil minha.mãe está em crise e mora com meu pai e meu irmão. Eles estão já muito cansados e estão impacientes com ela a ponto de atrapalhar no tratamento! Não sei o que faço! Ela não quer morar comigo e não está evoluindo bem ao tratamento?

    • Equipe Abrata 1 de fevereiro de 2016 às 17:20 - Responder

      Prezada Ananda!
      Aproveitamos a oportunidade e convidamos você e sua família para participar dos Grupos de Apoio Mútuo. Esta atividade é muito importante, porque é onde as pessoas trocam suas experiências, e aprendem a encontrar novas soluções a partir do contato com quem tem problemas semelhantes. Conversar com os outros poderá ajudar todos vocês a encontrar uma saída.
      Se quiserem participar,e residirem em SP, é necessário agendamento, pelo telefone, (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  4. Adriane 21 de agosto de 2020 às 04:28 - Responder

    Faz 3 anos que meu irmão se separou e teve um surto psicótico com alucinações, ele foi diagnosticado com transtorno bipolar, já tentamos ajudar, ficou internado, saiu, entrou em uma depressão, depois entrou no estado eufórico e tem mais de uns anos que está nisso, não toma remédios, não aceita tratamento, me ameaça, a família a ex… não sabemos mais o que fazer, temos medo porque ele bebe muito, já me agrediu, agrediu meu namorado. Precisamos de ajuda! Por favor

    • blogabrata 21 de agosto de 2020 às 10:21 - Responder

      Olá Adriane, agradecemos sua mensagem.
      É, de fato, muito difícil para os familiares conviverem com um paciente que não aceita que está doente e que precisa
      se medicar para ficar estabilizado. E, ainda por cima, ingere bebida alcoólica que, pode, eventualmente, desencadear
      episódios de mania ou de depressão, que são os polos da bipolaridade.
      Nem sempre a pessoa que apresenta algum transtorno mental não consegue identificá-lo como algo diferente de si mesma. Acredita que aquelas características façam parte de sua personalidade. E muitas vezes sentem até um estranhamento, se por conta do uso de medicações aquelas características forem suprimidas. Ou seja, não sabem experimentar a vida de outra forma.
      Antes de mais nada é muito importante uma relação sincera de afeto e confiança para que aos poucos a pessoa vá quebrando as resistências e se aproximando de um tratamento.
      Muitas vezes alguém de fora do relacionamento familiar pode ajudar a mostrar ao paciente a importância do tratamento, levando sempre em consideração o momento oportuno, ou seja, na oportunidade em que a pessoa não esteja em episódio de mania ou de depressão.
      Nas situações mais agudas, pode ser imprescindível a internação involuntária, principalmente quando o portador coloca em risco a sua vida ou a de
      terceiros.
      A ABRATA tem vários artigos e materiais informativos sobre o transtorno bipolar e a não adesão ao tratamento.
      Baixe o Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Faça o download no site da ABRATA: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Você pode, também, participar do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA para familiares e pacientes com transtorno bipolar e depressão. Seguem as
      informações:

      O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
      * Para maiores de 18 anos

      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

  5. Adriana Graça da Silva Palácio 3 de setembro de 2020 às 11:30 - Responder

    Bom dia, minha adolescente vem sofrendo com sintomas depressivos há 3 anos e há dois anos se trata com psiquiatra e toma os mesmos medicamentos, que não fizeram efeito nela, agora iniciei o tratamento dela com outra profissional que resolveu entrar com Carbolitium 300mg para estabilizar as crises e o desejo suicida. Hoje é o décimo dia com este medicamento, mas ela ainda tem umas crises, a médica pediu pra aguardar que começará a surtir efeito a partir do 15* dia. Sinto minhas forças se esvaindo, como é difícil! Minha filha tem apenas 17 anos e vê-la horas deprimida ao extremo, horas comendo sem parar, horas agressiva e transtornada, é verdadeiramente um turbilhão de sentimentos, tenho que vigiar o tempo todo com medo de algo pior…

    • blogabrata 7 de setembro de 2020 às 08:03 - Responder

      Querida Adriana Graça da Silva Palácio, agradecemos a sua mensagem.
      Nada é tão triste como se deparar com os jovens que portam transtornos afetivos, seja a depressão ou o transtorno bipolar.
      Porém, são doenças tratáveis. Com diagnóstico, acompanhamento médico, tratamento medicamento e psicoterapia as pessoas
      podem ter uma vida normal, com qualidade e produtividade.
      Procure conversar com o(a) profissional que acompanha a sua filha sobre os sintomas que ela apresenta, ainda que ela
      esteja na fase de adaptação da medicação.
      Converse com sua filha para iniciar a psicoterapia a fim de trabalhar os comportamentos, sentimentos e emoções. É uma
      parte importantíssima do tratamento para a depressão.
      E você pode participar do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA para familiares e pacientes com transtorno bipolar e depressão.

      O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.

      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.

      * Para maiores de 18 anos

      Assista aos vídeos gravados pela ABRATA no canal YouTube sobre depressão. Há muitas informações no manuais e artigos contantes do nosso site.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  6. Issisiia 1 de junho de 2021 às 17:08 - Responder

    Gostaria de Saber comos participar do grupo abrapa. Tenho uma filha que é quase certo que tenha o trasnstorno Bipolar. Já passou por 3 psiquiatras mas não quer seguir com medicação. Tem sido bem difícil nesta a pandemia.

    • blogabrata 7 de junho de 2021 às 09:15 - Responder

      Olá Issisiia,
      Você pode participar do Grupo de Apoio Online da ABRATA cuja inscrição deve ser feita no site: https://www.abrata.org.br/eventos.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

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